Em Maio do ano passado, a autarquia fafense inaugurou a "Sala Manoel de Oliveira" no Cine Teatro. Uma iniciativa louvável que na devida altura destacamos neste Blog num "post" datado de 20 de Maio de 2009. Pensavamos nós que esta abertura, para além do simbolismo do nome da maior figura do cinema português, seria o início da recuperação de uma tradição cultural que outrora fora pioneira na nossa cidade. Mas, passado mais de meio ano, importa perguntar "O que se passa com o Cinema em Fafe?". Porque, neste momento, Fafe não tem cinema, apesar de ter uma sala para esse efeito...
6 comentários:
e artistas não nos faltam ! :)
A única solução passaria por assinar protocolos com distribuidoras. Conheço pequenas terras que os têm. O recurso ao Cineclube nunca me pareceu uma boa solução. As suas apetências passam pela promoção de cinema de culto, ciclos cinematográficos (ainda bem que é assim)e não pela promoção de cinema para o grande público. Não conheço o espaço mas seria conveniente promovê-lo da melhor forma. Evidentemente que, se projectarem filmes que tiveram as estreias nacionais semanas antes, não se pode esperar por grande afluência. Guimarães, Braga ou Porto estão logo ali...
António Daniel, qual "grande público"? A escolha dos filmes deve ser feita por quem e com que objectivos?
Este filme poderia fazer parte da sua lista de projecções?
"A melhor cena de acção de sempre"
A cena tem a sua piada :)
Alex, sem dúvida que os bilhetes esgotariam. Bollywood fez parte dos grandes momentos da minha cinematografia enquanto imberbe. No antigo salão dos BVF (onde se situava a EDP) eram projectados filmes de grande qualidade em que Bruce Lee rivalizava com Bud Spencer (aí os movimentos bocais antecipavam o som em 10 ss). A assistência também era culta: reunia a nata da Ponte do Ranha com a Rua de Baixo. Momentos únicos com as cadeiras de plástico a acompanharem os movimentos mais pujantes das cenas.
Fafe precisa de olhar para estes pequenos pormenores que fazem a diferença!
São estes pormenores que elevam a auto-estima colectiva dos fafenses e a dinâmica das cidades.
Quando o novo quartel dos bombeiros foi inaugurado trabalhaei em part-time como arrumadora no estúdio de cinema durante alguns meses. Gostei muito do trabalho porque gosto muito de cinema. Quando passaram sucessos de bilheteira como Africa minha, o ultimo Imperador, Império do Sol, o segredo de Sofia e muitos outros sucessos de bilheteira dos anos oitenta a sala enchia. Como não temos cinema em Fafe recebo todos os meses a programação do cineclube de Guimarães. Dia 9 exibiram o filme A PALAVRA de Carl Dreyer 1955, gostava muito de rever mas não foi possivel. Em Fafe, tinha possiblidade de ir mais ao cinema por ser mais perto de casa.
Enviar um comentário