Funciona em Fafe desde Dezembro o "circuito integrador de redes de Fafe", ou seja, os denominados transportes urbanos que vieram colmatar uma carência que existia no concelho. O circuito é diário e inicialmente previam-se 22 viagens por dia entre diversos pontos da cidade e mais duas viagens no Verão, uma delas para o parque aquático e outra para a barragem de Queimadela.
Anunciado e publicitado com pompa e circunstância pelo município (por acaso já alguém perguntou à autarquia os custos de tal operação de cosmética?! ) e pelas empresas que aderiram ao protocolo e que muito ganham com este acordo, após 2 meses de existência, o resultado do mesmo circuito é elucidativo: a média de passageiros são 4 por dia, autocarros vazios, complicação da circulação automóvel, autocarros demasiado grandes...
Não foi com surpresa que grande parte dos cidadãos recebeu estes números. A nossa cidade não justifica tantas viagens diárias, os autocarros são desajustados, entre outros defeitos que poderiamos apontar.
A ideia é claramente boa. Mas, como em muitos assuntos, em Fafe há algumas boas ideias mas uma aplicação desajustada que não vai de encontro aos interesses dos fafenses.
(Foto retirada do site www.cm-fafe.pt)
7 comentários:
Por vezes querer fazer sem pensar é burrice. Em Portugal já há casos de pequenas cidades com redes de transportes públicos que poderiam e deveriam ser objecto de análise por parte das nossas autoridades. Mas também não remeto para a Câmara a exclusividade da culpa. As empresas de transporte também têm a sua cota parte. Nestas cidades - posso dar o exemplo de Torres Vedras, mas também há mais - os autocarros são pequenos, contribuindo para a mobilidade e para a redução de custos. Acrescente-se ainda que noutras cidades, existem compromissos com as grandes superfícies para viagens gratuitas para quem faz lá compras. Enfim, havia muitas soluções, bastava para isso algum interesse na pesquisa de exemplos concretos. Mas também me parece - se estiver a ser injusto, peço desculpa - que a qualidade dos nossos autarcas - e não me refiro especificamente ao presidente - não é muito evidente. Mas isso´são contas de outro rosário...
Simplesmente... Fafe!
Claro que isto foi uma ajuda às empresas de transporte... Foram elas que tiveram a ideia e conseguiram "vendê-la" ao município. Se isto fosse pensado como deveria ser, bastavam carrinhas de 9 lugares! Mas para isso, já as empresas não estavam disponíveis, pois teriam de investir. Para elas está tudo bem, recebem algum da câmara e não estão com os autocarros parados.
na verdade, só em fafe
Antes de terem colocado as ditas placas das paragens, já andava pela "CIDADE"aldeia melhorada um grande autocarro em que possivelmente de 50 lugares, 49 vazios e 1 cliente ou seja 2 com o motorista
Na verdade até aqui onde se pode expor e mesmo demonstrar inúmeras situações que ocorrem diariamente nesta “CIDADE”, a ditadura está instaurada e os Munícipes não exprimem o que lhe vai na alma
Assim sendo, é porque gostam de quem está á frente dos destinos desta “ sala de visitas “
Estão as eleições á porta
Os autocarros do desespero vão começar a andarem cheios
O sistema vai começar a por os reformados GRATUITAMENTE para quando chegar os dias dos discursos apregoarem a boa nova
Na obstante de começarem a ir tomar café e andar em cima da arcada olhando para as pessoas e com caras de pau, cumprimentando-as e esperando pelo voto
Durante uns anos de poleiro esqueceram-se tanto de comerciantes como das promessas, cinismo e civismo não se compadece
Não falo, porque quando precisar “deles” vou ter represálias.
Falam muito por trás das costas, quando os encontram, vão logo cumprimentar para ficarem bem vistos
Isto é realmente uma grande “HIPOCRISIA”
Caro Olhando-te, nada do que não aconteça pelo resto do país. Neste aspecto somos muito parecidos com a forma como se faz política pelo país fora - veja-se Braga, Felgueiras, Guimarães, Gondomar, etc... E falo com conhecimento de causa. Obviamente que, por sermos de Fafe, mais reparamos nesses pormenores. Mas também me parece que as pessoas não se mobilizam adequadamente para a discussão. A sociedade civil encontra-se bastante amorfa, como, aliás, sempre foi. Contudo também lhe digo que responsabilidade é de todos nós, individualmente considerados. Falta uma dinâmica que mobilize as pessoas. Que a discussão seja feita de forma combativa e elevada, racional e persuasiva. Agora, reafirmo, tudo tem de partir da responsabilidade de cada um. Os políticos que temos são o reflexo da exigência da sociedade civil. Há uns tempos atrás ouvia um programa da RCF (não sei o que se passa também ao nível da informação on-line)de debate político. Estavam presentes um vereador - não me recordo do nome - o Miguel Sumavielle e o Pedro Gonçalves. A certa altura, e depois de um debate aceso, o vereador diz que o debate naqueles moldes não poderia continuar por que estava sozinho a defender a acção da Câmara contra dois elementos que criticavam a postura da mesma. Ora, o que é a política senão debate, participação, crítica, combate...? Só revela que, de facto, quem está à frente dos nossos destinos deixa muito a desejar, mas também não vejo mobilidade suficiente por parte das pessoas. Basta dizer que, na semana seguinte, a RCF mudou o debate para um frente-a-frente com dois intervenientes.
É um primeiro passo, é preciso dar tempo para afinar e ajustar as coisas e a curto prazo poderá funcionar bem. Caso as pessoas não desanimem com comentários pessimistas e acabem por desistir da ideia.
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