04 outubro 2009

Eleições em Fafe 7

O DEBATE
(Análise ao debate do dia 29 Setembro pelo nosso colaborador António Daniel)

Os moderadores: correctos, embora podendo ser mais incisivos, bons orientadores, embora com alguma sede de protagonismo como foi registado por algumas piadas. Tudo bem, qualquer um tem direito a um momento narcísico.
Leonor Castro: A grande vencedora. Boa verbalização, melhor argumentação, esta professora demonstrou ser um caso sério na política. Só é pena estar comprometida num partido de pouca expressão. Fafe merece estas mulheres. Fixada nos recônditos do marialvismo à moda do Minho, esta cidade necessita de uma mulher que tenha protagonismo nos seus destinos.
Humberto Castro: Um bom exemplo que pelo facto de ser um médico não significa que seja inteligente em tudo. Não ponho em causa o seu profissionalismo no que diz respeito à sua área, ponho em causa a escolha do partido. Já na apresentação da candidatura quem parecia ser o líder era o Pedro Gonçalves. Sem chama, com dificuldade na comunicação (aquela alusão aos contos…), possivelmente mal assessorado, Humberto castro foi o grande perdedor. Muitos votos do PSD poderão transitar para Parcídio. Obviamente que o programa é importante, contudo, se não houver preocupação em transmiti-lo da melhor forma, não há programa que resista. A própria pertinência dos valores estatísticos apresentados, no que se refere a vários temas (poder de compra, educação, saúde…), fora secundarizada face à inaptidão em transmiti-los.
Parcídio Summaville: um dos perdedores. De fácil verbo, com boa argumentação, não impos a sua estratégia. Não resolveu as dúvidas sobre o programa eleitoral levantadas por Leonor Castro (então aquela alusão à impressão do programa eleitoral…). Resguarda-se na possibilidade de reencarnar um protagonismo de outros tempos. Poderia e deveria ser mais acutilante e dirigir as baterias para José Ribeiro. Não o fez adequadamente. Apesar de tudo, é o melhor opositor a Ribeiro.
José Ribeiro: Estar ali e não estar resultava no mesmo. Justifica a sua obra através da aposta cultural, o que não deixa de ser legítimo e justo, mas perde por muitos aspectos focados pelos outros candidatos.

António Daniel

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