22 dezembro 2010

Balanço


O BlogMontelongo tem-se afirmado, cada vez mais, no contexto da Blogosfera fafense. Espaço de opinião livre, plural e, sobretudo independente que, desde 2006, quebra barreiras e leva a cabo uma nova forma de intervir civicamente em Fafe. O que já se conseguiu foi bom. Melhoramos a informação e a crítica sobre Fafe, criamos redes, demos força a alguns e incentivamos outros blogues a nascer. Mesmo que tivessemos finalizado hoje o nosso trabalho, ficaríamos satisfeitos. Não nos move interesses pessoais, muito menos políticos. Move-nos a vontade de tornar Fafe um concelho melhor. Os colaboradores que escolhemos são o garante de que o futuro deste espaço está assegurado. Foi, sobretudo, quando alargamos o espaço de opinião e análise no blogue que consolidamos a nossa posição. A força deste Blogue são as posições divergentes, são as opiniões livres e a visão de quem escreve. Foram endereçados convites a diferentes personalidades de diferentes áreas. Ficamos sem resposta a muitos!! Outros, que acederam ao nosso convite e, mesmo que ainda não tenham enviado um texto, serão pessoas que vão, certamente, acrescentar mais qualidade a este espaço. Esperamos por esses e por todos os cidadãos que querem, através da sua opinião, fazerem-se ouvir. Regressaremos em 2011 com a mesma linha de orientação. Um blogue que é feito por todos e para todos!

A todos os nossos leitores, comentadores e, em especial, aos nossos colaboradores desejamos um Feliz Natal e um Excelente 2011!!

20 dezembro 2010

18 dezembro 2010

Fafe captou 11 Milhões em Fundos Comunitários


A Câmara Municipal de Fafe candidatou-se a vários projectos inseridos no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), e viu aprovados investimentos na ordem dos 16.863.571,12 euros, informou o gabinete de imprensa da autarquia.
Este é o montante das candidaturas aprovadas até este momento, tendo a autarquia outras candidaturas que vai igualmente sujeitar à aprovação deste programa.
São trinta e duas as acções a desenvolver em todo o concelho, de onde se realça o apetrechamento do Centro Educativo de Regadas, rectificação e beneficiação da Rua da Cumieira e Guerra Junqueiro, Instalação do Arquivo Municipal no Palacete do ex-grémio, requalificação da Rua Luís de Camões e dos Aliados e a recuperação do Teatro-Cinema de Fafe dos quais a câmara já recebeu 2.879.468,24 euros.
Para além dos investimentos no concelho, a autarquia tem igualmente parcerias com outras entidades, nomeadamente a AMAVE e outros, cujos investimentos imputados ao Município são na ordem dos 375.151,40 euros e que igualmente viu aprovado um montante de 271.424,06 euros (77%).

In www.correiodominho.com

14 dezembro 2010

Fafe e a Sua Juventude


Mais do que todas as mudanças na sociedade actual, preocupa-me hoje em dia, haver mais de 50% de jovens até aos 24 anos que são “vítimas” dos recibos verdes, de contratos temporários, salários baixos e vínculos laborais precários. Mais do que tudo, preocupa-me que as novas gerações, que são o futuro do nosso país, vivam a angústia de não saber se amanhã terão emprego, alternando constantemente entre o trabalho precário e o desemprego, numa situação de permanente instabilidade que não permite organizar com segurança a vida profissional, nem a vida pessoal e familiar.
O desencanto e a injustiça que sentem é pouco ou nada combatido pelas políticas nacionais e locais que, de uma maneira geral, vão pouco de encontro às expectativas dos mesmos.
Na cidade de Fafe não existem, por exemplo, espaços desportivos gratuitos ao ar livre. Já nos meus tempos de liceu, nos queixávamos disso. Ao fim de semana, variadas vezes, trepávamos as redes da secundária ou do ciclo e aí fazíamos as nossas partidas. Passou-se mais de uma década e o cenário mantém-se.
O cinema desapareceu! Espaços radicais não existem!
Os jovens não têm um espaço onde possam criar, divulgar, interagir e actuar livremente sem terem que andar a pedir autorizações a terceiros.
Existe um edifício com dezenas de associações e não existe uma Casa para a Juventude.
Há mais cultura actualmente e a reabertura do cine teatro permitiu haver concertos de bom nível em Fafe, o que raramente acontecia à pouco tempo atrás.
Inúmeros exemplos poderiam ser dados que justificam o porquê deste distanciamento entre Fafe e a sua juventude.
Os jovens, no fundo, estão desencantados com as opções políticas que, desde sempre, nortearam os destinos de Fafe. Ao não ser proporcionada à juventude meios de criação artística e cultural independente, espaços desportivos e de lazer devidamente enquadrados na cidade, formação ou apoios mais consistentes a diversos níveis, vamos ter cidadãos, no futuro, pouco participativos, pouco dinâmicos e pouco empenhados na transformação da sociedade.
Temos uma sociedade fafense conservadora co-responsável, também, pelo marasmo que se vive ao nível das ideias. O que não se pode admitir é que este conservadorismo alastre desde a base até ao topo da pirâmide.
Falamos cada vez mais em iniciativa privada. A iniciativa privada é essencial para o país e para Fafe. É essencial haver gente que acredite no dinamismo e na criatividade da juventude.
Hoje em dia, é possível ouvir música ao vivo e outras abordagens artísticas em alguns bares fafenses. É essencial não criar entraves para que a iniciativa privada se possa desenvolver cada vez mais. Há que apoiar e incentivar novas formas de expressão cultural.
Há que inverter as opções e apostar numa política sustentada e duradoura que interligue a educação, a juventude e a cultura. Não quero continuar a ver Fafe como uma região cada vez mais pobre, deprimente, de desempregados e com baixo nível cultural.
Neste aspecto, as juventudes partidárias têm que se fazer ouvir. Não basta enunciar um conjunto de medidas que são, meramente, um manifesto de intenções. Há que actuar, denunciar e ter coragem para propor acções ousadas que a juventude fafense já reclama há muito tempo.
Como se não bastasse terem que encarar o futuro com tantas incertezas e instabilidades no mercado laboral, é profundamente injusto quando uma cidade não propicia à sua juventude as mesmas oportunidades que outros concelhos.

Pedro Fernandes

10 dezembro 2010

"Barba e Cabelo"


"Barba e Cabelo" é um cartoon com presença diária no jornal desportivo "A Bola". Luís Afonso, um dos maiores cartoonistas portugueses, é o autor desta rubrica. Nos arquivos do jornal encontramos referência a dois cartoons directamente relacionados com a AD Fafe. Um deles refere-se a um célebre jogo em Leixões e outro visa directamente um ex-presidente do clube...
Quem se recorda destes dois acontecimentos e das pessoas envolvidas?

06 dezembro 2010

Povoado Castrejo Carece de Intervenção Urgente


As ruínas do Povoado Castrejo de Santo Ovídio, tantas vezes divulgadas em publicações de índole turística, estão novamente entregues ao abandono, sujeitas à acção negligente dos humanos e dos factores naturais de erosão.
A ponta do véu foi levantada nos anos 80 do século passado, altura em que as escavações arqueológicas trouxeram à luz do dia um conjunto de ruínas, que apenas correspondem a uma ínfima parte das reais potencialidades do Monte de Santo Ovídio, onde no decorrer do 1º milénio a.C. foi implantado um Povoado Castrejo.
Estamos perante um testemunho Proto-Histórico, posteriormente romanizado, que bem pode ser considerado o “Berço” da cidade de Fafe, um Monumento classificado a nível nacional, que já viu a sua área de protecção, várias vezes agredida, usurpada e ultimamente até interditada, por quem não tem qualquer direito legal, a não ser a obrigação de preservar aquele Património como cidadão. Este é o nosso dever consagrado na Lei.
O “Castro de Santo Ovídio” é mais um exemplo do abandono de tantos outros sítios arqueológicos que “agonizam” por esses pais afora, onde normalmente os interesses económicos e um progresso muito contestável apagam páginas importantes da nossa identidade Histórica.
O Povoado de Santo Ovídio não pode continuar a ser menosprezado. É um Imóvel de Interesse Publico que deve ser respeitado, conservado e valorizado.
Está na altura de fazer ali uma intervenção compatível com a importância deste testemunho maior da ocupação humana ancestral, de uma terra que pouco tem investido no seu/nosso Património Arqueológico.

Jesus Martinho

02 dezembro 2010

Turismo


Aqui está um bom exemplo de um investimento privado que possui todas as características para ter sucesso. Assim se espera pelas várias avaliações positivas que vai tendo. Contudo, no visionamento do vídeo deparamo-nos com visitas dos turistas efectuadas a várias cidades do Minho, contudo imagens de Fafe não constam. Má promoção? Incompetência do Município? Tudo bem, Fafe não terá o interesse histórico que outras cidades vizinhas terão, mas também não denoto muito esforço para uma promoção mais incisiva dos valores que Fafe possui.
O que pensa o leitor?
António Daniel

30 novembro 2010

O Inverno Chegou !!

Fotografia: JN (Edição Online), 29/11/2010
Carlos Rui Abreu

27 novembro 2010

Ainda a Casa do Penedo...

Esta casa que fica situada no nosso concelho ganhou projecção em todo o mundo graças à Internet. Em muitos sites, de variados países, figura no "Top Ten" das casas mais estranhas do mundo. Na curta existência do nosso concelho, nada teve maior projecção à escala mundial do que este espaço e isso não pode ser subestimado. Já aqui foi feita referência no Blog a este assunto mas, como até agora, continua tudo praticamente igual, vamos relembrar as autoridades municipais competentes que esta casa, embora seja propriedade de um particular, tem uma enorme potencialidade turística, podendo ser mais uma marca que identifique Fafe, cá dentro e lá fora. Este blog lança um desafio a todos os leitores... Esta habitação poderá, de alguma forma, potencializar o turismo no nosso concelho?

22 novembro 2010

A Gestão dos Dinheiros Públicos


Portugal é um dos países da Europa com menor taxa de fecundidade. Como condição consequente deste facto há crescentemente um aumento da população envelhecida. Estudos apontam para que 20% da população total, tenha mais de 65 anos no ano de 2014.
Contudo todos estes dados anteriormente referidos contradizem os recentes acontecimentos ocorridos na nossa cidade.
No último boletim editado pela Junta de Freguesia de Fafe, são noticiadas e evidenciadas cinco remodelações efectuadas em parques de diversão infantis. É óbvio que deve ser dada a devida importância aos estádios de desenvolvimento da criança e, todos sabemos, que a diversão é uma das melhores formas de estimulação, porém o facto de serem remodelados não um ou dois parques, mas 5 (tendo em conta os índices de fecundidade acima mencionados), faz-me pensar se os nossos dinheiros públicos estarão a ser bem geridos numa altura em que se apela ao controlo da despesa pública. Terão todas estas infra-estruturas, um futuro próspero? Ou então, chegar-se-á à conclusão que foram más apostas do poder local, sem visão estratégica?

Bruno Cunha

17 novembro 2010

Ministério da Educação distingue Autarquia Fafense


A Câmara Municipal de Fafe foi distinguida com o Prémio “Autarquia”, atribuído pelo Ministério da Educação, no âmbito da Festa do Desporto Escolar – 2010, realizada na Escola Sede do Agrupamento de Escolas Artur Gonçalves, em Torres Novas e que contou com a presença da Ministra da Educação.
A Festa do Desporto Escolar distingue anualmente aqueles que mais se notabilizam no âmbito do Desporto Escolar, envolvendo nove categorias: “Aluno”, “Espírito Desportivo”, “Professor”, “Escola”, “Autarquia”, “Internacional”, “Carreira Desportiva”, “Media” e “Desporto Adaptado”.
De realçar que Fafe foi a única autarquia a receber o galardão, na área da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), “pelo seu excepcional comportamento e desempenho nas actividades do Desporto Escolar”.
O Vereador da Educação da Autarquia, Antero Barbosa, congratulou-se com esta distinção, “que vem reconhecer o trabalho que se tem feito com os agrupamentos escolares ao nível do desenvolvimento do desporto em geral e o escolar em particular”.
Realçou também que nesta distinção deve ter estado presente o empenho que a autarquia, juntamente com os agrupamentos escolares, teve na organização local do campeonato mundial de andebol escolar – ISF 2010, que se realizou entre 20 e 27 de Março nos municípios de Fafe, Guimarães e Braga.

15 novembro 2010

Empresários culpam Apoios Sociais pela Falta de Trabalhadores



Os empresários do Vale do Ave queixam-se de falta de mão-de-obra, apesar de a taxa de desemprego na região rondar os 15%. Os empresários e o presidente da Câmara Municipal de Fafe consideram que a culpa é dos apoios sociais e das acções de formação profissional, através das quais os desempregados ganham quase tanto dinheiro como se estivessem a trabalhar. Uma reportagem da jornalista Ana Gonçalves.

10 novembro 2010

Uma Gota para a Vida

Doar Medula Óssea não custa nada. Simples, indolor... E pode salvar uma vida. A esperança é que um desses dadores ajude o ALBERTO JORGE.
Se tens entre os 18 e os 45 anos e mais de 50 kg aparece dia 14 de Novembro, das 10:00h às 16:00h na Escola Secundária de Fafe para recolha de sangue e de esperança.
É um jovem da nossa cidade de Fafe, aluno da Escola Secundária que precisa da nossa ajuda.

APOIO: Centro de Histocompatibilidade do Norte e Escola Secundária de Fafe

08 novembro 2010

Novo Cartão Jovem Municipal


Apesar de Fafe ter, há mais de uma década, um Cartão Jovem Municipal, este nunca teve grande adesão. O Cartão foi-se mantendo vivo mais nas palavras dos responsáveis autárquicos do que propriamente na juventude que pouco usufria das vantagens a ele associadas.
A chegada de Pompeu Martins à vereação trouxe uma nova atitude perante os mais jovens, apesar de serem alguns que andem a colher os louros nos discursos da praxe. Este novo cartão jovem municipal que vai oferecer aos jovens do Concelho descontos em viagens, transportes públicos, bilhetes de cinema, entrada em recintos desportivos, produtos e serviços no âmbito da cultura, lazer, comunicações, saúde, divertimentos nocturnos, festivais de Verão, entre muitas outras, tem a sua marca. Com mais vantagens, agora até aos 30 anos e com benefícios nacionais, internacionais e locais, o novo Cartão Jovem (que agrega o tradicional cartão e as vantagens do antigo cartão municipal) pode ser adquirido pelo valor unitário de 8€.
Todos os serviços públicos locais devem ter desconto para os mais jovens, inclusivé no Cine Teatro, apesar dos bilhetes serem bastante acessíveis. Uma ideia apenas para estimular mais ainda a adesão dos mais jovens ao espectáculos que merecem, muitas vezes, mais público.

02 novembro 2010

"Serviço Público..."


Esta semana ficamos a saber através de um jornal local o "chorudo" salário do nosso Presidente da Câmara. Se multiplicarmos esse vencimento por mais algumas centenas de autarcas e adjuntos, se a estes juntarmos as reformas e pensões vitalícias de mais algumas milhares de personalidades que nos representam ou representaram na Assembleia da República, nos Ministérios, Fundações Públicas e afins talvez possamos ficar com uma pequena ideia do "serviço público" que estes senhores prestam ao país em tempos de crise.
Ficamos a saber, também, que o Orçamento de Estado de 2011 contempla um total de vinte políticos do Governo que vão receber subsídio de alojamento. Por mês, os governantes têm 1400 euros ao seu dispor para arranjarem casa.
Entre os secretários de Estado, Laurentino Dias, apesar de ter residência oficial em Fafe, vai usufruir deste apoio.
O que dirão Professores, Enfermeiros, Polícias e outros funcionários públicos, deslocados como o Sr. Secretário de Estado, que têm um vencimento muito mais inferior e ajudas de alojamento não sabem o que isso significa na carteira ao fim do mês. No fundo, a ideia de que a crise está a ser paga por todos é falsa! Estes políticos de hoje e de ontem não são socialistas, nem sociais democratas. São meros capitalistas que prestam um melhor serviço a si próprios do que ao nosso país e que têm a sorte de viverem numa terra de brandos costumes onde a justiça não funciona e a corrupção é quase uma questão cultural.

Pedro Fernandes

29 outubro 2010

Cine Teatro NOVEMBRO

EM DESTAQUE: UHF
Dia 20, 21:30h, Preço 5 Eur
Toda a programação em http://teatrocinefafe.blogspot.com

26 outubro 2010

Mais um Tesourinho Deprimente...


Sinalização insuficiente ou condutor distraído?!

22 outubro 2010

Novamente o Ranking


Relativamente ao ano transacto, a Escola Secundária de Fafe quedou-se, no que diz respeito às classificações obtidas nos exames, pelo 430º lugar. Um lugar muito modesto, rivalizando com as piores escolas nacionais, incluindo muitas escolas problemáticas da região de Lisboa ou do interior mais profundo. Devo dizer que sou desconfiado relativamente a estes rankings. Comparam o incomparável. Só seria interessante, caso fornecessem às escolas públicas as mesmas condições para irem à guerra (escolha dos alunos, critérios disciplinares...) Haveria, com certeza, muitas surpresas. Contudo, isto não impede de termos uma reflexão profunda. Mesmo os responsáveis pela escola deviam tomar posições, avaliando as direcções pelo insucesso. Caso fosse necessário, demitiam-se.
Obviamente que Fafe, como temos vindo a dizer, nunca foi uma terra que valorizasse muito o conhecimento. Aí a escola é um reflexo. Sempre deu vantagem à ignorância face à sabedoria, sempre preferiu a emoção à racionalidade. Por isso, reconheço na escola a necessidade de um esforço hercúleo, mas também peço ao Pelouro da Cultura que promova a cultura científica. Só uma última nota, os partidos da oposição? Lembro-me, faz agora um ano, do comentário de Miguel Summavielle a este post.
António Daniel

18 outubro 2010

XI Jornadas de Cultura Alemã


No âmbito das XI Jornadas de Cultura Alemã, que se realizam em Braga, Fafe recebe (pela primeira vez) de 15 a 28 Outubro, um conjunto de iniciativas, organizadas pelo departamento de Estudos Germanísticos e Eslavos (DEGE) do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho, em parceria com o Município de Fafe.
Das iniciativas previstas, destaca-se a inauguração da exposição fotográfica/documental, intitulada «Ortszeit / Hora Local» e evocativa dos vinte anos da queda do Muro de Berlim, a qual ocorre esta sexta-feira, dia 15 de Outubro, às 15 horas, na Galeria da Casa da Cultura e estará patente até ao dia 28 do mesmo mês.
Evidencia-se, igualmente, o Ciclo de Cinema Contemporâneo Alemão – Encontro das Culturas [em colaboração com o Goethe Institut Portugal e Cineclube de Fafe], no auditório da Biblioteca Municipal, com a exibição dos filmes legendados Im Juli (Em Julho), de Fatih Akin (dia 15); One Day in Europe, de Hannes Stoehr (dia 19); Solino, de Fatih Akin (dia 24) e Grave Decisions, de Marcus H. Rosenmueller (dia 26), sempre às 21h30, com acesso livre.

13 outubro 2010

Fecho de Escolas


A propósito desta notícia seria bom esclarecer alguns pontos de vista. Ao contrário do que defendem os serviços centralizados do ME, a criação de mega-agrupamentos não determina a melhoria do ensino nem a tão socialista igualdade de oportunidades (utilizando o argumento da internet, há estudos interessantes como este). Pelo contrário, a concentração de crianças pode gerar fenómenos de Bulling ou outros que anteriormente estariam controlados. Creio que as crianças em idades precoces necessitam de enquandramento. Não falo de protecção, mas de acompanhamento. Por estes motivos, concordo em absoluto com a posição do Presidente da Junta e discordo da posição da Câmara. Se as coisas correrem mal, então quem criou estas políticas deve ser responsabilizado; caso corra bem, devemos conotar com uma mera sorte. Porquê? Porque o fecho das escolas não é suportado por estudos objectivos quanto à sua utilidade, as decisões são tomadas de acordo com agendas eleitorais e as pessoas não são consultadas. Não se pode fazer uma manif pequenina…? Claro que não! Já agora, o que pensa a oposição camarária?

António Daniel

08 outubro 2010

Algumas Ideias


A Juventude de Fafe escolheu 100 Ideias para o desenvolvimento concelhio. Enumeramos aqui algumas delas. O documento completo pode ser descarregado em http://www.wix.com/juventudecmf/fafe

JUVENTUDE
- Envolver jovens não organizados no Conselho Municipal da Juventude;
- Orçamento Participativo no município de Fafe;
- Face à necessidade de verbas para as associações, a Câmara deverá financiar as mesmas em função de um plano de actividades comprovado;
- Realização de uma Semana da Juventude;
- Criação da casa da Juventude.

DESPORTO
- Polidesportivos em todas as freguesias;
- Circuitos de Manutenção com aparelhos de Ginásio;
- Rentabilização da Pista de Cicloturismo e Corredor Verde (Parques de Lazer, Bebedouros, Pontos de Informação);
- Construção de mais campos de Ténis.

EDUCAÇÃO
- Alterar a metodologia de ensino, apostando em metodologias mais activas e participativas;
- Criar um gabinete coordenador dos Espaços Jovem na Câmara;
- Desenvolvimento de workshops inovadores;
- Investir nas actividades de Educação Não Formal.

EMANCIPAÇÃO JOVEM
- Feira de emprego e formação profissional anual;
- Promoção de oferta de habitação a preços acessíveis;
- Incentivo à não deslocalização dos jovens das freguesias de naturalidade;
- Criação de benefícios para jovens que comprem habitação;
- Incentivo ao restauro de habitações antigas.

TURISMO
- Festival Gastronómico Minhoto;
- Criação de um Museu de Arte contemporânea;
- Criação de um Museu Etnográfico;
- Festival de Verão Na Barragem de Queimadela;
- Criação de Roteiros Turísticos.

AMBIENTE E URBANISMO
- Requalificação e conservação urbanística;
- Identidade urbanística (carta arquitectónica e urbanística);
- Descentralização do trânsito do centro da cidade (centro urbano pedonal, novas praças e avenidas, circular urbana).

SAÚDE
- Disponibilizar mais métodos contraceptivos gratuitos;
- Maior fiscalização nos bares e discotecas, supermercados (verificação da idade, quer para consumir quer para entrar);
- Apoio à participação dos casos de violência doméstica.

CULTURA
- Criar site de divulgação de actividades culturais;
- Reutilização de um espaço (Teatro-Cinema ou Casa da Cultura) para encontros culturais, tertúlias, cafés concerto, etc;
- Apostar nos serviços educativos e promover formação através de workshops nas diferentes áreas artísticas;
- Promover novos eventos culturais que envolvam a população na sua organização;
- Reavaliar e estruturar os eventos já existentes, promovendo a inovação.

DIVERSIDADE CULTUAL E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
- Divulgar a cultura Fafense a nível internacional;
- Abertura de espaços de cultura e lazer.(Cinemas, Shopping, Desporto, Centros Jovens etc…);
- Criação de feiras culturais para atrair novas culturas e fomentar o multiculturalismo (feiras medievais , culturais , rurais , artísticas , rupestres, etc.…);

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
- Formação do movimento Associativo no sentido de ver aumentada a cooperação internacional;
- Criação de Protocolos para cooperação Internacional entre a Câmara Municipal de Fafe e entidades juvenis;
- Cooperação local com a Capital Europeia da Cultura (Guimarães: 2012) e a Capital Europeia da Juventude (Braga: 2012).

05 outubro 2010

Orçamento Participativo


“A penalização por não participares na política é acabares por ser governado pelos teus inferiores”, Platão

Nunca esta frase teve tanta actualidade. Portugal está transformado num manto de retalhos e de desigualdades sociais. A descrença, o medo e desnorte está instalado no nosso consciente colectivo. O estado do país é o reflexo da incompetência com que fomos governados durante anos a fio por políticos e gestores incompetentes, incapazes e alheados do cidadão e da realidade social. A minha geração que já emigra, mesmo com altas qualificações, que vai viver pior que a geração dos seus pais e outras que se seguem vão pagar bem caro o endividamento nacional e local. Por isso, é com natural receio que aguardo as políticas de futuro que nos esperam. Aguardo para saber, no caso concreto de Fafe, o que esperar das parcerias publico-privadas e dos investimentos que foram delineados pelo executivo municipal. É bom que estas questões sejam devidamente discutidas para que, futuramente, não estejamos a pagar por investimentos que se tornam, em muitos casos, autênticos desperdícios de dinheiro público.
Talvez esteja na altura de lançarmos a questão dos orçamentos participativos, ou seja, os orçamentos que são votados e propostos pelos cidadãos. Poucas cidades aderiram a este novo modelo de governação em Portugal, isto porque a abertura política dos nossos governantes é reduzida. Já por essa Europa fora, este modelo tem sido implementado em muitas cidades, inclusive muitas com a dimensão da nossa. O facto de as pessoas serem convidadas a discutir, a participar e a decidir investimentos implica uma mudança que nem todos estão preparados. Mas é um caminho e um caminho que convém começar a trilhar, seja por políticos, seja por cidadãos que ainda têm uma certa relutância em participar e em assumir as suas ideias.
Um dos bons exemplos desta participação é da cidade de Lisboa. No primeiro ano em que foi implementado o Orçamento Participativo numerosos ciclistas conseguiram que se fizesse aprovar a construção de várias ciclovias. No segundo ano, os defensores dos animais conseguiram a construção de um canil municipal.
Os decisores devem, por isso, fomentar essa participação e os cidadãos têm o dever de agir. Essa participação pode ser iniciada nos orçamentos participativos mas não só. Em Fafe, recentemente o projecto “Juventude 2010 – 100 anos, 100 ideias para Participar”, promovida pelo Pelouro da Juventude foi um bom prenúncio das iniciativas que se querem para o futuro em que o papel dos cidadãos é de vital importância para a auscultação das políticas públicas. Embora a adesão não tenha sido a melhor e, aqui também lamento o facto das juventudes partidárias contrárias ao poder vigente só participarem quando esse trabalho convenha mais ao partido do que ao concelho, aguardo com expectativa a divulgação dos resultados mas não posso deixar de felicitar o grande mentor desta iniciativa, o Vereador Pompeu Martins. O caminho passa, pois, por alargar o campo de decisão aos cidadãos. As pessoas não se podem alhear de participar. Caso contrário, seremos sempre meros espectadores.

Pedro Fernandes

01 outubro 2010

Cine Teatro OUTUBRO

EM DESTAQUE: "Trabalhadores do Comércio"
Dia 16, 21:30h, Preço 5 Eur
Toda a programação em http://teatrocinefafe.blogspot.com

27 setembro 2010

O Padre que tenta meter Medo com o Inferno... Já Não Cola!!


Há muito pouco tempo, um sacerdote católico, que de ilustre nem a camisa que vestia, desesperado com o seu povo, resolveu lançar uns açoites ‘aos pobres de espírito’ que ainda acreditam na doutrina de Cristo e eu estava lá!
As primeiras palavras foram desastrosas, a parte economicista falou mais alto e o senhor abade lá teve de dizer ao povinho que estavam a dar pouco dinheiro, ‘até apareceu um envelope com 7 euros, ora vejam lá, que nem dá para ir comer ao restaurante’ – exclamava o padre todo indignado. Obviamente não disse nada, afinal eu era apenas mais um pobre pecador e ficava muito mal dizer ‘fosse o que fosse’, mas se o dissesse então é que diriam de mim ‘nem parece um doutor’, isto porque não acompanho com as manias do importantismo da doutorice provinciana.
O que me apetecia mesmo era dizer: Ó chefe, coma em casa que eu também como!
Contudo, a festa não acabava por aqui, o prior não andava preocupado com os jantares, simplesmente, andava também a contar os tostões, porque as suas visitas a um hotel já eram frequentes e, lá está, as investidas são caras.
Eis que surge a confusão, toda a gente já sabe e inicia a caça às bruxas, quem disse mal do senhor padre vai para o Inferno! Querem difamar o homem! Coitadinho! E este, na homilia, voltava a insistir: «na religião muçulmana quem disser mal do seu líder é condenado».
De facto, até parece perceber alguma coisa de religião, mas não da católica, porque nessa já não é assim. Claro, ‘os pobres e pecadores’ temiam ser apontados em cima do altar, até porque o senhor prior em vez de dar umas chicotadas nas costas andava a ligar para as pessoas a ameaçar que lhes punha um processo em tribunal. A nossa dúvida era só uma: como é que sabia que esta ou aquela pessoa disse mal dele? A resposta é simples: os lacaios se não gostavam de um vizinho iam acusar ao padre, mesmo que não fosse verdade.
Ora vejam bem, voltamos ao tempo da PIDE. Os padres voltam a ser santos e nunca cometem pecados e quem os difamar a si ou aos seus protegidos, que bebem todos do mesmo copo, está tramado…
É claro que eu sou católico, mas não acredito nestas seitas em volta do catolicismo. Mas, apesar deste mau exemplo, ainda acredito em bons padres.
Fora isto, tudo bem!
(Qualquer semelhança com alguma realidade é pura coincidência!)

Pedro Sousa

20 setembro 2010

Literacia e Iliteracia


Aconteceu ler quase em simultâneo dois textos. Um do presente blogue, que mostrava um trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina de Área de Projecto da turma 12º M da Escola Secundária e um outro texto que, embora não se refira directamente a Fafe, difunde uma realidade não muito diferente. Ambos os textos se referem à mesma problemática: a educação. Não me estou a referir, obviamente, a questões cívicas mas ao ensino, ao conhecimento. Se o post do blogue que dá conta do trabalho desenvolvido pelas alunas Sofia Rodrigues, Rita Marinho, Cidália Cunha, Joana Gonçalves e Patrícia Silva, nos enche de orgulho, o outro texto remete-nos para uma realidade que está aí ao «virar da esquina». Por muita responsabilidade que os executivos camarários possuam, pouco podem fazer quando existe uma óbvia resistência ao conhecimento. Contudo, podem aligeirar as assimetrias. Se exceptuarmos uma percentagem mínima de pessoas, a grande maioria da população de Fafe possui habilitações muito abaixo da média nacional. O «chico-espertismo» é um valor predominante face ao que realmente seria necessário: o rasgo do conhecimento. O conhecimento abre horizontes. Não torna as pessoas melhores, o intelectualismo moral não se justifica, mas difunde uma perspectiva englobante que pode muito bem fomentar melhores soluções para o nosso atraso. Não falo de conhecimento superficial, falo em literacia científica. A Câmara Municipal, juntamente com as escolas do Concelho, pode e deve fazer mais. A cultura também é ciência e a ciência é cultura.

António Daniel

P.S. - http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Celorico%20de%20Basto&Option=Interior&content_id=1603879

15 setembro 2010

Foi em Serafão !!


Fafe é amável. Em tempos, queixava-me da sua monotonia. Contudo, agora descobri o encanto deste município que de monótono – afinal - nada tem. Daqui advém a sua amabilidade e fascínio. É um lugar facilmente retratável num daqueles romances em que a cada página há um novo acontecimento que, apesar de não alterar o rumo da história – que é invariavelmente a mesma -, lhe dá aquele pique de intensidade e de (des)interesse. Às vezes, parece que a intensidade se esvai e a última página – a do desfecho – se aproxima, mas não! Vem sempre uma novidade e o livro não tem fim. Começo, sinceramente, a ficar farto deste livro. Gostava que neste romance a tolice pudesse ser proibida ou considerada crime, tanto me dá.
Não gosto muito de o fazer, mas vejo-me forçado a relatar uma situação que me é “próxima”. Tento ser imparcial e distanciar-me. Reconheço que pode parecer que não o faço. De tão gritante considerar o assunto e de tanto me moer as entranhas, tenho real dificuldade em fazê-lo.
Passo a contar a história digna de livro de contos.
Ainda era eu uma criança, bem pequena por sinal, quando me recordo de uma das pessoas que mais admiro ainda hoje, o meu querido avô, ter adquirido - na sua aldeia - um espaço, onde queria permanecer quando os seus dias se acabassem. Então – para não mentir – não sei bem como se passou, em pormenor, na época. Sei que, na aldeia, havia um sítio que aprendi a designar por jazigo de família. Quem me ensinou não me recordo ao certo, mas nos dias de romaria, ou de finados, foi ali que fui ensinado a avivar na memória os meus antepassados.
Entretanto, como a todos, ao meu avô os dias acabaram.
Há tempos, apesar de não prezar essa forma de me recordar das pessoas que considero sempre presentes, dirigi-me (e ainda bem) ao local que o meu avô tinha reservado para si. Ao lá estar, por momentos, voltei a ter o pensamento de criança, de quando o meu avô me ensinava coisas novas, que dele faziam o ser mais inteligente no planeta. Porquê? Ainda imbuído nesse infantil raciocínio, julguei que tivesse escolhido o melhor local da aldeia para repousar… Creio que o meu avô escolheu um terreno normal, ou até nem escolheu, tendo-se limitado a um que lhe tenham atribuído. Porém, alguém após a sua morte decidiu que ali era o melhor ponto da freguesia para pôr outra pessoa a descansar. Então? Um excelentíssimo senhor resolveu que – ao contrário do que mandam as leis da matéria, sim há leis! – o meu avô poderia ter um vizinho germinado. Deixou construir-se, há poucos meses, uma bela capela a “colada” à campa rasa que alberga os meus familiares. (O lugar deve mesmo ser óptimo para o descanso final. Julgava, até então, esta espécie de terrenos todos iguais.)
Pensava eu, nesse tempo (poucos meses atrás) “Bem, se não está de acordo com a lei, vai ser demolido tal edifício e deixarão que o sol brilhe sobre o «melhor» terreno da freguesia”. Surpresa minha, tal não aconteceu.
Resolução quererá o leitor saber depois de tanta parra com pouca uva.
A junta de freguesia, que prefiro classificar de inábil, para não utilizar a demais adjectivação que a brilhante Língua Portuguesa nos empresta, soluciona o problema: o meu avô que ali jaz por direito (comprou um terreno, é direito privado), junto de outros familiares, vai por decisão de um executivo (nem sei se é assim que se lhe chama), que de executivo nada tem aos meus olhos, ser transferido para outro terreno que ele não comprou e não edificou e onde não sei se ele se “sentirá” bem. Se foi ali que ele construiu a sua última morada, porque haverá de ir descansar para outro talhão?
A Junta de Freguesia decidiu que assumirá os custos de uma nova edificação - similar à original - para o meu avô, noutra rua, que mais não fez do que estar, na morte, como na vida, descansado ao seu canto.
O que encontro de mais caricato nesta situação é que, quem apenas suas obrigações cumpriu, não pode imaginar-se no direito de usufruir do que é seu – o seu canto. Contudo, quem depois chegou e as leis infringiu (sim, a obra foi embargada, apesar de ter continuado), ficará nesse local, com a opulência da sua nobre moradia sobre a rasa campa de meu avô (que já lá estava, há mais de uma dezena de anos).
Resumindo, estava tudo bem, quem levou com um vizinho “ilegal” é corrido, ficando o vizinho no seu sítio “ilegal”. A Freguesia (note-se: todos nós!, contribuintes) oferece-se a pagar um novo jazigo ao meu avô. Então, um qualquer indivíduo prevarica e o sector público não só encobre todas as ilegalidades (desde a construção fora de medidas, a continuação de uma obra embargada, etc), como ainda suporta os custos de deslocalização de quem estava bem e passou a estar sufocado por um vizinho desrespeitador. Caso para dizer, o crime compensa (e dá prejuízo ao estado).
Pela memória do meu avô, pela vontade de preservar na memória o que de melhor me transmitiu (o respeito), não consigo deixar de homenagear – respeitosamente - o sujeito que esta situação gerou. Escrevi este texto pois era a única forma que tinha de deixar ao senhor Presidente da Junta de Freguesia - cuja homenagem nem ouso aprofundar dada a imperfeição dos pretéritos que me ocorrem - o meu agradecimento público por ser mau autarca, por lesar (desnecessariamente) o estado em uns milhares de euros e por não ter em consideração os meus antepassados.
Se aos meus não respeita, suspeito que também não respeitará os demais, por isso auguro que se redima à sua original vida que não a de condutor dos destinos da freguesia onde barbaridades afins será capaz de cometer.

João Coimbra

Ps: No fundo, isto não o deve preocupar. Não voto na sua freguesia, por isso não se importune com a minha fugaz reclamação…
Haja paciência!

11 setembro 2010

Arcada


Qualquer aldeia, vila ou cidade possui em si, para encontrar e ser encontrada, um marco arquitectónico, uma valência maior, uma força marcante do seu espaço. Fafe está muito ligada à Arcada, o seu centro, o seu coração e o seu significado. Com o passar do tempo, qual ser humano em varias operações, sofreu as suas obras de restauro, modificação e adaptação a uma população que ia crescendo mas tinha sempre em mente manter a sua raiz bem marcada.
Quando nos visitam, apresentamos sempre a Arcada como se fosse uma bela sala de estar! Sejam as casas brasileiras, seja o ladrilhado do chão, é aqui que damos ao visitante um pouco do melhor que a cidade pode oferecer. Nesses metros quadrados traçam um retrato robô da outrora Montelongo e levam nas suas mentes a ideia real e a qual queremos transmitir. Uma cidade nova, acolhedora e que se desenvolva! Que a Arcada continue a ser um bom espelho e que a preservemos e mantenhamos sempre a identidade cultural. Fafe somos nós!

João Castro

08 setembro 2010

Projecto "Juventude 2010"


O Município de Fafe convida todos os interessados a assistir à sessão final do Projecto "Juventude 2010: 100 anos, 100 ideias para participar”, a ter lugar no Salão Nobre da Câmara
Municipal de Fafe pelas 09h00 no dia 11 de Setembro (Sábado). Este projecto insere-se no
programa de comemorações do centenário da implantação da República em Portugal, realçando a necessidade de auscultação dos anseios dos jovens no âmbito de uma planificação participada de
políticas municipais de juventude, e conta com a presença da bolsa de formadores do Conselho Nacional de Juventude (CNJ), a mais experiente equipa em Portugal no sector.

Para mais informações: www.wix.com/juventudecmf/fafe

06 setembro 2010

Cine Teatro SETEMBRO

EM DESTAQUE: "Lena D`Água" - Viagem Musical aos Anos 80, Os maiores êxitos da cantora acompanhada pelo guitarrista Tahina.
Dia 25, 21:30h, Preço: 5 Eur
Toda a programação em http://teatrocinefafe.blogspot.com

03 setembro 2010

Respeito !!


Tenho uma solicitação de amizade de uma página Facebook titulada "Costinha Fafe" que vou recusar.
Para quem não sabe, o Costinha é uma pessoa especial, figura emblemática das ruas de Fafe, igual a tantos outros de outras tantas terras portuguesas, que noutros tempos caía na categoria dos loucos da terra e que agora, muito mais justamente, apelidamos de pessoas com deficiência, embora as mais recentes abordagens recusem esta designação optando pela diferença. Pessoa diferente portanto!
Diferente pelo menos ao ponto de não conseguir dominar as ferramentas necessárias ao registo e à manutenção de uma página pessoal no Facebook. Incapaz de compreender as subtilezas da vida moderna, analfabeto e certamente, muito seguramente, ignorante do funcionamento, e da utilidade pessoal, destas e outras redes sociais com plataforma na internet.
Sei que tudo é, quase tudo, permitido na rede, mas exijo para mim e para com quem me relaciono um respeito profundo pelo ser humano. Senão bloqueio e denuncio!
Também aqui há que haver sanções ao mau comportamento, ao desvio e ao desrespeito pelos outros. E é isso que nesta construção não cabe o respeito que o Costinha nos merece. Não faço a mínima ideia de quem foi a originalidade desta página, nem a motivação que o(s) anima, que até pode ser perfeitamente benévola, de simpatia pela pessoa em causa, mas lembro ao arquitecto de tal página que o Costinha, tal como todos nós, é detentor de pleno direitos relativos à integridade da sua imagem, personalidade e identidade. Tudo aspectos que são violados pela página em questão!
Deixo aqui um apelo ao autor de tal mau gosto, ponha-lhe um fim em nome dos princípios que enunciei, e que são garantidos legalmente para mim, para si e para os seus, como quero que sejam para o Costinha.

Para consulta rápida, para se perceber do que estou a falar:

http://pt-pt.facebook.com/people/Costinha-Fafe/100001483511154

http://www.facebook.com/terms.php?ref=pf

Albino Costa

30 agosto 2010

A ADDAF e o Voluntariado em Fafe


Decorreu nos passados dias 14 e 15 de Agosto mais uma campanha de angariação de alimentos para animais, na qual a ADDAF, colaboradora (e verdadeira impulsionadora) do canil municipal, participou activamente, promovendo a iniciativa. Durante a campanha, foram ainda colocados, na parte exterior do Intermarché (local onde decorreu), animais do canil para adopção.
Como voluntária neste tipo de campanhas, ainda que recentemente, senti-me no dever (moral) de escrever sobre o assunto. De facto, as pessoas vão sendo generosas e os resultados não são de todo maus. Mas é também verdade que o respeito pelos voluntários é muito pouco. As pessoas que nós “chateamos” esquecem sobretudo que estamos ali por (e apenas por) amor, muito amor aos animais. Muitos voluntários abdicam do seu fim-de-semana para poderem estar ali, ainda que por umas horas, a fazer de “chato”. É penoso. Eu não gosto… Mas gosto muito de ajudar os animais e por isso levanto-me cedo ao Sábado ou ao Domingo e enfrento umas horitas a ouvir os outros dizerem que “há muitas criancinhas a morrer à fome e vocês aí a pedirem para os animais!”.
Minha gente, permitam-me, quando quiserem trocar de lugar é só dizer. É preciso um pouco mais de respeito pelos voluntários deste país. É efectivamente preciso ser-se voluntário para compreender!
Ainda assim, muito obrigado a todos os que ajudaram e àqueles que, ainda que não tenham ajudado, deram uma palavra simpática e se dignaram a simplesmente dizer que “não dá”. Uma palavrinha ainda às entidades municipais para que haja uma maior sensibilidade por esta causa. Tratar dos animais também é preciso! E fica sempre bem…

Sofia Rodrigues

P.S. - Quem estiver interessado pode ser sócio do canil por uns simbólicos 12Eur anuais. Podem salvar vidas, ainda que a ADDAF tenha já, com os seus poucos meios, evitado muitos abates! São pessoas a quem devemos tanto sem saber, porque tratam dos nossos animais e, afinal de contas, “limpam as ruas”! VOLUNTÁRIOS PRECISAM-SE. Visitem-nos em http://www.addaf.com

25 agosto 2010

Desporto no Multiusos


Nos próximos dias, o Pavilhão Multiusos recebe dois acontecimentos desportivos relevantes. Amanhã, joga-se um jogo de apuramento para o Campeonato de Europa de Basquetebol com a presença da Selecção Portuguesa. Sexta e Sábado realiza-se o primeiro Torneio de Futsal da Cidade de Fafe com a presença de equipas da 1ª divisão nacional, onde se destaca a presença do SL Benfica, actual Campeão Europeu da modalidade.

BASQUETEBOL - APURAMENTO PARA O CAMPEONATO DE EUROPA DE SENIORES

Quinta, dia 26 Agosto, 21:30h - Jogo Portugal / Geórgia

TORNEIO DE FUTSAL CIDADE DE FAFE

Sexta, dia 27 Agosto, 20:30h - Modicus / Fundação Jorge Antunes

Sexta, dia 27 Agosto, 22:15h - SL Benfica / Boavista

Sábado, dia 28 Agosto, 15:30h - 3º e 4º Lugares

Sábado, dia 28 Agosto, 17:30h - Final

23 agosto 2010

Fafe - A Sala de Visitas do Minho

Uma vídeo-reportagem sobre o nosso concelho em destaque no site MaisPortugal.Com

18 agosto 2010

A Língua e o Protocolo


Sempre que havia necessidade, desciam à vila as almas agrestes do alto do Concelho. Vinham nos seus carros de bois e com estes transportavam as agruras da realidade. Esta realidade, que actualmente gostamos de negar, marcava presença em todos os gestos e palavras. Sempre admirei esta gente. O esforço, a glória da luta face ao impiedoso tempo, fornecia-lhes legitimidade para o uso e abuso de certas palavras.
Normalmente o dizer «asneiras» cai mal. Não gostamos de ouvir um lisboeta burguês, normalmente migrante, a usar certos termos. «Foda-se» e «Caralho» é património nosso e só nas gentes que não negam a realidade fica bem o calão malcriado.
A minha Avó Florinda possuía defeitos e virtudes que a faziam uma Mulher. Uma das inúmeras virtudes, por profissionalismo mas também por ser uma idiossincrasia, consistia em receber bem essas gentes oriundas do alto do concelho. Nos idos anos 40 do século passado, refugiavam-se no Assento como primeiro poiso para a aventura na vila, geralmente para comércio de gado ou para resolução de outros problemas. Certo dia, uma mãe ciosa da sua tarefa, desconsolada pela frustrante aventura, dirigiu-se à minha avó dizendo que ao seu filho, com cerca de 7 anos, não fora possível «tirar a chapa» - vulgo radiografia – porque, nas suas responsáveis palavras, «o miúdo cagou-se». Como a prova é sempre exigida quando a realidade afecta, procurou a confirmação por parte do filho. Disse: «não foi filho, não te cagaste?» ao que o filho, educada e humildemente, como o protocolo exigia, respondeu: «caguei-me, sim, minha senhora».
Reparem na singela presença da postura educada e a correspondente realidade nua e crua. É o nosso protocolo.

António Daniel

16 agosto 2010

"A Minha Rua"


"A Minha Rua" permite a todos os cidadãos reportar as mais variadas situações relativas a espaços públicos, desde a iluminação, jardins, passando por veículos abandonados ou a recolha de electrodomésticos danificados. Com fotografia ou apenas em texto, todos os relatos são encaminhados para a Junta de Freguesia, que lhe dará conhecimento sobre o processo e eventual resolução do problema.
O município de Fafe também já aderiu a esta iniciativa e os cidadãos podem comunicar as mais variadas situações à Câmara Municipal ou à sua Junta de Freguesia através do seguinte endereço electrónico:

http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/aminharua/situationreport.aspx

11 agosto 2010

Uma Imagem a Rever


O nosso concelho não tem aparecido nas primeiras páginas da comunicação social pelos melhores motivos. Quando Fafe é notícia falamos na Ministra da Educação e nos “Ovos de Fafe”, no Bispo de Braga ou no Padre Lopes, nos Incêndios de Verão, em Tiroteio ou no Bruxo de Fafe...
As recentes polémicas em que nos envolvemos não fortaleceram a nossa imagem, antes pelo contrário. No caso do Padre Lopes e, apesar das duvidosas e manietadas reportagens televisivas, voltamos a dar uma imagem de um provincianismo e de uma fama de arruaceiros que tão cedo não nos livramos.
É muito importante mostrarmos o desagrado da população quando assim o entendermos mas também é de vital importância atentarmos à forma como o fazemos.
Hoje em dia, assume uma importância fulcral na sociedade e nas políticas públicas haver estratégias de comunicação que garantam não só uma informação e comunicação clara, como também a preservação de uma boa imagem.
Nesse aspecto, as nossas entidades mais representativas têm responsabilidades acrescidas. A imagem que, ainda hoje, as pessoas têm de Fafe não é a melhor e os epítetos “Sala de Visitas do Minho” ou o “Amor de Cidade” não promovem, isoladamente, uma ideia de cidade, nem tão pouco mudam a nossa “fama” de justiceiros. A estes chavões têm que estar associadas iniciativas verdadeiramente originais e diferenciadoras. Já aqui foi dito neste espaço que o futuro pertence a cidades criativas e capazes de inovar. Capazes de se diferenciarem, capazes de captarem novos públicos e de qualidade...
Estamos a ano e meio de termos uma cidade vizinha como Capital Europeia da Cultura. O grande impacto que terá na cidade de Guimarães este acontecimento ao receber artistas de grande nível europeu e mundial, espectáculos únicos, o envolvimento das pessoas, a promoção de uma região e de um destino turístico será benéfica para todos, inclusive para municípios limítrofes como Fafe.
Talvez seja uma boa oportunidade de promovermos o nosso concelho, de potencializarmos o nosso turismo rural, a nossa gastronomia, a nossa natureza e daí retirarmos ideias e, quem sabe, recebermos alguns espectáculos integrados nesse acontecimento. No entanto, para isso, talvez seja preciso investir seriamente numa nova política de comunicação aliada a um investimento em algo inovador que fortaleça a nossa imagem de um concelho rural mas moderno e criativo.
Parece-me que a imagem que promovemos de Fafe não é a melhor e há que mudar isso, caso pretendamos crescer, tanto turisticamente, como culturalmente.

Pedro Fernandes

08 agosto 2010

Programa da RTP emite em Fafe


O programa Verão Total, que preenche as manhãs da RTP 1 durante o período estival, vai ser emitido a partir da cidade de Fafe, no próximo dia 10 de Agosto (terça-feira), entre as 10h00 e as 13h00.
O programa, que terá como palco a Praça 25 de Abril, no coração da cidade, é apresentado por Tânia Ribas de Oliveira e Hélder Reis.
Como é usual neste tipo de emissões, durante três horas Fafe vai ser motivo de entrevistas e reportagens, nas suas potencialidades e realizações, nas áreas das actividades típicas, do empreendedorismo, das curiosidades, do turismo e da gastronomia, do artesanato, do associativismo musical, entre outras, a que não faltará, obviamente, a intervenção do Presidente da Câmara para enquadrar a actividade municipal.
A organização do programa gostaria que o maior número de fafenses participasse na emissão, a partir do centro da cidade.

04 agosto 2010

Pensando Bem...


Mais vezes que o possa parecer, tenho o hábito de utilizar o que de mais elementar nos distingue como seres humanos: a cabeça. Fi-lo, a respeito da “Gente da Minha Terra”. Parei para reflectir acerca de Fafe dos últimos tempos.
Então? Correu e corre toda a imprensa nacional a grandiosa notícia de que o reverendo Pároco de Santa Eulália de Fafe está em senda de retirada (por vontade doutrem) e os paroquianos em rota de colisão com o bispo que tal ordenou.
Nada me pode entristecer mais! (de momento note-se, porque a capacidade de me surpreender não se esgota nesta terra). Não pela saída do Padre em si. Mais padre menos padre, tanto me dá. Apesar de ter em abundante consideração o abade em questão, choca-me que a população da terra que considero minha, apenas se junte para tentar impedir a saída de um padre.
Fico incrédulo com uma notícia que sugere que foram recolhidas 6700 assinaturas pela não saída de um Padre desta cidade. Utilizando matemática similar: uma petição com este número de assinaturas, teria sido suficiente para levar a plenário da Assembleia da República assuntos como o do Serviço de Urgência de Fafe, que teria dado outra imagem que não a de uma fiel aceitação de tal medida encapotada por todos os quadrantes políticos ao abrigo saiba-se lá bem do quê. Não consigo deixar de que um assunto deste género e este tipo de incongruência me cause um enorme prurido. Avivo na minha memória o fim do comboio, da PT e EDP, a alteração do Serviço de Urgência, a construção da via rápida Fafe-Guimarães com apenas uma faixa de rodagem para cada sentido, fecho da maternidade, fecho da esquadra da polícia,entre outras afins. Porém, o padre é mais importante…
A ilação que retiro é que Fafe se contenta com piores serviços de saúde, piores serviços públicos, falta de assistência pública, em geral. Sossega-me que quando as pessoas estiverem para ser assaltadas ou gravemente doentes, neste concelho, terão a bondade de se dirigir a uma qualquer igreja, já que – aparentemente – funciona algo do género Loja do Cidadão, em que tudo se resolve. Fafenses com problemas, desde falhas na electricidade, filhos para nascer, tumores para tratar, contas para pagar ou com desavenças com os vizinhos, querem dirigir-se à paróquia da respectiva freguesia, ao que parece.
Reconheço que o Senhor Padre é uma figura de referência na freguesia, e não só. Empertiga-me, revolta-me a incoerência dos mesmos “crentes” (pelo menos nos dias de festa) que agora vistos na “manif”, há meia dúzia de anos, enxovalhavam, ainda que em cochicho – assumir em público é transgressão eclesiástica -, o mesmo Padre de mercenário, e outros nomes afins nada abonatórios. O sinal de construção de uma nova igreja numa época de deflação do número de praticantes (e ainda mais da economia nacional), acompanhada de um panfleto que percorreu todas as caixas de correio com uma frase do género “exijo às famílias 200euros” (não literal, mas em sinonímia) não foi de bom-tom, nem pacífico. Também, se esquecem situações como a de um tal inquérito, que interpreto como uma vontade ávida da igreja fafense se juntar à Direcção Geral de Impostos ou ao Instituto Nacional de Estatística, de tal profundidade económica era a informação requerida. Contudo, agora já tudo passou e os mesmos são todos muito amigos. Esta situação está-se – para mim – a assemelhar a uma daquelas típicas do festival da morte, em que após esta somos todos boas pessoas. Nesta situação, ninguém faleceu, pelo que a congruência opinativa se deveria manter. É injustificável que muitos dos críticos e não praticantes do “culto” se revejam em manifestações e demais formas de apoio quando, há não muito tempo, acusavam “disto e daquilo”. Situação que de tão hilariante só pode dar para rir.
Em suma, trata-se de uma questão de inversão de prioridades nestas gentes – e, bem pior, de falta de lógica e coerência - que não percebo, mas também reconheço que não me vou esforçar para perceber….
Urge utilizar o que de mais santo deus nos deu. O desuso crónico dos neurónios – este sim – um pecado.

João Coimbra

Ps: Não sou entendido de igrejas nem afins, mas ainda julgava que o culto da adoração da Igreja Católica era a Deus e não a um mortal, mas isto são contas de um rosário que não é o meu.

01 agosto 2010

Tesourinho Deprimente...













Caminho pedonal público em Arões S. Romão em uso há mais de 25 anos, transformou-se em Acesso Privado...

Luís Peixoto

27 julho 2010

Reino dos Céus


Não me vou preocupar em avaliar a justiça da destituição do Padre Lopes nem as reacções desencadeadas pela população. Já disse que respeito o sacerdote, nas suas mais variadas valências e virtudes. Interessa-me, somente, descortinar as razões subjacentes a essas reacções. Um leitor do blogue disse, e muito bem, que semelhantes manifestações justificar-se-iam em acontecimentos passados, tanto ou mais graves do que a saída do Pároco Lopes.
A figura do Pároco possuiu sempre uma importância vital em Fafe. O Cónego Leite de Araújo representou uma época, protagonizando medidas que, bem ou mal – julgo que mais bem que mal – marcaram indelevelmente os destinos de Fafe. Possuía liderança e protagonizava lutas políticas, justificadas pelos tempos «ideológicos» das décadas de 70 e 80. A partir daí, o pároco começou a funcionar como um referencial.
Este referencial apresentava-se de acordo com duas nuances: primeiramente, revestia-se de um referencial culto, o que lhe dava um substancial poder sobre os partidos de esquerda que, apesar do apoio popular, nunca possuíam uma verdadeira inteligentzia; por outro lado, nos partidos de direita granjeava respeitabilidade e, até, um poder paternal. Curiosamente, seria este poder paternal que lhe forneceria legitimidade popular. O pai é tanto mais forte quanto menos disser. A dicção do Cónego era tão fraca que as pessoas pouco percebiam as homilias, mostrando-nos que mais importante do que a matéria é a forma do que é dito.
Com uma herança destas, o Padre Lopes «movia-se» bem, apesar da tarefa não ser fácil em virtude da herança. Muito «terra-a-terra», com discurso acessível, tornou-se, aos poucos, filho do povo e, simultaneamente, frequentava os círculos ditos cultos. Havia, e há, uma unidade convergente na sua pessoa, como bem se viu nos protestos.
Estas formas do exercício do poder eclesiástico promoviam a ideia fundamental do catolicismo: a unidade. As pessoas de Fafe, e possivelmente do resto do país, gostam disto. Gostam de protecção e de alguém que pense e execute por elas. Não me refiro pura e simplesmente ao espírito do «rebanho», mas à forma patriarcal com que os representantes eclesiásticos exercem as suas funções. Perdendo-se o pai, perde-se o norte.

António Daniel

17 julho 2010

Mobilização


É o assunto dominante nas conversas em Fafe e o mesmo está a despertar o interesse da comunicação social e a mobilização dos fafenses como há muito tempo não se via. O Padre Lopes poderá estar de saída e a população não se conforma com a decisão do Bispo de Braga. Correm abaixo assinados, há grupos no Facebook a exigir a permanência do pároco, uma comissão fafense foi recebida no paço episcopal de Braga e está agendada uma manifestação para Domingo, às 11 horas, aquando da realização da missa na Igreja Nova.
Tudo isto porque os fafenses não querem o Padre Lopes fora de Fafe!

14 julho 2010

Pontapés

http://montelongodesportivo.blogspot.com/2010/07/parcidio-cabral-lidera-regresso-do-gd.html
Quando li esta notícia fiquei com a sensação que Parcídio quer, definitivamente, afirmar-se como um sério manager. O Regadas, com todo o respeito que me merece, não tem o direito de rivalizar com as actividades políticas de Parcídio. Ou muito me engano, ou parece haver uma instrumentalização do Regadas para retirar Parcídio das «movidas» políticas. Não será leviano, até, pensarmos em alguma estratégia menos escorreita do PS para retirar Parcídio da corrida do poder. Não me parece que a exigência desportiva de uma 2ª divisão distrital seja compatível com a produção política de Parcídio. Ou será que Parcídio quer atacar Regadas? Sim, Maquiavel defendia que a melhor forma de conquistarmos um povo seria proteger a sua actividade cultural. Ao respeitar o futebol de Regadas, Parcídio está a respeitar o povo de Regadas. Bom, o certo é que Parcídio faz o que bem lhe apetece, o que abona a seu favor e lhe dá uma aparência romântica.

António Daniel

10 julho 2010

As Festas da Cidade 2010

Já arrancaram, neste fim de semana, as celebrações das Festas da Cidade de Fafe em honra de Nossa Senhora de Antime. O Programa oficial, com menos dinheiro que anos passados, cumpre a tradição. Para além das festividades de cariz mais religioso, existe uma animação musical "eclética", o tradicional fogo de artifício, animação de rua e a promoção da nossa gastronomia local.
Afinal, o que tem de bom e de mau o programa deste ano? O que deveria ser melhorado nas próximas edições? O que faz falta e o que poder-se-ia evitar?

07 julho 2010

Teatro Cinema de Fafe


Uma cidade sem história é como um porto sem embarcações! A sua existência reduz-se ao momento, ao instante perene, em que o costume não se enraíza, a vontade não transborda e o marasmo mais tarde ou mais cedo começa a existir!
Não sou do tempo, em que os jovens como eu brincavam no Teatro Cinema de Fafe! Sentado na esplanada de um café, oiço histórias deliciosas dos mais velhos, retratando as pequenas travessuras que se realizavam naquele espaço emblemático, entre duas jogadas de futebol e os primeiros namoricos. Nos olhos desta gente vejo saudade, muita falta desse orgulho lusitano, espelhado na carência da obra que foi o ex-líbris da cidade. O cineteatro engalanava-se para assistir às peças teatrais, as senhoras ornavam-se dos seus melhores vestidos e os cavalheiros aprumavam o seu melhor fato, ali os amigos reviam-se, as experiências da vida circulavam, a História construía-se passo a passo, algures naquele local a alegria das pessoas, de forma mágica as preparava para uma semana de trabalho muito melhor!
Passados muitos anos, o Teatro Cinema reabriu! Sentado na esplanada de um café, vejo os olhos esfuziantes de contentamento dos mais velhos, ao constatarem que a sua pedra filosofal voltou a existir. Reparo nas lágrimas de alegria, nas vivências que se pretendem repetir, constato que os mais velhos passam mensagem aos mais novos. Que usufruam, que cuidem e que preservem este nobre espaço da cidade. Como ele está belo, monumental, esplêndido, por todos os seus poros respira-se cultura, história e contentamento! Obrigado Fafe! Obrigado às gentes que trabalharam nessa reconstrução, em cada pedra que recolocaram, cada material que utilizaram, foram escrevendo a gesta, compondo milhares de sorrisos aos Fafenses, com o vosso suor e dedicação, fizeram renascer das cinzas a menina dos nossos olhos!

João Castro

04 julho 2010

Empreendedorismo e Inovação


A SMS - Soluções de Mobilidade Sustentável "vai começar a fabricar, já este mês de Julho", o Little Four, o primeiro carro eléctrico produzido em série em Portugal", revela Fabien Macaire, gerente da empresa sedeada em Fafe.
Os primeiros dez veículos serão exportados para França, no âmbito de "uma encomenda de 20 carros, a fornecer até final do ano", acrescenta o responsável.
As duas dezenas de viaturas representam "metade das vendas previstas para este ano". Em 2011 a empresa prevê aumentar "a produção para 140 carros".
Fabien Macaire falou à agência Lusa em Conímbriga, onde a empresa apresentou o Little Four, no âmbito de um seminário com que a ISA (Intelligent Sensing Anywhere) comemora o 20.º aniversário e assinala o "arranque oficial" do seu laboratório vivo (living lab).
Embora o motor seja importado de França, o Little Four incorpora "65% de componentes de fabrico nacional", diz Carlos Ramos, também gerente da SMS.
Com um desenho que faz lembrar os velhos Mini Moke ou Méhari, o Little Four surgirá, para além deste, com os modelos fechado (também com dois ou quatro lugares) e comercial, cujo fabrico será iniciado em Setembro.
O modelo comercial é uma das "maiores apostas" da SMS, pois, como afirma, à Lusa, Carlos Ramos, as suas "características reúnem condições para servir as necessidades das empresas", designadamente, das que operam em meios urbanos.
"Homologado como quadriciclo pesado", este carro eléctrico tem uma autonomia de 100 quilómetros. A carga total da bateria demora cerca de quatro horas (carga rápida) ou seis a oito horas (carga lenta), acrescenta Carlos Ramos.
"Com tarifa bi-horária, um carregamento completo, feito durante a noite - que dá para percorrer cem quilómetros - custa 80 cêntimos", frisa.
Além de poder ser abastecido através da rede geral de energia eléctrica que serve as habitações, este veículo também irá dispor de pontos de carregamento públicos. No final do ano deverão estar em funcionamento cerca de 300 postos, no âmbito do Mobi-e, programa de mobilidade eléctrica lançado, em Portugal, em 2009.
Com o preço de venda ao público de quase 15.000 euros, o Little Four, distribuído pela empresa portuense Ecoveículos, terá uma rede nacional de agentes, para garantir a sua assistência, embora esta "seja muito menor e mais simples do que a exigida pelos veículos tradicionais", garante Carlos Ramos.
Envolvendo um investimento da ordem dos 2 milhões de euros, com "uma capacidade instalada par produzir 35 carros por mês", a SMS resulta de uma parceria entre o engenheiro e investidor francês Fabien Macaire e das empresas Norchapa, de Fafe, e ISA, de Coimbra.

In www.oje.pt/noticias/negocios
02/07/2010

01 julho 2010

Fafe Espoliado do seu Passado


O concelho de Fafe, como tantos outros desta região minhota, é fértil em vestígios arqueológicos que testemunham a passagem e fixação humana desde a Pré-história à Idade Moderna.
Ao longo do tempo, aqui e ali, surgiram achados fortuitos de tipologia e cronologia diversos. Estes espólios de enorme valor científico e cultural foram sistematicamente desviados da sua origem, sendo que Fafe vê-se hoje despojada de um rico acervo arqueológico que, há muito, deveria constituir um espaço museológico dedicado aos primeiros ocupantes desta Terra de Montelongo.
Em 1876, foi encontrada a estátua de um guerreiro galaico (Idade do Ferro) que na época foi adquirida pela Sociedade Martins Sarmento de Guimarães, onde actualmente se encontra; em 1903, para os lados da Arnozela, um grupo de pedreiros encontraram um verdadeiro tesouro atribuído à Idade do Bronze, composto por vários braceletes em ouro, que acabaram em Lisboa onde estão actualmente no Museu Nacional de Arqueologia; nas escavações realizadas no Povoado Castrejo de Santo Ovídio, nos anos 80 do século passado, foram recuperadas centenas de peças arqueológicas, que após tratamento laboratorial em Braga por lá ficaram, fazendo algumas parte da exposição permanente do Museu D. Diogo de Sous. Mais recentemente, em 1999, a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho efectuou escavações em Vale Ferreiro, na freguesia de Serafão, onde foram recolhidos espólios da Idade do Bronze, entre os quais uma peça em ouro. Estes materiais também foram para Braga a fim de serem estudados. Passados quase dez anos por lá continuam guardados.
Na realidade, Fafe nunca foi muito adepto do seu Património Arqueológico, que vai sendo agredido e até destruído, sem parecer preocupar as entidades responsáveis.
O estado do Património Arqueológico fafense é muito preocupante. Se nada for feito para a sua salvaguarda, as gerações vindouras verão Fafe espoliado dos seus mais antigos testemunhos de uma ocupação humana com cerca de 6.000 anos.

Jesus Martinho

29 junho 2010

Cine Teatro JULHO

EM DESTAQUE: " Mamma Mia" - Produção da Academia de Música José Atalaya, com Encenação de Carla Lopes e Direcção Musical de Ernesto Coelho.
Dias 2 (21:30h), 3 (16:30h / 21:30h) e 4 (21:30h). Preço: 5 Eur
Toda a programação em http://teatrocinefafe.blogspot.com

26 junho 2010

Pelos Lugares da Alma


"Iniciado o ano lectivo e formado o grupo de Área de Projecto, surgiu a necessidade de seleccionar um tema e desenvolver um projecto. Logo pensámos em realizar um produto final relacionado com o tratamento de vídeo. O tema surgiu por caso, após a turma ter escolhido a temática “Sociedade”. Dado o interesse e mistério que envolve as “Crenças” do Homem, decidimos então explorar não só a sua vertente religiosa, como a sua faceta mais ligada às lendas, aos mitos, aos remédios caseiros...No fundo, ligada à crendice popular.
Desde então, temos recolhido bastante informação e descoberto factos pitorescos. Procedemos à entrevista de algumas pessoas locais, que nos falaram dos mais variados temas – lenda da Justiça de Fafe, da Bicha das Sete Cabeças, do Penedo das Pegadinhas, da Senhora de Antime, do Penedo da Retortinha, do Santo Entrudo e do Monte ou Alto das Freiras. Gravámos ainda uma curta-metragem sobre o Livro S. Cipriano.
Após um primeiro período conturbado – estava a tornar-se difícil chegar aos contactos desejados -, o projecto começou a desenvolver-se. Englobou bastante trabalho, empenho e dedicação. Foram horas e dias perdidos, mas por uma boa causa".

Documentário elaborado para a disciplina Área de Projecto por Sofia Rodrigues, Rita Marinho, Cidália Cunha, Joana Gonçalves e Patrícia Silva do 12º Ano, Turma M, da Escola Secundária de Fafe.

Colocamos à disposição de todos os fafenses os links para a sua visualização.

Pelos Lugares da Alma parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=99mHQzW3Yq8
Pelos Lugares da Alma parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=RYw_AQQyWIs
Pelos Lugares da Alma parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=3Cda4KRqsCc
Pelos Lugares da Alma parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=NdqSuhPMYi8
Pelos Lugares da Alma parte 5: http://www.youtube.com/watch?v=K1Bxl21nBAs
Pelos Lugares da Alma parte 6: http://www.youtube.com/watch?v=IhCbt0-Pq5E

22 junho 2010

Fafe Atecnológico


Antes de mais, cabe-me agradecer o convite para colaboração neste blog, no qual tem sido desenvolvido um trabalho político-social bastante interessante no panorama local.
Recebi com agrado o convite e decidi aceitá-lo, uma vez que, embora existam opiniões bastante discrepantes das minhas neste Blog, considero que é mesmo daí que a sua riqueza advém.
Aviso os desatentos que uma das condições fulcrais para esta colaboração prende-se com o facto de achá-lo um espaço de discussão não só enriquecedor e construtivo, mas também e, acima de tudo, apolítico.
À frente….
Há dias na vulgar caixa de correio que detenho no meu jardim, deparo-me com uma carta dirigida a mim, tendo como remetente Município de Fafe. Sendo que tinha sido brindado com uma multa de “parquímetro” numa rua, onde entendo que a promoção da rotatividade do estacionamento não é, de todo, uma realidade (e questiono mesmo se será uma prioridade!, mas isso são contas de outro rosário). Recorri então da tal contra-ordenação e daí ter recebido a tal carta na minha caixa.
Dizia tal texto algo parecido com “deve dirigir-se ao Departamento Administrativo Municipal para conhecer a resposta do seu recurso”. Esta parte empertigou-me. Então, se o Município me envia – à partida -uma carta, não poderia trazer logo a resposta, evitando que me dirigisse aos tais serviços? Concluo que, ou por falta de fazer deste Departamento, ou simplesmente por um retrógrado modo de funcionamento, qualquer cidadão tem que ir ao edifício da autarquia receber uma carta, ordenado por uma carta (sim é redundante) que recebeu de antemão. Não deixa de ter graça a situação, tal é o ridículo em que se cai. Num país cuja produtividade é baixa, precisávamos mesmo de um sistema afim para que possamos livremente perder uma tarde de salário para ir a um serviço público levantar uma carta (que até o selo já estaria, hipoteticamente, pago). O único entendimento lógico que daqui retiro é o de se querer – verdadeiramente - penalizar o infractor, que além de uma multa para pagar tem que perder tempo do seu trabalho. E para um distraído munícipe que se esqueça da carteira, o tempo perdido é superior, dado que o pagamento via multibanco (tal como muitos dos pagamentos ao estado) em Fafe está ainda longe de ser uma realidade.
Um sistema que precisa, claramente, de ser repensado e remodelado. Simplex por cá é ainda uma miragem…
Já que me aproximei das tecnologias no ponto cimeiro, aproveito para expressar publicamente o meu extremo desagrado para com uma situação inadmissível que se verifica na Biblioteca Municipal de Fafe. Passa-se que em pleno ano de 2010, existe uma biblioteca que não dispõe de um serviço de internet sem fios para todos os seus utilizadores. É mais um dos casos em que Fafe se afasta a olhos vistos da evolução e da proximidade da civilitude.
Nos dias de hoje, considero uma total falta de censo existirem enormes investimentos públicos sem que preconizem a existência de coisas que são tão básicas.
Não se justifica que o Teatro-Cinema, o Posto de Turismo, a Biblioteca Municipal, a Casa Municipal de Cultura ou até a própria Câmara Municipal não disponham de Internet (de livre utilização para os cidadãos) e meios de utilização online, como pagamentos, requisições de livros, compra de bilhetes, entre outros.
Fafe ainda não vive no século XXI….

João Coimbra