27 janeiro 2011

Cine Teatro FEVEREIRO

EM DESTAQUE: Tim (Acústico)
Dia 19, 21:30h, Preço: 10 Eur
Toda a Programação em http://teatrocinefafe.blogspot.com

25 janeiro 2011

Tertúlia Fafense

Hoje, Terça-feira, dia 25 de Janeiro, pelas 21.30, no auditório da Biblioteca Municipal, começará uma nova iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara de Fafe: a Tertúlia Fafense.
É um espaço informal de diálogo, formação e informação.
O tema desta 1ª tertúlia é: o Voluntariado, sendo o convidado Bernardino Silva – Coordenador na Região Norte da OIKOS – Organização Não Governamental para o Desenvolvimento.
Nas tertúlias, que vão continuar com uma periodicidade mensal, haverá ainda lugar a indicações sobre livros, música, quadros e filmes alusivos a cada uma das temáticas tratadas.
Pretende-se com a iniciativa uma conversa informal, aberta a todos os que nela queiram participar, em torno de histórias e experiências, de anseios e gestos, de testemunhos, enfim, proporcionar um agradável serão entre amigos sobre a temática escolhida para cada mês.
Cada tertúlia abre com uma intervenção de um convidado que possua reconhecida experiência na temática central. A Tertúlia Fafense pretende ser um ponto de encontro entre pessoas, face a face, em directo, retomando o contacto e um veículo de divulgação cultural, livre, plural, com contributos de várias épocas, de vários estilos, mas sempre com gente por dentro. Um espaço de partilha e de reflexão. Um espaço que visa criar laços, trazendo o universo de cada um e,com
isso,tornar maior o universo de todos.

23 janeiro 2011

Eleições PRESIDENCIAIS - O Resultado em Fafe

Cavaco Silva - 54,29% (12408 Votos)
Manuel Alegre - 25,65% (5862 Votos)
Fernando Nobre - 10,50% (2401 Votos)
Francisco Lopes - 4,53% (1036 Votos)
José Coelho - 3,98% (909 Votos)
Defensor Moura - 1,05% (241 Votos)
_____________________________
Abstenção: 52,56% (26661 não votaram)
Nulos: 1,07% (257 votos)
Brancos: 3,93% (946 votos)
Fonte: www.rtp.pt

20 janeiro 2011

Fafe - Estudos de História Contemporânea

No próximo sábado (22 de Janeiro) vou lançar às 21h30 no Teatro-Cinema de Fafe um livro dedicado à História Contemporânea do concelho de Fafe, cuja apresentação estará a cargo da Dra. Iva Delgado, Presidente da Fundação Humberto Delgado, e autora do prefácio da obra.
Na obra “Fafe – Estudos de História Contemporânea”, que tem a chancela da Editora Labirinto, abordo ao longo de quase 400 páginas numa perspectiva política, económica e social a transição da Monarquia para a República em Fafe, a História da I República no concelho de Fafe, a participação de soldados locais na I Guerra Mundial, o impacto das Eleições Presidenciais de 1949 e 1958 em Fafe, o período do Estado Novo no concelho de Fafe, a transição para o regime democrático, a formação dos partidos políticos em Fafe, e as primeiras eleições autárquicas democráticas concelhias.
Este livro pretende assim ser um contributo para a análise e compreensão da história do séc. XX em Fafe. Neste sentido, gostava de contar contigo na sessão de lançamento, que será antecedida por um prelúdio musical pelo compositor e intérprete Nelson de Quinhones.

Daniel Bastos

P.S. - É com particular satisfação que vimos novos valores como o Daniel Bastos a despontar na história e investigação local. Um trabalho que merece uma atenção cuidada por quem se dedica ao estudo da nossa história recente. Daniel Bastos está de parabéns e esperamos que seja o primeiro de muitos livros do nosso Colaborador.

13 janeiro 2011

Parcerias Público-Privadas

O país está mergulhado em dívidas! No período económico conturbado e incerto em que nos encontramos, os investimentos públicos tendem a decrescer, o que é normal.
Neste tempo que se aconselha à prudência e ao rigor nos investimentos, Fafe prepara-se para lançar concursos para a concessão de parcerias público-privadas de modo a construir, a curto prazo, diversos equipamentos onde se incluem um estádio, uma piscina, parques de estacionamento e a requalificação da feira e do mercado.
Embora sem conhecer com detalhe os números envolvidos, tenho legítimas preocupações relativamente a esta opção de investimento, apesar da autarquia fafense ainda dispôr de uma margem confortável de endividamento.
Ainda recentemente, o Diário Económico avançava que a despesa acumulada de Portugal com as parcerias publico-privadas nas diversas áreas, desde a saúde, à segurança, ao sector rodoviário e ferroviário ascende a 48 mil milhões de Euros, equivalente a 4512 Euros por contribuinte.
Temo, no fundo, que os equipamentos a construir fiquem demasiado dispendiosos para os contribuintes fafenses a médio/longo prazo. Com as parcerias, Fafe irá, certamente, endividar-se durante décadas e a nossa capacidade de investimento decresce.
Talvez esteja enganado e esta opção foi amplamente debatida pelo executivo, analisados todos os prós e contras e é a melhor solução de investimento, mesmo que o interesse público e a prioridade dos mesmos seja discutível.
Mas, e se a opção for muito penalizadora para o erário público? Quem assumirá as responsabilidades? Valerá a pena sobrecarregar as futuras gerações com mais dívidas e limitar a nossa capacidade de investimento futuro?!

Pedro Fernandes

10 janeiro 2011

Contrato Programa com o Cineclube de Fafe

A C.M. de Fafe aprovou o contrato programa a assinar com o Cineclube de Fafe, cujo valor ascende aos 18 mil euros anuais.
Mediante o protocolo a ser assinado em breve, o Cineclube, presidido por João Artur Pinto, promoverá ciclos temáticos de cinema, exibirá cinema alternativo em sessões quinzenais.
Promoverá ainda a exibição de cinema regularmente ao fim-de-semana para um público mais abrangente com filmes do circuito comercial, para além de promover a animação de Verão e ciclos para os mais jovens.
Promoverá ainda as Jornadas de Cinema e audiovisuais, trazendo ao concelho várias personalidades do mundo cinematográfico, portugueses e estrangeiros, fomentando a vários níveis o intercâmbio de linguagens e a formação em torno do cinema e do audiovisual, centrando este evento na temática: Cinema e Património.
Promoverá igualmente uma vertente competitiva com o “FFF - Fafe Filmes Fest” que deverá mostrar os trabalhos na área do cinema/Vídeo, cuja temática seja o património do concelho de Fafe, nas suas vertentes natural, construído ou imaterial.

In www.correiodominho.com

07 janeiro 2011

O Flagelo do Desemprego e a Criação de um Centro de Memória

Para início desta minha colaboração neste espaço de reflexão e debate ideológico sobre a nossa cidade de Fafe, ousei pegar na temática do desemprego na nossa sociedade. Bem sei que não é uma problemática exclusiva do nosso concelho, ainda mais quando a mesma incluída no contexto geral do Vale do Ave, se apresenta com verdadeiros traços de tragédia Grega. Contudo julguei (mal ou bem só os leitores me julgarão), extremamente redundante confinar-me somente às estatísticas, como todos sabemos, a ponta do icebergue. Se acontecer como julgo, que todo este processo nada mais seja que o começo do lento definhar da indústria têxtil, que desde à décadas é o motor, não só do nosso concelho mas também dos concelhos limítrofes, não deveríamos, já pensar numa espécie de “Centro de Memória e História do Trabalho da Indústria Têxtil no Vale do Ave”? O flagelo do desemprego e a criação de um centro de Memória
É um chavão, bem sei, mas bastará para isso recorrer a nossa memória, e para o modo como olhamos, para as imagens pictóricas da grande depressão de 1930, para facilmente verificarmos da actualidade da temática e do surto e flagelo social que o desemprego representa na nossa sociedade, bem como das suas possibilidades históricas dos registos actuais servirem para a posterioridade como registos históricos, ainda mais quando contados na primeira pessoa.
Deste modo o concelho constitui um espaço intensamente marcado pelos tempos áureos da indústria têxtil no Vale do Ave e evocar a história deste têxtil é assim, ir ao encontro das vivências de homens e de mulheres que desde há muito tempo, mas de forma mais intensa no último século, moldaram as suas vidas de trabalho pelos ritmos das máquinas de fiação e tecelagem.
Numa era globalizante, nesta conjuntura social, política, económica e cultural e defronte das dubiedades e mutações estruturais que actualmente afrontam o mundo globalizado, estamos na iminência de toda uma possibilidade de perda de memoria e de esquecimento colectivo no qual é fácil cair, fruto de uma era e de uma sociedade tecnológica globalizante e materialista no qual como nunca antes na nossa história, em que novos problemas tem lesado a estabilidade do conceito de identidade, o que segundo alguns autores leva a “multiplicidades de identidades” ou a “negociação de identidades”. É por isso crucial combater com todas as armas possíveis ao nosso alcance a perda de identidade regional e por sua vez a nacional. Cujo projecto de edificação de um centro de Memória e História do Trabalho da Indústria Têxtil no Vale do Ave, ligado à manutenção e preservação do passado industrial da região, faz todo o sentido.
A preservação histórica deveria passar assim a ser um projecto importante para instituições ligadas à história e a região em si: (caso da Universidade do Minho e os municípios, estes, tanto a nível individual como colectivo), o qual deveria contemplar os registos físicos do passado, bem como os registos das memórias das pessoas que vivenciaram esses momentos importantes, os quais se estão a dissipar no tempo a cada dia que passa.
É por isso fundamental que se tenha a noção global da importância da preservação e divulgação de uma história que se confunde com a da região envolvente, e que no fundo é a nosso história, e cabe-nos a nós a sua preservação.

Rui Freitas

03 janeiro 2011

"Municipal"

Movido por mero preconceito ou simplesmente mania, não patológica, sempre desconsiderei a atribuição do nome Municipal para designar instalações, edifícios ou outras estruturas similares. Não quero que com isto se entenda qualquer forma de despeito face à importância das autarquias. Simplesmente dá-me urticária por vincular a uma provinciana ideia. É por todos conhecidas as designações de Tivoli, Casa da Música, Centro Cultural de Belém, Centro Cultural de Vila Flor, Coliseu, Teatro Circo de Braga, Politeama, Rivoli, Casa Fernando Pessoa, enfim, um número considerável de casas que, apesar de circunscritas a um espaço possuem uma referência universal. Nas terras de menor dimensão, isso não acontece. Fafe não foge à regra. É a Casa Municipal de Cultura, é a Biblioteca Municipal, o auditório Municipal, os mictórios municipais, a Câmara Municipal (esta dou de barato), o Largo Municipal, o Estádio Municipal, o Museu Municipal… Convenhamos que causa otites e afasia visual tanta municipalidade. Quando orgulhosamente vemos nos meios de comunicação quaisquer referências a um espectáculo em Fafe, rapidamente perdemos o simbolismo da coisa, pois o «municipal» vem sempre atrás.
Creio que os responsáveis pela cultura em Fafe, quando não acabrunhados pelo municipal, têm qualidade, pelos menos pelo que me é dado a verificar. Por este motivo, sabem que uma casa de espectáculos ganha se o seu valor místico perdurar e amadurecer. Esse valor místico é directamente proporcional ao domínio universal do nome que um espaço possui. Assim, o Cine-Teatro possui todas as condições para ser apelidado de outra forma, pelo menos para se individualizar e enriquecer. Quantos cine-teatros existem por aí fora? Centro Cultural Vila Flor existe só um. Será que o Blogue Montelongo não gostaria de fazer uma prospecção pública de designações para o Cine-teatro, para o estádio, para a Casa da Cultura… Quando falamos com alguém dizemos «fui ao Vila Flor, fui ver Tivoli…» para referenciar uma casa que está para além da sua situação geográfica, ocupando um lugar no éter simbólico.

António Daniel