07 janeiro 2012

Da Alvorada da Sirene ao Novo Turno

7 comentários:

Alex disse...

Fiquei com vontade de ver o resto. Parabéns!

A.Freitas disse...

Irmão gémeo do Bairro da Fábrica do Ferro, o Bairro de Antime, também ele de operários,seria,suponho,o "complemento" ideal daquele neste vídeo.
Também lá muita muita gente ouviu "apitar a última".

Anónimo disse...

19 de Janeiro,
houve uma certa tristeza
pela má situação
que atravessava a empresa.

Chegamos lá às 10 horas,
já estava tudo parado,
e a falta de algodão
foi que deu o resultado.

Chegou na cabeça a muitos
um certo mau pensamento:
fizemos limpeza às máquinas
só para passar o tempo;

E andávamos entristecidos,
sempre com poucas melhoras;
nunca mais se passava a noite,
nunca mais eram seis horas.

Se isto continuar,
não sei como há-de ser,
se não vier algodão,
nós não temos que fazer.

Uma semana de férias
foi o caso a tomar,
até vir o algodão
e podermos continuar.

Ai, ai , que má situação,
tanta gente parada por
falta de algodão e
as maquinas paradas
sem darem a produção.

Dia nove de Fevereiro,
começamos outra vez,
e a seguir dia doze,
eles pagaram o mês.

Para alguns isso foi
motivo de alegria,
alguns estavam à rasca
com a carteira vazia
1988

Maximino Freitas

Filomena Magalhães disse...

Povo do 3º turno
Um convívio formou
Foi no campo do Antime
Que muita gente admirou

Até houve futebol
E com grande animação
Formaram duas equipas
E ganhou a Fiação

Depois comeram e beberam
E houve borga até mais não
E quem era inimigo
Fez reconciliação

Povo do 3ºturno
Gente alegre e unida
Depois de tanto trabalho
Quis ter um prazer na vida

Povo do 3º turno
É boa camaradagem
Em baixo está a Fiação
Em cima a Tecelagem

Este mundo é muito bom
Para quem sabe viver
E quem nunca sai de casa
Morre sem nada saber

Viva a Fábrica do Ferro
Viva a nossa alegria
Viva quem nela trabalha
E viva a democracia

Viva também o desporto
E a nossa brincadeira
Vale mais um gosto na vida
Que 2 contos na carteira

Maximino Freitas

Anónimo disse...

Rio Ferrro Rio Ferro
onde vais desaguar
vais juntar-te ao Vizela
com destino para o Mar

De ti já ouvia falar
quando era pequenino
tu nasces na lameirinha
e lá segues o teu destino.

Rio ferro Rio Ferro
tu tens tanta serventia
regas os campos por onde passas
forneces agua à companhia

Nas terras por onde passas
nada há que tenha sede
és um rio bem pequeno
quando passas em Paredes

mas quando chegas ao ferro
já és um Rio bem grande
vens-me sempre à memória
em qualquer parte que eu ande.

Ó Rio que levas agua,
pelos rochedos a cantar,
leva tambem a minha magoa
deita-a toda para o Mar.

Rio Ferro Rio Ferro
para dizer toda verdade,
desde que vim embora,
de ti já tenho saudade.

Maximino Freitas
Natural de Fornelos
Operario da Fabrica do Ferro

António Daniel disse...

Muito bom!

Sofia Rodrigues disse...

Parabéns, existe imensa vontade de ver o resto. É fantástico ver este interesse e o apoio do poder local!