06 maio 2014

FIM

Estávamos em Agosto de 2006.
Por mera curiosidade, eu e o Rui aventuramo-nos no mundo dos blogues depois de ver as experiências bem-sucedidas de blogues tão distintos como o “Abrupto” de Pacheco Pereira ou “A educação do meu umbigo” de Paulo Guinote, por exemplo.
Nessa altura, sentados em frente ao computador a olhar para alguns livros acerca do nosso concelho, nada nos faria supor que uns anos mais tarde, o blog Montelongo fosse o espaço que haveria de modificar a forma como se havia de produzir opinião em Fafe.
Nessa altura, no nosso país, a posse de grande parte da crítica e informação na Internet estava, ainda, muito circunscrita aos jornais online e a alguns blogues de personalidades mais ou menos relevantes.
Em Fafe eram os jornais locais (os extintos “Correio de Fafe” e “Povo de Fafe”) que davam voz às pessoas cá da terra. Escribas que eram quase sempre os mesmos.
Pouco a pouco, com a massificação da Internet, o blogue montelongo foi ocupando um espaço inexistente no nosso concelho e impulsionando novos sítios ligados às mais diversas temáticas. Assuntos que antes eram apenas lidos em jornais locais e tratados com as restrições decorrentes da escrita jornalística foram ganhando nova liberdade crítica no blogue e acessíveis a qualquer pessoa.
Os leitores aumentavam e os colaboradores também. Sem eles, nada faria sentido.
Alguns colaboradores tiveram a sua primeira oportunidade neste blogue. Alguns foram mesmo, verdadeiras revelações pela forma como traziam a debate assuntos que até então pouco destaque haviam tido noutros espaços.
As redes sociais deram uma ajuda na divulgação. Primeiro o hi5, depois o facebook...
Em 2009, quase 3 anos mais tarde, passamos de uma média de 30 postagens anuais para cerca de 100.
Atrás de nós, surgiram muitos outros, felizmente!
Os anos seguintes foram anos de consolidação de um projeto que já tinha feito um percurso único de liberdade e de coragem. Este espaço conseguiu juntar vozes e opiniões tão distintas, desde a política até à cultura, passando pelo associativismo ou pelas artes que foram engrandecendo o blogue e acalorando, cada vez mais, os debates e os comentários.
Em quase 8 anos reunimos perto de 3000 comentários num total de 600 postagens!
Muito bom para Fafe! O objetivo havia sido alcançado!
Hoje, 8 anos mais tarde, a blogosfera fafense está cada vez mais rica! Há fafenses que sabem escrever muito bem, que são livres e corajosos, que trilham o seu próprio caminho e que ousam sonhar!
Parafraseando António Daniel (o nosso maior colaborador !!), “Fafe teve um espaço de pura liberdade, onde se puseram em causa, de forma corajosa, todos os poderes que existem desde a cultura, à indústria, da política ao associativismo”. Mas, hoje mais que nunca, há espaços que continuarão este legado.
Hoje, o blogue montelongo fecha as portas, consciente do dever cumprido, sem nunca ter almejado a vénias pessoais, entrevistas ou medalhas. Almejamos sim a uma sociedade fafense cada vez mais livre, crítica e informada.
Mas, como em tudo na vida, há um fim. E este fim, é apenas um novo começo para todos!
Obrigado a todos os leitores, colaboradores e amigos por nos acompanharem estes anos. Um obrigado especial ao Rui Silva, companheiro desta aventura desde a primeira hora e ao António Daniel. 
Fim


Ass: Pedro Fernandes

30 abril 2014

Avé Maria




Era habitual… Maio, Mês Mariano, rádio sintonizado em AM na RR. Palavras ditas e cantadas em unísssono, velas acesas que derretiam a cera (a cera a escorrer pelo fálico corpo). Na Igreja, palavras mansas próprias de quem está em estado de levitação, de quem maneja o rebanho. O Cónego. E nós todos: Avé… pelas intermináveis calendas do terço, descontávamos os rosários como um prisioneiro desconta a vida, vida essa que morava lá fora sobre a terra de Maio com o seu tempo indefinido. Contudo, até ao fim do mês de Maio repetia-se, sob uma voz sonâmbula, as passagens mais terríveis do Livro. Pecado, soava a dor no peito, diabo encarnava uma figura sem rosto mas medonha, para no fim tudo repousar no seu lugar natural, na Luz. A minha luz era, porém, a testosterona. Pela primeira vez pensei: é ela. A Carina correspondia a um desejo imberbe, a uma tentação que, curiosamente, se tornou divina. Perante a divindade, o complexo hormonal amolece, perde vigor, promovendo uma paixão que nos aprisiona porque transforma o objectum numa espécie de divindade oculta. No fundo simbolizava a Eva, a tentação agridoce.
Tudo era terrível, o luto, o peso evangélico, o pecado. Até que pensei: quando for grande quero ser padre. Claro que isto aconteceu muito antes de querer ser Bombeiro. O Bombeiro correspondia a uma adolescência do sonho, promovia o vigor, a luta. Em contrapartida, o padre simbolizava o poder. A gesticulação harmoniosa de dar a bênção com aqueles dedos médio e indicador sobrepondo-se aos outros dedos (O domínio, a segurança do dogma, a protecção fatalista, se Deus quiser…). É o período infantil do sonho.
Há ingenuidades que marcam.

António Daniel

24 abril 2014

Câmara e Religião


Esta confrangedora imagem pode não repetir-se. De acordo com a manchete do Notícias de Fafe, a Câmara parece estar decidida a separar o sagrado do profano. Esta notícia é, na minha opinião, francamente boa, surpreendente e é a melhor homenagem à data que hoje se comemora. Já várias vezes aqui sublinhei a situação caricata da Srª de Antime fazer a vénia ao poder político. Ainda mais me parecia contraditório por estarmos perante uma Câmara PS, partido que, como se sabe, sempre advogou a separação entre a Igreja e o Estado. Se a notícia for verdadeira significa um salto civilizacional sem precedentes em Fafe. Obviamente que se encontrará quem não siga a minha opinião e se sinta revoltado por tal desiderato, quer porque deposita uma grande importância na tradição, quer porque considera desprestigiante para a fé. 

As tradições devem existir. São vinculadoras, promovem laços afectivos e reforçam a pertença. Deixam de fazer sentido quando se tornam anacrónicas. A política não necessita das manifestações de fé religiosa e esta não necessita de se afirmar na política. Quando as duas manifestações se separam reforçam a sua presença. A vénia da Srª de Antime era confrangedora. A fé nunca agradece, caso contrário perde a sua transcendência. Simultaneamente, o poder político é legitimado pela racionalidade e discussão acesa e, por isso, não deve perder a sua imanência. 

Se a decisão partiu do Presidente da Câmara, então subiu significativamente na minha consideração.

António Daniel

25 de Abril SEMPRE!


http://beebgondomar.blogspot.pt/2012/04/colorir-abril.html

Estando a aproximar-se o 25 de Abril, e como forma de evocar esta data que tanto diz à maioria dos Portugueses, deixo, uma vez mais, um conjunto de sugestões, à escala local, que, sendo implementadas, ajudariam a cumprir o desígnio da LIBERDADE!
Estas ideias foram propostas no mandato anterior como “voto de recomendação” da Assembleia Municipal ao Executivo Autárquico, tendo sido chumbadas apenas com os votos favoráveis dos Independentes e PCP.
Este chumbo, na minha modesta opinião, apenas confirma a falta de abertura que os partidos têm para medidas que ajudem a tornar transparente o relacionamento entre o cidadão e a administração pública, vá se lá saber porquê…

§  Instituir que as decisões de investimento que ultrapassem o limite do mandato autárquico apenas possam ser tomadas por uma maioria de 2/3 dos membros do executivo;
§  Instituir um princípio de divulgação pública das declarações de rendimentos de todos os políticos com funções executivas, chefes de departamento do Município e Administradores Delegados, com funções executivas, em empresas Municipais ou participadas;
§  Oficializar os objectivos para o mandato autárquico, permitindo à população ajuizar e julgar o nosso desempenho;
§  Tornar públicas as contas simplificadas da autarquia, das empresas municipais e das empresas participadas, para que a população saiba onde está a ser gasto o dinheiro dos seus impostos;
§  Tornar claro o andamento de todos os processos administrativos de responsabilidade municipal, aproximando os cidadãos da decisão;

Viva a República!
Viva o 25 de Abril!

Viva a Liberdade!

Miguel Sumavielle

17 abril 2014

E Se Uma Empresa Fosse Uma Banda

Ao ver o telejornal com o nosso Primeiro-ministro a anunciar cortes de 1.4KK para atingir um défice de 2,5% para 2015, não se sabe bem como, fiquei a olhar para o salmão fresco grelhado que a minha mulher estava a comer e veio-me uma ideia divinal. E se as empresas portuguesas fossem todas Associações sem fins lucrativos, isto é, tipo uma banda filarmónica!
Pegando no exemplo que tenho mais à mão, a Banda de Golães (associação privada sem fins lucrativos), e olhando para o relatório e contas de 2012 (sim, tenho os Relatórios e Contas versão assinada mas NÃO me foram facultados pela associação, fiquem descansados!) verificamos, e bem, a presença das contas Despesas e Receitas (esqueceram-se de atualizar, com a entrada em vigor em 2011 do SNC, para gastos e rendimentos). Ora claro e por erro meu a Câmara Municipal de Fafe afinal não dá nenhum subsídio protocolar mas sim um DONATIVO! Ahh, fiquei elucidado.
Acontece que em 2010 o “Presidente” da Direcção na altura, Ernesto Carvalho Machado, mais conhecido por Senhor Ernesto, assina um contrato programa com a CM de Fafe que lhe chama apoio financeiro, vulgo subsídio, e que só poderia ser, sobre título de reembolso aplicado no referido no documento. Ahh, fiquei elucidado.
Como associação uma das fontes de receitas que temos é a receita de cobranças de quotas, ora neste caso em apreço passa para a rubrica de proveito suplementar! Como o nome o diz, suplementar quer dizer “por acréscimo e não previsto” se vier melhor mas caso contrário não há problemas nem está previsto! Deduz-se, os sócios não são cá chamados nem precisos mas se pagarem quotas tanto melhor, dai ser suplementar a sua receita! Ahh, fiquei elucidado.
Depois temos as receitas em si, concertos, designado como Prestação de Serviços. Ahh, fiquei elucidado a banda presta serviços e passa fatura! Ahh, fiquei elucidado.
Na rubrica de gastos temos de um total de 83.000 dos quais 72.000 são Deslocações e Estadas. Afinal a Banda percorre Portugal de Norte a Sul e isto várias vezes! Ahh, fiquei elucidado.
Como não tem Amortizações de Imobilizado refletidas no exercício, ver contas de 2012, significa que a associação não adquiriu mais nada desde 2002. Está explicado a ausência de inventário nas contas, pois nada tem. Ahh, fiquei elucidado.
Ora refletindo isto no mundo empresarial resolver-se-iam, de uma assentada só, todos os nossos problemas. Ora vejamos:
- Acabava-se de vez com a subsídio dependência já que passaríamos todos a receber um donativo para cobertura dos nossos prejuízos.
- A Segurança Social deixava de existir bem como as finanças nem o Estado de Direito em si, acabaríamos com a Assembleia da República, Polícia, Escolas oficiais e reconhecidas etc.
- Em vez de ordenados passávamos a receber em Despesas de Representação/Ajudas de Custo. Ora bem pegando nos 72.000 € e dividir por 60 músicos e 12 festas (sim um marco!) à razão de 0,36 €/Km, daria 200.000 km percorridos, feito as contas dá 280 km por festa / músico. Não me perguntam como se resolve as boleias e os menores e o aluguer do autocarro. Obviamente alguns tinham para além dos quilómetros direito a hotel e pensão completa, tudo na rubrica de Deslocações e Estadas. Não esquecer que as ajudas de custo são só aplicável a funcionários! Afinal os músicos são todos funcionários e podem pedir indemnização por despedimento pela antiguidade! Ahh, fiquei elucidado.
- Indo mais longe e tendo em conta que tudo se resumo a Km e hotéis iriamos por exemplo à mercearia aqui da freguesia de Cepães (ex. o mercado do Ernesto) e comprávamos mas para o livro e dizíamos: “Ernesto amanhã vou fazer uns Quilómetros e depois ao fim do dia pago-te”. Depois não venho no dia seguinte porque vou para o hotel. Ahh, fiquei elucidado.
- Não nos preocupávamos em investimentos e lucros já que todos os prejuízos eram cobertos por um donativo. Ahh, fiquei elucidado.
- A Assembleia da República e toda a sua máquina DEMOCRÁTICA desapareciam já que não há necessidade de mostrar nada a ninguém e só entra neste meio quem “eles” entendem que reúna as condições, isto é, tem que ser DOUTOR mas se não for pode ser EMPRESÁRIO e em último dos últimos PADRE. Mas se for vogal abdica de qualquer título académico e passa somente a referir-se ao nome próprio. Ahh, fiquei elucidado.
- Acabar-se-ia com os debates para os orçamentos anuais, plano de atividades e investimento, programação e realização do ato eleitoral… só poupar!!! Ahh, fiquei elucidado.
Não sei como é que o Passos Coelho ainda não se lembrou desta solução!
Analisando bem as coisas quem mais sofria eram os contabilistas já que não se prestava contas a ninguém e era uma profissão desnecessária (como se processam Kms no desemprego?).

BOA PASCOA A TODOS com um abraço amigo,
(O Licenciado) António Oliveira.

(A pois é, este título também não existiria!)
P. S. Para a semana estou de férias mas recebo ajudas de custo por km´s mas não vou fazer km´s!!! Ahh, fiquei esclarecido. J
Nota Final: As contas de todas as empresas portuguesas são passíveis de ser vistas/consultadas (algumas até na internet nos diversos sites corporativos) ao contrário das da Banda de Golães mas como o mundo é grande tudo se conseguiu.

10 abril 2014

Agricultura, Desafio e Alternativa

A JSD de Fafe e a JSD Distrital de Braga realizam no próximo sábado dia 12 de Abril,durante a manhã,um conjunto de ações que pretendem ir ao encontro de jovens que encontraram na agricultura um negócio ,um emprego e uma forma de vida .
A JSD Fafe procura assim contactar diretamente com os jovens agricultores, de modo a ouvir os seus problemas e ideias, bem como conhecer no terreno um setor que pode ser uma grande oportunidade.E,numa altura em que o desemprego teima em quebrar recordes,voltar a olhar para a agricultura com outros olhos pode ser uma boa saída.
Importa referir ,de acordo com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), o Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) ajudou a instalar 3.496 jovens agricultores até janeiro de 2014, um pouco por toda a região norte.O apoio deste programa ultrapassou os 273 milhões de euros (prémio de instalação e subsídio), alavancando um investimento global de 290 milhões de euros.E a aposta destes novos agricultores vai para as mais variadas áreas de negócio.
Em contrapartida, 48 por cento dos agricultores portugueses têm mais de 65 anos, o que faz de Portugal o país com setor agrícola mais envelhecido da Europa, onde a média de agricultores naquela faixa etária ronda os 27 por cento.
Neste sentido ,a JSD Fafe pretende convidar os jovens fafenses a voltar às origens ,à terra.
Assim ,a primeira produção agrícola a visitar ,corresponde a um projecto PRODER de instalação de jovens agricultores integrado na fileira de produção,transformação e comercialização de plantas aromáticas e medicinais em agricultura.Esta exploração situa-se na Freguesia de Travassós,o jovem agricultor é o João Pedro Sousa ,da Cooperativo dos Produtores Agrícolas de Fafe ,Cofafe CRL .
De seguida,é o momento de visitar a empresa Vinhos Norte,uma empresa de cariz familiar e conta já com a 3ª geração que pretende consolidar as suas marcas no mercado nacional inovando,gerindo sinergias e apostando sempre na qualidade dos seus produtos.Trata-se de um dos principais produtores de vinho verde a nível nacional,em média 2 milhões de litros de vinho são produzidos anualmente em Fafe por uma única empresa.
Por último ,está previsto visitar o parque de pesca e consumo de trutas ,que situa-se na freguesia de Várzea Cova.
O percurso terá início às 10:30h, sendo o ponto de encontro a sede do Partido Social Democrata de Fafe.

Fonte: JSD Fafe

06 abril 2014

Mais Encanto na Hora da Despedida


Se foi esta a última vez que o Rali de Portugal se disputou em terras algarvias (coisa que, em bom rigor, ninguém sabe com certeza absoluta), fê-lo com brilhantismo e, se foi esse o caso, tal como a Coimbra dos estudantes, teve mais encanto na hora da despedida.

Houve tudo o que se pode pedir numa prova automobilística disputada em pisos de terra: lama, piso escorregadios, emoção no topo da tabela classificativa e, para acabar bem, melhoria do estado do tempo à medida que se avançava para o final da prova, à hora de almoço de domingo.

Não faltaram despistes e peripécias, todos, felizmente, sem desastres pessoais: dois carros deslizaram por um barranco abaixo no fim do troço de Almodôvar sexta-feira à noite, obrigando bombeiros e organização a um trabalho insano à luz dos projetores. O checo Robert Kubika bateu forte no primeiro troço da manhã do dia seguinte e o estónio Ott Tanak que estava a fazer uma prove espetacular despistou-se no troço do Malhão (no preciso local onde Latvala "fora aos figos" em 2009 num dos sítios com mais gente a assistir), obrigando à neutralização do setor.

Nos portugueses Ricardo Moura confirmava que era o mais rápido (15º da geral) e o regressado Rui Madeira, navegado por Nuno Rodrigues da Silva, conseguia superar problemas elétricos e manter-se em prova.

Para ser perfeito este Vodafone Rally de Portugal, precisava de um banho de multidão como no Fafe WRC Rally Sprint há oito dias. Mas, quando se desloca a prova para o extremo sul do país, obrigando os espectadores de Coimbra para norte a terem de fazer uma ida e volta de mais de mil quilómetros não se podem esperar milagres.

E não é por os troços não serem bonitos nem mal desenhados. É por se desenrolarem longe de tudo, entre o extremo sul do Alentejo (Almodôvar) e a serra algarvia (Santana da Serra) ou seja naquilo que os geógrafos chamam o "deserto português".

O troço do Malhão, com os seus 22 km, a desenrolar-se entre montes e vales a norte de Messines e de Salir não fica a dever a Arganil nem a Fafe em espetacularidade. No gancho da Zona Espectáculo 21, perto de Várzea Redonda (a nordeste de São Marcos da Serra) vêm-se os carros a passar na cumeada a sul, ouvem-se descer para o vale e começar a subir, aprecia-se uma monumental atravessadela num gancho à direita (onde os pilotos dos carros menos potentes e de tração às duas lutam com brilhantismo para não perderem muito tempo) e ainda se podem ver os concorrentes fazer o início de uma subida sinuosa.

Ali, na tarde de sábado houve de tudo: a luta entre Ogier (VW) e Hirvonnen (Ford) pela primeira posição, um surpreendente jogo de equipa na Hyundai com um dos i20 a parar no gancho, depois de meio pião e marcha atrás, para dar a posição ao companheiro de formação e um concorrente dos mais atrasados que tanto balançou o carro para a esquerda ante do cotovelo à direita que ficou pendurado no barranco em equilíbrio instável e teve de ser empurrado pelos comissários...

Está lá tudo o que faz um bom rali menos... público. Para quem esteve em Fafe uma semana antes, era a diferença entre um jogo de futebol de salão num pavilhão e o Estádio da Luz cheio. Era o mesmo ambiente mas numa escala fractal de milésimas.

Lá estava numa encosta um pândego no meio da multidão a pôr música ao berros e a incitar os que estavam do outro lado da pista a bater palmas e a fazerem barulho. Um artista com uma motosserra a fazer barulho. Um outro que tinha microfone e amplificação e fazia o escrutínio de toda a gente que passava no carreiro: "Ó chefe não mije no pinheiro que pode vir o dono", "não empurrem a velha, malandros, deixem-na descer", "das cervejas que aí levas, tens que aqui deixar metade" e por aí fora.

A diferença é que, numa nesga em Fafe onde haveria cinco ou seis mil pessoas a comprimirem-se em cada milímetro quadrado disponível, aqui num ponto equivalente, se houvesse 500 ou 600 já era muito. A única vantagem para quem vem ver o Rali e sobretudo para quem vem trabalhar é que nunca há problemas de maior a estacionar perto do troço nem a sair...

Mas onde a diferença é abismal é no Parque Fechado e zona de equipas no Estádio do Algarve. Enquanto em Fafe se vai a pé do centro da cidade ver o arraial de carros e mecânicos, comer uma bifana e beber uma cerveja, no Estádio, até pelos excessos de zelo da GNR, um humilde espetador que só queria ver os seus ídolos mais de perto sente-se desmotivado e acaba por se ir embora, ou nem sequer lá vai por a zona fica numa terra de ninguém entre Faro e Loulé onde só se chega de carro (se a polícia deixar) ou depois de uma longa caminhada a partir da estação de comboio.

O Rali volta de vez ao Norte? Como sem público não há desporto, todos ficamos a aguardar.

Fonte: www.expresso.sapo.pt
por Rui Cardoso

31 março 2014

25 março 2014

Centro Educativo Montelongo

http://e.montelongo.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=384&Itemid=204

Aqui surgiu a notícia da construção de um centro educativo. Os políticos gostam disto, como é óbvio, muito mais gostam de escavar, atividade em que se tornaram mestres. Também considero normal! O povo gosta destes momentos. O que não acho normal é que se aceitem passivamente ideias sem que haja a discussão obrigatória. Os centros educativos são muito questionáveis. O principal argumento apresentado sugere uma maior socialização e uma melhor qualidade de ensino. Sinceramente, não encontro qualquer relação entre os centros educativos e a melhoria da educação. Uma escola do primeiro ciclo com mais de 200 alunos não é uma boa escola. Raul Cunha afirmou o que todos os presidentes da Câmara afirmam, mas não sabem o que dizem. Tenho um filho numa escola que, na altura em que David Justino era ministro da educação, foi considerada escola piloto. Alberga cerca de 700 ou mais alunos. Posso considerar que o meu filho teve e tem um percurso escolar melhor por frequentar esta escola? Obviamente que não! a socialização foi mais efetiva? Se por socialização considerarmos confusão no recreio, então, sem dúvida adquiriu novos papéis sociais. Gosto que me falem verdade! se a escola for construída para diminuir os custos, em parte será compreensível. De resto, dizer que a educação melhorará - como reflete a afirmação de que a escola se tornará de melhor qualidade - é uma falácia politiqueira (desculpem a redundância)!

António Daniel

24 março 2014

Desafio Empreendedor

O Desafio Empreendedor do IN.AVE – rede de Empreendedorismo do Ave foi lançado e encontra-se aberto a recepção de inscrições até 30 de março.
Este desafio destina-se a apoiar pessoas que pretendem desenvolver e implementar ideias de negócio em qualquer dos municípios do Ave, podendo para o efeito contar com o apoio especializado que a Rede disponibiliza.
No âmbito deste desafio serão promovidos oficinas de geração de ideias em cada um dos municípios, bem como um programa de imersão empreendedora, facilitando aos participantes a concretização dos seus projectos empresariais.

Inscrições em www.inave.pt

21 março 2014

Conhece a História dos Troços de Fafe?



Faltam nove dias para a 3ª edição do WRC Fafe Rali Sprint, um evento que resultou da paixão grande ligação dos adeptos a Fafe, e às suas fabulosas estradas para fazer ralis. O que ali se viveu no passado deixou uma marca fortíssima e quando em 2001 se ficou a saber que a caravana do Mundial de Ralis deixaria de visitar tão emblemático espaço, ficou um vazio que há dois anos alguém, em boa hora, se lembrou de colmatar. À falta das especiais do Mundial de Ralis, o WRC Fafe Rali Sprint tem mostrado ao mundo a grande paixão dos adeptos nortenhos pelos ralis, ao ponto de Michéle Mouton, Manager do WRC, já ter dito que os adeptos lusos “têm pura paixão pelos ralis”.

Quem não se lembra das enormes moles humanas que sempre coloriram as encostas do Confurco ou o Cabeço da Pedra Sentada! Mas como em tudo na vida, esta brilhante história teve um começo e um dos seus grandes impulsionadores, quiçá o maior, é Parcídio Summavielle, ex-Presidente da Câmara de Fafe, o ano passado nomeado cidadão honorário da Cidade. Foi ele, que com o seu entusiasmo e abnegação desbravou muitos dos caminhos que agora são revisitados pela nata do WRC, e por isso aqui fica a história na primeira pessoa:

“Já era tradicional o Rali de Portugal passar por Fafe, com o troço de Lagoa e como eu sem fui adepto automobilismo em geral e ralis em particular, ficava impressionado com a mole humana que se deslocava aos troços. Quando fui para a Câmara, pensei logo na possibilidade de aumentar o número de troços que havia, para o rali. A oportunidade surge pelo facto de nessa altura muitas das aldeias de Fafe não terem acessos, pois nem o médico conseguia ir de carro a muitos povoados, que só tinham caminhos de pé posto. Portanto uma das minhas primeiras tarefas foi abrir estradas para todos os povoados serranos, especialmente os que tinham mais dificuldades de acesso” começou por nos contar Parcídio Summavielle, que explicou como tudo nasceu:

“Em determinada altura, pude contar com umas máquinas potentes do Ministério da Agricultura, fruto das nacionalizações do 25 de abril de 1974. Por sorte, um engenheiro, o José Oliveira, era casado com uma prima minha, então propus-lhe pagar a um operador de máquinas, o gasóleo e peças e ele emprestava-mas. E foi assim que tudo começou. Recordo-me que o operador era alentejano, e apesar de estar habituado a desbravar tudo a direito no Alentejo, pois só havia sobreiros, aqui em Fafe, o terreno era irregular, muros, regos. Mas com ele ia tudo à frente. Foi assim que fomos começando a abrir caminhos pelas serras, que anos mais tarde, alguns, dariam origem aos conhecidos troços de Fafe, dos quais sinto grande orgulho. Aquelas imagens do salto marcaram uma época dos ralis. E foi assim, singelamente que se construiu uma Catedral.”, contou Parcídio Summavielle, que acrescentou também alguns detalhes deliciosos:

“Mais tarde cheguei à fala com César Torres e propus-lhe construir troços bons e motivadores, e em contrapartida ele comprometia-se a fazer crescer o rali em Fafe. Tínhamos mais argumentos, para além das boas estradas, pois para lá da rádio do ACP e da GNR, se a cobertura falhasse, nos tínhamos ainda um grande número de colaboradores que espalhávamos à volta dos troços, que tinham sempre visionamento uns para os outros, e isso também foi preponderante pois as questões segurança eram vitais. Logicamente, as populações queriam cada vez mais asfalto, e por isso houve que reinventar. Curiosamente, enquanto o terreno era desbravado já a pensar em troços para ralis, pensava-se sempre na criação duma boa classificativa, pois havia zonas onde podíamos fazer uma reta e ao invés disso, desenhávamos curvas. Há mais exemplos, como o troço de Luilhas, que nasce da necessidade de desbravar caminhos para fazer face aos fogos florestais e nesse caso, para além das eólicas, essa estrada só serve para ralis, porque foi desenhada mesmo pelo cimo do monte. Muitas delas ainda hoje se mantêm essencialmente para combate aos incêndios.”, disse Parcídio Summavielle, um dos principais obreiros dos fantásticos troços de Fafe.

“Fuja meu Senhor, que isto é coisa doutro mundo”

No seu trabalho a desbravar caminhos nas Serras de Fafe, que servissem os povoados, Parcídio Summavielle viveu um dia uma situação que ainda hoje recorda com satisfação, e que prova a validade do trabalho que encetou a abrir caminhos para servir as povoações: “Um dia estávamos a abrir um caminho para Santa Cruz, perto de Queimadela, numa zona em que os caixões se traziam às costas. Eram locais difíceis, caminhos de pé posto, muito recônditos, mas a máquina do alentejano levava tudo à frente. Nesse dia chovia, e a máquina trabalhava sob as ordens de um engenheiro com uma grande capacidade de visionar boas estradas. Não havia projectos, era a olho nú, ia-se por onde se achava melhor e a estrada nascia. Chovia, e já perto duma pequena povoação , abriguei-me junto a um celeiro, debaixo dumas telhas, onde estava uma Srª, muito velhota, de lenço negro na cabeça. O chão começou a tremer com o avanço da máquina, e diz-me ela assim assustada: Fuja meu Senhor, que isto é coisa doutro mundo. Nunca mais me esqueci…”, referiu Parcídio Summavielle.

Ler mais: http://autosport.pt/conhece-a-historia-dos-trocos-de-fafe=f119572#ixzz2wcxXaFwO

19 março 2014

Pai Minhoto

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http://bloguedominho.blogs.sapo.pt/587165.html

Os pais nunca são iguais. Os pais do Minho, muito menos. O pai minhoto é um pai mimoso, mas também espinhoso. O pai minhoto é um pai alheio, mas também um pai que espreita. O pai minhoto não sabe ser pai, mas é melhor do que os pais de outras paragens. É certo, já não existem pais minhotos, muito menos de Fafe. Ser pai, hoje, não tem enquadramento geográfico, mas já teve.
Figura patriarcal, gostava desse modo de ser, refugiado do que aos assuntos maternais dizia respeito, alheava-se na rigidez da figura, cultivava os exemplos. Dizia muito pouco, mas comunicava muito. A honradez ocupava lugar de destaque assim como as públicas virtudes porque defeitos privados eram isso mesmo, privados. Também não são para aqui chamados.
Virtuoso, mas curvado, emotivo, mas pensador, o pai minhoto em geral e o pai de Fafe em particular, tinha um poder simbólico, mais do que efectivo. Ou melhor, todo ele é simbólico. A cabeceira da mesa de jantar fora por ele ocupada para marcar o busto assim como o lugar da presença que tudo abraçava até ao dia que começava a ser memória. Aí, sentimos a sua grandiosa e insuportável ausência.

António Daniel

18 março 2014

5ª Jornadas Literárias de Fafe


Este ano, as Jornadas Literárias decorrem essencialmente em ambiente literário, tendo decidido a organização realizar em separado, por opção política, o habitual evento “Fafe dos Brasileiros”, em moldes e data a anunciar brevemente. A iniciativa vai ser desenvolvida, vai crescer, porque tem potencialidades para isso, segundo revelou o Presidente da Câmara na conferência de imprensa
O ponto alto das Jornadas é a presença dos escritores Júlio Magalhães, Rita Ferro e Nuno Camarneiro que, pela primeira vez, se deslocam a Fafe.
Raul Cunha deixou claro que “nunca foi nossa intenção deixar cair as Jornadas Literárias. Vamos realizar as quintas, as sextas, as sétimas e aí por diante!...”.
Louvou o envolvimento das escolas e da comunidade e considerou tratar-se de um momento de descentralização da cultura literária, num ambiente de multidisciplinaridade. “É um momento interessante de colaboração à volta da literatura, por parte da autarquia e das escolas, sendo esse factor, essa ligação á comunidade, o que torna diferentes as Jornadas” – referiu ainda o Presidente da Câmara, que se encontrava acompanhado pelo vereador da Cultura, Pompeu Martins, que apresentou as linhas gerais do programa do “novo modelo das Jornadas, mais voltadas para o plano literário”, bem como por representantes dos agrupamentos e escolas que fazem parte da estrutura organizativa.
No espaço de uma semana, estão previstas cerca de 80 actividades culturais promovidas, quer pelo município, quer pelos vários agrupamentos e escolas aderentes. Concretamente, meia centena de eventos, na área da literatura, incluindo a apresentação da colectânea poética “Cintilações da Sombra 2” (dia 17), e das obras literárias “A Viagem”, de José Maria Ramada (dia 18) e “As roupas também falam – na viagem do tempo”, de Benedita Stingl (dia 19), bem como leituras orientadas, encontro com escritores para o público escolar (Rosa Duarte, André Neves, Rui Sousa Bastos e Júlio Borges), concursos de escrita criativa, realização dos Encontros Literários de Fafe (Escola Secundária), conversa com os escritores fafenses, dramatização de obras literárias, maratona da leitura, homenagem à obra de Mia Couto e diversas acções no âmbito do Dia Mundial da Poesia.
As Jornadas integram ainda perto de uma dezena de acções na área do teatro e do cinema para o público escolar (“O Auto da Barca do Inferno”, pela Filandorra e “Macbeth”, pelo Avalon Theatre), bem como exposições sobre temáticas literárias e dezena e meia de actividades diversas, que culminam com um espectáculo a levar a efeito na noite de 21 de Março, no Teatro-Cinema de Fafe, evocando o Dia Mundial da Poesia.
Durante a semana de realização das Jornadas, estará disponível na Biblioteca Municipal uma feira do livro em saldo.
É objectivo desta festa da cultura e da literatura incentivar o gosto pela leitura entre a população em geral, mas sobretudo junto dos mais jovens, que igualmente vão participar em diversas iniciativas ao longo da semana.

Fonte: www.cm-fafe.pt

16 março 2014

O Estado das Finanças do Nosso Município

Um dado que me tinha sido trazido recentemente ao conhecimento, motivou a seguinte questão colocada, ao Sr. Presidente da Câmara, na última Assembleia Municipal:
“Gostaria que Vª Exª me esclarecesse qual a real situação financeira do Município, atendendo a que este já não consegue pagar contas de pouco mais de €10.000,00. Como pode um Município que tanta publicidade fez da sua saúde financeira no final do último mandato, 5 meses após a sua entrada em funções, já não ter liquidez para assegurar compromissos tão pouco significativos?
Refiro-me, como imagina, à falta de disponibilidade de verba, argumento apresentado pelo Sr. Vereador Dr. Pompeu, como justificação para não efectuar o pagamento da 1ª tranche do protocolo firmado com a banda de Revelhe.
Não tendo sido dada outra justificação, e considerando que foi Vª Exª que referiu, na última assembleia municipal e quando o instei a tal, que o pagamento das verbas a ambas as bandas do concelho se ficava a dever ao facto de ser uma espécie de contrato de prestação de serviços, pelo que a situação de convulsão interna em ambas as colectividades não poderia ser arguida para impedir os pagamentos, julgo que não pode haver outro entendimento que não seja o da autarquia estar, de facto, em dificuldades financeiras.
Aproveito esta situação para manifestar o meu desagrado sobre a total ausência de intervenção do Sr. Vereador Dr. Pompeu neste assunto, remetendo-se a um silêncio ensurdecedor, quando estamos a falar de duas das mais relevantes colectividades deste concelho.
Como pode o Município assobiar para o lado ao tomar conhecimento da situação da banda de Revelhe, onde são convocadas eleições à revelia do Presidente da Assembleia-Geral, e a Assembleia-Geral eleitoral decorre com a presença de forças de segurança privada e da GNR? Que futuro imagina Vª Exª que esta colectividade terá?
E como pode Vª Exª ficar em silêncio quando a Banda de Golães faz aprovar novos estatutos que prevêem a penalização retroactiva de associados? E quando a direcção se nega a prestar os mais básicos esclarecimentos aos seus associados, impedindo o seu acesso às contas? Não foi para isso que se fez o 25 de Abril? Para acabar com estes abusos?
Tenho a certeza que Vª Exª não desconhece que estas colectividades têm prejuízo em cada uma das suas actuações. O que necessitam para pagar a logística e aos músicos não é coberto pelos honorários recebidos nas actuações.
Assim, caro Dr. Pompeu, se Vª Exª não sair da sua zona de conforto, com a sua omissão apenas contribuirá para o desaparecimento destas associações, cuja importância cultural é incontornável e que ajudam a manter a identidade da nossa terra.
Ponha mãos ao trabalho, reúna com as direcções das bandas, chame os contestatários, contribua para um entendimento e relance estas nobres associações.
Não é a entregar edifícios para sede das colectividades que resolve a situação, até porque não têm dinheiro para as obras de adaptação.
Não creio que sejam necessários mais dois edifícios preparados para ensaios musicais. Façam-se as obras necessárias num dos dois edifícios, por exemplo na Escola do Conde de Ferreira, e coloquem-se ambas as bandas a utilizar o mesmo espaço. O dinheiro gasto na compra da cave na Avª 5 de Outubro seria suficiente para custear uma parte significativa das obras.
Coloque-se a Academia José Atalaya, grandemente financiada pelo Município, também ao serviço destas colectividades, fornecendo a mão-de-obra necessária à composição das bandas, o que permitiria diminuir os custos, aproximando-as da sustentabilidade.
O município não pode subsidiar e não se preocupar com o que se passa nas colectividades. É o nosso dinheiro que está a ser utilizado e temos a obrigação de zelar para que seja convenientemente gasto.
Sugiro-lhe a leitura do Decreto Legislativo Regional nº 3/2014/A, no qual os seus correligionários dos Açores procuram encontrar uma solução para este tema.”
Não obtive resposta!

Miguel Summavielle

12 março 2014

COMO A VERDADE É CRUCIFICADA…

Caro Eng.º Miguel :

Prometo-lhe que não darei mais para este folhetim que V. Exª pretende alimentar, imbuído de um espírito marcadamente frustrado e atormentado, usando a mentira para se dirigir aos Fafenses desatentos.
O Engº Miguel Summaville teima em ocultar e distorcer intencional e maldosamente a verdade, cuja reposição se impõe.
É verdade que o PSD apresentou as propostas a que alude e cuja cópia exibe.
Também é verdade que é apanágio do PSD defender, intransigentemente, os nossos comerciantes e empresários e de um modo geral todos aqueles que contribuem para a criação de riqueza e postos de trabalho, contribuindo, deste modo, para um futuro melhor para todos os cidadãos.
Para cumprimento deste desiderato o PSD nunca deixará de estar ao lado daqueles a quem se deve o progresso e o bem estar da população, fazendo-o com coerência e sem demagogia.
O Engº Miguel Summavielle, estou certo, sabe que nem todas as matérias constantes do programa eleitoral passam pelo orçamento, sendo certo que muitas delas têm a ver com a operacionalidade dos serviços e o modo da sua implementação e execução.
De qualquer modo, a titulo de exemplo, duas, de entre muitas, matérias do programa do PSD, eram a criação da Zona Industrial de Regadas e a criação de um gabinete de apoio aos empresários.
Ora, ambas as matérias, como poderá constatar, estão contempladas e fazem parte integrante do orçamento, sendo portanto, uma verdade insofismável.
Quanto à mudança de sentido de voto na proposta pelo regozijo do chumbo do Tribunal Constitucional ao corte das pensões, tenho a dizer ao Senhor Engº Miguel que não manifestei, quer de forma expressa quer tácita, o meu regozijo por uma proposta descabida e reveladora do mais profundo desrespeito por um verdadeiro estado de direito.
Por isso, Senhor Engº Miguel, já o disse, mas volto a reiterar o que disse, o Senhor Engº MENTIU, porque eu não votei favoravelmente a proposta a que faz referência, porque preservo e respeito as decisões dos nossos Tribunais, independentemente delas discordar ou concordar, porque são as regras democráticas que devem prevalecer. O Senhor Engº sabe o que é isto ? Talvez não!
O Senhor Engº Miguel pode trazer a este fórum o que entender, sejam atas ou factos, mas uma coisa lhe garanto, eu não votei favoravelmente a proposta “mirabolante” dos Independentes.
Não altero a minha afirmação ao dizer que eu não votei, quer tenha havido ou não som.
Estou em crer que a generalidade dos membros da Assembleia Municipal são pessoas dignas, sérias e honestas, incapazes de cometer o crime de falso testemunho ao corroborar a mentira do Senhor Engº Miguel Summavielle.
Senhor Engº Miguel, não devemos ofuscar a verdade, mesmo que ela seja desagradável e incómoda.
Não posso finalizar sem manifestar a minha mágoa, pelo facto do Engº Miguel ter mentido e continuar a mentir, o que naturalmente me entristece, face à enorme consideração que tenho por V. Exª e que não quero ver postergada.
Senhor Engº Miguel, a mentira é má conselheira, tem “perna curta”, aniquila a verdade, desacredita e tem um efeito nefasto para os cidadãos.
Pela verdade, até sempre.

José Augusto Sousa

10 março 2014

Erasmus em Fafe


A Câmara Municipal decidiu lançar um programa para melhor receber os alunos estrangeiros que estudam em Fafe. Desse programa constam visitas turísticas ao concelho e seus principais pontos turísticos, um "Kit Erasmus" com livros, bilhetes de cinema e espectáculos, provas de doces, etc.
Esta ideia de "receber bem" parece-me interessante mas as actividades e ideias que podem ser desenvolvidas não se esgota na actividade autárquica. O que Fafe, no seu todo, pode fazer para cativar cada vez mais alunos Erasmus? Era interessante debater este assunto no blog. Há muitos estudantes fafenses que já fizeram Erasmus, que viajaram por essa Europa fora, que têm conhecimento de causa. Partilhem experiências e dêem sugestões.
Vamos alargar este debate, falar do que realmente interessa a Fafe, ou seja, potencializar o que temos de bom, em vez de andarmos com disputas políticas no blog que, ao que me parece, pouco interessam ao cidadão comum.
Seria interessante ouvir a opinião da associação de estudantes do IESF, de alguns alunos e dos próprios fafenses. Um debate que urge fazer. Vamos a isso?

Pedro Fernandes

07 março 2014

Resposta ao Texto do Dr. José Augusto



Caro Dr. José Augusto,

Começo por dizer que este tom, bem mais comedido e cordato, lhe fica, na minha opinião, muito melhor.
Quanto à mossa que os votos criam ou criaram, o Sr. Dr. José Augusto escolhe o caminho que mais lhe convém. Gostaria de o ver indicar quais os compromissos programáticos que o PSD impôs ao PS. Que compromissos eleitorais do PSD foram incluídos no orçamento de 2014?
Quanto à proposta de redução do IRS e da derrama, reproduzo os documentos que Vª Exª apresentou em 2013 sem qualquer outro comentário!
Quanto à mudança de sentido de voto na proposta em que era manifestado o regozijo pelo chumbo do tribunal constitucional ao corte das pensões, por muito que Vª Exª queira, não conseguirá alterar os factos. Trarei, com muito gosto, a este fórum, a cópia da acta da reunião da Assembleia Municipal em que tal ocorreu, logo que esta seja aprovada. De nada lhe servirá alegar que não havia som e que não ouviu, porque 4 filas atrás de Vª Exª ouviram, votaram e não pediram para alterar o que quer que seja. Tenho, como testemunhas, todos os que participaram nessa Assembleia.
Quanto à tentativa rebuscada de desenterrar a questão da minha afirmação em Várzea Cova, creio que não restaram dúvidas após os esclarecimentos que tive oportunidade de trocar, neste mesmo blogue, com o seu correligionário Carlos Frazão. De qualquer maneira, se não tiver qualquer outro argumento, podemos voltar ao tema…

Miguel Summavielle

05 março 2014

MIGUEL SUMMAVIELLE (IPF) vs JOSÉ AUGUSTO (PSD)


Em regra, e não é de agora, venho agregando e agrupando nos favoritos do browser da Internet, mais recentemente também denominados marcadores, todos os links que me levam até onde o assunto é Fafe, o seu viver e as suas gentes.
Entre Blogs de Fafenses mais ou menos conhecidos e páginas de entidades públicas ou privadas, e pelo meio uma espreitadela aqui e ali ao Facebook, vou validando tudo que diz respeito à minha terra e às suas gentes.
Neste particular da Internet queria fazer um pequeno/grande reparo à página da nossa Câmara Municipal, que é muito pobre de informação no que respeita à sua organização, administração e gestão. A presente nota serve principalmente para a página da antiga plataforma, a actual página do Facebook também não trouxe nada de novo nesse particular.
Segundo o ITM (Índice de Transparência Municipal), estudo promovido pela Associação TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica
, onde o aspecto mais relevante é a informação prestada nas páginas oficiais dos Municípios, relativamente a organização, administração e gestão, Fafe ocupa um 115º lugar nada honroso. Fica só como informação e também em jeito de apelo a visitar a respectiva página, que o 1º lugar do ranking é ocupado pela Câmara da Figueira da Foz, que inclusivamente transmite as reuniões do executivo camarário na sua página.
Depois de assimilar muitos e variados textos e comentários postados no ciberespaço, e também tecer alguns comentários em matérias que me captaram a atenção, onde acresce a falta de disponibilidade para gerir o meu próprio Blog, decidi aceitar o repto do Blog Montelongo e tentar com a regularidade possível trazer aqui informação e opiniões sobre assuntos que julgue oportunos e relevantes, onde sempre terá prioridade o pulsar do nosso concelho.
Também quero deixar claro que não é minha intenção deitar areia para dentro dos sapatos de ninguém, o meu objectivo é lançar à discussão assunto e informação.
                Assim sendo…
Li no Blog do fafense Pedro Miguel Sousa um texto com o título “A política fafense e os desencontros amorosos”, e fiquei também eu tentado a tecer um comentário sobre o objecto do texto e ainda acrescentar algo. Conhecendo o Engº. Miguel Summavielle e o Dr. José Augusto pessoalmente, reconheço que ambos têm considerável importância quer dentro do espaço político onde militam como na actividade política do concelho. Não vou aqui comentar os textos que assinam, onde trocam acusações e apresentam factos mais ou menos verdadeiros segundo os próprios. Cada um deles saberá assumir a exclusividade da sua responsabilidade. Vou tentar, isso sim, enquadrar a actualidade sem deixar de ter uma opinião crítica.
 Face aos factos que conheço e dados de que disponho, sou levado a constatar que neste momento a postura política do Engº. Miguel e consequentemente dos IPFs tem norte, é mais autêntica e naturalmente mais compreensível. Por sua vez, o Dr. José Augusto e os seus pares do PSD, em minha opinião, têm-se concentrado em demasia num azedume exacerbado em relação aos IPFs. Nestes meses após as Eleições Autárquicas, tem-se intensificado, quer na imprensa local como nas Assembleias Municipais, às quais tenho assistido, o enjoo que o PSD demonstra em relação ao movimento IPF. Ao que parece, para o bem ou para o mal, a ordem dentro do PSD é atirar a tudo que mexe nos IPFs.
Ainda não consigo digerir que a causa deste assédio exterminador do PSD seja apenas o orgulho ferido por ver antigos militantes integrarem as fileiras dos IPF. É um facto, que também em Fafe se fez notar a “natural repugnância” das direcções partidárias dos grandes partidos nacionais em relação aos movimentos de cidadãos independentes, face não só à dissidência de militantes que incorporaram ou manifestaram apoio público a esses movimentos, mas principalmente pela perda de espaço no tabuleiro do poder autárquico, consequência do êxito eleitoral desses grupos de cidadãos.
O PSD Fafe após acordar com o PS Fafe uma equipa executiva maioritária, garantindo ao PS uma governabilidade mais tranquila, foi forçado a alterar apressadamente e até inconscientemente a estratégia política que vinha mantendo nos últimos mandatos de liderança maioritária PS. Tratou de redireccionar as baterias que usualmente estavam apontadas ao PS para os IPF e aí gastar todas as munições.
Apressadamente e inconscientemente, Sim! Se não vejamos.
É legítimo que o PSD local queira crescer e conquistar eleitorado no domínio dos IPF, o que, salvo se ocorrer um terramoto político, e até pelas suas opções que ditam a actual conjuntura política concelhia, coadjuvada com a nacional, a curto prazo, julgo tarefa quase impossível, até porque o resultado do PSD Fafe não foi assim tão decepcionante.
Pelo que sei os IPF estão mais organizados que nunca e prometem dificultar a tarefa do PSD e tentar a todo custo conquistar a franja de eleitorado necessária para garantir uma vitória no próximo acto eleitoral autárquico.
Mas afinal nesta ambição do PSD Fafe em conquistar eleitorado onde pára o PS?
Será que o PSD Fafe está tão deslumbrado com os a duas vereações que lhe foram atribuídas no presente executivo camarário que se esquece que o PS é o partido com maior representatividade no concelho? Que nas últimas Legislativas de 2011 em conjuntura política favorável, a qual veio a ditar uma vitória nacional do PSD, a nível concelhio foi o PS o partido mais votado com 40,09% contra 37.04% do PSD?
Lanço daqui um alerta que julgo justificável ao PSD Fafe, a investida em relação aos IPF deveria ser q.b.. Recordo-vos, que dentro do movimento que hoje localmente tanto atacam, certamente existem votantes que poderão ainda fazer parte do eleitorado fiel ao PSD nacional, capitalizando importância para um resultado menos negativo em eleições nacionais. Como diz o ditado “não é com vinagre que se apanham moscas”.
Desculpem-me os militantes e fieis simpatizantes do PSD, mas a mais que comum alternância cíclica de poder da história política contemporânea do nosso país deve verificar-se já nos próximos actos eleitorais. Não consigo imaginar outro cenário, quer para as Europeias deste ano, como para as Legislativas de 2015, que não seja um resultado menos positivo para o Partido Social Democrata, e todos sabem o porquê.
O PSD local deve libertar-se dos fantasmas da traição e fazer uma oposição construtiva e diferenciadora quanto possível ao executivo camarário de maioria relativa PS. É imprescindível para o PSD Fafe que através de uma oposição inteligente se demarque o quanto possível do PS e tente manter o seu espaço no eleitorado local, não se deixando assim dissolver em parte num PS que continua a ser a força mais representativa no concelho em eleições nacionais e que se prepara para reforçar essa posição.


Alberto Baptista

26 fevereiro 2014

Fora Do Circo … Com Seriedade

Foi com enorme surpresa que constatei que o Engº Miguel Summavielle, ficou agitado, incomodado e ofendido com o meu artigo de opinião.
Não foi minha intenção provocar tamanha ira, sendo incapaz de o mal tratar ou ofender, seja em que circunstância for, mesmo na politica.
No entanto, face à sua tomada de posição, não posso deixar passar em claro algumas das afirmações, inverídicas, que visam atingir a minha seriedade, pessoal e política.
No desabafo do Engº Miguel Summavielle, vem à evidencia que os votos dos independentes ao tempo não criavam mossa, logo podiam votar ao lado do poder. Isto não será falta de seriedade e puro oportunismo ? Mas quem sou eu para os julgar !
Quanto ao “ambiente circense”, cumpre-me esclarecer o Engº Miguel Summavielle que há pessoas muito mais habilitadas politicamente para criar e manter estas diversões, sendo os artistas sobejamente conhecidos.
O Engº Miguel Summavielle, pessoa bem informada e atenta, parece que, no que respeita a esta matéria, anda nitidamente distraído.
Vejamos:
O Engº Miguel Summavielle não sabe, mas devia saber, que não é possível apresentar propostas para alteração do orçamento aprovado pelo Executivo Municipal.
Ora, caso votasse, e não votei, as propostas dos Independentes relativamente à redução da Derrama e da participação no IRS, estaria a concorrer para o cometimento de ilegalidades e para isso, não contem comigo.
Aqueles que me conhecem bem, sabem que sou uma pessoa que preserva e defende, de forma intransigente, a seriedade, a honestidade e a legalidade democrática.
Acresce, ainda, que a minha conduta é norteada pela retidão, agindo sempre com seriedade e nunca ludibriando quem quer que seja, mesmos aqueles que por desnorte, fonte de azar, andam desatentos.
O Engº Miguel Summavielle sabe que mente quando afirma que eu votei favoravelmente a proposta “miserável dos Independentes” manifestando regozijo pelo chumbo do Tribunal Constitucional ao corte das pensões, tendo posteriormente voltado atrás. Isso é mentira.
Engº Miguel Summavielle, a nossa conduta deve ser pautada em toda a sua dimensão, pela seriedade, honestidade, retidão e pudor, sendo exigível àqueles que se preocupam com a coisa pública falar verdade, sempre a verdade.
Eu não sou daqueles que assumem publicamente que não era candidato no ato eleitoral que se aproximava e que afinal vim a ser candidato. Isto é mentir e propalar a mentira é feito. Muito feio !
O Engº Miguel Summavielle sabe naturalmente a quem me refiro, não sendo pois necessário revelar o “seu” nome.
Relativamente aos vira-casacas apenas tenho a referir que existem desde tempos imemoriais, sendo certo que o seu surgimento ocorreu com o aparecimento dos Alfaiates, hoje vulgarmente conhecidos por Costureiros, tratando-se pois de uma profissão muito prestigiada e honrada.
Não posso deixar de sublinhar que impende sobre o político o dever de não mentir, falando sempre verdade, seja em que circunstância for, devendo ser integro e vertical.
Termino por onde comecei, com respeito e humildade, falando sempre verdade seja em que circunstância for, mesmo que isso incomode e provoque agruras.

José Augusto Sousa

22 fevereiro 2014

Quem não se sente não é filho de boa gente

Quando li o artigo de opinião do Dr. José Augusto Sousa, líder da concelhia do PSD de Fafe, no Notícias de Fafe do passado dia 14 de Fevereiro, nem queria acreditar.
Utilizando uma linguagem “mal disposta” e agressiva, acusa os Independentes por Fafe de maledicentes e palhaços, afirmando que a nossa prestação na Assembleia Municipal é miserabilista e politicamente infantil.
Tudo porque votámos contra o orçamento municipal de 2014. Quem diria!!!
Terá o Sr. Dr. José Augusto esquecido que foi esse o sentido de voto do PSD para os orçamentos de 2011, 2012 e 2013, para mencionar apenas o último mandato.
Terá o Dr. José Augusto esquecido que o PSD votou favoravelmente o orçamento de 2010.
Terá o Dr. José Augusto esquecido que os Independentes por Fafe apenas votaram favoravelmente os orçamentos porque o Dr. José Ribeiro, honra lhe seja feita, procurou consensos, mesmo sem os precisar, já que tinha maioria, aceitando incluir nos diversos orçamentos mais de 20 medidas que constavam do nosso programa eleitoral.
Terá o Dr. José Augusto esquecido que o voto favorável do PSD, em 2010, e os favoráveis dos Independentes, durante todo o anterior mandato, em nada alteravam o resultado final da votação, já que o PS tinha maioria. Já os dois votos favoráveis do PSD, neste mandato, permitiram ao PS aprovar o SEU orçamento. Digo o SEU orçamento porque não tivemos, até ao momento, qualquer indicação que o PSD tenha contribuído, de alguma forma, para o orçamento aprovado. Nem durante a discussão do orçamento foi referido qual o contributo do PSD para a sua elaboração. Nem foi dada uma explicação cabal para o voto favorável. Refira-se, aliás, que as observações específicas, feitas pelos membros do PSD durante a discussão na Assembleia Municipal, foram de tom crítico, apontando os aspectos com os quais não concordavam, fazendo supor que iriam votar contra. Desta forma, posso concluir que se trata do orçamento do PS, aprovado pelo PSD!
Terá o Dr. José Augusto esquecido que o PS não quis qualquer contributo dos Independentes por Fafe na elaboração do orçamento, mesmo depois do líder do movimento ter dito que manteria a sua postura cooperante. Como poderíamos aprovar o orçamento?
O Dr. José Augusto não esqueceu nada disso, mas, infelizmente, essa é a sua forma de fazer política, mascarando a realidade conforme a sua conveniência e criando um ambiente circense em sua volta.
Mas vou mais longe.
É pena que o Dr. José Augusto não explique porque votou contra a proposta apresentada pelos Independentes, propondo uma redução da Derrama e a participação do Município no IRS no orçamento de 2014, quando, para 2013, o PSD tinha apresentado proposta exactamente igual. Esclareço, desde já, que os Independentes votaram favoravelmente essa proposta do PSD.
É pena que o Dr. José Augusto não veja o seu próprio miserabilismo, quando, por distracção, votou favoravelmente uma proposta, apresentada pelos Independentes, manifestando regozijo pelo chumbo do tribunal constitucional ao corte das pensões, indo, depois, pedir ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal para alterar o voto.
Se o Dr. José Augusto me permite, aconselho-o a ir pensando na forma como vai desmanchar esta coligação com o PS, sob pena de, nas próximas eleições autárquicas, não conseguir explicar aos eleitores porque devem votar no PSD e não no PS.

Quanto aos vira-casacas, porque não olha para o Dr. Durão Barroso ou para a Dra. Zita Seabra. Ou será que, quando vota, deixa uma nota a exclui-los das suas opções?

Miguel Summavielle