05 junho 2010

Não ao Peão


Muitas terras conheço por este país fora e, por isso, sou a favor de um novo slogan para a nossa cidade. É uma característica muito nossa, as suas raízes poderão ser encontradas em qualquer cabeça pensadora, já para não falar em quem ensina… o código. É verdade, nas nossas estradas existem uns traços, ditas passadeiras, que servem para embelezar. São pinturas que em nada dignificam a civilidade. Eu, como motorista, fico aborrecido quando alguém, vulgo peão, se apresenta nessas riscas de forma pretensiosa. Muitas vezes tenho de contornar o meu falo, digo, carro para não ser tocado por esse peão. Outras vezes, em virtude da falta de educação dos frequentadores pedonais da nossa cidade (dever-se-iam criar restrições sérias ao uso dos pés para a locomoção citadina) tenho que exercer a minha capacidade facial de amedrontar: cerro os olhos e boca, desvio o olhar, levanto o queixo. Digo-vos, não há peão que se atravesse.
Quais as razões para esta nossa genética?

António Daniel

9 comentários:

Alex disse...

Resposta: mau planeamento e ordenamento do território. É essa a "genética".

P.S. - Quando for à próxima consulta no psiquiatra, fale-lhe desta "posta"... :)

António Daniel disse...

Caro Alex, obviamente que a ironia foi intencional. Enquanto tivermos essa capacidade não necessitamos de ir ao psi. O problema não é o planeamento, é o civismo com todas as suas consequências.

Alex disse...

E é civismo colocar uma passadeira "escondida" entre estacionamentos e sem placa de sinalização da passadeira(como por exemplo na Praça 25 de Abril), ou será antes cinismo?

Anónimo disse...

Uns tempos atrás um familiar proximo, viajou até Alemanha por motivos de estudo. O adolescente,ao regressar falou das diferenças de costumes e principalmente as de civismo e uma delas é exatamente essa de nós não respeitarmos os sinais, as regras de transito nomeadamente as passadeidas.Outra diferença foi a de que a familia onde se hospedou apesar de serem pessoas de posses não exibiam riqueza, o unico carro que possuiam não tinha valor comercial.Nas escolas os alunos eram muito empenhados e portavam-se muito bem.

António Daniel disse...

A questão fundamental é por que razão somos assim. Fafe é das das cidades que menos respeita as passadeiras. É uma característica muito nosso. Porquê? Terá algo relacionado com o falo? Ou existem outras razões?

Luís Ponte do Ranha disse...

É uma pergunta difícil de responder. Lamentavelmente, em Fafe respeita-se pouco os peões. As razões não sei responder mas penso que tem a ver mais com a nossa mentalidade do que propriamente com o mau planeamento urbano.

Anónimo disse...

Tem a ver com o fado de cada um.
Fafe Fafe Fafe, pra aqui, Fafe pra li Fafe pra colá. Conheço uma pessoa que foi atrolelada numa passadeira e não foi em Fafe foi em Guimarães

olhando-te disse...

Já la vão uns anos, estava com a minha filha em cima da arcada, quem vai para o cine teatro andavam em obras, então um dos mais” inteligentes “ para não esperar uns segundos , vai arcada fora em alta velocidade, se não dou um berro à miuda , possivelmente já ca não andaria, fiz exposição na cambada que a C.M. tem , ate hoje não obtive resposta e se estiverem atentos , continua a mesma palhaçada, G:N:R: não existia e ainda hoje poucos ou nada estão por lá, os ANJOS DA NOITE é so para as coimas e sairem nas noticias quem mais multa
É este o civismo, i(responsabilidade) dos tiranos , ditadores , desta aldeia com nome de CIDADE, propriamente com o mau planeamento urbananistico, ditos responsaveis eng. Que ate teem o privilegio de terem saidas de uma ruas para as outras em trocas de quê? É so falar com os GOMES construtores que expliquem o porquê de um dito eng. Ter passagem da sua casa para sair perto do hospital
Quem será?, dificil de saber!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!ou não?, talvês!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Alex - Chocapic disse...

Engraçado que há uns meses (anos?) havia por aí uma tentativa de impingir a idiotice de pespegar com passadeiras aéreas pela cidade.

Agora já evoluímos e percebemos que não há só peões, mas também há condutores.

Eu acho que mais um tempo e chegamos a um ponto onde percebemos que os peões, os condutores, os legisladores, os todos os agentes que se possam lembrar...são os mesmos em instantes e espaços diferentes.


Sugestão: ensine-se em casa, na escola, na sociedade...e claro nas escolas de condução (em vez só de assinar as aulas teóricas e dar umas voltinhas com carro!)