30 agosto 2010

A ADDAF e o Voluntariado em Fafe


Decorreu nos passados dias 14 e 15 de Agosto mais uma campanha de angariação de alimentos para animais, na qual a ADDAF, colaboradora (e verdadeira impulsionadora) do canil municipal, participou activamente, promovendo a iniciativa. Durante a campanha, foram ainda colocados, na parte exterior do Intermarché (local onde decorreu), animais do canil para adopção.
Como voluntária neste tipo de campanhas, ainda que recentemente, senti-me no dever (moral) de escrever sobre o assunto. De facto, as pessoas vão sendo generosas e os resultados não são de todo maus. Mas é também verdade que o respeito pelos voluntários é muito pouco. As pessoas que nós “chateamos” esquecem sobretudo que estamos ali por (e apenas por) amor, muito amor aos animais. Muitos voluntários abdicam do seu fim-de-semana para poderem estar ali, ainda que por umas horas, a fazer de “chato”. É penoso. Eu não gosto… Mas gosto muito de ajudar os animais e por isso levanto-me cedo ao Sábado ou ao Domingo e enfrento umas horitas a ouvir os outros dizerem que “há muitas criancinhas a morrer à fome e vocês aí a pedirem para os animais!”.
Minha gente, permitam-me, quando quiserem trocar de lugar é só dizer. É preciso um pouco mais de respeito pelos voluntários deste país. É efectivamente preciso ser-se voluntário para compreender!
Ainda assim, muito obrigado a todos os que ajudaram e àqueles que, ainda que não tenham ajudado, deram uma palavra simpática e se dignaram a simplesmente dizer que “não dá”. Uma palavrinha ainda às entidades municipais para que haja uma maior sensibilidade por esta causa. Tratar dos animais também é preciso! E fica sempre bem…

Sofia Rodrigues

P.S. - Quem estiver interessado pode ser sócio do canil por uns simbólicos 12Eur anuais. Podem salvar vidas, ainda que a ADDAF tenha já, com os seus poucos meios, evitado muitos abates! São pessoas a quem devemos tanto sem saber, porque tratam dos nossos animais e, afinal de contas, “limpam as ruas”! VOLUNTÁRIOS PRECISAM-SE. Visitem-nos em http://www.addaf.com

25 agosto 2010

Desporto no Multiusos


Nos próximos dias, o Pavilhão Multiusos recebe dois acontecimentos desportivos relevantes. Amanhã, joga-se um jogo de apuramento para o Campeonato de Europa de Basquetebol com a presença da Selecção Portuguesa. Sexta e Sábado realiza-se o primeiro Torneio de Futsal da Cidade de Fafe com a presença de equipas da 1ª divisão nacional, onde se destaca a presença do SL Benfica, actual Campeão Europeu da modalidade.

BASQUETEBOL - APURAMENTO PARA O CAMPEONATO DE EUROPA DE SENIORES

Quinta, dia 26 Agosto, 21:30h - Jogo Portugal / Geórgia

TORNEIO DE FUTSAL CIDADE DE FAFE

Sexta, dia 27 Agosto, 20:30h - Modicus / Fundação Jorge Antunes

Sexta, dia 27 Agosto, 22:15h - SL Benfica / Boavista

Sábado, dia 28 Agosto, 15:30h - 3º e 4º Lugares

Sábado, dia 28 Agosto, 17:30h - Final

23 agosto 2010

Fafe - A Sala de Visitas do Minho

Uma vídeo-reportagem sobre o nosso concelho em destaque no site MaisPortugal.Com

18 agosto 2010

A Língua e o Protocolo


Sempre que havia necessidade, desciam à vila as almas agrestes do alto do Concelho. Vinham nos seus carros de bois e com estes transportavam as agruras da realidade. Esta realidade, que actualmente gostamos de negar, marcava presença em todos os gestos e palavras. Sempre admirei esta gente. O esforço, a glória da luta face ao impiedoso tempo, fornecia-lhes legitimidade para o uso e abuso de certas palavras.
Normalmente o dizer «asneiras» cai mal. Não gostamos de ouvir um lisboeta burguês, normalmente migrante, a usar certos termos. «Foda-se» e «Caralho» é património nosso e só nas gentes que não negam a realidade fica bem o calão malcriado.
A minha Avó Florinda possuía defeitos e virtudes que a faziam uma Mulher. Uma das inúmeras virtudes, por profissionalismo mas também por ser uma idiossincrasia, consistia em receber bem essas gentes oriundas do alto do concelho. Nos idos anos 40 do século passado, refugiavam-se no Assento como primeiro poiso para a aventura na vila, geralmente para comércio de gado ou para resolução de outros problemas. Certo dia, uma mãe ciosa da sua tarefa, desconsolada pela frustrante aventura, dirigiu-se à minha avó dizendo que ao seu filho, com cerca de 7 anos, não fora possível «tirar a chapa» - vulgo radiografia – porque, nas suas responsáveis palavras, «o miúdo cagou-se». Como a prova é sempre exigida quando a realidade afecta, procurou a confirmação por parte do filho. Disse: «não foi filho, não te cagaste?» ao que o filho, educada e humildemente, como o protocolo exigia, respondeu: «caguei-me, sim, minha senhora».
Reparem na singela presença da postura educada e a correspondente realidade nua e crua. É o nosso protocolo.

António Daniel

16 agosto 2010

"A Minha Rua"


"A Minha Rua" permite a todos os cidadãos reportar as mais variadas situações relativas a espaços públicos, desde a iluminação, jardins, passando por veículos abandonados ou a recolha de electrodomésticos danificados. Com fotografia ou apenas em texto, todos os relatos são encaminhados para a Junta de Freguesia, que lhe dará conhecimento sobre o processo e eventual resolução do problema.
O município de Fafe também já aderiu a esta iniciativa e os cidadãos podem comunicar as mais variadas situações à Câmara Municipal ou à sua Junta de Freguesia através do seguinte endereço electrónico:

http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/aminharua/situationreport.aspx

11 agosto 2010

Uma Imagem a Rever


O nosso concelho não tem aparecido nas primeiras páginas da comunicação social pelos melhores motivos. Quando Fafe é notícia falamos na Ministra da Educação e nos “Ovos de Fafe”, no Bispo de Braga ou no Padre Lopes, nos Incêndios de Verão, em Tiroteio ou no Bruxo de Fafe...
As recentes polémicas em que nos envolvemos não fortaleceram a nossa imagem, antes pelo contrário. No caso do Padre Lopes e, apesar das duvidosas e manietadas reportagens televisivas, voltamos a dar uma imagem de um provincianismo e de uma fama de arruaceiros que tão cedo não nos livramos.
É muito importante mostrarmos o desagrado da população quando assim o entendermos mas também é de vital importância atentarmos à forma como o fazemos.
Hoje em dia, assume uma importância fulcral na sociedade e nas políticas públicas haver estratégias de comunicação que garantam não só uma informação e comunicação clara, como também a preservação de uma boa imagem.
Nesse aspecto, as nossas entidades mais representativas têm responsabilidades acrescidas. A imagem que, ainda hoje, as pessoas têm de Fafe não é a melhor e os epítetos “Sala de Visitas do Minho” ou o “Amor de Cidade” não promovem, isoladamente, uma ideia de cidade, nem tão pouco mudam a nossa “fama” de justiceiros. A estes chavões têm que estar associadas iniciativas verdadeiramente originais e diferenciadoras. Já aqui foi dito neste espaço que o futuro pertence a cidades criativas e capazes de inovar. Capazes de se diferenciarem, capazes de captarem novos públicos e de qualidade...
Estamos a ano e meio de termos uma cidade vizinha como Capital Europeia da Cultura. O grande impacto que terá na cidade de Guimarães este acontecimento ao receber artistas de grande nível europeu e mundial, espectáculos únicos, o envolvimento das pessoas, a promoção de uma região e de um destino turístico será benéfica para todos, inclusive para municípios limítrofes como Fafe.
Talvez seja uma boa oportunidade de promovermos o nosso concelho, de potencializarmos o nosso turismo rural, a nossa gastronomia, a nossa natureza e daí retirarmos ideias e, quem sabe, recebermos alguns espectáculos integrados nesse acontecimento. No entanto, para isso, talvez seja preciso investir seriamente numa nova política de comunicação aliada a um investimento em algo inovador que fortaleça a nossa imagem de um concelho rural mas moderno e criativo.
Parece-me que a imagem que promovemos de Fafe não é a melhor e há que mudar isso, caso pretendamos crescer, tanto turisticamente, como culturalmente.

Pedro Fernandes

08 agosto 2010

Programa da RTP emite em Fafe


O programa Verão Total, que preenche as manhãs da RTP 1 durante o período estival, vai ser emitido a partir da cidade de Fafe, no próximo dia 10 de Agosto (terça-feira), entre as 10h00 e as 13h00.
O programa, que terá como palco a Praça 25 de Abril, no coração da cidade, é apresentado por Tânia Ribas de Oliveira e Hélder Reis.
Como é usual neste tipo de emissões, durante três horas Fafe vai ser motivo de entrevistas e reportagens, nas suas potencialidades e realizações, nas áreas das actividades típicas, do empreendedorismo, das curiosidades, do turismo e da gastronomia, do artesanato, do associativismo musical, entre outras, a que não faltará, obviamente, a intervenção do Presidente da Câmara para enquadrar a actividade municipal.
A organização do programa gostaria que o maior número de fafenses participasse na emissão, a partir do centro da cidade.

04 agosto 2010

Pensando Bem...


Mais vezes que o possa parecer, tenho o hábito de utilizar o que de mais elementar nos distingue como seres humanos: a cabeça. Fi-lo, a respeito da “Gente da Minha Terra”. Parei para reflectir acerca de Fafe dos últimos tempos.
Então? Correu e corre toda a imprensa nacional a grandiosa notícia de que o reverendo Pároco de Santa Eulália de Fafe está em senda de retirada (por vontade doutrem) e os paroquianos em rota de colisão com o bispo que tal ordenou.
Nada me pode entristecer mais! (de momento note-se, porque a capacidade de me surpreender não se esgota nesta terra). Não pela saída do Padre em si. Mais padre menos padre, tanto me dá. Apesar de ter em abundante consideração o abade em questão, choca-me que a população da terra que considero minha, apenas se junte para tentar impedir a saída de um padre.
Fico incrédulo com uma notícia que sugere que foram recolhidas 6700 assinaturas pela não saída de um Padre desta cidade. Utilizando matemática similar: uma petição com este número de assinaturas, teria sido suficiente para levar a plenário da Assembleia da República assuntos como o do Serviço de Urgência de Fafe, que teria dado outra imagem que não a de uma fiel aceitação de tal medida encapotada por todos os quadrantes políticos ao abrigo saiba-se lá bem do quê. Não consigo deixar de que um assunto deste género e este tipo de incongruência me cause um enorme prurido. Avivo na minha memória o fim do comboio, da PT e EDP, a alteração do Serviço de Urgência, a construção da via rápida Fafe-Guimarães com apenas uma faixa de rodagem para cada sentido, fecho da maternidade, fecho da esquadra da polícia,entre outras afins. Porém, o padre é mais importante…
A ilação que retiro é que Fafe se contenta com piores serviços de saúde, piores serviços públicos, falta de assistência pública, em geral. Sossega-me que quando as pessoas estiverem para ser assaltadas ou gravemente doentes, neste concelho, terão a bondade de se dirigir a uma qualquer igreja, já que – aparentemente – funciona algo do género Loja do Cidadão, em que tudo se resolve. Fafenses com problemas, desde falhas na electricidade, filhos para nascer, tumores para tratar, contas para pagar ou com desavenças com os vizinhos, querem dirigir-se à paróquia da respectiva freguesia, ao que parece.
Reconheço que o Senhor Padre é uma figura de referência na freguesia, e não só. Empertiga-me, revolta-me a incoerência dos mesmos “crentes” (pelo menos nos dias de festa) que agora vistos na “manif”, há meia dúzia de anos, enxovalhavam, ainda que em cochicho – assumir em público é transgressão eclesiástica -, o mesmo Padre de mercenário, e outros nomes afins nada abonatórios. O sinal de construção de uma nova igreja numa época de deflação do número de praticantes (e ainda mais da economia nacional), acompanhada de um panfleto que percorreu todas as caixas de correio com uma frase do género “exijo às famílias 200euros” (não literal, mas em sinonímia) não foi de bom-tom, nem pacífico. Também, se esquecem situações como a de um tal inquérito, que interpreto como uma vontade ávida da igreja fafense se juntar à Direcção Geral de Impostos ou ao Instituto Nacional de Estatística, de tal profundidade económica era a informação requerida. Contudo, agora já tudo passou e os mesmos são todos muito amigos. Esta situação está-se – para mim – a assemelhar a uma daquelas típicas do festival da morte, em que após esta somos todos boas pessoas. Nesta situação, ninguém faleceu, pelo que a congruência opinativa se deveria manter. É injustificável que muitos dos críticos e não praticantes do “culto” se revejam em manifestações e demais formas de apoio quando, há não muito tempo, acusavam “disto e daquilo”. Situação que de tão hilariante só pode dar para rir.
Em suma, trata-se de uma questão de inversão de prioridades nestas gentes – e, bem pior, de falta de lógica e coerência - que não percebo, mas também reconheço que não me vou esforçar para perceber….
Urge utilizar o que de mais santo deus nos deu. O desuso crónico dos neurónios – este sim – um pecado.

João Coimbra

Ps: Não sou entendido de igrejas nem afins, mas ainda julgava que o culto da adoração da Igreja Católica era a Deus e não a um mortal, mas isto são contas de um rosário que não é o meu.

01 agosto 2010

Tesourinho Deprimente...













Caminho pedonal público em Arões S. Romão em uso há mais de 25 anos, transformou-se em Acesso Privado...

Luís Peixoto