13 outubro 2007

O romântico Jardim do Calvário em renovação


O Jardim público mais importante da cidade está, actualmente, em remodelação, pretendendo-se a requalificação dos materiais e equipamentos e onde se privilegia essencialmente as acessibilidades com a criação de uma rampa pedonal e a montagem de um elevador.
Tomando o nome do lugar onde foi edificado há mais de um século, a iniciativa da sua construção deveu-se ao então Presidente da Câmara José Florêncio Soares e teve o apoio do ilustre brasileiro fafense, Comendador Albino de Oliveira Guimarães. A inauguração solene do Jardim ocorreu em 26 de Dezembro de 1892, tendo a Câmara deliberado na altura aprovar um voto de louvor a Albino de Oliveira Guimarães, agradecendo "os valiosos serviços que prestara ao Município para a construção do mesmo jardim" e "pelo grande melhoramento público que promovera". Já no século XX, foi construído um coreto no local, bem como um rinque para práticas de lazer. O Jardim do Calvário tem servido como espaço de entretenimento, lazer e namoro, local privilegiado de onde se abarcam paradisíacas vistas sobre as paisagens rurais circundantes à cidade. Também, é nele que encontramos os mais antigos e raros exemplares de árvores do concelho, muitas delas de origem tropical e oriundas do Brasil. O Jardim serviu, noutros tempos com mais frequência, para a realização de manifestações culturais, sobretudo espectáculos musicais, no âmbito das festas que se realizavam nos dias de verão. Nos últimos tempos, o jardim esteve praticamente ao abandono. Foram raros os espectáculos e actividades culturais nele efectuadas e o próprio parque de diversões para as crianças já não tinha a dinâmica e a alegria de outros tempos. Esperamos todos, enquanto fafenses, que o jardim volte, com esta requalificação, ao esplendor de outros tempos e fundamentalmente, que a sua requalificação seja um exemplo de uma boa obra arquitéctónica que tanto tem faltado a Fafe nos últimos tempos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Só é pena que, aquando da renovação que fizeram na década de noventa (não sei precisar a data) não tenham feito o trabalho: deixaram cair no marasmo o nosso jardim. Sem querer por em causa a oportunidade e a estática das alterações que se irão efectuar, agora gasta-se dinheiro em mais uma renovação. Aliás, os jardins em Fafe nunca tiveram grande sorte, quer pela insurportável falta de urbanidade dos fafenses, quer por falta de vontade. É bom que se olhe para o Jardim de Calvário, mas não se esqueçam, por exemplo, do Parque da Cidade. Não sou tão crítico em relação à sua construção, mas já sou crítico na forma como se cuida dos espaços.
Contudo muitas vezes me pergunto se as pessoas merecem. Conheço há muito Fafe e sei ver que o essencial ainda falta: educação, brio, gosto pelo que é nosso. Possivelmente já estará melhor, mas vejam o resultado da presença dos fafense de duas patas na Barragem da Queimadela: lixo por todo o lado. Sei que Portugal é assim, não havendo grandes assimetrias entre as regiões, só que na nossa terra dói mais.