04 fevereiro 2013

Juventude

 
Não pretendo fazer deste espaço uma «marcação cerrada» à candidatura de Eugénio Marinho, mas é um candidato que se «põe a jeito» pelo recurso, embora nem sempre bem feito, das redes sociais, o que, convenhamos, demonstra coragem. Desde sempre que me habituei à jovialidade das mensagens de Eugénio Marinho. Sempre se considerou representante da juventude fafense. Contudo, simultaneamente sempre me perguntei: de que juventude? Ao seu lado surge aquela juventude bem nutrida, composta pela nata burguesa da cidade, gente bem sucedida defensora da meritocracia. Mas Fafe não é isso! Talvez Eugénio Marinho tente alargar a sua área de influência juvenil ao «postar» no facebook o seu interesse musical pelo Gangnam Style. Segredaram-me há uns anos, ainda Jaime Silva era vereador da cultura, que Eugénio Marinho, em sessão camarária, havia criticado uma iniciativa cultural da cidade que consistia numa exposição de arte efémera (esculturas em gelo) nas ruas de Fafe. Questionado sobre os motivos dessa crítica, Eugénio Marinho afirmou «porque não gosto!». Pois «os gostos são subjectivos» diria o adolescente!
 
António Daniel

13 comentários:

Anónimo disse...

Essa mania de aliar a juventude às candidaturas de Eugénio Marinho não é nova e os resultados são os que se conhecem.
Que juventude é essa afinal?
A juventude que é mandada emigrar pelo nosso 1º ministro e pelas suas políticas tão elogiadas pela Clara Marques Mendes? A juventude pseudo-burguesa que quer festas e concertos e depois não aparece?
Isso da juventude é um conceito tão vago que dizer que alguém é o candidato da juventude parece-me uma ideia da candidatura pouco inteligente.
Talvez fosse melhor o Eugénio Marinho dizer que é o candidato do emprego, digo eu que não percebo nada disto...
M.T.L.

Albano disse...

Nao compreendo a tua logica de os jovens que acompanham eugenio marinho defenderem a mediocridade por serem bem sucedidos!!
Talvez estejas mais de acordo com ideologias das rosas onde a maior parte dos jovens nao sao mais do uqe parasitas da sociedade e que so estao na politica para conseguirem algo!!
o que acabaste de debitar nao passou de lixo sem fundamento

António Daniel disse...

Albano, não é «mediocridade», mas «meritocracia».

Anónimo disse...

Não querendo "perseguir", mas "perseguindo", acho que a forma como classifica os jovens apoiantes de Eugénio Marinho burgueses. Eu, um jovem fafense apoiante convicto da sua candidatura, por considerar a única representativa da minha geração, não me classifico nem um pouco como burguês. O que quer dizer com bem sucedido???sou licenciado, trabalho na área de formação, mas talvez longe dessa sua classificação. Acho até insultuoso da forma como se dirige a quem defende ideias diferentes,possivelmente das suas. É muito feio fazer juízos de valores daquilo que não se sabe ou nunca viu. Não apoio Eugénio Marinho em vão, para mim e para muitos jovens é o único que nos tem ouvido, nos dá voz.Alguém que está disponível a receber as nossas propostas. Não é só mais um que a meses de eleições se senta na mesma mesma de café que os jovens para ser vsito como "fixe" pelos jovens. É lamentável que em Fafe, um espaço como este, que deveria ser isento de partidarismos, em ano de eleições de torne um blogue de perseguição a quem vê Fafe de forma diferente.

Vitor Teixeira

António Daniel disse...

Vítor, longe de mim pretender ser insultuoso para quem quer que seja. Classifico a burguesia de um modo diferente do Vítor. Ser burguês, apesar da carga negativa ideológica (dentro do léxico marxista) que possa possuir, não é para mim líquido que assim seja. Não atribuo ao termo essa conotação. Pelo contrário, o Vítor está a interpretar do lado marxista. Mas a juventude em Fafe vai muito mais além daquela que é retratada pelas juventudes partidárias. Qual o índice de escolaridade da nossa juventude? Que resultados escolares são alcançados? Que empregabilidade existe? Certamente que estes índices não correspondem aos apoiantes informados como é o Vítor. Há muita mais juventude, juventude que não tem as mesmas oportunidades, juventude que nem sequer pode pensar em meritocracia, como o Vítor certamente defende, porque não possui igualdade de oportunidades, ou possui? Portanto, muito cuidado quando se fala de juventude. Finalmente, Vítor, desculpe-me mas não pode acusa este blogue de parcialidade. Na parte que me toca, «disparo» em todas as direcções. Por vezes com razão, como muitos já me disseram, outras vezes sem a possuir, sempre procurei (procuramos) ter uma atitude de distanciamento face às candidaturas. A liberdade, Vítor, exige alguma coragem, mas também responsabilidade. Coragem porque qualquer posição que se tome relativamente à política fica-se sujeito ao insulto (já recebi algumas na minha caixa de correio), responsabilidade porque é a minha terra e penso alto. Não pretendo ter qualquer medalha por isso, nem sequer reconhecimento. Perco, inclusive, tempo. Perco, por vezes, paz. Mas, o que quer, é mais forte do que eu. Quando decidir calar-me, e não deve faltar muito, direi apenas «até à próxima. Abraço, Vítor, e muitas felicidades para a candidatura. O Eugénio Marinho é um tipo que merece mais alguma coisa em Fafe apesar de se sujeitar à crítica, como todos os que se candidatam à esfera pública.

Eugenio Marinho disse...

António Daniel, entro no seu Blog, pela última vez, para lhe dizer que não o conheço, mas que conheci muito bem o seu pai, pessoa que sempre achei ser de princípios e de valores. E por isso, me choca que o filho queira avaliar quem não conhece e tecer sobre mim considerações e apreciações inacreditáveis. Nunca fui e nem sou um burguês. Basta conhecer as minhas origens humildes para se perceber isso. O meu pai foi um comerciante e a minha mãe uma doméstica. O que me deram foi acesso a um curso superior que tirei para poder melhor gerir o meu futuro, como felizmente tenho conseguido. Sou e sempre serei próximo dos mais pobres, ao lado dos quais nasci. Nunca neguei o meu apoio,mquer pessoal, quer profissional aos mais carenciados, sem que seja preciso pedirem Apoio Judiciário. Gosto de estar com os mais jovens, como pai, como professor e como cidadão. Trabalho como pai para os meus filhos, como professor para os meus alunos e como cidadão para que o futuro seja mais risonho para todosnos jovens, sobretudo paravos desempregados. Não imagina a quatidade de pais que me procuram para ajudar os filhos que estão desempregados. E não imagina a angustia de quem gostava de ajudar, mas que não dispõe de soluções miraculosas. Mas sempre que posso ajudo. Por isso meu caro o seu Blog podia ser importante. Passou, para mim, a ser irritante. E por isso não mais o visitarei. Sorte e cumprimentos. Eugénio Marinho

António Daniel disse...

Eugénio Marinho, obviamente que é livre de ler o que quiser. Mas deixe-me dizer-lhe que, ao comparar-me com o meu pai, está obviamente a dizer que sou o contrário do que ele foi. Tudo bem, aceito, apesar de, convenhamos, ser redutor. Mas, Eugénio Marinho, não o considerei burguês. Não há nada no texto que suscite essa interpretação. É uma ideia sua, só sua. O que disse e reafirmo é que a juventude que representa não é representativa de Fafe. A juventude de Fafe vai muito além dessa juventude representada pela
os partidos. Quanto ao burguês, torno a reafirmar que não tem a conotação marxista. Para mim, que tembém me considero como tal, burguês é uma personagem citadina, ocupando cargos públicos ou ligado a serviços educativos, de saúde ou outros. Como não sou o operariado, tenho que me considerar burguês. Mas, também que raio de preconceito pela palavra. Muito mais haveria a dizer, ficamo-nos por aqui. A vida é feita de rupturas, de desilusões e de laços que se unem e se desunem. Se o irritei, lamento. Mas desejo-lhe a maior sorte do mundo e felicidades para si e para os seus. A mim, o Eugénio não me irrita, garanto-lhe. Por último, quero dizer-lhe que o blog não é meu. Convidaram-me para nele participar. Por isso, continue a lê-lo quando se publicarem outros textos que não os meus. Abraço sincero.

Rui disse...

É por estas e por outras do facebook que o "Geninho" perde. Se se vai candidatar a um cargo público, tem que aceitar a opinião pública. O António Daniel que muito gosto de ler as suas opiniões e de outros neste blog é uma pessoa como eu, como qualquer fafense, que tem direito a exprimir uma opinião. Se o candidato do psd não gosta ou se irrita, o problema é dele mas tem que entender que nós, fafenses, temos direito a uma opinião, desde que a mesma não seja insultuosa, como foi o caso.
Qual é o problema disto?
Sr Eugénio Marinho, leia o blog que lhe faz bem. Se hoje não gostou, pode ser que amanhã passe a gostar. É a vida!!

Anónimo disse...

O Eugénio Marinho parece que só gosta do blog quando se critica o Ribeiro, o Coimbra, o Laurentino ou o Parcídio.
Quando se critica a excelência, diz que não o lê mais. Mas quem acredita nisto?
É este o " social democrata" que quer ser presidente da câmara?
Então a alusão ao pai do autor do texto é de um baixo nível...

Anónimo disse...

Choca-me a forma como classifica as pessoas.Burgueses????????Diga-me o que pensa daqueles que vivem a sombra da Câmara?Daqueles que nunca se esforçaram para ter nada. Aliás uns lançam livros atrás de livros viajando para França, para o Brasil....Quem paga os luxos desses meninos de bem?Sou eu e muitos fafenses que erradamente deram poder aos verdadeiros burgueses desta terra. Pois meu caro António Daniel, fique sabendo que sou apoiante de Eugénio Marinho e que todos os dias trabalho precariamente, só, veja lá pagar a minha formação superior. Acha ainda que sou burguês?????????

M.A.

António Daniel disse...

MA, já escrevi sobre isso.

Alex disse...

burguês
s. m.
1. Habitante de burgo.
2. Pessoa da classe média.
3. Pessoa de haveres, mas pouco delicado.
adj.
4. De burguês ou da burguesia.
5. Falto de distinção, ordinário.
Feminino: burguesa. Plural: burgueses.


:)

António Daniel disse...

Alex, sempre oportuno.