24 outubro 2006

Teatro-Cinema de Fafe - passado, presente e futuro


É das obras mais notáveis da nossa cidade e resulta de mais uma das iniciativas dos emigrantes "brasileiros" de retorno a Fafe. Neste caso, o benemérito foi José Florêncio Soares. Com uma fachada simétrica, uma robusta varanda de cantaria sobre a porta central e pintada com motivos vegetais e fuguras de anjo, assim como a sua decoração interior semelhante ao Teatro Circo de Braga, o Cine-Teatro fafense foi, durante largo tempo, a referência cultural, política e social do nosso concelho, sendo palco de inúmeras sessões repletas de cinema, de teatro e de concertos. Esta sala clássica de 1923 tem capacidade para 400 pessoas.
Hoje em dia, e após a sua compra por parte da Câmara em 2002, o estado do edifício pouco mudou.
Volvidas décadas após o seu fecho, o Cine Teatro ainda não vê a luz ao fundo do túnel para a sua abertura. Aguardamos, expectantes, o curso das negociações para o financiamento das obras entre as entidades envolvidas e esperamos, brevemente a abertura de um edifício singular e de espectáculos condizentes com o seu brioso passado, por onde já actuaram os mais famosos actores e actrizes da época e os grandes Zeca Afonso, Carlos Paredes, etc.
Já agora, quem gostariam de lá ver na inauguração?!

23 outubro 2006

José Cardoso Vieira de Castro, o livro


"Glória"! Assim se intitula o livro editado pela "Editora Gótica" em 2001 e que retrata uma das figuras mais importantes da história e da cultura portuguesa e fafense dos finais de século XIX. Escrito pelo conceituado Vasco Pulido Valente, "Glória" é um livro que retrata um Vieira de Castro
com sede de poder e de ambição. Como refere a sinopse do livro "Vieira de Castro não queria perder a vida num remoto canto da província. Queria conquistar Lisboa e o país. E, sobretudo, queria que o amassem e o admirassem. Considerado "um dirigente académico com alguma importância; um jornalista menor; um escritor sem talento; um político sem poder; um criminoso e um "degredado", Vasco Pulido Valente constrói uma obra que ele próprio classifica como um livro de história: "Não é um livro de história a fingir de romance nem um romance documental", mas história em que as pessoas não se iludem.
"Glória" é, antes de mais, um livro sobre a ambição, a paixão, o poder, o dinheiro e o crime.
É pois, um livro que merece uma leitura atenta, para que possamos melhor conhecer este fafense, íntimo de Camilo Castelo Branco, que viu a sua curta vida interrompida aos 36 anos em África, depois de condenado ao degredo.