28 dezembro 2011

Cine Teatro JANEIRO

EM DESTAQUE: The Gift
Dia 27, 21:30H, Preço: 10Eur

Nascidos em 1994, os The Gift deram o seu primeiro concerto em nome próprio no Mosteiro de Alcobaça, em Julho de 95. Até Maio de 97 os The Gift empenharam-se a 100% na preparação do seu primeiro registo discográfico, tendo como ambição mostrar a sonoridade da banda aos media e às editoras. Deste esforço nasceu “Digital Atmosphere”.
Ainda nesse ano, os The Gift partiram para a estrada, percorrendo cerca de 630 auditórios e editando no final da digressão um vídeo com os concertos do Centro Cultural de Belém e do Cine-teatro de Alcobaça. Ganham, em 2005, na categoria de "Best Portuguese Act", o MTV Europe Music Awards, prémios entregues esse ano em Portugal. Este reconhecimento é obtido através do seu álbum duplo «AM-FM». A 30 de Outubro de 2006 lançam o álbum ao vivo e DVD «Fácil de Entender», cujo nome é o de uma canção cantada em Português e faixa escondida do álbum «AM-FM» que foi apresentada no decorrer da AM-FM Tour.
Em 2007 ganham o Globo de Ouro (SIC/Caras) de Melhor Grupo com o álbum editado no ano transacto «Fácil de Entender».
Em 2009, Nuno Gonçalves é convidado a regravar Amália Rodrigues, nascendo Amália Hoje, produzindo algo de inovador que ficará marcado para a história cultural de Portugal com participação da Sónia Tavares, Fernando Ribeiro dos Moonspell e Paulo Praça dos Plaza. É anunciado o lançamento do novo álbum, Explode, em Fevereiro de 2011. Para apresentar as novas canções a banda programou para Março deste ano, uma série de três concertos no Tivoli, Lisboa, e um em Madrid, em Maio. Fafe integra a digressão “Primavera/Explode – Mil cores possíveis”, onde o espectáculo inclui temas novos gravados recentemente numa jornada de 10 dias no Centro Cultural de Belém e os mais recentes do último disco Explode.

23 dezembro 2011

Feliz Natal !!

A todos os colaboradores, leitores e amigos deste Blog, votos de um Feliz Natal e de um ano novo repleto de alegrias pessoais e profissionais.

18 dezembro 2011

Provável Aumento de Incêndios no Vale do Ave

Um estudo anunciado pela Associação de Municípios do Vale do Ave indicou que a subida da temperatura esperada para os próximos anos na região do Rio Ave pode originar um aumento do número de incêndios verificado na região.
O estudo foi realizado ao abrigo do projeto ADAPTACLIMA enquadrado no programa de prevenção de riscos naturais, SUDOE, financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
O ADPTACLIMA aponta para uma subida de temperatura entre 0.2 e 0.5 graus célsius o que, aponta o estudo, levará a um aumento no número de incêndios sentidos na região do Ave e consequentemente ao aumento da área ardida.
Este aumento de área ardida originará uma "desvalorização da paisagem" o que terá "impacto negativo no turismo".
O estudo aponta ainda como consequências do aumento da temperatura o "alargamento da época de fogos" que terá também impacto na erosão dos solos, que vai também aumentar, influenciando a biodiversidade da floresta da região do Ave.
Segundo o estudo agora revelado, as mudanças climáticas ao longo das últimas décadas já tiveram impacto na floresta do Vale do Ave ao nível do crescimento do número de incêndios registados na região.
Este estudo aponta que em 1980 ocorreram na região do Vale do Ave 500 incêndios, número que aumentou para 2594 no ano de 2009.
No início da década de 80 a área ardida atingia os mil hectares enquanto que em 2009 foram 4 mil os hectares de área ardida.
O SUDOE é um programa de cooperação territorial do espaço Sudoeste europeu que tem por objetivos elaborar cenários de previsão sobre os efeitos das alterações climáticas e avaliar os impactos destas nos sectores económicos destas regiões.

In www.rtp.pt

14 dezembro 2011

Concertos de Natal

Formada em 2002, a Orquestra Juvenil da Banda de Golães realizou as suas primeiras apresentações públicas na"Quadra Natalícia"do mesmo ano numa série de concertos realizados em algumas freguesias de Fafe. Como resultado do trabalho desenvolvido na formação de jovens músicos, foram galardoados em 2003 com o prémio revelação pelos dois semanários fafenses.
A Orquestra Juvenil irá levar a cabo nesta época festiva um conjunto de concertos de Natal. O primeiro concerto realizou-se sábado dia 10 de Dezembro pelas 10.00h nas instalações do Centro Social de S. Vicente de Paços, segue-se no dia 18 de Dezembro pelas 15.00h o concerto de Natal na Igreja Paroquial de Golães, por ultimo dia 8 de Janeiro pelas 15.00h na Igreja Paroquial de S. Gens. A direcção artística da orquestra Juvenil está a cargo do Prof. Tiago Ferreira que é também o seu maestro, cargo que ocupa desde 2001. Os jovens que compõem a Orquestra Juvenil da Banda de Golães são exemplo de trabalho, dedicação, amor à música e à sua banda filarmónica e desejam a todos os associados e simpatizantes uma quadra natalícia cheia de felicidade.

Filomena Magalhães

09 dezembro 2011

Clube Fafense

A gestão de organizações é um desafio. A forma como certas pessoas fazem surgir uma entidade que se torna numa referência é algo que sempre me surpreendeu. É certo que a génese destas entidades, seja de que índole for, é resultado de uma visão corajosa da realidade e de uma tenacidade a toda a prova. Contudo, parece-me que mais difícil é o caminho da manutenção. Manter em alta as expectativas, manter um nome, preservar uma identidade é um desígnio de todos os que constroem as organizações.
Muita gente poderá dizer melhor do que eu, mas parece-me que o Clube Fafense foi uma referência na cidade, sem dúvida, por todo o simbolismo que possuía. Só que, convenhamos, esse simbolismo foi executado por um mix de elitismo (nada tenho contra) aliado a uma certa boémia glamorosa devidamente elaborada pelas pessoas que o frequentavam. Poucas histórias conheço do Clube fafense, mas a sua identidade foi construída durante décadas pelos momentos vividos pelas personagens únicas que o ocuparam e pela imagem que, intencionalmente ou não, fomentaram.
Quando soube da iniciativa de retomar as actividades do clube, a minha reacção foi de regozijo, quer pelo edifício (a sua dinamização certamente o vai rejuvenescer), quer por mais uma «alma» que servirá para Fafe recuperar a sua identidade. Contudo, o futuro não vai ser fácil.
Se o Clube funcionou com uma dinâmica própria em circunstâncias temporais muito precisas, pergunto-me como vai ser agora. A ambiguidade é nítida: Se, por um lado, os tempos que correm apelam a uma abertura de portas, por outro lado a dignidade e identidade do Clube só se tornará exequível caso mantenha algum mistério e seja selectivo nas suas admissões. Consequentemente, a tarefa de manter o clube reveste-se de uma grande dificuldade. Coragem e boa vontade são necessárias.

António Daniel

05 dezembro 2011

Entrevista ao Padre Pedro Marques

No último fim-de-semana, o jovem sacerdote Pedro Marques, há pouco na paróquia de St.ª Eulália, em Fafe, deu-nos a honra de uma entrevista, no âmbito de um trabalho para Jornalismo, unidade curricular do curso de Ciências da Comunicação. A entrevista debruçou-se sobre a relação dos jovens com a Igreja. Dado a extensão relativamente grande do texto, ficam aqui algumas das suas ideias principais.
“Uma paróquia que não se rejuvenesce, é uma paróquia que morre a prazo”
O Padre Pedro dá conta de uma mudança significativa na relação dos jovens com a Igreja – as gerações anteriores viam a Igreja numa perspectiva colectiva, de convívio com os outros; actualmente, os jovens vêem e precisam da Igreja de uma forma diferente. «Existem imensos factores a nível sociológico que explicam esta falta de interesse dos jovens pela prática religiosa nesta idade. Eles entendem a religião de uma maneira opressiva, castradora da liberdade – o que não corresponde à realidade.»
Este afastamento dos jovens traz, na opinião do sacerdote, consequências «devastadoras» para a paróquia. «Todos perdem». Quanto às formas de chamar a juventude à Igreja, é necessário criar «um espaço de diálogo, de liberdade, onde se possam sentir jovens e viver a sua fé de uma forma jovem e alegre. Esse espaço, nós queremos criá-lo cá em Fafe.»
Segundo Pedro Marques, a relação dos jovens com a religião é, pelo menos, mais «consciente», em comparação com as gerações anteriores. «Agora, as pessoas questionam-se minimamente; de uma forma geral, as pessoas andam mais esclarecidas e isso é bom; obriga a Igreja a esclarecer-se para o bem e para o mal». São raros os pais que obrigam os filhos a ir à Igreja. E para que exista uma relação de continuidade com a instituição, falta muitas vezes, na sua opinião, uma «experiência positiva».
A falta de padres é, na opinião do sacerdote, um dos mais sérios problemas da Igreja. «Antigamente, os padres chegavam para todas as reuniões, para todas as missas, e, actualmente, começam a não chegar. Deus continua a chamar, mas as pessoas têm medo de arriscar, porque a vida de sacerdote não é nada fácil, como também não o é a vida de casado.
No futuro, o padre gostaria que a relação entre esta camada da população e a Igreja fosse mais natural. «Acho que ao fim de dez anos de catequese, um jovem devia reclamar o seu espaço na Igreja».
Deixamos os comentários com os leitores.

Sofia Rodrigues e Joana Gonçalves

30 novembro 2011

Cine Teatro DEZEMBRO

EM DESTAQUE: Carminho
Dia 9, 21:30H, Preço 10Eur

Nasceu Carmo Rebelo de Andrade, em Lisboa. Estreou-se a cantar em público, aos doze anos, no Coliseu. A partir daí começou a cantar regularmente na Taverna do Embuçado, em Alfama.
Depois de uma viagem à volta do mundo que durou um ano e em que participou em acções humanitárias na Índia, Camboja, Peru e Timor, conseguiu olhar de fora para dentro e descobriu que a sua verdadeira vocação era mesmo o fado. Cantou na Casa da Música, na Festa do Fado, no espectáculo comemorativo dos 45 anos de carreira de Carlos do Carmo, na Expo de Saragoça e na recriação de «Amália à L'Olympia». Para trás, nesta história, ficou a participação, entre outros, no disco «Fado - Ontem, Hoje e Sempre», no filme «Fados», de Carlos Saura, e concertos na Argentina, Suiça e Malta. Recebeu o Prémio «Revelação Feminina» da Fundação Amália Rodrigues.
Em 2009 editou o seu primeiro álbum “Fado”, considerado “a maior revelação do fado da última década”, pela revista Time, alcançando rapidamente o galardão de ouro e dando início a uma digressão nacional e internacional.
Vista como um símbolo da sua geração, tornou-se, em 2011, a Embaixadora portuguesa do programa “Youth on the Move”, a convite da Comissão Europeia.
2011 é também o ano de um arranque seguro de uma carreira internacional que a leva ao palco principal da Womex (World Music Expo), na Dinamarca, e a espectáculos em diversos palcos europeus.
É com grande expectativa que se aguarda o lançamento do seu segundo álbum, previsto para Janeiro, com edição assegurada em Espanha e no Reino Unido.

27 novembro 2011

Plano e Orçamento Municipal 2012

As Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2012 foram aprovadas, por maioria, na mais recente reunião da Câmara Municipal de Fafe, contando apenas com o voto contra da vereadora do PSD, Fernanda Castro. As grandes opções para o próximo ano são influenciadas obviamente pela situação de crise que se vive no país, que coloca tudo em questão, sobretudo, como refere o Presidente da Câmara, José Ribeiro, “quando não desistimos do firme e inalterável propósito de prosseguir na sustentabilidade económico-financeira do nosso Município, na trajetória de reduzir despesa e de reduzir endividamento, não deixando de fazer o que é absolutamente necessário fazer-se”.
O Plano e Orçamento do Município para o próximo ano mantém a entrega aos cidadãos de Fafe de 2% do seu IRS; as taxas do IMI, não adotando as máximas fixadas pelo Governo, bem como os preços e as taxas dos serviços municipais, sem aumentos no atual mandato; reforça as transferências para as juntas de freguesia em mais de 2%, atualizando os fogos pelos censos de 2011; reforça as verbas para os protocolos com as juntas de freguesia para os serviços de transporte, refeições e prolongamento de horário; e prevê, como tem sido habitual, uma significativa verba de 500 000 euros para Protocolos de Investimento, a realizar logo que conhecido o resultado da reorganização administrativa em curso.
O documento dá absoluta prioridade aos investimentos cujo financiamento está assegurado pelo QREN ou que pode ser suscetível de vir a sê-lo, “já que não podem desperdiçar-se os 85% do seu valor. Ninguém nos perdoaria outra opção!”. Está nesse caso, a eventualidade da aprovação da candidatura da requalificação da Feira Semanal.
Neste contexto, as principais opções e investimentos para 2012 são a requalificação do Palacete do Ex-Grémio para o Arquivo Municipal (1 100 000 euros); a construção do Centro Educativo Montelongo (1 220 000 euros); construção do Quartel da GNR (1 500 000 euros); aquisição comparticipada e financiada pelo INH de habitação social (3 847 855 euros); reforço do investimento no abastecimento de água e rede de saneamento do concelho (1 550 000 euros) e aquisição do património da REFER (572 759).

In www.cm-fafe.pt

24 novembro 2011

A "Capital" da Juventude no Seu Melhor...

"Vila de Fafe" é um erro que ofende todos os fafenses! Não que seja um problema ser vila mas porque ainda há quem desconheça que já fomos elevados a cidade há mais de 25 anos!!

22 novembro 2011

Escola Industrial de Fafe

No passado Sábado, dia 19 de Novembro, a Associação dos Antigos Professores, Alunos e Funcionários da Escola Industrial de Fafe realizou o seu Magusto anual, nas instalações da Escola Secundária de Fafe. Aurora Barros, ex-aluna e Professora da extinta Escola, é a Presidente e também o rosto mais visível da Associação e foi mais uma vez a anfitriã do evento que contou com a presença de muitos que em tempos difíceis da história do nosso país tiveram o privilégio de ter frequentado aquele estabelecimento de ensino. O convívio contou com a participação do Rancho Folclórico de Regadas, que veio aumentar ainda mais o espírito de alegria, partilha e amizade entre os participantes .
Em 2009, durante as comemorações do 50º Aniversario da Escola, Marcelo Rebelo de Sousa foi o convidado de honra. Na sua intervenção no Teatro Cinema disse constar das suas memórias o esforço que o presidente à frente dos destinos da Câmara de Fafe, na época, exerceu junto de seu pai, que na altura exercia um cargo no governo de Lisboa, para que o projecto da referida escola que tardava em chegar, não fosse desviado para outro destino.

Filomena Magalhães

17 novembro 2011

Regresso

A próxima edição do Rali de Portugal tem início num dos locais mais míticos do antigo Rali de Portugal, mais concretamente em Fafe, para uma espécie de "Road Show", à semelhança do evento que teve lugar há dois anos na Avenida dos Aliados, no Porto.
Os contornos deste «regresso ao passado» do Rali de Portugal deverão ser dados a conhecer ao pormenor pelo ACP na apresentação da próxima edição da prova, o que deverá acontecer nos próximos dias.
O Vodafone Rally de Portugal 2012 já tem data confirmada, entre os dias 29 de Março a 1 de Abril do próximo ano.

In http://www.autoportal.iol.pt

16 novembro 2011

Sugestão de Leitura - "A Herança Arquitectónica e Urbana da Cidade de Fafe"


O livro resulta do trabalho académico de final de curso do arquitecto fafense António Póvoas.
A Reabilitação como Processo de Preservação Cultural e Patrimonial pretende ser uma reflexão crítica sobre a forma como todo um património, arquitectónico e urbano, é pensado, e um olhar sobre a protecção desse legado tendo como foco de análise a cidade de Fafe.
Trata-se de um trabalho de investigação baseado na recolha e análise de várias matérias e testemunhos que contextualizam a evolução da cidade desde a sua fundação medieval, até ao presente. Será proposta uma interpretação relativa ao crescimento urbano e demográfico, em que serão abordados alguns aspectos da influência do surto emigratório para o Brasil, bem como o modo de vida do português "brasileiro". Ilustrar-se-á como esse êxodo se veio a repercutir subsequentemente nos aspectos económicos e culturais da sociedade de Fafe, muito devido ao seu carácter interventivo e filantrópico, veículo fundamental no desenvolvimento da urbe.
O livro pode ser adquirido através da "Kairos - Produções Culturais".

11 novembro 2011

Breves Apontamentos


1. O jogo do pau é uma das marcas identitárias do nosso concelho. Existem associações que se dedicam a essa prática com bastante afinco mas o jogo do pau ainda não tem uma abrangência assim tão significativa. Recentemente, fiquei surpreendido ao reparar que um ginásio da nossa capital tem o jogo do pau como uma das modalidades de aprendizagem, ao lado de muitos outros desportos de combate. O jogo do pau é “nosso” mas não me admirava nada que daqui a uns tempos começássemos a ver outras colectividades a pegar naquilo que é “nosso”, a inovar e a desenvolver o mesmo. Este exemplo transportou-me para outras realidades e fez-me lembrar algumas colectividades de bombos fafenses. Com todo o respeito que tenho por todos mas, enquanto nós andamos sempre a ouvir o mesmo bater dos “Amigos da Borga” e semelhantes, existem outros que pegam naquilo que é tradicional, inovam e desenvolvem, criando novos espectáculos e garantindo outra projecção à “arte do tambor”. Estou-me a lembrar, por exemplo, dos Toca Rufar ou dos Sond´Art. Nós temos a arte mas paramos no tempo. Outros pegam na “nossa” arte, desenvolvem-na e inovam, criam dinâmicas e formam os mais jovens. Essa é a grande diferença! Talvez possamos fazer o mesmo com o jogo do pau…

2. Até há bem pouco tempo nunca tinha pensado se valeria mais dar roupa que não precisasse e alimentos directamente a uma família desfavorecida ou a uma organização de solidariedade. Mas, quando um voluntário que já prestou serviço na Cruz Vermelha Portuguesa me disse que viu pessoas a colocarem nos carros particulares bens doados, comecei a pensar no assunto…

3. Este exemplo anterior fez-me recordar aquelas organizações pseudo elitistas fafenses do meu tempo que faziam grandes campanhas de solidariedade com festas nas discotecas para angariar dinheiro, com grande destaque nos jornais locais e depois iam gozar umas “merecidas” férias aos Açores depois de um extenuante trabalho de amor ao próximo…

Pedro Fernandes

08 novembro 2011

Leituras Políticas

A meio do mandato autárquico é altura de fazer uns pequenos ajustes à «movida» política, ou melhor, à sua ausência. As próximas eleições autárquicas em Fafe possuirão características únicas:
- Saída de José Ribeiro;
- Nomeação de um sucessor;
Se a saída parece consumada, com óbvias implicações positivas ou negativas, dependendo do ponto de vista, já a segunda não é linear, apesar de haver uma tendência. Contudo, poderão daí surgir divisões; divisões que se acentuarão caso o PS não obtenha uma percentagem muito convincente. Diria até mais, é um momento único para a oposição destronar o PS do poder. Por que razão?
Em virtude de múltiplos fatores, houve um conjunto de iniciativas que pura e simplesmente não sairão do papel ou, nas melhores das hipóteses, serão adiadas. Referimo-nos ao Hospital e à Escola Secundária e ao cadavérico parque da cidade (monte de terra com um simbolismo enorme…) com todas as melhorias daí decorrentes, quer ao nível humano, quer ao nível físico. Se tal acontecesse (a concretização destas infra-estruturas certamente seria um desígnio desejado por todos) o PS teria a eleição garantida com Antero Fernandes a tomar a dianteira por ser o rosto mais visível destas transformações em virtude do seu pelouro. Porém, infelizmente parece que tal não irá suceder. Resultado: teremos um sucessor fraco. Daí que se entenda a preocupação de José Ribeiro em pedir a audiência com o Ministro da Saúde.
Contudo, o tempo passa. Julgo que seria importante para a oposição delinear estratégias o mais cedo possível. Encontrar um rosto credível com alguma experiência é um objectivo que se vai tornando premente. Com a antecedência devida, tornaria possível uma identificação com o eleitorado e promovia uma ideia de mudança aliada à constante vigilância democrática com a indicação de alternativas credíveis para o Concelho. Contudo, aqui a oposição depara-se com um obstáculo: a comunicação. Neste momento só existe um meio de comunicação: O Povo de Fafe. Por tal motivo, creio que a única estratégia possível passará pelo contacto direto com os eleitores o que, convenhamos, necessita de tempo e disponibilidade para aproveitamento da singularidade destes tempos.
Escrevo isto com uma única preocupação: Fafe.

António Daniel

04 novembro 2011

Yin e Yang e as PPP´S

O Yang
A vitória do PSD nas últimas eleições legislativas parece querer significar que sempre serão suspensas as Parcerias Público-Privadas. Essa será a melhor notícia que nos poderiam dar e um novo alento para o nosso futuro.
Olhemos para o exemplo de Fafe: 40M€ em 7 empreitadas cuja importância é discutível e com programas de execução claramente a exceder o “estritamente necessário”. Esses 40M€ iriam colocar-nos em regime de restrição para os próximos 20 a 30 anos, sujeitos a um orçamento municipal que veria as suas verbas destináveis a investimentos reduzidas a pouco mais do que €5.000.000,00/ano. Todo o restante seria encaminhado para pagar as PPP’s.
Por isso, confirmando-se a notícia, deveríamos rejubilar e, quem sabe, até festejar.

O Yin
Anunciadas que foram as privatizações, percebemos que as Águas de Portugal se contarão entre as empresas alienadas em prol do indispensável aumento da receita do Estado.
Morrerá, pela forma, a Parceria Pública-Pública contratada entre o nosso Município e as Águas do Nordeste (empresa pertença das Águas de Portugal), extinguindo-se a fórmula expedita que o Dr. José Ribeiro havia encontrado para executar a tão prometida ampliação da rede municipal de saneamento.
Neste caso, infelizmente, não temos razões para festejar. Perde-se a possibilidade de candidatar algumas das obras aos fundos do QREN (possibilidade que as AdP tinham) o que permitiria fazer mais obra com menos dinheiro; e perdem-se as poupanças que sempre se conseguem com uma gestão integrada das redes públicas – esta PPP incluía mais de uma dezena de Municípios.
Resta-nos a esperança que o nosso Presidente canalize as verbas previstas para as PRIVADAS e as utilize na obra PÚBLICA. Pelo menos agora só depende de si próprio!

Miguel Summavielle

02 novembro 2011

O Rio do Matadouro

Assim fora designado o rio que serpenteava as margens da Ponte do Ranha. Ao lado do Matadouro, alheias aos gemidos fúnebres dos animais, as mulheres castigavam as mãos na rudeza da água que, por mais translúcida que fosse , parecia quente. Os sabões, comprados ao quilo na venda do Canedo, ainda com o papel tão característico a servir de invólucro, deslizavam na roupa com suavidade, contrastando com os preparativos da lavagem de mantas, carpetes, tapetes e afins. Sobre aquelas pedras de granito, esfregava-se com veemência, revelando a minhota em todo o seu esplendor. Pujante na atitude, com o verbo malicioso na ponta da língua, apontava o norte através da palavra para atenuar o esforço do manejamento das pesadas peças molhadas. Toda a sua beleza reinava naquele poder surpreendente onde a sonoridade permanente de uma pequena queda de água abafava as vozes mas revelava o corpo.
Destas ambiências comungavam os putos. Com um enquadramento maternal próprio da minhota, com marcação à zona, molhavam-se numa alegria estonteante, entre as gotículas a comungarem com o sol a beleza das cores. Assim começámos a admirar as nossas mães.
Todos aqueles habitantes da Ponte do Ranha tinham uma tendência desmedida por Parcídio Sumavielle: Colocou uma cobertura no tanque coletivo, tornando possível a lavagem no Inverno.
Como os tempos se alteram…

(homenagem à minha querida mãe)
António Daniel

28 outubro 2011

Cine Teatro NOVEMBRO

EM DESTAQUE: UHF
Dia 26, 22H, Preço 10Eur (camarotes); 15Eur (Plateia)

O mês de Novembro de 1978 é comummente considerado como a data do primeiro concerto a sério dos UHF. Trinta e três anos depois, a banda de Almada que esteve no arranque do movimento de renovação musical denominado rock português, regressa à sala do Teatro-Cinema de Fafe, depois de há um ano a ter esgotado.
Será um desfilar sonoro de canções do percurso do UHF, numa “viagem” que inclui temas do seu novo álbum (porquê?), entremeados com músicas conhecidas da banda, como “Cavalos de Corrida”, "Rua do Carmo",“Vejam bem” ou “Matas-me com o teu olhar”, que deliciam sempre os espectadores.
Este vai ser um concerto em formato acústico e será registado ao vivo para edição discográfica. Os parabéns aos UHF na sala de visitas fafense!!

25 outubro 2011

Em Viagem...

(Excerto de uma breve conversa numa viagem de comboio)

- (…) Sou de Fafe!
- Fafe?! Que engraçado… Eu tenho familiares em Fafe mas sou de Celorico de Basto (…) Fafe desenvolveu-se muito nos últimos anos.
- Acha que sim? Não tenho muito essa ideia!
- Conheço aquelas terras todas perto de Fafe e acho que em comparação com outras de igual dimensão, Fafe conseguiu ganhar outra visibilidade e tem crescido de forma sustentável.
- (…) Mas olhe que em Fafe ainda subsistem grandes problemas. Por exemplo, há uma grande falta de dinamismo do poder local, falta de opções estratégicas para captar investimento, aposta no turismo rural ainda muito deficitária.
- O problema não é só de Fafe. Em Celorico, por exemplo, também existem esses e outros problemas bem piores que os vossos.
- Pois, acredito… também é mais pequeno… Mas nós temos que nos comparar com os bons exemplos, com cidades maiores, para daí tirarmos ideias para a nossa terra.
- Por isso é que, por vezes, comparo Celorico com Fafe.
- E os fafenses com Guimarães…
- Sabia que as pessoas de Celorico agora vão muito a Fafe às compras?! Vocês agora têm lá à saída da auto-estrada muitos supermercados.
- Os supermercados vão dando emprego a muita gente, o que é importante, apesar de trabalhos precários. Se não houvesse isso, muita gente já não estaria em Fafe a trabalhar e a viver. Mas, por outro lado, o comércio local está nas ruas da amargura…
- Está em todo o lado e mesmo em sítios onde não existem hipermercados.
- Pois… não há dinheiro… é a crise...
- Mas olhe que em Fafe há mais oferta e os preços são mais baixos do que em Celorico. Por isso é que muita gente de Celorico vai a Fafe às compras. E olhe que conheço pessoas que já se mudaram para Fafe.
- Não tinha essa percepção. Até me parece que Fafe está a perder gente, seja para cidades maiores, como para fora do país. Muita gente tem emigrado, mesmo pessoas muito qualificadas. Há muito desemprego, pobreza a aumentar...
- A nossa região sofre muito com este tempo de crise. E é nas cidades pequenas que mais se notam estes dramas. Nota-se em Fafe e nota-se muito mais em Celorico ou em Cabeceiras (…) Há uns meses atrás fui a Fafe ao novo teatro que lá têm. Aquilo é muito bonito! Fui ver uma dança. O espectáculo não foi nada de especial mas aquela sala é espantosa. No outro dia, soube que a Tereza Salgueiro esteve em Fafe. Gostava de ir ver mas só soube depois…
- Sim, é verdade. Foi a melhor obra de Fafe dos últimos anos. E a requalificação de toda a zona envolvente e a instalação da Academia de Música naquele espaço foram excelentes apostas. Ficou tudo muito bonito e criou uma grande mais-valia no centro de Fafe. O mesmo já não se pode dizer do Parque da Cidade (…) A programação também tem vindo a melhorar. Pena que nem sempre haja audiência para tudo… mas por lá já passaram grandes nomes…
- Olhe, fui ver Deolinda a Fafe também nas festas.
- E que tal? Gostou?
- Claro que sim. Muita gente. Era um concerto que sempre queria ver e acabei por ver na sua terra, e sem pagar nada.
- Nos últimos tempos, Fafe tem dado outro destaque à cultura. Antes havia um bom concerto em Fafe uma vez por ano. Hoje em dia já se pode presenciar muita coisa boa com frequência (…) Em Celorico as pessoas conhecem o Cine Teatro e a sua programação?
- Olhe que nem por isso. Há gente que, como eu, conheceu por acaso. Mas ali ainda não se dá a devida importância à educação e à cultura.
- Fafe também padece do mesmo mal. É um problema português (…)

Rui Silva

21 outubro 2011

A Pista de Cicloturismo

Utilizada sobretudo para praticar desporto - correr, andar de bicicleta -, a pista de cicloturismo é, acima de tudo, uma das melhores sugestões de passeio e desfruto da paisagem de Fafe.
Quem faz, regularmente ou não, parte deste percurso, que nos leva até ao concelho vizinho, facilmente percebe que ao longo dos quilómetros se respira ar puro, bem-estar e, sobretudo, história. É, no mínimo, engraçado e encantador imaginar como seria o comboio a percorrer esta linha (sobretudo, penso eu, para quem não conheceu estes tempos em que o comboio passava em Fafe).
Na imagem vemos o bar da estação, em Cepães. A ideia de preservar um pouco do nosso património transformando a estação de comboios de Cepães num bar foi, na minha opinião, fantástica e pena é que mais iniciativas deste tipo não preencham os nossos dias e a nossa terra. Ao pé da estação teremos em breve um museu (vagão recuperado) sobre os tempos em que por esta terra passava, sibilando, o estranho bicho. Para tal, muito contribuiu, diga-se de passagem, o Prof. José Emídio, que tanto tem feito por Cepães.
Aos que ainda não conhecem, fica o convite: estreiem-se neste percurso (ainda que não seja por inteiro) e interajam o mais que possam com esta bela Natureza (garanto que a imagem não retrata o que de mais belo podemos apreciar ao longo da pista).

Sofia Rodrigues

P.S.- No letreiro, recentemente colocado, podemos ler: “Atenção aos comboios. Pare, escute e olhe. Proibido o trânsito pela linha”.

18 outubro 2011

Discrepância

Relativamente ao ano lectivo transacto, a Escola Secundária de Fafe subiu apenas um lugar no ranking da média dos Exames do Ensino Secundário. Passou do 444º lugar para o 443º. Atrás de Fafe só estão 34 escolas de todo o Portugal. Embora sabendo a subjectividade deste ranking, o actual panorama educativo no nosso concelho não é coisa que nos possa orgulhar. Por detrás deste resultado muito fraco, está, concerteza, uma realidade social preocupante. Hoje em dia, a pobreza e as demais disfuncionalidades familiares e muitas outras razões de índole cultural, económica e social explicam, em parte, este resultado. Um resultado que só não foi pior porque entre a média das notas internas dadas pelos professores da Secundária (13,7) e a média dos exames nacionais (8,91) esteve uma grande diferença... Na televisão, ouvi um Director de uma escola pública afirmar que mais de três pontos de diferença entre a média das notas internas dadas pelos professores e a média dos Exames Nacionais era motivo para preocupação e “investigação”. Será o caso de Fafe? Como se explica este fosso de quase 5 valores?

Pedro Fernandes

11 outubro 2011

Hospital de Fafe

A alternância democrática veio colocar a nu a fragilidade das opções que o Dr. José Ribeiro assumiu em exercício de funções. Acreditou nos seus correligionários políticos e não terá Posto da GNR, Escola Secundária ou Hospital.
No que diz respeito ao Hospital de Fafe, apesar das constantes chamadas de atenção de toda a oposição, aceitou o projecto de encerramento das urgências e foi concordando com o esvaziamento das suas valências.
Quando o Governo de Sócrates propôs o encerramento da urgência do Hospital de S. José, o Dr. José Ribeiro aceitou a decisão e saiu, inclusivamente, em defesa da mesma, arguindo que o Hospital não prestava os serviços com a qualidade necessária e que estava subjugado a interesses corporativos.
Foi com muito custo (e depois de um abaixo-assinado mobilizador) que lá se conseguiu que as urgências não encerrassem, não sem antes assistir a uma mudança de opinião do nosso edil (o que demonstra, e ainda bem, que sabe reconhecer quando erra).
Com a criação do Centro Hospitalar do Alto do Ave (Guimarães e Fafe), temos assistido ao consecutivo encerramento das especialidades existentes na nossa unidade de saúde e à sua transferência para Guimarães. Tudo em nome da eficiência e melhoria da qualidade do serviço prestado.
Quando questionado sobre o assunto, o Sr. Presidente defendeu-se anunciando a construção de um novo Hospital - “Suspenda-se o PDM e adquiram-se os terrenos! Está o problema resolvido e, afinal, Fafe ficará melhor servido”.
Ora, afinal o Rei vai nu e o dinheiro que deveria permitir a construção do “nosso” Hospital irá cobrir um qualquer buraco na Madeira ou no BPN.
Pois é, agora é tarde demais. Os serviços já encerraram e não voltarão a abrir. Se queremos, vamos para Guimarães. Onde está, afinal, a observação dos princípios plasmados na constituição? Não teremos nós os mesmos direitos dos restantes Portugueses? Não pagamos os mesmos impostos?
Escrevo este texto porque durante a anterior e presente legislaturas, no cumprimento das minhas atribuições de deputado municipal, questionei, mais do que uma vez, o Sr. Presidente sobre o assunto.
Perguntei, no momento da apresentação do programa do novo Hospital, de onde viriam os fundos para a sua construção. Disseram que seria efectuada uma candidatura ao QREN e que o estado comparticiparia no montante restante…
Perguntei se não seria melhor lutar pelo Hospital que tínhamos até ter a certeza que um novo seria, de facto, construído. Responderam-me que era tudo uma questão de fé e a minha posição estava toldada pela descrença nas promessas do Governo…
Até os “Velhos do Restelo”, por vezes, têm razão!

Miguel Summavielle

06 outubro 2011

Povoado Castrejo

Escrevo este artigo na mesma altura em que Jesus Martinho chama mais uma vez a atenção para o abandono a que este povoado está votado. Sinto-me, pois, na obrigação de me solidarizar com as angústias mais que justificadas de Martinho. A cultura em Fafe, tal como já argumentei inúmeras vezes, tem tido um rumo sério. Com a revitalização de certos espaços, tem-se conseguido promover um calendário com realizações felizes. Aliás, sempre que nas redes sociais os promotores da cultura em Fafe apresentam as suas realizações, transmitem uma ideia de sucesso e de grande felicidade, conjugada com os respectivos «gosto» dos seus seguidores (eu próprio vou «clicando» no «gosto»).
Será assim? Não, não é. Evidentemente que enquanto o património estiver no estado em que está, a felicidade cultural não existe. Numa época de grandes magrezas, é necessário dinamizar vontades, criar novas ideias e incrementar a imaginação. É necessário salvaguardar o espaço e construir um núcleo temático do Castro. As escolas teriam aí um papel relevante. Mas também teria um papel relevante o Pompeu Miguel Martins de Galochas a tirar o mato, o Daniel, vindo de Paris, a reconstruir o muro e todos os técnicos superiores da autarquia, que os deve haver em número suficiente, a ajudar na tarefa.
Parabéns, Jesus Martinho, e muito obrigado pela salvaguarda no nosso património.

António Daniel

01 outubro 2011

Receio de Uma História Perdida

1.Há meses li a seguinte notícia: http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1503255. Uma referência a uma excelente prática de recuperação da ruralidade. Sensibilizadora, barata e arrojada.
Em Julho passado, tomei a liberdade de fazer com que colegas meus visitassem aquela que é a minha terra. Acompanhei-os numa rota pedestre pelas aldeias do nosso concelho. Entretanto, fui-me apercebendo da magnitude do nosso património rural. Beleza natural não falta. Avistei, julgo, mais de dezena e meia de moinhos de água, desactivados, a cair. É triste.
Veio-me à memória a reportagem e a actividade que tinha lido no jornal Público. Seria interessante promover algo semelhante em Fafe, criando marca turística, um ponto de visita. Acima de tudo, preservar-se-ia património.
Não só nesse caminho, reparei também que há outro património que em Fafe tem sido votado ao abandono: os tanques públicos. É certo que, hoje em dia, poucos são os utilizadores dos tanques públicos. Os anos passaram e ofereceram ao abandono os tanques públicos. Talvez seja sinal de aumento da qualidade de vida. Quiçá. Porém, são símbolos do nosso património, da identidade. A sua restauração traria mais um elemento de identidade ao concelho.
Às vezes, parece-me que Fafe, à imagem de muitas outras terras, tem medo da ruralidade que o constitui. A perda destes elementos constitui um fim. E é preciso pensar, se não somos isto, também não somos mais nada. A ruralidade não nos deve assustar, nem é inimiga do desenvolvimento.
A poucos quilómetros de Fafe, em Guimarães e no Porto, existem boas faculdades de Arquitectura certamente abertas a uma colaboração que permitisse a reabilitação desses moinhos. O caminho do progresso de um concelho deve fazer-se de ideias novas, diferenciadoras e que gerem evolução sem perda de identidade e, nesse ponto, a ligação ao mundo universitário poderia ser um óptimo passo. Fica a ideia.
(Aviso prévio à leitura: não sou especialista em Arquitectura. Arriscar-me-ei, ainda assim.)
2.Não é também novo que, ao longo dos últimos trinta anos, a arquitectura “dos brasileiros” tão reconhecidamente fafense foi sendo destituída da paisagem urbana – no fundo, vandalizada -, por construções esquisitas, se é que isso existe, descaracterizando, quase, por completo o centro, que se queria histórico, da cidade. É um problema facilmente reconhecível, mas como é habitual frouxo em responsabilidades. Não me parece um problema político de destruição atentatória ao património da cidade, de um ou outro executivo, mas sim de uma medonha falta de sensibilidade paisagística. É da arquitectura que vivem as cidades. As cidades têm marca, que é inegável e primariamente os seus edifícios. O centro, que se queria histórico - é repetição, eu sei -, foi perdendo a sua identidade e como tal tornou-se menos viável, inviável até, vender a imagem da capital da arquitectura “dos brasileiros” como uma marca à semelhança do que outras cidades mais responsáveis o poderão relativamente ao seu património.
Os erros do passado não farão melhor o futuro, infelizmente.
À frente. Desde há algum tempo para cá, ouve-se que a Refer, ou CP – Comboios de Portugal, em conjunto com a autarquia fafense movem esforços no sentido de voltar a dar identidade ao apeadeiro de Cepães da antiga linha de comboio, tal como já foi apresentada uma proposta de revitalização do largo 1º de Dezembro de forma a marcarem a, já remota, passagem do comboio pela cidade. A história deve ter um lugar nas cidades, sem dúvida. De louvar.
Não me recordo, contudo, de ouvir nada acerca de intenção de reabilitação do espaço contíguo à antiga estação de caminhos-de-ferro.
Desde que a minha memória é viva, e já lá vão uns bons anos, aquele espaço esteve votado ao abandono, preenchido de sucata e estaleiro, provavelmente da própria Câmara Municipal. Sendo um espaço central, histórico e, mais que isso, identificativo de uma época, seria pertinente avaliar a criação de um espaço público vasto, devolvido à cidade, sem perda dos elementos característicos.
A criação de um “espaço de marca” que vise a diversão nocturna, a instalação de associações, a construção de espaço infantil, ou outros equipamentos sociais seria algo louvável num espaço que espero não se torne mais dos presenteados com o bodo da selvagem construção civil, essas coisas sem história e sem conceito, danosas para as cidades.
Esperemos que exista ali uma intervenção para que se possa tornar, de facto, uma imagem de marca. Salve-se o que ainda sobra…

João Coimbra

28 setembro 2011

Outro Tesourinho Deprimente...

- "Isto é que vai aqui um trinta e um..."

Luís Peixoto

26 setembro 2011

Cine Teatro OUTUBRO

EM DESTAQUE: Rita Redshoes
Dia 8, 21:30h, Preço: 10 Eur

Toda a Programação em http://teatrocinefafe.blogspot.com/

22 setembro 2011

AD Fafe 2011/12

Aqui está um bom exemplo para o País do aproveitamento de jogadores portugueses, a grande maioria naturais e formados em clubes da região. De um total de 20 jogadores, 18 são Portugueses, 8 são naturais de Fafe, 16 são do distrito de Braga e 7 fizeram a formação final na AD Fafe. O que não se compreende é o alheamento da cidade ao clube...

César Ribeiro

19 setembro 2011

O Património Não É "Descartável"

O concelho de Fafe, como todos verificamos, não é um território onde o Património construído tenha grande imponência e monumentalidade. Contudo, Fafe é fértil em vestígios que testemunham cerca de seis mil anos de História, uma ocupação humana que teve a sua génese durante a pré-história.
Em todas as trinta e seis freguesias que constituem este Município, encontramos Património Histórico que, apesar da sua aparente “pacatez” revela antigas vivencias que importa preservar e valorizar.
Mais de duas centenas de sítios arqueológicos, templos e pontes medievais, casas senhoriais armoriadas, estruturas de uma ruralidade de antanho, casas “brasileiras”, antigas unidades industriais, usos e costumes… Será que esta herança do passado não tem valor?
Para muitos serão “velharias” sem qualquer significado, pedras “encardidas”… E os historiadores cá do “burgo”, aqueles que relatam a nossa História, qual tem sido a sua acção relativamente ao Património, ao seu principal objecto de estudo? Será que para esses investigadores o Património é como cobaia de um qualquer laboratório de ciências naturais?
O conhecimento dá-nos também responsabilidades acrescidas no que concerne à salvaguarda desses bens únicos, tantas vezes abandonados, entregues à incúria humana e à igualmente impiedosa acção dos factores naturais de erosão.
Qual é o papel dos escribas da nossa História relativamente ao Património ameaçado, agredido e até destruído?
Escrever livros é importante, perpetuar aspectos da nossa memória colectiva através da escrita impressa tem muito mérito. Mas, quantas vezes esses intelectuais, dotados de profundo conhecimento científico, vêm publicamente pugnar pela preservação dos nossos Imóveis Históricos?
O leitor mais esclarecido estará, agora, a lembrar-se do Mestre Miguel Monteiro. E com toda a legitimidade! O prematuramente desaparecido historiador investigou, e também escreveu livros, a grande diferença é que Miguel Monteiro apreciava o Património, queria vê-lo conservado e valorizado, amou este rincão minhoto como poucos e por isso travou batalhas em prol da do nosso Património Histórico.
Apesar de adepto do virtual, Miguel Monteiro foi sempre um protector dos bens materiais que usou para estudo sem o abandonar.
Fafe tem ainda um valioso Património que, independentemente da sua monumentalidade, urge preservar e valorizar. Os “velhos” imóveis históricos têm ainda muita História para contar, destruí-los é apagar páginas importantes da nossa memória colectiva.

Jesus Martinho

13 setembro 2011

A Reforma Administrativa

O Memorando da Troika prevê uma redução dos custos associados com a gestão autárquica e uma diminuição do número de autarquias. O actual mapa administrativo data da primeira metade do século XIX e tem-se mantido genericamente inalterado.
Nunca constituiu um problema até sermos obrigados a “emagrecer” o estado. E esse mesmo estado terá muita dificuldade em mexer nas unidades de base que, partidariamente, contribuem para a sua eleição. Este será, seguramente, um tema quente nos próximos tempos.
Lisboa e a Covilhã, por mote próprio, tomaram a iniciativa de reduzir o número de freguesias, tendo alcançado um entendimento político para a sua realização, tornando-se exemplos excepcionais no panorama nacional.
Na minha condição de independente, liberto portanto de qualquer complexo ou obrigação partidária, tenho uma opinião sobre o assunto e posso expô-la livremente.
Portugal tem concelhos a mais. Vejam, por favor, o mapa administrativo Português e encontrem uma explicação para Castro Marim e Vila Real de Sto. António serem 2 concelhos autónomos; como é possível haver 5 concelhos com apenas 1 freguesia (como o bem próximo São João da Madeira)?; será comportável que 1/3 dos concelhos tenham menos de 10.000 habitantes?
Este fenómeno é extensível à menor divisão administrativa Portuguesa. Basta pensarmos em Barcelos e as suas 89 freguesias.
Fafe não foge à regra. Julgo que, neste momento e atendendo ao crescimento da malha urbana, o nosso Concelho tem demasiadas freguesias.
Parece-me possível agregar Fafe, Cepães, Golães, Antime, Fornelos e Medelo; S. Gens e Quinchães; Gontim e Felgueiras; Arões de Sta. Cristina e Arões de S. Romão; Silvares de S. Martinho e Silvares de S. Clemente; Serafão e Agrela. Reduziríamos quase 1/3 das freguesias sem criar, julgo eu, grandes incómodos às populações. Alguns dos aglomerados urbanos já são inclusivamente, contínuos, não sendo facilmente perceptível a divisão administrativa.
Tenho consciência da polémica do tema. Não tenho medo de assumir a minha opinião!

Miguel Summavielle

09 setembro 2011

Sugestão de Leitura - "A Ponte dos Sonhos"

Palavras cheias de estórias, deste e de outros mundos, e que, para sempre, continuarão a fazer parte dos nossos sonhos. Tal como o título indica, estas estórias têm o poder de emergir a criança num mundo imaginário, onde a palavra e a ilustração servem de ponte até ao lugar onde o sonhar é obrigatório e a infância é um direito. Nesse encontro com palavras rimadas, a criança descobre que na sua leitura existe musicalidade e cor, e que do contacto com as personagens, ora animais, ora humanas, resultam momentos de pura diversão. Este livro tem o dom de despertar não só o gosto pela leitura lúdica, mas também o gosto pela aprendizagem, uma vez que estas rimas abrangem temáticas abordadas nos currículos escolares do 1.º ciclo. Como obra lúdico-didáctica, "A Ponte dos Sonhos" é um instrumento auxiliar na preparação da criança para uma vida em comunidade, em que o conhecimento veiculado deve estar sempre aliado a valores humanistas básicos, como sejam o respeito pelas pessoas, pelos animais e pela natureza. Escrito por Benedita Stingl, escritora natural de Fafe, a obra foi publicada em 2009 e integra, actualmente, o conjunto de obras escolhidas no Plano Nacional da Leitura, sendo indicada para o 3º ano do Ensino Básico.

06 setembro 2011

"Sempre Chegamos ao Sítio Onde Nos Esperam!"

A Viagem do Elefante
Havia dois caminhos por entre uma faustosa barreira de coral. Por um lado as espirais eram altas, as vontades enormes e os sonhos progressivos, na outra vertente o aspecto não era o melhor, e de mão calejada em mão calejada o caminho a ser percorrido parecia indiciar alguns sobressaltos. Neste mar revolto pelo sal de outras marés, a profundidade era abissal, havia uma luz ténue onde só os vultos sobressaiam, afinal o importante vê-se com o coração e é invisível aos olhos.
Havia os grandes e os pequenos peixes, os grandes que abarcavam tudo e que enquanto nadavam naquele bater de barbatana tão astuto quanto monocórdico, abriam um rasto de imponência e celeridade. Os pequenos lá se juntavam em cardume atrás dos maiores, esses pajens sem vestimenta mas com um ritmo pré-definido. Também no oceano são olhos no futuro, pensamento no passado e progressividade no presente.
E nesses corais cimentados no passar dos anos, com esses seres marinhos que de tão belos e parecidos se camuflam nesse meio feito de H2O, a vida corre disciplinada nos seus carreiros de significados, também ali o relógio não pára, o tempo corre sempre, nem com maior nem menor cadência, no fim o tempo passa e mesmo que tudo mude tudo continua igual!
Assim é a nossa bela cidade de Fafe, mudando muito ou pouco, progressivamente ou aos solavancos, será sempre a nossa querida sala de visitas do Minho e sempre será guardada nos nossos corações como a metrópole que nos vivencia e nos faz transbordar de contentamento por nela fazermos as nossas vidas.

João Castro

02 setembro 2011

Impressões de Uns Dias de Agosto em Fafe

O Mau:
Festa e foguetório que o meu povo gosta. Os habituais carros dos nossos emigrantes com o símbolo da FPF no vidro traseiro e a gradual degradação do Parque da Cidade. Dão-se alvíssaras a quem encontrar vidros de garrafas partidas e embalagens de seringas. Se juntarmos a isso o aspecto «terraplanagem» da restante zona, estão reunidas todas as condições para termos um horizonte medonho. Sugiro que os filhos das entidades competentes lhes peçam para andar um pouco de skate ou patins nesse espaço. Talvez assim se possam sentir «inquietos».

O Bom:
Aboim e respectivos acessos. A terra está bonita, enquadrada numa paisagem única. O Museu, simples mas imenso, a disponibilidade do Sr. António Novais e um pequeno passeio pedestre, permitiram-me passar um bom Domingo e esquecer a mágoa do Parque da Cidade.
O Torneio de Portugal e a ocasião do reencontro com amigos que nos fazem adiar o inevitável: o adeus ao Minho.

António Daniel

17 agosto 2011

Fafe na Revista UP

Este é chão de emigrantes. Alguns voltaram ricos do Brasil, outros permaneceram lá fora, contrariados. Todos deixaram memórias, testemunhos extraordinários. Adicione-se a hospitalidade dos que ficaram, a natureza em volta e a gastronomia minhota, e aí temos. O lugar perfeito para dois dias de andanças com Tereza Salgueiro, que prepara o novo álbum enquanto ainda leva pelo mundo o espectáculo Voltarei à Minha Terra.

Nem de propósito se achava sintonia melhor. Tereza Salgueiro é, na verdade, natural de Lisboa.
Mas o que aqui importa é a “minha terra” em sentido largo. E então falamos do valor das coisas que cá temos, das qualidades humanas, das praias, dos campos e montes, da nossa cultura e das heranças variadas, transmitidas pelos séculos dos séculos.
Em contexto de aperto nacional, estas reflexões ganham outro peso. E logo pela manhã, junto à barragem de Queimadela, à sombra de carvalhos, pinheiros e choupos, a voz grave de Tereza converte a sua inquietação sobre o mundo numa espécie de serenidade, gentileza que condiz com a frescura ambiente e contagia quem a ouve. “Sabemos que não estamos no caminho certo.
Continuam a praticar-se atrocidades, há uma grande desigualdade na distribuição da riqueza.
Mas acho que vamos confrontar-nos com a necessidade de mudar. Temos de encontrar uma forma de olhar e entender o mundo que inclua estarmos em contacto uns com os outros.” E quanto a nós, portugueses: “Espero que voltemos a aprender o que somos, a conhecer o nosso talento”.
Todos os cenários se adequam ao tema. Por exemplo, este passeio pedestre pelo Trilho Verde da Marginal, um entre muitos disponíveis na região. Percorre levadas e caminhos de pedra, contorna a barragem, passa por espigueiros e atravessa a Aldeia do Pontido, o paraíso onde estamos alojados. Em fundo, o ruído constante do Vizela ali tão perto, o afluente do Ave que galga penedos de granito, abre piscinas verde-esmeralda e anima moinhos de água.
Mas o cenário pode ser também a exposição de artesanato e a conversa com Maria de Fátima Nogueira, que aos sete anos já fazia tranças de palha, das mesmas que agora costura com mestria para confeccionar cestos e chapéus. Ou o almoço de produtos da terra regado a vinhos verdes que Vera Lima, da Vinhos Norte, vai distribuindo consoante os pratos: o branco Alvarinho de Monção para harmonizar as gorduras das entradas de pataniscas e de chouriça com grelos, um Vinhão, tinto e encorpado, servido na malga tradicional que ele tinge de vermelho granada para honrar o cabrito em forno de lenha e as couves salteadas com broa e feijão, e um Espadeiro para a sobremesa, doces de gema e pêra bêbeda.

Ler mais em http://www.upmagazine-tap.com/2011/08/fafe-%E2%80%93-antes-ca-do-que-la/

12 agosto 2011

1º Passeio de Bicicletas Antigas de Fafe


Mais informação em www.restauradoresgranja.com

09 agosto 2011

Perseguindo Estátuas

Geralmente pensa-se que as estátuas são fáceis de encontrar, porque é da natureza das estátuas estarem quietas. Mas algumas são tão pequenas que parecem esconder-se. Certamente que muita gente comigo partilha a desilusão do turista que, em Bruxelas, demora a encontrar o minúsculo Manneken Pis, num cantinho fazendo xixi para a fonte quando, na verdade, para corresponder à qualidade da estátua, melhor seria se fizesse outra coisa.
Desta feita, em Fafe, subi a cidade para ver uma estátua não tão famosa: a Justiça de Fafe, apologia da equidade popular, um homem de vestes simples que segura o casaco de um senhor e o ameaça com um pau, aludindo a episódio lendário dos fafenses, que ainda hoje avisam «com Fafe ninguém fanfe!». Remete para o visconde Moreira de Rei que ao sentir-se tramado por um marquês se virou ao homem com um pau. Há em Fafe, contudo, quem diga também que a escultura enaltece um pai honrado que um dia foi a Lisboa buscar a filha e bater-lhe no marido alfacinha que, conta-se, a tratava mal. De qualquer forma, é justo, acho eu. E os fafenses. Por isso colocaram a estátua mesmo nas traseiras do tribunal, lembrando que se falhar a primeira justiça, há outra. Demorei um bocadinho a encontrá-la, mas valeu a pena. Não é estátua que se esconda. Há estátuas que, contrariando a natureza, não se limitam a ficar resignadas e quietas.

In Jornal "A Bola", 05/08/2011
Por Miguel Cardoso Pereira

02 agosto 2011

Fafe Dá o Tiro de Partida

A notícia tinha sido dada em primeira mão pelo presidente da Câmara Municipal, José Ribeiro, em plena Volta a Portugal 2010, com Fafe a ser a cidade eleita para ver largar a caravana da maior competição velocipédica do calendário nacional no próximo dia 4 de Agosto de 2011.
No ano passado, a cidade de Fafe cumpriu 10 anos consecutivos de Volta a Portugal. O líder da autarquia destaca o papel preponderante da passagem do evento pela sua cidade, uma aposta para continuar, pelo menos até final do seu mandato. 'Pela minha parte, como estou no último mandato, só respondo pelos próximos três anos. Outros responderão a seguir. Lembro, porém, que foi a minha Presidência que trouxe a Volta de novo a Fafe, onde não passava há muitos anos. O início da Volta em Fafe marca um percurso de grande investimento ao longo de todo este tempo', lembra José Ribeiro, destacando que 'a chegada dos ciclistas é sempre um momento de festa e de grande entusiasmo para a população, mas também de enorme carinho para com os atletas e suas equipas. Começar em Fafe a Volta a Portugal, penso que é um sinal de reconhecimento pelo que fizemos ao longo dos anos, é colocar a nossa terra definitivamente no coração da Volta.'
De todas as mais-valias oferecidas pelo evento, o presidente da câmara realça naturalmente o 'lado desportivo', sem esquecer que 'a Volta é um grande evento e atrai muitos aficionados e desportistas, dando igualmente enorme satisfação aos residentes que gostam do ciclismo e onde temos tradições. Do lado promocional, é obvio que a cobertura e divulgação da RTP é uma mais-valia que, só por si, justifica o investimento que Fafe faz'.
A passagem da Volta a Portugal pela cidade de Fafe acaba então por ser o ponto alto de uma forte aposta da autarquia em matérias de âmbito desportivo, complementando da melhor forma um leque variado de outras iniciativas.'Fafe é uma terra com tradição no ciclismo. Já tivemos fafenses em lugares de destaque nesta modalidade. Hoje continuamos a ter muitos aficionados e praticantes, alguns amadores, outros na área do cicloturismo, mas também em competição, sobretudo no BTT – downhill. A nossa terra tem um dos melhores percursos do país para Downhill.'
Dia 3 de Agosto são feitas as apresentações das equipas. A competição vai começar, como habitualmente, com um contrarrelógio individual. O Prólogo será realizado no centro de Fafe na tarde de 4 de agosto e a distância, muito curta desta vez, é de apenas 2,2 Km, mas servirá, após a cronometragem rigorosa dos milésimos de segundo, para atribuir a primeira liderança.

In www.volta-portugal.com

27 julho 2011

Ser Solidário

O programa “Ser Solidário”, visa ocupar os jovens do concelho com actividades de carácter ocupacional e didáctico, possibilitando ainda um primeiro contacto com a realidade profissional, uma valorização da responsabilidade pessoal e compromisso com a sociedade, fomentando ainda o espírito de equipa e organização, recebendo os jovens pelo desempenho das suas funções durante os oito meses de vigência do programa, ou seja um ano lectivo, uma bolsa mensal de 200€.
Trata-se de um programa dinamizado pelo Município de Fafe específico para jovens que não concluíram o 12.º ano, deixando no máximo três disciplinas em atraso e matriculado para a sua conclusão, e para jovens que não tenham conseguido ingressar no Ensino Superior.
Todos os interessados em aderir ao programa “Ser Solidário” em 2011/2012, podem fazer a sua inscrição no Serviço Social do Município, de 1 a 15 de setembro, munidos de toda a sua documentação identificativa e o IRS do agregado familiar que integram.
O prazo de candidatura para as Instituições é o mesmo, devendo a mesma ser efetuada através de ofício dirigido ao Presidente do Município.

23 julho 2011

O Intelectual e o Político

Daniel Bastos, de quem sou «amigo» numa rede social, publicou no seu mural a referência a uma entrevista concedida ao Povo de Fafe. Não conheço pessoalmente Daniel Bastos, como começo a desconhecer muitas das personalidades que vão promovendo Fafe, mas reconheço-lhe dinamismo suficiente para o considerar o futuro vereador da Cultura, caso, obviamente, o PS continue a ser hegemónico em Fafe. Esta entrevista demarca muito bem o modus operandi intelectual do político. Se no plano intelectual Daniel Bastos acrescenta o rigor da análise das fontes à objectividade histórica, no plano político já não será bem assim.
Nesta entrevista esconde-se o político. Com um discurso «redondo», parece lá tudo caber. Quando afirma que é do PS por defender «uma ética republicana, inspiradora de valores solidários fraternais» aplica uma fórmula muito comum nos políticos: dizer tudo para nada dizer. Um elemento PSD pode muito bem defender tal máxima, assim como o mais ortodoxo do Comité Central. Aliás, sabemos que na primeira República pouca ou nenhuma foi a execução destes ideários. É certo que os podemos encontrar desde a Geração de 70, mas também é evidente que tudo isso não passou disso mesmo. A certa altura Daniel Bastos afirma que a Juventude Socialista é uma escola de cidadania. Ora, há que esclarecer muito bem este conceito. Pelos seus estudos pós-graduados em filosofia é importante que antes de aplicar um conceito o saiba caracterizar muito bem. Creio mesmo que a forma produtiva de pastorícia predominante nos partidos políticos é um exemplo de má cidadania. Na Pólis a Ágora é um espaço que exige um desprendimento e distanciamento face ao poder, onde os ideais racionais, e não propriamente dito republicanos, devem imperar. Não é o que faz Bastos. Numa pergunta feita pelo autor da entrevista (que parece ser Dr. tal como Daniel Bastos o é) sobre o defunto governo, responde de uma forma redonda, não demonstrando qualquer distanciamento crítico e mostrando como é que os jotas devem responder a uma pergunta: procurando uma forma de nos sentirmos surpreendidos com aquilo que já estávamos à espera. Efectivamente, a resposta dada poderia ser fornecida por qualquer pessoa do aparelho, pelo menos por aqueles que frequentam as tais escolas de cidadania.
Termina a entrevista, depois de inúmeros Drs, dizendo que apoia Seguro. Curiosamente Seguro sempre foi um crítico de Sócrates, pelo menos por detrás das cortinas de Ferro. Temos aqui um potencial vereador.

António Daniel

18 julho 2011

Uma Arquitectura a Preservar!

Qualquer cidadão, sem formação técnica ou alguma qualificação no domínio da arquitectura, consegue identificar, com facilidade, os erros urbanísticos cometidos na nossa cidade. Ao passearmos no centro, qualquer leigo repara na singularidade de um “Royal Center” ou nos novos edifícios “modernistas” ao lado da Câmara Municipal. Estranha que uma torre que dizem ser um centro comercial ladeie com exemplares térreos de casas brasileiras. Edifícios de elevado valor municipal foram, lamentavelmente, destruídos com a conivência de políticos pouco visionários. Os novos ventos da modernidade trazidos após 25 de Abril originaram uma lamentável devastação de edifícios de valor histórico inquestionável. Embora este fenómeno tenha atingido grande parte das urbes deste país, no caso de Fafe esta situação assume particular gravidade.
Recordar a inépcia com que se abateram exemplares únicos de arquitectura brasileira é olhar para um passado sem retorno, é olhar para um património e para uma marca identitária que valorizaria Fafe, valorizaria as sucessivas gerações de fafenses e promoveria mais turismo e outra economia urbana. (Custa mesmo a perceber que responsáveis do turismo tivemos ao longo dos tempos que nunca levantaram, nem levantam, qualquer celeuma perante o lapidar do nosso património cultural e arquitectónico...)
Sem termos a história ou a monumentalidade de uma cidade como Guimarães, poderíamos hoje ter a identidade da “Cidade dos Brasileiros” em vez de nos andarmos a equivocar com o “Amor de Cidade” ou uma suposta “Sala de Visitas” que tão bem recebe mas tão mal trata o seu património.
Uma das formas de prevenir erros futuros no planeamento urbanístico de Fafe é olhar para as asneiras do passado para que as mesmas não se repitam. Por isso, é errado pensar que o modo como construímos e planeamos uma cidade esteja reservado, apenas, a supostos técnicos na área e às autoridades políticas e autárquicas. Pensar a cidade de Fafe, pensar o espaço urbano, requer a intervenção de todos os fafenses que se preocupam com a qualificação e a organização de Fafe. Actualmente, temos uma sociedade mais esclarecida, outra educação patrimonial e consciências mais despertas. Apontamos o dedo mais facilmente à incompetência técnica, à demagogia política e conhecemos melhor o mercado da especulação imobiliária e sua ligação com a corrupção, o tráfico de influências ou o financiamento partidário.
Por isso, a salvaguarda deste património compete-nos a nós! Que saibamos, todos, honrar a memória, o trabalho e o exemplo de Miguel Monteiro na preservação desta nossa arquitectura ímpar.

Pedro Fernandes

08 julho 2011

Para Onde os Fafenses vão Levar a AD Fafe?

Participei no jantar de comemoração do 53º aniversário da AD Fafe. Fi-lo na qualidade de sócio e vogal da direcção que estava a 3 dias de terminar o mandato.
Saí daquele jantar completamente desiludido e a pensar no estado a que as pessoas de Fafe estão a deixar chegar o nosso clube. Creio que a sala não tinha 30 pessoas. A maior parte eram directores e convidados de honra.
Mas vamos por partes:
Este ano há 47 sócios que completam 25 anos de filiação clubista e, por esse facto, o clube agraciou-os com o emblema de prata e o diploma correspondente de Sócio de Mérito. Tiveram os serviços do clube a diligência de entregar em mãos os convites a essas 47 pessoas. Foi triste olhar para aquela sala e ver que dessa quase meia centena de associados, apenas 8 compareceram. Sim, apenas 8 tiveram a dignidade de dizer presente para receber uma oferta que muito custa ao clube mas que a entrega com todo o prazer. É certo que alguns destes sócios tinham razões plausíveis para falhar ao jantar mas acredito que a maioria não foi por “falta de vontade”. Como disse o presidente da Câmara Municipal de Fafe durante o seu discurso, esses sócios demonstraram uma grande falta de respeito pelo clube e não tiveram a dignidade de receber o emblema de prata e o diploma.
A certa altura, o sócio nº6, que tem 53 anos de filiação ao clube, confessava-me: “O Fafe não merece o que os sócios lhe estão a fazer. Este clube representa muitas gerações de fafenses que com ele tiveram grandes alegrias”. Eu acrescento: “São os fafenses que vão deixar morrer o nosso clube”.
Outros sinais me levaram a questionar o que estará por trás de tanto afastamento. Como é possível que o jornal com mais tiragem no concelho, simplesmente tenha ignorado a festa? Ninguém do Correio de Fafe lá apareceu. Ao que nós chegamos! Valha-nos que apareceu o sempre voluntarioso João Carlos Lopes que, a título gracioso, é hoje o grande informador desportivo do concelho. Também esteve presente o Povo de Fafe já que o seu director é também presidente da AG da AD Fafe.
Ultimamente, graças ao advento das redes sociais, têm aparecido muitos fafenses com “juras de amor eterno” ao clube, carregados de novas ideias e, aparentemente, cheios de vontade de trabalhar em prol de um único objectivo. Sou da opinião que quantos mais melhor. Mas imaginem que os mais de mil “amigos” da AD Fafe no facebook oficial do clube e outros que são “amigos” do Grupo AD Fafe se faziam sócios da colectividade. Isso sim, seria uma prova de amor ao clube. Só assim conseguiremos ultrapassar as dificuldades..
Ser sócio da AD Fafe, pelo preço mínimo, significa, hoje, menos do que um maço de tabaco por mês. Por 4 euros mensais (sócio superior) ou 6 euros (sócio bancada) podem contribuir para o engrandecimento da colectividade.
Sinceramente, não gostaria de ver mais um aniversário da AD Fafe com tão pouca gente como esteve neste 53º.
A época desportiva do futebol está prestes a começar, o clube passa por dificuldades e precisa de gente que o apoie. O Fafe não precisa de adeptos que se lembram que o clube existe quando vão à 2ª feira ao jornal para ver se ganhou ou perdeu. Precisa de adeptos que sejam sócios e participem de forma activa na vida do clube.
A AD Fafe está a definhar e acho que está na hora de ajudarmos a inverter esta tendência. A culpa do fracasso do clube não será de A ou de B, será de todos os fafenses que dizem gostar do clube e nada fazem por ele. A mim, modéstia à parte, não me pesa nada na consciência.

Carlos Rui Ribeiro Abreu
Sócio nº 1240

04 julho 2011

Censos

A edição do Expresso de 2 de Julho mostra um mapa de oscilação demográfica a partir do Censos de Março último. Fafe encontra-se agrupado nos concelhos que perderam entre 2 a 10 % da população. São dados que merecem uma reflexão.
1. Fafe é o único Concelho do litoral minhoto que perde população. Há, inclusive, concelhos mais interiores que obtiveram melhores resultados (Celorico de Basto ); assim como há outros concelhos com as mesmas características de Fafe que alcançaram níveis superiores.
2. 2 a 10% corresponde objectivamente a uma população que oscila entre os mil e cinco mil pessoas.
3. Braga é o «eucalipto» do Minho, seca tudo à sua volta.
Será natural apresentar como principal justificação uma diminuição da natalidade. É um facto que os índices de fecundidade têm decrescido em todo o país, nomeadamente no interior, assim como tem aumentado a população idosa. Mas este dado não explica tudo. Numa fase concorrencial entre cidades, Fafe saiu a perder. Não consegue promover investimentos que captem jovens quadros para o seu interior, possui um conjunto de infraestruturas de lazer, de educação e saúde, factores que mais determinam a escolha de uma cidade para viver, com óbvio atraso na sua consecução. Nos próximos anos não vislumbro grandes melhorias. Convenhamos que não será também interessante captar pessoas «para dormirem cá».
Quanto a Braga, é outra conversa.
Pompeu Martins, por que não uma tertúlia menos soft e mais hard?

António Daniel

28 junho 2011

Deolinda

"Os Deolinda são um daqueles raros casos, na música nacional, de embalagem completa: quando surgiram com Canção ao Lado , há dois anos, não foi complicado a qualquer ouvido com o mínimo de simpatia por pop acústica, fado e/ou música popular portuguesa apaixonar-se por canções cheias de graça como "Fado Toninho", "Fon-Fon-Fon" ou o hino em que se tornou "Movimento Perpétuo Associativo". O laçarote na tal embalagem foi a imagem do grupo, entre o lisboeta castiço e o cartoonesco urbano, traduzido nas inspiradas ilustrações de João Fazenda. Canção ao Lado foi o sucesso que se sabe mas Dois Selos e um Carimbo , garantem o casal Ana Bacalhau (voz) e José Pedro Leitão (contrabaixo) e os seus primos Luís José Martins e Pedro da Silva Martins (os guitarristas irmãos), não teve parto complicado. O truque foi seguir a pista deixada, em Canção ao Lado , pelas mais bucólicas e instrospectivas "Clandestino" ou "Não Sei Falar de Amor", conservando o humor mas evitando aprofundar a veia caricatural. Algures entre o fado e a marcha de santos populares, "A Problemática Colocação de um Mastro", por exemplo, é uma crítica à insegura megalomania portuguesa, mas nunca cai na anedota fácil.
Cada vez mais ampla e segura, a voz de Ana Bacalhau é grande protagonista, mas não a vedeta, de Dois Selos e um Carimbo , quer nos habituais e aperfeiçoados agudos de "Se Uma Onda Invertesse a Marcha" e "Um Contra o Outro", quer nos graves da viciante "Não Tenho Mais Razões". A figura tutelar de Teresa Salgueiro é evocada com rigor e frequência, mas há mais do que os Madredeus de maior placidez em Dois Selos e um Carimbo : "Ignaras Vedetas" e "Fado Notário" remetem para a doçura de certa música mediterrânica; o fado está mais perto do que nunca em "Canção da Tal Guitarra", e o belo trabalho das guitarras tanto lembra pormenores do folclore português como uma noção mais globalizada de world music, onde cabem a América Latina ou o Mali.
Menos jovial e mais reflectido do que Canção Ao Lado , Dois Selos e Um Carimbo revela-se um disco sério, mas não sisudo, abençoado pela sensibilidade de quatro músicos que continuam a respeitar a sua própria natureza, simples e detalhada, escolhendo não atafulhá-la de instrumentos ou acessórios supérfluos. Temos banda!"

Texto de Lia Pereira no Jornal Blitz

P.S.- A não perder o concerto gratuito em Fafe no dia 9 de Julho integrado nas festividades concelhias em honra da Nossa Senhora de Antime.

20 junho 2011

2 Euros !!

Nem só de Tereza Salgueiro, UHF, Rodrigo Leão, Sean Riley, Tim, entre outros, vive a programação do Cine Teatro. Por 2 ou 3 Euros a Sala recebe, em todos os fins de semana, espectáculos que podem não ter sempre os grandes nomes da cultura portuguesa mas não deixam de ter qualidade, ainda para mais quando muitos deles são produzidos por gente da nossa terra. Por 2 Euros pode-se ajudar a cultura fafense e pode-se assistir a 90 minutos de teatro, a ouvir recitais de piano ou assistir a um musical. Pode-se fazer muitas outras coisas, até se pode criticar tudo de um forma gratuita na blogosfera... Não se pode é dizer que os espectáculos não são acessíveis a todos!!

15 junho 2011

A Capital Europeia da Cultura 2012

Integrado nas comemorações da Capital Europeia da Cultura no próximo ano, 2012 crianças ajudaram a fazer um logotipo humano em Guimarães. Dessas 2012 crianças, muitas eram de Fafe! Ainda se sabe pouco sobre a programação e não sabemos se a nossa cidade irá ficar com algum acontecimento integrado neste evento que vai ajudar ao desenvolvimento da cultura de Guimarães e da própria região. Muitos fafenses irão assistir a espectáculos em Guimarães no próximo ano e fazer com que este evento se torne um marco para a região. As escolas de Fafe ajudaram nesta cerimónia. Foi um gesto bonito. Será que a Fundação Cidade de Guimarães irá "retribuir" o gesto?!

13 junho 2011

1º Encontro dos Alunos da Secundária

Estão abertas as inscrições para o 1º Encontro/Jantar dos alunos dos anos 80/90 da escola secundária de Fafe a realizar no dia 09 de Julho de 2011. Podes inscrever-te até final do mês de Junho. Toda a informação em http://www.alunos8090.pt.vu/

06 junho 2011

Eleições Legislativas - O Resultado em Fafe

PS - 40, 09% (11939 votos)

PSD - 37,04% (11031 votos)

PP - 7,94% (2364 votos)

CDU - 4,09% (1217 votos)

BE - 3,30% (984 votos)

PCTP/MRPP - 0,97% (288 votos)

PAN - 0,47% (140 votos)

PND - 0,40% (118 votos)

PTP - 0,37% (109 votos)

MPT - 0,34% (101 votos)

MEP - 0,30% (89 votos)

PPM - 0,25% (73 votos)

PNR - 0,22% (66 votos)

POUS - 0,21% (62 votos)

PPV - 0,17% (51 votos)

PDA - 0,10% (30 votos)

______________________________________________

Abstenção - 41, 21% ( 20879 não votantes em 50659 registados)

Nulos - 1,10% (327 votos)

Brancos - 2,66% (791 votos)