27 novembro 2007

Arões vê o seu espólio bibliográfico a crescer!


A Junta de Freguesia de Arões S. Romão, procurando incentivar o hábito e o gosto pela leitura, implementou na sua sede uma biblioteca. Uma iniciativa que importa realçar e que vem de encontro a uma crescente descentralização cultural que se pretende sobretudo para os locais mais afastados das cidades. Fazendo várias solicitações, tanto a particulares como a entidades públicas e editoras nacionais, o espólio bibliográfico da referida biblioteca tem aumentado, contribuindo, para isso, as ofertas provenientes da Câmara Municipal de Fafe, Núcleo de Artes e Letras de Fafe, Editora Labirinto, Gráfica do Norte, Fundação Eugénio de Andrade, Editora Assírio e Alvim, entre outras. Para além disso, o Sr. Silvino Moreira, figura emblemática da freguesia, ofereceu cerca de 700 livros para a biblioteca, tal como outros particulares que se envolveram neste projecto e que tem aqui o nosso merecido destaque esperando que tal iniciativa, seja seguida por muitas outras juntas do nosso concelho.

06 novembro 2007

Fafe e Camilo Castelo Branco


Camilo Castelo Branco, aqui na foto com Ana e Manuel Plácido esteve, desde muito novo, ligado à nossa terra através do seu amigo e confidente José Cardoso Vieira de Castro, proprietário da Casa do Ermo em Paços, onde viria a esconder Camilo aquando da sua fuga à justiça por adultério em 1860, crime punido com degredo temporário na época. Pelo nosso concelho também passeou durante uns tempos, tendo escrito algumas linhas que vimos depois publicadas nas "Novelas do Minho" do próprio autor. Esta amizade e cumplicidade que, tanto Camilo, como José Vieira de Castro mantiveram suscitou algumas obras de um e de outro enaltecendo as qualidades do amigo e em alguns volumes de correspondência que, mais tarde, foram publicadas.
Como homenagem a Fafe, Camilo escreveu o romance Mistérios de Fafe (1868), bem como duas peças de teatro: "O Morgado de Fafe em Lisboa" (1861) e "O Morgado de Fafe amoroso" (1865).
Ainda recentemente, 11 municípios portugueses constituiram a Associação das Terras Camilianas, por escritura pública, na Câmara de Famalicão e segundo o presidente da referida Câmara, a Associação das Terras Camilianas (ATC), tem como objectivo "contribuir para um melhor aproveitamento e tratamento do património literário e arquitectónico ligado a Camilo Castelo Branco". A ATC vai envolver, numa fase inicial, os municípios de Coimbra, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Varzim, Ribeira de Pena, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia, Vila Real, Viseu e Vila Nova de Famalicão, sendo este o promotor da iniciativa. Na opinião do autarca, "Camilo é hoje a figura central da política cultural da Câmara de Famalicão, mas sobra ainda muito espaço para que as autarquias com ligações directas ou indirectas à vida do escritor também se considerem Terras Camilianas porque Camilo é património da Língua Portuguesa". O director da Casa-Museu de Camilo, em Ceide, Aníbal Pinto de Castro, considera que a Associação "cria condições para uma melhor preservação e aproveitamento do património bibliográfico, documental, iconográfico e arquitectónico camilianos de todos os municípios aderentes".