13 maio 2013

Opinião: Das Jornadas Literárias


Diogo Vasconcelos
In Notícias de Fafe, 10/05/2013

7 comentários:

Jesus Martinho disse...

Este texto é, na minha opinião, inconsistente, parcial, inoportuno, e antagónico… lesa, o estado da cultura fafense e ofende profundamente uma larga faixa de pessoas que trabalham generosamente para uma causa tão nobre na qual eu me incluo.
O articulista põe em causa a designação das JL citando uma qualquer enciclopédia de Internet, explicando o óbvio: o significado de literário! O nome do evento, não sendo o mais importante, é fruto do enorme desenvolvimento e abrangência de um pequeno e despretensioso projecto iniciado em 2010 na Escola Secundária de Fafe: as 1ªs Jornadas Literárias de Fafe.
Logo a seguir fala em “25 eventos promovidos pela organização”, demostrando um claro desconhecimento do programa e respectivas iniciativas que ultrapassaram a centena, espalhadas por todo o concelho, em todos os Agrupamentos de Escolas, na quase totalidade dos estabelecimentos de ensino, pelas associações, em instituições, nas juntas de freguesia… O Diogo não leu as letras pequenas nas agendas, ou então, a miopia premeditada não o deixou enxergar.
O colunista voltou ao conhecimento enciclopédico para deixar duas noções de cultura escrevendo: “Cultura, para as ciências sociais, é algo com a qual as pessoas se identificam e que reconhecem como seu”, conceito que assenta como uma luva às JL.
Diogo Vasconcelos não acredita que “haja, nos nossos dias, quem se reconheça e reveja nos trajes de lavradeiras do século XIX ou na confraria da vitela”. Contudo, mais adiante afirmou… “tradição não é algo morto que se relembra com saudosismo, mas antes algo embebido e que reside nas gentes”, ora esta é uma das virtudes das JL, que o digam as gentes que nelas participaram aos milhares!
“Vernaculidade”, significa genuinidade, pureza, isso não é bom? É a cara das Jornadas…
“Tristes e pobres recriações históricas” diz Vasconcelos que certamente não assistiu a nenhuma. Então juntar muitas centenas de figurantes e milhares de espectadores é pobreza?
“Triste” é este texto que, denota uma grande ignorância, no que diz respeito a Jornadas Literárias, a grande festa da cultura fafense, que, realmente “cheiram a verdade, a tradições, a povo, a coração a broa e sobrevivência”, como diz o seu mentor e coordenador Carlos Afonso.



Anónimo disse...

A pianista Maria João Pires numa entrevista na televisão deu o exemplo do folclore e trajes minhotos, daquilo que se pode definir como clássico. Por essa europa todos têm folclore, promovem os festivais os trajes costumes etc. Ninguém deve estar preocupado e nem é por isso que são menos ou mais atrasados. Deixem o povo sair à rua e divertir-se. Há lugar para todos, para os eruditos e para os populares. Fafe tem a sua cultura própria e os seus costumes. O único benefício é tirarmos partido do que temos de melhor, o exemplo da confraria da vitela assada é um bom exemplo. Temos as bandas de música centenárias, folclore, boa gastronomia, bom vinho. Ninguém nos veio ensinar nada. Se existem pessoas com vontade de promover e divulgar, a nossa cultura baseada nos costumes e tradições, devemos estar gratos por isso.

Anónimo disse...

Não percebo o porquê de tanto alarido à volta do texto do arquiteto Diogo Vasconcelos. A sua opinião vale o que vale, vivemos num país livre e ele tem direito a dizer o que pensa.
Não pode ser chamado de ignorante, porque disso não tem nada.Podemos concordar ou discordar do texto, mas não foi mal educado nem tratou mal ninguém.As jornadas dão trabalho, claro que dão, mas pelos vistos não agradam a todos.Paciência! Respeitamos as ideias dos outros,para que respeitem também as nossas. Parabéns ao jornal por ter publicado o texto. Assim se vê que é um jornal livre.

Alex disse...

Parece-me que o Diogo Vasconcelos não foi totalmente interpretado.

Ele discordou do nome dado ao evento e parece-me que é consensual que "Jornadas Literárias" não descreve devidamente o evento.

E parece-me que toda a gente percebe que o nome não é realmente o mais importante...

Quanto ao conteúdo das jornadas... Pelo que percebi do seu texto, ele preferia algo que fosse mais progressista, e menos saudosista.

Provavelmente está a cometer uma injustiça para quem se empenhou e trabalhou para um tão grande acontecimento, não valorizando o seu trabalho. Mas o problema é que ele não valoriza o resultado final desse trabalho...

Faltou-lhe também apresentar uma proposta alternativa, mais progressista, que envolvesse uma participação maior da comunidade.

E penso que esses dois eventos (o saudosista "literário" e o progressista "cultural") não implicam a sua anulação mútua, podem coexistir.

Anónimo disse...

As jornadas literarias em fafe sao da mais profunda importancia para o nosso concelho, nao só mostramos o passado vivido em fafe,onde nao havia hospital emprego e tribunal, mas como tambem preparamos as pessoas para o futuro que se avisinha pois com o rumo que esta cidade leva bem precisamos que a realidade futura nos seja mostrada com algum humor...
Adorei ver tambem a grande vocaçao que o sr presidente e alguns "professores" tem para o teatro, penso que estes deviam ficar nesta arte de representar pois nisto sao os melhores.
Já a confraria da vitela assada me dá uma azia descumunal , pois ca em fafe dever-se-ia fazer a confraria da picanha ou entao do quebab!!
e que primeiro a vitela nunca de chamou a moda de fafe mas sim vitela a zé da menina restaurante a muito extinto.....é pena que em fafe se tente criar tradiçoes onde nunca existirao

pedromiguelsousa disse...

Caro Martinho, sou um apreciador do seu trabalho, como já o demonstrei publicamente várias vezes. Mas acho que este texto merece alguma atenção. Não conheço o autor, mas pode estar aqui algo de interessante para as próprias jornadas e a sua dimensão além-fronteiras de Fafe. Ninguém tira a grandiosidade das Jornadas e o seu valor para Fafe, mas não será importante repensar em que diz uma pessoa só porque tem uma visão diferente? Na minha opinião, tudo é importante quando queremos ver o trabalho progredir. Podemos ficar contentes com a grande festa, mas podemos e devemos ir mais além... não me parece completamente descabido pensar seriamente nisto. Pode estar aqui a chave que necessita as jornadas para a tal afirmação nacional e internacional! Abraço

Anónimo disse...

“À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”

Confesso que fico um pouco surpreso com esta intervenção de Jesus Martinho. Quem segue a blogosfera e particularmente os blogs em que este escreve, fica com a ideia de que Martinho é um homem defensor da liberdade de expressão. Contudo parece-me que todos o somos, até que nos “mexam nas feridas”. Penso que esta revolta de Martinho apenas demonstra uma falta de bom senso e de respeito pelas opiniões contrárias à sua.
Mas para quem conseguir ver mais além, facilmente perceberá que Martinho não se incomodou assim tanto com o facto de o Diogo Vasconcelos ter “criticado” as jornadas. Incomodou-se, sim, pelo facto de o jornal “Notícias de Fafe” ter dado igual destaque à crónica de Diogo. Pensaria Martinho que o “Notícias de Fafe” estava resignado numa meia dúzia de opiniões incluindo a sua?
Do MEU ponto de vista trata-se apenas de uma opinião, sim uma opinião, que vale tanto como a de Jesus Martinho… Concorde-se ou não!

Miguel Correia