30 novembro 2011

Cine Teatro DEZEMBRO

EM DESTAQUE: Carminho
Dia 9, 21:30H, Preço 10Eur

Nasceu Carmo Rebelo de Andrade, em Lisboa. Estreou-se a cantar em público, aos doze anos, no Coliseu. A partir daí começou a cantar regularmente na Taverna do Embuçado, em Alfama.
Depois de uma viagem à volta do mundo que durou um ano e em que participou em acções humanitárias na Índia, Camboja, Peru e Timor, conseguiu olhar de fora para dentro e descobriu que a sua verdadeira vocação era mesmo o fado. Cantou na Casa da Música, na Festa do Fado, no espectáculo comemorativo dos 45 anos de carreira de Carlos do Carmo, na Expo de Saragoça e na recriação de «Amália à L'Olympia». Para trás, nesta história, ficou a participação, entre outros, no disco «Fado - Ontem, Hoje e Sempre», no filme «Fados», de Carlos Saura, e concertos na Argentina, Suiça e Malta. Recebeu o Prémio «Revelação Feminina» da Fundação Amália Rodrigues.
Em 2009 editou o seu primeiro álbum “Fado”, considerado “a maior revelação do fado da última década”, pela revista Time, alcançando rapidamente o galardão de ouro e dando início a uma digressão nacional e internacional.
Vista como um símbolo da sua geração, tornou-se, em 2011, a Embaixadora portuguesa do programa “Youth on the Move”, a convite da Comissão Europeia.
2011 é também o ano de um arranque seguro de uma carreira internacional que a leva ao palco principal da Womex (World Music Expo), na Dinamarca, e a espectáculos em diversos palcos europeus.
É com grande expectativa que se aguarda o lançamento do seu segundo álbum, previsto para Janeiro, com edição assegurada em Espanha e no Reino Unido.

27 novembro 2011

Plano e Orçamento Municipal 2012

As Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2012 foram aprovadas, por maioria, na mais recente reunião da Câmara Municipal de Fafe, contando apenas com o voto contra da vereadora do PSD, Fernanda Castro. As grandes opções para o próximo ano são influenciadas obviamente pela situação de crise que se vive no país, que coloca tudo em questão, sobretudo, como refere o Presidente da Câmara, José Ribeiro, “quando não desistimos do firme e inalterável propósito de prosseguir na sustentabilidade económico-financeira do nosso Município, na trajetória de reduzir despesa e de reduzir endividamento, não deixando de fazer o que é absolutamente necessário fazer-se”.
O Plano e Orçamento do Município para o próximo ano mantém a entrega aos cidadãos de Fafe de 2% do seu IRS; as taxas do IMI, não adotando as máximas fixadas pelo Governo, bem como os preços e as taxas dos serviços municipais, sem aumentos no atual mandato; reforça as transferências para as juntas de freguesia em mais de 2%, atualizando os fogos pelos censos de 2011; reforça as verbas para os protocolos com as juntas de freguesia para os serviços de transporte, refeições e prolongamento de horário; e prevê, como tem sido habitual, uma significativa verba de 500 000 euros para Protocolos de Investimento, a realizar logo que conhecido o resultado da reorganização administrativa em curso.
O documento dá absoluta prioridade aos investimentos cujo financiamento está assegurado pelo QREN ou que pode ser suscetível de vir a sê-lo, “já que não podem desperdiçar-se os 85% do seu valor. Ninguém nos perdoaria outra opção!”. Está nesse caso, a eventualidade da aprovação da candidatura da requalificação da Feira Semanal.
Neste contexto, as principais opções e investimentos para 2012 são a requalificação do Palacete do Ex-Grémio para o Arquivo Municipal (1 100 000 euros); a construção do Centro Educativo Montelongo (1 220 000 euros); construção do Quartel da GNR (1 500 000 euros); aquisição comparticipada e financiada pelo INH de habitação social (3 847 855 euros); reforço do investimento no abastecimento de água e rede de saneamento do concelho (1 550 000 euros) e aquisição do património da REFER (572 759).

In www.cm-fafe.pt

24 novembro 2011

A "Capital" da Juventude no Seu Melhor...

"Vila de Fafe" é um erro que ofende todos os fafenses! Não que seja um problema ser vila mas porque ainda há quem desconheça que já fomos elevados a cidade há mais de 25 anos!!

22 novembro 2011

Escola Industrial de Fafe

No passado Sábado, dia 19 de Novembro, a Associação dos Antigos Professores, Alunos e Funcionários da Escola Industrial de Fafe realizou o seu Magusto anual, nas instalações da Escola Secundária de Fafe. Aurora Barros, ex-aluna e Professora da extinta Escola, é a Presidente e também o rosto mais visível da Associação e foi mais uma vez a anfitriã do evento que contou com a presença de muitos que em tempos difíceis da história do nosso país tiveram o privilégio de ter frequentado aquele estabelecimento de ensino. O convívio contou com a participação do Rancho Folclórico de Regadas, que veio aumentar ainda mais o espírito de alegria, partilha e amizade entre os participantes .
Em 2009, durante as comemorações do 50º Aniversario da Escola, Marcelo Rebelo de Sousa foi o convidado de honra. Na sua intervenção no Teatro Cinema disse constar das suas memórias o esforço que o presidente à frente dos destinos da Câmara de Fafe, na época, exerceu junto de seu pai, que na altura exercia um cargo no governo de Lisboa, para que o projecto da referida escola que tardava em chegar, não fosse desviado para outro destino.

Filomena Magalhães

17 novembro 2011

Regresso

A próxima edição do Rali de Portugal tem início num dos locais mais míticos do antigo Rali de Portugal, mais concretamente em Fafe, para uma espécie de "Road Show", à semelhança do evento que teve lugar há dois anos na Avenida dos Aliados, no Porto.
Os contornos deste «regresso ao passado» do Rali de Portugal deverão ser dados a conhecer ao pormenor pelo ACP na apresentação da próxima edição da prova, o que deverá acontecer nos próximos dias.
O Vodafone Rally de Portugal 2012 já tem data confirmada, entre os dias 29 de Março a 1 de Abril do próximo ano.

In http://www.autoportal.iol.pt

16 novembro 2011

Sugestão de Leitura - "A Herança Arquitectónica e Urbana da Cidade de Fafe"


O livro resulta do trabalho académico de final de curso do arquitecto fafense António Póvoas.
A Reabilitação como Processo de Preservação Cultural e Patrimonial pretende ser uma reflexão crítica sobre a forma como todo um património, arquitectónico e urbano, é pensado, e um olhar sobre a protecção desse legado tendo como foco de análise a cidade de Fafe.
Trata-se de um trabalho de investigação baseado na recolha e análise de várias matérias e testemunhos que contextualizam a evolução da cidade desde a sua fundação medieval, até ao presente. Será proposta uma interpretação relativa ao crescimento urbano e demográfico, em que serão abordados alguns aspectos da influência do surto emigratório para o Brasil, bem como o modo de vida do português "brasileiro". Ilustrar-se-á como esse êxodo se veio a repercutir subsequentemente nos aspectos económicos e culturais da sociedade de Fafe, muito devido ao seu carácter interventivo e filantrópico, veículo fundamental no desenvolvimento da urbe.
O livro pode ser adquirido através da "Kairos - Produções Culturais".

11 novembro 2011

Breves Apontamentos


1. O jogo do pau é uma das marcas identitárias do nosso concelho. Existem associações que se dedicam a essa prática com bastante afinco mas o jogo do pau ainda não tem uma abrangência assim tão significativa. Recentemente, fiquei surpreendido ao reparar que um ginásio da nossa capital tem o jogo do pau como uma das modalidades de aprendizagem, ao lado de muitos outros desportos de combate. O jogo do pau é “nosso” mas não me admirava nada que daqui a uns tempos começássemos a ver outras colectividades a pegar naquilo que é “nosso”, a inovar e a desenvolver o mesmo. Este exemplo transportou-me para outras realidades e fez-me lembrar algumas colectividades de bombos fafenses. Com todo o respeito que tenho por todos mas, enquanto nós andamos sempre a ouvir o mesmo bater dos “Amigos da Borga” e semelhantes, existem outros que pegam naquilo que é tradicional, inovam e desenvolvem, criando novos espectáculos e garantindo outra projecção à “arte do tambor”. Estou-me a lembrar, por exemplo, dos Toca Rufar ou dos Sond´Art. Nós temos a arte mas paramos no tempo. Outros pegam na “nossa” arte, desenvolvem-na e inovam, criam dinâmicas e formam os mais jovens. Essa é a grande diferença! Talvez possamos fazer o mesmo com o jogo do pau…

2. Até há bem pouco tempo nunca tinha pensado se valeria mais dar roupa que não precisasse e alimentos directamente a uma família desfavorecida ou a uma organização de solidariedade. Mas, quando um voluntário que já prestou serviço na Cruz Vermelha Portuguesa me disse que viu pessoas a colocarem nos carros particulares bens doados, comecei a pensar no assunto…

3. Este exemplo anterior fez-me recordar aquelas organizações pseudo elitistas fafenses do meu tempo que faziam grandes campanhas de solidariedade com festas nas discotecas para angariar dinheiro, com grande destaque nos jornais locais e depois iam gozar umas “merecidas” férias aos Açores depois de um extenuante trabalho de amor ao próximo…

Pedro Fernandes

08 novembro 2011

Leituras Políticas

A meio do mandato autárquico é altura de fazer uns pequenos ajustes à «movida» política, ou melhor, à sua ausência. As próximas eleições autárquicas em Fafe possuirão características únicas:
- Saída de José Ribeiro;
- Nomeação de um sucessor;
Se a saída parece consumada, com óbvias implicações positivas ou negativas, dependendo do ponto de vista, já a segunda não é linear, apesar de haver uma tendência. Contudo, poderão daí surgir divisões; divisões que se acentuarão caso o PS não obtenha uma percentagem muito convincente. Diria até mais, é um momento único para a oposição destronar o PS do poder. Por que razão?
Em virtude de múltiplos fatores, houve um conjunto de iniciativas que pura e simplesmente não sairão do papel ou, nas melhores das hipóteses, serão adiadas. Referimo-nos ao Hospital e à Escola Secundária e ao cadavérico parque da cidade (monte de terra com um simbolismo enorme…) com todas as melhorias daí decorrentes, quer ao nível humano, quer ao nível físico. Se tal acontecesse (a concretização destas infra-estruturas certamente seria um desígnio desejado por todos) o PS teria a eleição garantida com Antero Fernandes a tomar a dianteira por ser o rosto mais visível destas transformações em virtude do seu pelouro. Porém, infelizmente parece que tal não irá suceder. Resultado: teremos um sucessor fraco. Daí que se entenda a preocupação de José Ribeiro em pedir a audiência com o Ministro da Saúde.
Contudo, o tempo passa. Julgo que seria importante para a oposição delinear estratégias o mais cedo possível. Encontrar um rosto credível com alguma experiência é um objectivo que se vai tornando premente. Com a antecedência devida, tornaria possível uma identificação com o eleitorado e promovia uma ideia de mudança aliada à constante vigilância democrática com a indicação de alternativas credíveis para o Concelho. Contudo, aqui a oposição depara-se com um obstáculo: a comunicação. Neste momento só existe um meio de comunicação: O Povo de Fafe. Por tal motivo, creio que a única estratégia possível passará pelo contacto direto com os eleitores o que, convenhamos, necessita de tempo e disponibilidade para aproveitamento da singularidade destes tempos.
Escrevo isto com uma única preocupação: Fafe.

António Daniel

04 novembro 2011

Yin e Yang e as PPP´S

O Yang
A vitória do PSD nas últimas eleições legislativas parece querer significar que sempre serão suspensas as Parcerias Público-Privadas. Essa será a melhor notícia que nos poderiam dar e um novo alento para o nosso futuro.
Olhemos para o exemplo de Fafe: 40M€ em 7 empreitadas cuja importância é discutível e com programas de execução claramente a exceder o “estritamente necessário”. Esses 40M€ iriam colocar-nos em regime de restrição para os próximos 20 a 30 anos, sujeitos a um orçamento municipal que veria as suas verbas destináveis a investimentos reduzidas a pouco mais do que €5.000.000,00/ano. Todo o restante seria encaminhado para pagar as PPP’s.
Por isso, confirmando-se a notícia, deveríamos rejubilar e, quem sabe, até festejar.

O Yin
Anunciadas que foram as privatizações, percebemos que as Águas de Portugal se contarão entre as empresas alienadas em prol do indispensável aumento da receita do Estado.
Morrerá, pela forma, a Parceria Pública-Pública contratada entre o nosso Município e as Águas do Nordeste (empresa pertença das Águas de Portugal), extinguindo-se a fórmula expedita que o Dr. José Ribeiro havia encontrado para executar a tão prometida ampliação da rede municipal de saneamento.
Neste caso, infelizmente, não temos razões para festejar. Perde-se a possibilidade de candidatar algumas das obras aos fundos do QREN (possibilidade que as AdP tinham) o que permitiria fazer mais obra com menos dinheiro; e perdem-se as poupanças que sempre se conseguem com uma gestão integrada das redes públicas – esta PPP incluía mais de uma dezena de Municípios.
Resta-nos a esperança que o nosso Presidente canalize as verbas previstas para as PRIVADAS e as utilize na obra PÚBLICA. Pelo menos agora só depende de si próprio!

Miguel Summavielle

02 novembro 2011

O Rio do Matadouro

Assim fora designado o rio que serpenteava as margens da Ponte do Ranha. Ao lado do Matadouro, alheias aos gemidos fúnebres dos animais, as mulheres castigavam as mãos na rudeza da água que, por mais translúcida que fosse , parecia quente. Os sabões, comprados ao quilo na venda do Canedo, ainda com o papel tão característico a servir de invólucro, deslizavam na roupa com suavidade, contrastando com os preparativos da lavagem de mantas, carpetes, tapetes e afins. Sobre aquelas pedras de granito, esfregava-se com veemência, revelando a minhota em todo o seu esplendor. Pujante na atitude, com o verbo malicioso na ponta da língua, apontava o norte através da palavra para atenuar o esforço do manejamento das pesadas peças molhadas. Toda a sua beleza reinava naquele poder surpreendente onde a sonoridade permanente de uma pequena queda de água abafava as vozes mas revelava o corpo.
Destas ambiências comungavam os putos. Com um enquadramento maternal próprio da minhota, com marcação à zona, molhavam-se numa alegria estonteante, entre as gotículas a comungarem com o sol a beleza das cores. Assim começámos a admirar as nossas mães.
Todos aqueles habitantes da Ponte do Ranha tinham uma tendência desmedida por Parcídio Sumavielle: Colocou uma cobertura no tanque coletivo, tornando possível a lavagem no Inverno.
Como os tempos se alteram…

(homenagem à minha querida mãe)
António Daniel