30 janeiro 2012

WRC Fafe Rally Sprint


Realizado no quadro do Vodafone Rally de Portugal 2012, esta exibição dos principais carros e pilotos presentes na quarta prova do Mundial da presente temporada assumirá a forma de um rally sprint, estando sujeito a todas as rigorosas medidas de segurança que incidem na actualidade sobre as provas do campeonato do Mundo da especialidade.
Conscientes de que o WRC Fafe Rally Sprint irá provocar, muito provavelmente, uma enorme afluência de público ao troço da Lameirinha, mas esperando que a evolução no comportamento por parte dos espectadores portugueses, reconhecida ao longo das últimas edições do Vodafone Rally de Portugal pelas equipas participantes e pelas autoridades desportivas, seja também uma realidade nas estradas de Fafe, os organizadores criaram locais específicos para os espectadores poderem seguir, em posição privilegiada e com toda a segurança, a evolução dos pilotos.
Deste modo, serão instaladas 4 Zonas Espectáculo (ZE), escolhidas em função da sua espectacularidade, visibilidade, segurança e, ainda, facilidade de acesso:
ZE1 – Monte Marco
ZE2 – Salto da Pereira
ZE 3 – Confurco
ZE 4 – Salto da Pedra Sentada
Cada uma destas quatro ZE será suficientemente ampla para acolher vários milhares de espectadores e, no caso da ZE1 de Pereira, será mesmo possível observar a passagem dos concorrentes segundo vários ângulos. Refira-se que, no caso de uma ZE "esgotar" a lotação, o respectivo acesso será cortado, pelo que o público será reencaminhado para as outras zonas espectáculo.
A presença de espectadores fora destas zonas espectáculo não será autorizada, sendo igualmente interdita a deslocação pela pista ou pelas respectivas bermas. Do mesmo modo, não será possível mudar de uma ZE para outra, pelo que deverá escolher com antecedência a zona pretendida e fixar-se nela, de forma a contribuir para uma segurança absoluta ao longo do evento.
Os acessos recomendados às quatro ZE serão divulgados em breve, o mesmo acontecendo com o programa da prova.
O WRC Fafe Rally Sprint foi concebido para ser um espectáculo destinado a entusiasmar o público, na expectativa de que o seu comportamento seja um exemplo de atitude cívica irrepreensível, de forma a não colocar minimamente em risco a completa realização deste evento e de futuras edições. Nunca se esqueça que a segurança de todos começa em si!

In http://www.lusomotores.com/content/view/12162/1/

26 janeiro 2012

Debates e Racionalidades

Nas últimas horas assistimos nas redes sociais a uma troca de galhardetes entre Artur Coimbra no seu blog e Eugénio Marinho no Facebook. Em primeiro lugar, quero deixar claro que, para mim, a polémica é imprescindível. A partir dela poderemos fixar intenções, crenças e desejos. Mais ainda, parece-me importante que cada vez mais o carácter polemista dos responsáveis por Fafe se faça sentir no éter das redes sociais para assim abranger um maior universo de pessoas. Fafe só terá a ganhar.
Como desconheço o comentário que Eugénio Marinho pretensamente publicou no blog de Artur Coimbra, quero deixar a minha opinião sobre o dito artigo. Em primeiro lugar, sendo um blog pessoal, o seu autor é livre de opinar como deseje. Contudo, não pode fugir à responsabilidade de ser lido. E creio que disso, Artur Coimbra tem plena consciência. O seu principal argumento baseia-se num processo de intenções:
A lista à qual está afecto, fez um bom trabalho.
Se fez um bom trabalho, então não se justifica a apresentação de uma alternativa, a não ser que haja alguma jogada.
Logo, há uma jogada política.
Ora, se me parece justa a primeira premissa, quanto à segunda encontro uma ideia que me é estranha como cidadão que procura ser esclarecido e, acima de tudo, que gosta do debate democrático. A essência da democracia está na possibilidade das pessoas estarem erradas, isto é, apesar de alguém estar a fazer um bom trabalho, não significa que não apareça alguém com melhores ideias. Onde está o problema?
Caso haja qualquer «jogada» de cariz partidário, então começo a desconfiar que o pessoal afecto ao PSD está a ter alucinações. Espero que não.


António Daniel

22 janeiro 2012

Um País Adiado


Era uma vez um país cheio de História, polvilhado de gentes de grande superação, mas que teimava em permanecer no marasmo e em adiar o mérito que lhe pertence. Estes poderiam ser um pouco mais ou menos, os vocábulos inerentes, aquele que é o estado do nosso país. Portugal anda triste! Isso nota-se no calcorrear das pessoas, olhando às vezes no vazio e teimando em pensar em algo que já não existe. É urgente, uma revolução de mentalidades! Basta o chico espertismo, basta o adiar das nossas potencialidades. A corrupção é um enxame que tem de ser combatido sem trégua.
Nós temos tudo. Um povo simplesmente fantástico e pronto a dar a volta às situações difíceis, recursos naturais e uma geografia simpática. Que se acabem as vitórias morais, as vicissitudes do destino ou os agravos do Fado tão Português.Nós somos tão bons ou melhores que qualquer outro povo do Mundo. Há que lavar a cara, andar na rua de cabeça erguida, olhos no futuro com trabalho, com alma e sem ter receio de reclamar, de lutar, de erguer barreiras contra a pandemia que se instalou, de que no nosso país o caminho mais fácil é sempre o melhor! Que não sejamos mais um país adiado! Não permitamos isso, e se nos disseram que não, que não é assim, que não valemos nada, respondamos com indiferença e prossigamos em frente, rumo ao nosso rumo e à nossa página da História! Sim Portugal, nós vamos conseguir!!!!

João Castro

17 janeiro 2012

Blogs do Ano 2011

O Blog Aventar organiza pela primeira vez um concurso de blogs com o objectivo de promover e divulgar o que de mais interessante se faz na blogosfera portuguesa e de língua portuguesa. É organizado em duas fases de apuramento, a primeira aberta a todos os que queiram participar e a segunda constituída pelos 5 mais votados de cada categoria.
A votação decorre até 21 de Janeiro e o BLOG MONTELONGO é um dos blogs seleccionados na secção Locais/Regionais. Para votar, sigam o seguinte endereço:
http://aventar.eu/blogs-do-ano-2011/

13 janeiro 2012

Termómetro 2012



Está à porta a edição de 2012 do Festival Termómetro, que vai decorrer, na primeira fase, em cinco espaços das cidades do Porto e de Lisboa. Foram 25 os projectos musicais seleccionados, e, segundo Fernando Alvim, o mentor e director do festival, esta é a edição com mais potencial de toda a história do festival.
Durante o mês de Janeiro decorrem as eliminatórias do Festival Termómetro, onde serão seleccionados os finalistas que, a 4 de Fevereiro, vão participar na final do Festival na sala 114, no Porto.
O presidente do júri será Henrique Amaro, da Antena 3, tendo o projecto vencedor a oportunidade de editar um CD com 4 temas originais, gravar um videoclip, realizar uma sessão fotográfica profissional e ganhar uma viagem para todos os elementos a Londres. Valter Lobo, jovem músico fafense, actua hoje à noite na 1ª eliminatória do Festival no Espaço Maus Hábitos, no Porto.

João Coimbra

10 janeiro 2012

Uma Nova Política para o Centro

“O lixo e o barulho resultantes da animação nocturna da cidade são um bom problema porque um mau problema era as ruas estarem desertas e abandonadas”.


Tenho muita dificuldade em classificar o que é um político de direita ou de esquerda, sobretudo no caso português onde, nos últimos anos, sempre imperaram as forças políticas do bloco central. Se, originalmente, de direita eram os conservadores e os liberalistas económicos, a esquerda sempre esteve mais ligada ao socialismo e ao liberalismo social. Porém, hoje em dia, as diferenças esbateram-se. É perfeitamente normal encontrarmos alguém de direita a defender posições de esquerda e vice-versa. Possivelmente, quem lê a frase acima transcrita, talvez a enquadre mais numa posição ideológica de esquerda, dita, porventura, por algum bloquista ou comunista. Porém, não é esse o caso!
A frase foi proferida por Rui Rio, autarca da cidade do Porto (e de “direita”!!) a propósito da contestação que moradores e alguns comerciantes têm encabeçado, reclamando contra a poluição sonora e ambiental da “nova” baixa portuense. Paralelamente, jamais imaginaria que José Ribeiro, presidente da Câmara de Fafe (e de “esquerda”!!) alguma vez a proferisse. Porque, com todo o respeito que tenho pelo actual autarca fafense, neste âmbito, as suas posições são mais conservadoras. Rui Rio, olhando para os benefícios resultantes da “movida” da baixa que ajudou a implementar sabe que a cidade do Porto tem beneficiado do actual panorama, com comprovados ganhos no turismo e na “economia da noite”.
De forma a revitalizar uma área deprimida da cidade, Rui Rio optou por entregar a tarefa de redesenhar a baixa a Siza Vieira e, depois, corajosamente, impulsionou o negócio da noite na mesma, voltando a transformar esta num polo aglutinador de jovens e turistas. Este movimento fez com que a baixa portuense voltasse a ser frequentada por mais gente e que surgissem novas dinâmicas e formas de negócio. Mesmo que esta opção possa provocar conflitos particulares, o político apontou um caminho e levou-o à prática e, atualmente, é opinião generalizada que a baixa portuense está melhor.
Em Fafe, o nosso centro foi sendo requalificado ao longo dos anos mas, nem por isso as melhorias económicas fizeram-se sentir. Está mais bonito porventura, mas continua com a mesma falta de dinamismo. Aliado a isso, perderam-se muitas outras coisas. Velhos negócios tradicionais deram lugar a bancos, lojas de chineses, lojas de ouro ou pastelarias e casas de grande valor histórico foram substituídas por edifícios arquitetonicamente medíocres; Durante o dia, ainda goza de algum movimento fruto da concentração de algum comércio e serviços mas, durante a noite, mesmo ao fim de semana, o centro de Fafe é deserto.
Na minha opinião, temos um centro subaproveitado mas com enorme potencial. É, por isso, com grande satisfação que vejo o renascer do clube fafense em zona tão nobre mas não podemos esperar que a iniciativa privada, por si só, resolva o problema da desertificação do nosso centro urbano. Parece-me essencial que os políticos que foram eleitos pelos fafenses definam, de uma forma clara, o que pretendem para o nosso centro. Manter tudo como está ou mudar de modelo? Parece-me que a atual situação não agrada a ninguém mas as mudanças requerem políticas ousadas e corajosas (para isso é que votamos em políticos e não em gestores…).
Existem, naturalmente, inúmeras ideias para revitalizar o nosso centro que poderão ser discutidas mas nenhuma será tão eficaz como a aglutinação do negócio da noite na zona envolvente à praça 25 de Abril. Porque, a meu ver, as ruas desertas e abandonadas do nosso centro no fim-de-semana à noite em nada dignificam a nossa cidade e, muito menos, quem tem responsabilidade política para inverter a atual situação. A manutenção do atual paradigma apenas dá razão a quem tem criticado esta autarquia (de esquerda!) de conservadorismo (próprio da direita…) e imobilismo político.

Pedro Fernandes

03 janeiro 2012

Hoje Lembrei-me do Sr. Ilídio

O som ecoava por toda a rua. Marcava a cadência do levantar. Criava uma imagem de Kentucky no canto da boca ao mesmo tempo que a martelada no sapato marcava a sinfonia matinal. Parecia que toda a rua se deixava levar pela musicalidade do momento. Seis da manhã. Outro som se intrometia. Pelo toque do líquido nas latrinas de metal, todos se preparavam para o leite. Ainda hoje oiço o som. Mas era a tosse do Sr. Ilídio que se sobrepunha.
Antigo jogador de futebol, como seria fácil de constatar pelo arqueamento das pernas, Ilídio tinha aquele sorriso que motivava uma graça mas também uma ternura de um tipo que sempre relembramos. Depressa inventou uma locomoção para o triciclo que me movia da Travessa da Rua do Maia até ao Assento. Sempre com o seu Kentucky no canto da boca, empurrava-me com um pau bifurcado na ponta que permitia, simultaneamente, o emprego da força adequada à relação peso-potência e à insinuante deslocação pelo paralelepípedo.
De regresso à sua oficina, Ilídio procedia ao batimento generoso de um sapateiro afamado porque sabia que um sapato depois de ir ao sapateiro renasce na sua dignidade. Melhor, adquire outra dignidade.
O problema existencial residia no engarrafamento.
O engarrafamento do vinho era festivo. As garrafas, predispostas para a ocasião, engalanavam-se para receber o chumbo que as purificava dos resíduos anteriores. Lá estava o pipo e a respectiva bicha. O tal problema residia na iniciática inspiração do conteúdo do pipo para depois introduzir na garrafa para aonde o vinho descia feliz. O meu pai, zeloso pela tarefa desempenhada, cumpria com profissionalismo, facilmente constatável pelas garrafas que ia somando; Sr. Ilídio, desejoso de afogar o sabor do Kentucky, não enchia qualquer garrafa apesar do vinho seguir feliz.
Na ingenuidade de um miúdo, para quem o mundo inteiro era aquele, sentia-me feliz pela presença do Sr. Ilídio. Contudo, sabia uma coisa acerca do Sr. Ilídio: a felicidade e a infelicidade não faziam parte do seu léxico existencial. Era, simplesmente, a vida.

António Daniel