25 agosto 2008

Governo Britânico distingue o investigador fafense Freitas Magalhães

Já aqui demos conta, precisamente à um ano, do prémio atribuído ao investigador fafense da Universidade Fernando Pessoa do Porto, o professor Freitas Magalhães, considerado como o Educador Internacional do ano 2007.
Recentemente, este mesmo investigador foi distinguido pelo governo britânico para desenvolver o programa Global Partnership Programme. O director do laboratório de expressão facial da emoção foi distinguido para ajudar a divulgar e comercializar em empresas e universidades do Reino Unido os produtos desenvolvidos no FEELab/UFP.
As aplicações TIC e interfaces ali desenvolvidos podem valer dois milhões de euros e o professor terá também de estabelecer o intercâmbio entre os dois países. Este laboratório foi criado em 2003 e é pioneiro no âmbito da identificação e reconhecimento da expressão facial, com enfoque em instrumentos aplicados na justiça.
Fica para ver, por último, um vídeo sobre o investigador num documentário produzido pela RTP.

18 agosto 2008

1986 - Elevação de Fafe a cidade


Foi neste mês de Agosto, mais precisamente no dia 23 do ano de 1986 que a Vila de Fafe foi elevada à categoria de cidade. Nesse dia foi publicada no Diário da República a lei nº 28/86 que elevava não só Fafe a cidade, como também as vilas de Seia, Albufeira, Mangualde e Maia. A iniciativa da apresentação do projecto de lei foi do então deputado Dr. António Marques Mendes, se bem que houvesse muita gente na altura que fizesse ouvir a sua voz no sentido de que era preferível uma grande vila a uma pequena cidade. A deliberação do Parlamento de elevação de Fafe a cidade foi saudada por todos os quadrantes políticos, especialmente pelo então presidente da Câmara Parcídio Summavielle. Na sequência da elevação a cidade, foram introduzidas alterações ao brasão e à bandeira do município, sancionadas pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses. A elevação a cidade acabava assim, 12 anos após o 25 de Abril, por expressar na prática umas das principais conquistas da revolução dos cravos, ou seja, o reforço do poder local.

05 agosto 2008

Vencedor do Prémio Camões é neto de fafense


"João Ubaldo Ribeiro, um dos maiores escritores da literatura brasileira actual e que acaba de ser galardoado com o mais importante prémio da literatura lusófona, o Prémio Camões, é neto de um fafense. O seu avô, João Ribeiro, natural de Fafe, abalou para a cidade de Penedo, Estado de Alagoas no Brasil nos primeiros anos do século XX, meio deportado pela família porque engravidou uma vizinha solteira numa das aldeias de Fafe. Em Janeiro de 2000, o neto João Ubaldo esteve em Portugal a promover o seu mais recente êxito literário "A casa dos Budas Ditosos" e fez questão de recordar o seu avô fafense "uma pessoa adorável", que lhe dava dinheiro para livros, revistas e guloseimas. João Ubaldo gostava muito do avô, grande companheiro de infância, amigo e confidente, pessoa culta e, leitor apaixonado de Camilo e Guerra Junqueiro. Afiança mesmo que lhe deve muito, talvez até a carreira de escritor, sendo que o seu avô considerava que só tinha direito ao estatuto de escritor aquele que via livros que davam "para pôr de pé". João Ubaldo tem uma vasta obra literária publicada desde 1968 e está traduzido em diversas línguas, sendo algumas obras suas adaptadas ao cinema e televisão. João Ubaldo Ribeiro, em cujas veias corre sangue fafense, "escreve com a naturalidade dos sentimentos e usando palavrões lusófonos".

In "Correio de Fafe", 01/08/2008 por Artur Coimbra