21 fevereiro 2011

Cine Teatro - Reacções de Eugénio Marinho

Eugénio Marinho escreveu no seu mural do Facebook: «Na pouca vergonha desta Câmara Municipal que faz concertos para os amigos à nossa custa. São da raça do Sócrates. É só fumaça e pagode com o dinheiro do povo, a quem tudo querem extorquir.» (Sic)
Particularmente não aprecio o Facebook como difusor de opiniões. É um canal interessante de divulgação a partir de links mas como objecto de argumentação, não produz nada se significativo. Tal é de fácil análise pelas reacções a esta frase de Eugénio Marinho. Se algumas colocam a razoabilidade acima de qualquer outra coisa, outras, na senda do emocionalmente incorrecto, promovem um conjunto de ideias que acabam por não o ser. É fácil medir a razoabilidade. Rawls diz: «as pessoas razoáveis são aquelas que estão prontas a propor certos princípios como justos termos de cooperação e a agir diligentemente de acordo com eles, dada a garantia de que as outras por certo o farão igualmente». Por outras palavras, faz aos outros o que gostarias que fizessem a ti.
Apesar de tudo, exige-se a quem de direito que reaja e esta acusação, caso contrário poder-se-ia ser pouco razoável. A razoabilidade exige a reciprocidade.
Percebo a intenção subjacente à programação do Cine-teatro, assim como a formação de um conceito para o edifício, como percebo que haja aqui e ali um conjunto de convidados a quem sejam reservados lugares. Mas não façamos disso regra para não cairmos no absurdo da aristocracia cultural e dos favorecimentos que repudiam, como vem acontecendo no nosso país.

António Daniel

33 comentários:

Anónimo disse...

Caro Daniel,
Há anos que corte se serve assim.
Há anos.

Anónimo disse...

Caro Daniel,
Há anos que a corte se serve assim.
Há anos.

Anónimo disse...

Reparem nesta estratégia, de mestre:
O actual vereador da Cultura, a meio tempo, escreve uns textos no seu blogue, depois transforma-os em livro e a editoria Labirinto (de Fafe) publica, e esta recebe apoio da Câmara e quem o dá.... muito bem, o vereador da cultura, a meio tempo.
E mais: O CineClube de Fafe, dirigido por quem?, claro pelo director da Labirinto, recebeu, há dias, o seu bolo orçamental, para gastar... e levar os amigos... Façam-lhe uma auditoria... Quanto aos espectáculos, estavam à espera de quê: É claro como a água: Dinheiro de todos para a satisfação pessoal de uns quantos que de outra forma não tiravam uma fotografiazinha junto ao Tim.... e Vão usá-la, depois, na campanha eleitoral... e Já agora quantas vezes o responsável do Cine Teatro pagou o seu bilhetinho par assistir ao espectáculo e a mulher e os filhos????

Pedro Fernandes disse...

Considero a intervenção de Eugénio Marinho infeliz.
Em campanhas eleitorais defende que se deve apostar mais em programas culturais, festas da juventude e na criação de infraestruturas desportivas de modo a obter os votos da juventude descontente.
Como líder do PSD local manifesta-se contra a construção de relvados sintéticos e é contra os gastos, que considera excessivos, no cine teatro. Mas a boa programação paga-se, isso é claro!! Que assuma claramente qual a política do PSD para o Cine Teatro. Isso é o que eu, como cidadão, quero ouvir de Eugénio Marinho e não frases populistas e vazias de conteúdo.
Quanto ao resto, e ao facto de muitas pessoas não terem tido acesso ao espectáculo de Tim, eu deixo a sugestão de nos próximos espectáculos anunciarem a data e hora de início de venda dos ingressos e o número de bilhetes disponíveis. Assim acabam-se as dúvidas e os supostos favorecimentos.

Anónimo disse...

Meu Caro Pedro Fernandes,
Pois é, é sempre depois, depois disto, depois daquilo muda-se, etc. e tal...

António Daniel disse...

Neste comentários já se fizeram sugestões úteis para os promotores dos espectáculos. São fáceis e, se houver boa vontade, aplicávesi sem grandes transtornos. Quato à afirmação de Eugénio Marinho que, pessoalmente, não conheço, Pedro Fernandes já disse tudo. Acredito na racionalidade e, como salientei no post, na razoabilidadde. Por esse motivo, qualquer intervenção que não seja apresentar argumentos cogentes respeitando, por isso, a racionalidade das pessoas, não são bem vindos em Democracia.
Quando escreve neste blogue, a partir de um convite que me fizeram, vi uma oportunidade de escrever sobre a minha terra de um modo desinteressado. Nunca assiti, infelizmente, a qualquer sessão no Cine-teatro. Só o vi depois de reconstruído porque espreitei pela porta. Portanto, o que me interessa pura e simplesmente é o sucesso da casa e da cultura em Fafe. Ainda sou um pouco iluminista porque acredito que a cultura pode salvar-nos da barbárie. Com comentários como este de Eugénio Marinho, por muitas razões que lhe possam assitir, não são justificáveis. Mas também digo aos responsáveis do espaço que promovam a transparência. Os favores dão-me a volta ao estómago.

Anónimo disse...

Caro Daniel,
É fácil notar o seu amor a Fafe, mesmo estando longe.
Mas compreenda-se que uma autarquia, gerida há décadas pelas mesmas pessoas, já não saiba o que é isso de transparência. Mas gostava que o Director do Cine Teatro mostrasse quantas vezes pagou o seu bilhete para assistir aos espectáculos, bem como os seus familiares...

Anónimo disse...

Não aprecio a forma como o Dr. Eugénio Marinho aborda o tema. Porém, o estilo não desvirtua a crítica justa e óbvia. Porém, para mim, a questão destes espetáculos tem duas vertentes. A primeira tem a ver com o facto de os nossos autárcas não terem a noção que Fafe é uma terra sem recursos para este tipo de mordomias. E não me refiro ao facto de se gastar dinheiro nos espetáculos.Refiro-me a fazer espetáculos com artistas consagrados para apenas 300 pessoas. Isso tem sentido em locais onde eles actuam dez vezes no ano e não uma vez em dez anos ou mais. Por outro, e essa é questão mais feia, mas típica do poder instituido é o uso do dinheiro público para golpes palacianos.É notório que esta iniciativa visa promover a figura do Ilústre Pompeu Martins em determiento do putativo candidato Antero Barbosa que, últimamente, se vem juntando à facção Eng.º Barreto para obter o apoio da Distrital, e que o Dr. José Ribeiro não deve estar a achar piada nenhuma.A habilidade de gestão da carreira pessoal do Dr. José Ribeiro está ao rubro. Com a promoção do Pompeu Martins, para além de agradar ao camarada Laurentino - que o pode ajudar numa saida para um bom lugar público a nível regional ou nacional - também obstucaliza a estratégia definida em Cabeceiras. É de mestre. Pena é que eu e todos os fafenses, e contribuintes em geral, paguem estas gincanas político-partidárias.

António Daniel disse...

Anónimo das 11.13, a sua leitura é pertinente. Aliás já demos conta aqui dessas várias possibilidades de luta pelo poder, se é que existem. Contudo, compreendo perfeitamente a política cultural relativamente ao cine-teatro. Bem ou mal, Pompeu Miguel está a criar um conceito muito próprio e penso até que é um bom investimento. À medida que as pessoas se vão habituando à ideia, no futuro não se irão coibir de pagar um pouco mais para ver bons espectáculos. Agora, quer queiramos quer não, no passado nada disto tinha acontecido. A procura de bilhetes, o entusiasmo das pessoas e toda a discussão que suscita serve para dinamizar Fafe. Só por isto, já é bom.

Anónimo disse...

O cantor "consagrado" a cantar para 3 centenas de pessoas é um luxo, em tempo de crise. E dizem-se socialistas. Só o fazem à custa do erário público. Que digam quanto custa? E quanto é a receita?

Nabais disse...

Agradar a gregos e a troianos é complicado! Afinal o que se pretende?! Boa programação no cine teatro e, por causa disso, investir mais dinheiro ou manter uma programação com a prata da casa, com menor qualidade e com isso, reduzir custos?!
Já ouvi de tudo aqui no montelongo. Quando era má a programação, o problema é que era má. Agora melhorou e o problema é o dinheiro.
Agora só falta dizer que faz falta mais uma sala porque o espaço é pequeno... haja paciência!!

Anónimo disse...

Caro Nabais. O problema não é mais espaços, mas sim mais espaço para democratizar o acesso. O espaço é perfeito para estes epetáculos - diga-se em termos de ambiente. Fafe tem mais de 60000 habitantes. Será que 500 ou 1000 desses todos não gostariam de assistir? Se é para apenas 300 pessoas, as restantes vão continuar a ter de ir a Lisboa, ao Porto ou a Braga para ver estes espetáculos... O Multiusus serve para qu^^e, para a malta no fim do emprego dar uns pontapés na bola?

Anónimo disse...

Uma pergunta para quem possa saber: Quanto pagou a Câmara Municipal pelo espectáculo (para 300 pessoas) do Tim?

Anónimo disse...

12.000€.A receita foi de 3000€. O prejuizo de 9000€. O que considero que é muito mais bem empregue que os 9.600e que custou o regabofe da viagem à Malafaia. Há quem chame à Malafaia, o "Chão de Lagoa fafense" num paralelismo com as iniciativas do Grande Alberto João. Até porque também o Dr. Zé Ribeiro gosta de usar chapeus de palha.a diferença é que na Madeira é uma festa assumidamente partidária, com bandeiras, bonés e tudo a reluzir a laranja e em Fafe, é tudo às escondidas. Deve ser para que seja o Município a pagar.

Unknown disse...

Eu bem digo: Esta gente política não aprende. Então, faz as coisas para dar prejuízo!!!! E depois queixam-se que o país está mal. Que falta de vergonha!!! Mas há mais espectáculos. No final, vamos ver o valor do prejuízo!!!!

António Daniel disse...

A, o cultura na maior parte das autarquias, dá prejuízo. Mas talvez seja a melhor forma das pessoas se sentirem melhor, não acha? Pode ser que no futuro as pessoas estejam predispostas a pagarem bem e assim já não dará prejuízo. Colocar alcatrão numa estrada dá prejuízo, mas é bom que a autarquia melhor as acessibilidades, assim como a educação dá prejuízo, pelo menos imediato, mas é bom que haja acesso à educação. Quando falamos em Cultura, numa terra pequena como Fafe, o que não dá prejuízo? Só que, possivelmente, não será prejuízo...

Alex disse...

O António Daniel está a ir pelo caminho certo. A cultura não dará lucro à partida.

A questão que eu coloco então é saber se esses alegados 12 mil euros gastos por Fafe (município+munícipes) para cá trazer o Tim não serviriam para algo culturalmente mais produtivo.

Uma oficina de música para adultos ou para crianças (isso não é cultura?) quanto custaria por ano?

O apoio a grupo de teatro amador (isso não é cultura?) quanto custaria por ano?

Levar as pessoas a fazerem visitas guiadas um museu (isso não é cultura?) quanto custaria por ano?


É culturalmente útil, produtivo, enriquecedor, para Fafe, que haja 300 pessoas que numa noite assistiram a um concerto do Tim? Isso vale 12 mil euros de cultura?

Pedro Fernandes disse...

Tim é caro? Certamente que sim. Como é caro, muitas actividades culturais, artísticas e desportivas mas, no fundo, essas actividades são essenciais para a dinâmica de uma cidade. Ajuda a fixar pessoas, ajuda a mudar hábitos enraizados e isso é bom.
Agradava-me ver esta questão a ser debatida neste espaço. Afinal de contas, os hábitos culturais estão a mudar. As pessoas querem assitir a espectáculos. A sala é pequena mas é a melhor. E eu, em muitos lados, também já não fui a alguns concertos/espectáculos por falta de bilhetes. Isso não acontece só em Fafe.

Anónimo disse...

Gostaria de saber a quem se refere o anónimo do terceiro comentário, quando diz.
"e Já agora quantas vezes o responsável do Cine Teatro pagou o seu bilhetinho par assistir ao espectáculo e a mulher e os filhos????"
Se tem coragem e um puco de dignidade diga os nomes ou então cale-se. M.A.

Anónimo disse...

O investimento neste tipo de actividades é sempre um prejuízo quando a receita não a cobre. E é por isso, por se gastar mais do que se pode e deve que o país está como está. Gastar 12,000 com um cantor a solo como o Tim, para 300 pessoas, é um exemplo de desperdício de dinheiro público...Qual o retorno que tal espectáculo trouxe a Fafe? Zero.

Nabais disse...

Sem cultura o país não avança!! E não podemos estar à espera que se façam coisas unicamente a pensar no lucro.
Fafe precisa de não ficar alheado deste tipo de actividades culturais. Para bem de todos nós, dos jovens e de todos os que gostam de cultura

Anónimo disse...

Mas que tipo de cultura vem o Tim ensinar aos fafenses??? É verdade que um país, uma terrinha como Fafe, não avançam sem cultura. Mas não é com "cultura" importada que se faz avançar, e cultura de muito duvidosa qualidade e, ainda por cima, a pagar um balúrdio...

Anónimo disse...

Se der lucro, tanto melhor. Agora, não pode é dar prejuízo! O país não aguenta mais esta gente politiqueira que gasta sem sequer pensar no futuro. Gastar o que é dos outros é fácil...Não se está contra as ideias, mas sim contra estes meios de atingi-los. É indigno para um país que está na banca rota, pagar-se 12,000 euros a Tim!!! (e só para 300 pessoas assistir).

Maria disse...

Quero expressar a minha opinião: Fico mais indignada com os desperdícios de dinheiro em outras coisas do que num espectáculo musical de qualidade.
Tim não veio só dar um concerto mas também reuniu-se e conversou na sala Manoel Oliveira. Isso também é cultura, a troca de experiências, as tertulias e conversas.
Deve-se fomentar e dar valor a estas coisas. Eu cá estou para apoiar estas iniciativas culturais. E neste aspecto, eu não me importo que gastem os meus impostos nisto. Agora se os gastarem em publicações de marketing, parcerias publico privadas, parques da cidade de betão, eu já não fico tão satisfeita. E há uma coisa que não tem preço. Que é o retorno da imagem de Fafe com estes espectáculos na comunicação social ou as palavras dos muitos artistas que tanto falam tão bem do nosso cine teatro. Neste blog já viram as palavras do vocalista dos UHF quando esteve nesta sala?! Isso deixa-me contente porque é algo que nos deve encher de orgulho. Por isso é que não concordo com as palavras dos "anónimos" e do Eugénio Marinho no facebook.

pedromiguelsousa disse...

Tantos comentários... já pensaram que o problema seria resolvido se os bilhetes em vez dos ditos 10 euros passassem a custar 40 euros?
A cultura não tem mesmo que dar prejuízo... se estes espectáculos são destinados a um grupo restrito da sociedade fafense, significa que esses têm mais possibilidades de pagar, por isso, os luxos pagam-se!
Na minha opinião, Fafe vai continuar a perder muito mais do que ganhar, apenas porque não sabe aproveitar o que tem. Se o objectivo é dinamizar a cultura, um pouco de alteração cenográfica colocava o multiusos num espaço harmonioso para este tipo de eventos e levava muitas mais pessoas... mas, como diz um amigo meu, «Há situações que só mudam com gente diferente, não com os mesmos, esses tentam mas pensam sempre da mesma maneira».

Anónimo disse...

O problema também é os 12.000€+12.000€+12000€+12.000€+12.000€ de concertos com prejuízo de 9.000€ (isto é 45.000€) e + 9.600€ x 4 anos para ir à Malafaia ( sub total de despesismos 38.400€). O mesmo é dizer, 83.400€ do Orçamento Camarário gasto em propaganda e lutas palacianas. Ajudaria certamente para uns m2 de relva no pseudo-parque da cidade para nos finais de tarde de verão e fins de semana ir brincar com os meus filhos. Enfim, aparentemente não tem nada a ver. Mas gastar dinheiro, é gastar dinheiro. Dará mara construir menos um sintético e pôr os tais m2 de relva...lol

Rui Freitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Freitas disse...

Eugénio Marinho faz muito bem, em por a nu a podridão do sistema instalado… Crítico também, a forma como foi efectuada (facebook), não me parece uma forma muito limpa de acusar ninguém. Faz lembrar aqueles miúdos, que atiram a pedra e escondem a mão.
Crítico ainda, aqueles frequentes e “ilustres” visitantes/comentadores deste blog, useiros e abuseiros em fundamentados comentários, sobre tudo e mais alguma coisa. Mas que agora, se encolhem perante, tão grave acusação… Alguém os viu???

Anónimo disse...

Boa Tarde.

Em Fafe temos um problema grave de gestão, têm se agravado ao longo dos anos.

Fui dos que sempre disse que Fafe tinha uma má programação do Cine Teatro (nunca la fui sequer), já fiz quilometros para ver concertos de norte a sul de Portugal, sou um consumidor de música.

Quando digo Fafe precisa de mudar a programação nao digo endividar para trazer os Xutos de Pontapés digo isto que a programação altere mas com os pés assentes na terra.

Alguem inteligente sabe que nao pode trazer músicos que o seu orçamento ultrapasse os 3000 euros com o preço de 10 € no máximo.

Disse já por várias vezes e volto a dar exemplos o tipo de músicos que pode actuar em Fafe são jovens músicos ainda não muito conhecidos.

Samuel Uria
Ana Free ( aquela miuda do Youtube)

Fafe tem que escolher as melhores pessoas para cada cargo não as que votam partido A B C.

E claro pessoas responsáveis que utilizem da melhor forma os dinheiros públicos..

Anónimo disse...

Há um programador cultural em cada um de nós...
Felizmente neste espaço temos hipótese de dar o contributo e a nossa opinião. E achamos que a nossa opinião e a nossa ideia é sempre melhor que outra... A pluralidade de opiniões é salutar mas mais salutar ainda é a humildade e a racionalidade de todos! Os exemplos, infelizmente, são maus a começar por aqueles que têm mais responsabilidades! Em vez de andarmos a publicitar o que de bom se faz neste concelho (na minha opinião, a oferta cultural está boa comparativamente a cidades da nossa dimensão), estamos a por tudo em causa.
Andamos a lutar tanto tempo pela abertura do cine teatro para isto? É uma pena que a política se meta em tudo!

Ricardo M. Fernandes disse...

Caro Anónimo que me antecede. A decisão política de recuperar o Teatro-Cinema de Fafe terá sido a única coisa racional que esta governação municipal de mais de trinta anos teve. Não há dúvida que é preciso criar referências culturais, designadamente, arquitectónicas. Fafe viveU vinte anos a vender poeira do rallie e agora vendemos um dia de programa da manhã na volta a Portugal. Fafe sempre foi uma terra dada a existir para o mundo durante um ou dois dias, Com a programação do TC passa-se o mesmo. 6 espetáculos. 300 pessoas a assistir. E depois, como acontece com o rallie, a volta a portufal em bicicleta e esta programação, vai tudo embora, e como os velhos no Natal, ficamos sozinhos, até ao proximo Natal. A isso se chama interioridade. Estamos cada vez mais longe de tudo. Apenas conseguimos chegar mais rápido e confortávelmente ao Porto, Guimarães e Braga. Mas isso significa sair mais depressa. O primeiro passo para a desertificação ou para o estatuto de "periferia", "dormitório", que é que cada vez mais somos.

M.G. disse...

O cine teatro não se limita a estes espectáculos "intimistas". Há muito mais para além disto e já encheu e esteve lá perto algumas vezes. Outras, esteve vazio com espectaculos que encheram noutras salas do país. Que me lembre não ouvi antes tanto burburinho á volta dos bilhetes e dos espectáculos. A programação do mês de Março é boa! Acham assim tudo tão mau que não vale a pena ir lá uma vez desde que abriu?!...
Sabem o que eu acho?
Se isto se passasse aqui ao lado em Guimarães no vila flor ou em Braga no teatro circo (ambos municipais como o nosso) não faltariam vozes a dizer aqui que Fafe deveria seguir esses exemplos... Como é em Fafe só se ouvem críticas negativas! É preciso vir gente de fora dar valor ao que temos porque os da casa não dão valor a nada.
aliás, eu duvido muito que a programação fosse assim tão diferente com outros programadores e politicos. Saudações a todos. M.G.

Anónimo disse...

No Lov Concert,em que os artistas em palco foram os Professores da Academia.
No final, durante a saida um casal ao meu lado visivelmente satisfeito fez o seguinte comentario.
Em Guimarães, não temos nada disto.