29 junho 2010

Cine Teatro JULHO

EM DESTAQUE: " Mamma Mia" - Produção da Academia de Música José Atalaya, com Encenação de Carla Lopes e Direcção Musical de Ernesto Coelho.
Dias 2 (21:30h), 3 (16:30h / 21:30h) e 4 (21:30h). Preço: 5 Eur
Toda a programação em http://teatrocinefafe.blogspot.com

26 junho 2010

Pelos Lugares da Alma


"Iniciado o ano lectivo e formado o grupo de Área de Projecto, surgiu a necessidade de seleccionar um tema e desenvolver um projecto. Logo pensámos em realizar um produto final relacionado com o tratamento de vídeo. O tema surgiu por caso, após a turma ter escolhido a temática “Sociedade”. Dado o interesse e mistério que envolve as “Crenças” do Homem, decidimos então explorar não só a sua vertente religiosa, como a sua faceta mais ligada às lendas, aos mitos, aos remédios caseiros...No fundo, ligada à crendice popular.
Desde então, temos recolhido bastante informação e descoberto factos pitorescos. Procedemos à entrevista de algumas pessoas locais, que nos falaram dos mais variados temas – lenda da Justiça de Fafe, da Bicha das Sete Cabeças, do Penedo das Pegadinhas, da Senhora de Antime, do Penedo da Retortinha, do Santo Entrudo e do Monte ou Alto das Freiras. Gravámos ainda uma curta-metragem sobre o Livro S. Cipriano.
Após um primeiro período conturbado – estava a tornar-se difícil chegar aos contactos desejados -, o projecto começou a desenvolver-se. Englobou bastante trabalho, empenho e dedicação. Foram horas e dias perdidos, mas por uma boa causa".

Documentário elaborado para a disciplina Área de Projecto por Sofia Rodrigues, Rita Marinho, Cidália Cunha, Joana Gonçalves e Patrícia Silva do 12º Ano, Turma M, da Escola Secundária de Fafe.

Colocamos à disposição de todos os fafenses os links para a sua visualização.

Pelos Lugares da Alma parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=99mHQzW3Yq8
Pelos Lugares da Alma parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=RYw_AQQyWIs
Pelos Lugares da Alma parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=3Cda4KRqsCc
Pelos Lugares da Alma parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=NdqSuhPMYi8
Pelos Lugares da Alma parte 5: http://www.youtube.com/watch?v=K1Bxl21nBAs
Pelos Lugares da Alma parte 6: http://www.youtube.com/watch?v=IhCbt0-Pq5E

22 junho 2010

Fafe Atecnológico


Antes de mais, cabe-me agradecer o convite para colaboração neste blog, no qual tem sido desenvolvido um trabalho político-social bastante interessante no panorama local.
Recebi com agrado o convite e decidi aceitá-lo, uma vez que, embora existam opiniões bastante discrepantes das minhas neste Blog, considero que é mesmo daí que a sua riqueza advém.
Aviso os desatentos que uma das condições fulcrais para esta colaboração prende-se com o facto de achá-lo um espaço de discussão não só enriquecedor e construtivo, mas também e, acima de tudo, apolítico.
À frente….
Há dias na vulgar caixa de correio que detenho no meu jardim, deparo-me com uma carta dirigida a mim, tendo como remetente Município de Fafe. Sendo que tinha sido brindado com uma multa de “parquímetro” numa rua, onde entendo que a promoção da rotatividade do estacionamento não é, de todo, uma realidade (e questiono mesmo se será uma prioridade!, mas isso são contas de outro rosário). Recorri então da tal contra-ordenação e daí ter recebido a tal carta na minha caixa.
Dizia tal texto algo parecido com “deve dirigir-se ao Departamento Administrativo Municipal para conhecer a resposta do seu recurso”. Esta parte empertigou-me. Então, se o Município me envia – à partida -uma carta, não poderia trazer logo a resposta, evitando que me dirigisse aos tais serviços? Concluo que, ou por falta de fazer deste Departamento, ou simplesmente por um retrógrado modo de funcionamento, qualquer cidadão tem que ir ao edifício da autarquia receber uma carta, ordenado por uma carta (sim é redundante) que recebeu de antemão. Não deixa de ter graça a situação, tal é o ridículo em que se cai. Num país cuja produtividade é baixa, precisávamos mesmo de um sistema afim para que possamos livremente perder uma tarde de salário para ir a um serviço público levantar uma carta (que até o selo já estaria, hipoteticamente, pago). O único entendimento lógico que daqui retiro é o de se querer – verdadeiramente - penalizar o infractor, que além de uma multa para pagar tem que perder tempo do seu trabalho. E para um distraído munícipe que se esqueça da carteira, o tempo perdido é superior, dado que o pagamento via multibanco (tal como muitos dos pagamentos ao estado) em Fafe está ainda longe de ser uma realidade.
Um sistema que precisa, claramente, de ser repensado e remodelado. Simplex por cá é ainda uma miragem…
Já que me aproximei das tecnologias no ponto cimeiro, aproveito para expressar publicamente o meu extremo desagrado para com uma situação inadmissível que se verifica na Biblioteca Municipal de Fafe. Passa-se que em pleno ano de 2010, existe uma biblioteca que não dispõe de um serviço de internet sem fios para todos os seus utilizadores. É mais um dos casos em que Fafe se afasta a olhos vistos da evolução e da proximidade da civilitude.
Nos dias de hoje, considero uma total falta de censo existirem enormes investimentos públicos sem que preconizem a existência de coisas que são tão básicas.
Não se justifica que o Teatro-Cinema, o Posto de Turismo, a Biblioteca Municipal, a Casa Municipal de Cultura ou até a própria Câmara Municipal não disponham de Internet (de livre utilização para os cidadãos) e meios de utilização online, como pagamentos, requisições de livros, compra de bilhetes, entre outros.
Fafe ainda não vive no século XXI….

João Coimbra

17 junho 2010

Como se Faz Política no Nosso Concelho


A reunião da Assembleia Municipal do passado dia 30 de Abril tinha uma ordem de trabalhos inexplicavelmente longa, ao que acrescia a importância de algumas das questões agendadas, para as quais seria, necessariamente, indispensável tempo acrescido para debate.
Com 23 pontos inscritos, previa-se, na mesma reunião, entre outros assuntos, discutir a proposta de Prestação de Contas referentes ao ano de 2009, debater a 1ª Revisão ao Orçamento e Plano Plurianual de Investimento de 2010/2013 e analisar um conjunto de 16 Regulamentos Municipais: Publicidade e Propaganda; Estacionamento; Táxis; Urbanização e Edificação; Taxas e outras receitas; etc.
Aliás, só a discussão do 16 Regulamentos Municipais, mereceria a marcação de uma reunião específica para o efeito, facilmente justificada pela abrangência dos temas e pela importância das posições e decisões que nos é devido assumir. São documentos que interferem directamente com a vida dos nossos concidadãos, devendo merecer total atenção e disponibilidade para o debate.
Com um período “Antes da Ordem do Dia” anormalmente longo, entrou-se na Ordem do Dia, faltando discutir os 23 pontos agendados, quando restavam apenas 45 minutos de sessão.
Tendo a mesa constatado que era manifestamente impossível cumprir com a totalidade da Ordem de Trabalhos, colocou a votação, sendo aprovado por unanimidade, a exclusão, da Ordem de Trabalhos, de 15 dos 16 pontos referentes aos Regulamentos Municipais, mantendo-se, a pedido do Executivo, o Regulamento de Taxas.
Esta acção foi concertada entre todos os parlamentares presentes, acordando-se a aprovação, condicionada à marcação obrigatória de uma reunião extraordinária para discussão de todos os 16 Regulamentos Municipais, no decurso do mês de Maio de 2010.
Foi igualmente acordado pelos representantes de todas as forças com assento na Assembleia Municipal, que os líderes das bancadas parlamentares se reuniriam num prazo máximo de 15 dias para discutir as diferentes propostas referentes aos Regulamentos, procurando encontrar (à semelhança do efectuado para o Regimento da Assembleia Municipal) um texto consensual que permita a sua aprovação unânime.
Decidiu o Sr. Presidente da Assembleia Municipal que competiria ao líder parlamentar do PS agendar a dita reunião. Esta, após um adiamento pontual, esteve marcada para o dia 24 de Maio (já fora do prazo acordado) não se tendo, no entanto, realizado por falta de comparência dos membros do PS e PSD. Desde então não foi efectuado qualquer outro agendamento.
Mais grave ainda, não foi respeitado o acordo unanimemente estabelecido em plenário da Assembleia Municipal, não tendo sido marcada a Reunião Extraordinária acordada.
Entretanto, o Município enviou para publicação (tendo sido já publicado) o Regulamento de Taxas aprovado à condição (Regulamento nº 512/2010, de 7 de Junho).
Resumindo, entra em vigor um Regulamento de Taxas e outras receitas que, no seu articulado, prevê valores e estabelece critérios para 15 regulamentos que não se encontram discutidos ou aprovados, e o único Regulamento aprovado, só o foi a pedido do Executivo e sustentado em imperativos legais, tendo, no entanto, os principais representantes Socialistas na Assembleia Municipal (Presidente da Mesa da Assembleia e Líder Parlamentar) assumido o compromisso de o discutir num prazo máximo de 30 dias.
Será possível pior exemplo para o funcionamento do órgão mais representativo do poder local ?!!!
A população que nos elegeu merece consideração e deve estar segura de estarmos a trabalhar em seu proveito.
Haja respeito!

Miguel Summavielle

13 junho 2010

Baltasar Rebelo de Sousa: Cidadão Honorário do Concelho de Fafe


A relação intrínseca de Baltasar Leite Rebelo de Sousa (1921-2002) com o concelho de Fafe tem a sua génese no vínculo materno. A mãe, que enviuvou muito nova, Joaquina Leite da Silva, natural de Celorico de Basto, uniu-se em segundas núpcias com o comerciante fafense, Joaquim Terroso, após o falecimento do pai de Baltasar, António Joaquim Rebelo de Sousa, emigrante “brasileiro de torna-viagem” natural de Cabeceiras de Basto.
Tinha então Baltasar seis anos, sendo que da união da mãe com Joaquim Terroso nasceu uma ligação afectiva que se alentou nas férias de meninice passadas em Fafe, e se robusteceu em laços de amizade e vínculos sociais, como manteve com o comerciante Sousa Alves da “Loja Nova” onde era visita assídua da família.
A afinidade de Baltazar Rebelo de Sousa revelou-se nas inúmeras visitas oficiais e particulares a Fafe, coincidentes com alguns dos cargos políticos que exerceu durante o Estado Novo. Dessa proximidade beneficiaram instituições locais, como os Bombeiros Voluntários de Fafe, a Associação Desportiva de Fafe, e o Município através de algumas obras públicas e subsídios, também possíveis, devido à amizade com elementos do poder político local, por exemplo, os presidentes de Câmara, Manuel Cardoso, e José Barros e Vasconcelos que considerava Baltazar Rebelo de Sousa «o protector e impulsionador deste Concelho, contribuindo com o seu prestigio e a sua influencia, como ninguém o fizera anteriormente para o progresso desta Sala de Visitas do Minho» («A Boa Gente de Fafe recebeu em apoteose o titular da Pasta das Corporações e Saúde», Povo de Fafe, n.º 827, 1971-06-19,p.4).
Baltasar Rebelo de Sousa está associado à história sociopolítica contemporânea local, como sustenta, por exemplo, o seu papel impulsionador na construção da Escola Técnica, tendo então a Câmara Municipal de Fafe galardoado o governante «com medalhas de ouro, mérito, e gratidão» («A Inauguração da Escola Técnica», O Desforço, n.º 3382,1959-12-03,p.2).
Nesta esteira, o Município de Fafe no ocaso do Estado Novo, durante a presidência de António Marques Mendes, deliberou por unanimidade, em reunião extraordinária de 8 de Março de 1974, conferir o galardão de “Cidadão Honorário do concelho” a Baltasar Rebelo de Sousa, então Ministro do Ultramar, «como testemunho de gratidão e preito de homenagem pelos relevantes serviços que (…) há muito vem a prestar ao concelho» («O Dr. Rebelo de Sousa “Cidadão Honorário” do concelho», Povo de Fafe, n.º 970, 1974-03-16,p.1).
A entrega do diploma, marcada para o dia 30 de Março de 1974 em sessão solene nos paços do concelho, não se chegou a concretizar tendo sido adiada à última hora “por motivos imperiosos de serviço”. A entrega do diploma, nunca chegaria a realizar-se, dado que pouco tempo depois estalaria a Revolução de Abril.
Contudo, a amizade e ligação de Baltazar Rebelo de Sousa perdurou ao longo dos tempos, sendo que após o exílio e eleito para a presidência do Elos Clube Internacional (1992-1993) estreitou os laços da cultura luso-brasileira, regressando na década de 90 ao concelho de Fafe em visita ao “Elos Clube”. Com a sua acção e memória a ser ainda actualmente assinalada, como aconteceu durante as recentes comemorações do 50.º aniversário da Escola Industrial e Comercial de Fafe, em que esteve presente o seu filho Marcelo Rebelo de Sousa, que relembrou os vínculos sociopolíticos do seu progenitor ao concelho de Fafe.

Daniel Bastos
bastos_1980@hotmail.com

08 junho 2010

Juventude - 100 Ideias para Participar

A iniciativa da Câmara Municipal de Fafe JUVENTUDE 2010 – 100 ANOS – 100 IDEIAS PARA PARTICIPAR insere-se no espírito das comemorações do centenário da implantação da República em Portugal, realçando a necessidade de auscultação dos anseios dos jovens no âmbito de uma planificação participada de políticas municipais de juventude, contribuindo assim para um efectivo progresso da qualidade da nossa Democracia, que deverá contar cada vez com mais contributos, reflectindo assim a disponibilidade dos seus cidadãos para construir em conjunto um conceito e uma prática de cidadania consensualizada entre todos.
Esta auscultação pública pretende consubstanciar o diálogo estruturado, dando aos jovens a oportunidade de demonstrarem às outras gerações a sua linguagem e o modo como pretendem participar no sistema democrático.
Principais objectivos:
1.Conhecer os anseios dos jovens e as suas prioridades no âmbito da actuação política nos mais diversos sectores de actuação municipal;
2.Promover contactos e a partilha de ideias com os decisores políticos;
3.Proporcionar ao município um documento de orientação política onde estejam vertidos os principais anseios das gerações mais novas para as suas comunidades.
Os núcleos temáticos serão os seguintes:
Cultura; Desporto; Juventude; Educação; Ambiente e Urbanismo; Turismo; Diversidade Cultural e Igualdade de Oportunidades; Emancipação Jovem; Saúde; Cooperação Internacional.
Realizar-se-ão 3 sessões: 19 e 26 de Junho e 11 de Setembro.
No final de cada sessão deverá sair um documento contendo 100 ideias (10 por cada painel). Os documentos de cada uma das sessões serão discutidos na sessão final, de modo a obter-se um documento onde constem as ideias resultantes da participação de todos os jovens. Esse documento final será publicado e distribuído na sessão solene no dia 5 de Outubro e apresentado durante o mês de Outubro no âmbito da Semana Europeia da Democracia Local.
Os jovens interessados deverão enviar a sua ficha de inscrição para o endereço de correio electrónico: juventude@cm-fafe.pt.
Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ou entregar pessoalmente na Casa Municipal de Cultura.
Mais informações em http://www.100anos100ideias.blogspot.com

05 junho 2010

Não ao Peão


Muitas terras conheço por este país fora e, por isso, sou a favor de um novo slogan para a nossa cidade. É uma característica muito nossa, as suas raízes poderão ser encontradas em qualquer cabeça pensadora, já para não falar em quem ensina… o código. É verdade, nas nossas estradas existem uns traços, ditas passadeiras, que servem para embelezar. São pinturas que em nada dignificam a civilidade. Eu, como motorista, fico aborrecido quando alguém, vulgo peão, se apresenta nessas riscas de forma pretensiosa. Muitas vezes tenho de contornar o meu falo, digo, carro para não ser tocado por esse peão. Outras vezes, em virtude da falta de educação dos frequentadores pedonais da nossa cidade (dever-se-iam criar restrições sérias ao uso dos pés para a locomoção citadina) tenho que exercer a minha capacidade facial de amedrontar: cerro os olhos e boca, desvio o olhar, levanto o queixo. Digo-vos, não há peão que se atravesse.
Quais as razões para esta nossa genética?

António Daniel

01 junho 2010

O "acordo" AD Fafe/Vitória SC

Guimarães e Fafe estão mais do que nunca de candeias às avessas, pelo menos entre dirigentes. Os dois clubes até estiveram próximos de assinar um protocolo de cooperação, mas algo falhou durante as negociações e as posições estremaram-se a partir do momento em que Albino Salgado, o líder do Fafe, saiu a terreiro para dizer que o seu clube não estava disponível para ser "barriga de aluguer" e que o Guimarães teria apresentado "um projecto que não tinha nada a ver com o que tinha sido falado inicialmente entre as duas partes". Em comunicado colocado no sítio oficial do Guimarães na internet, a Direcção presidida por Emílio Macedo lamentou que Albino Salgado "tenha faltado à verdade" e explicou que a ideia do protocolo partiu, "há cerca de um ano", do próprio dirigente. O Fafe estaria então disponível para "receber uma equipa técnica e jogadores do Guimarães" para a sua equipa profissional e, nesse sentido, o Vitória terá elaborado um "projecto de acordo de patrocínio, em concordância com as regras do Regulamento de Provas Oficiais da FPF". Porém, após a subida de divisão do Fafe Albino Salgado fez "uma contraproposta ao protocolo elaborado que esvaziava todo o seu sentido".
in http://www.ojogo.pt/, 01/06/2010

O COMUNICADO DO VITÓRIA SPORT CLUBE
Nos jornais desportivos de sábado, 20 de Abril de 2010, foram publicadas declarações do Sr. Albino Salgado, presidente da Associação Desportiva de Fafe, relativas ao Acordo de Patrocínio que estava previsto celebrar com o Vitória Sport Clube, que nao correspondem à verdade. Neste sentido, a Direcção do Vitória Sport Clube decidiu emitir o seguinte comunicado:
1- O Vitória Sport Clube lamenta que o Sr. Albino Salgado, presidente da Associação Desportiva de Fafe, tenha faltado à verdade sobre as reais pretensões que sempre comunicou à Direcção do Vitória Sport Clube;
2- Foi o Sr. Albino Salgado que, há cerca de um ano, procurou o Vitória Sport Clube para celebrar um protocolo, através do qual se mostrava disponível para receber uma equipa técnica e jogadores do Vitória para a equipa de futebol profissional do Fafe, ou seja, aquilo que o Regulamento de Provas Oficiais da Federação Portuguesa de Futebol designa por acordo de patrocínio ou clube satélite;
3- Desde então, o Vitória assumiu com esse senhor o compromisso que, caso avançasse para um acordo de patrocínio com algum clube, daria preferência ao Fafe;
4- O Vitória elaborou um projecto de acordo de patrocínio, em concordância com as regras estabelecidas no Regulamento de Provas Oficiais da Federação Portuguesa de Futebol e de seguida apresentou-o ao Sr. Albino Salgado que, aceitando os termos gerais do mesmo, fez algumas sugestões de alteração que foram aceites pelo Vitória;
5- O Sr. Albino Salgado, que representou sempre sozinho o Fafe nas reuniões realizadas, esclarecendo que era ele enquanto presidente que decidia, fez ainda o pedido de o protocolo só ser assinado após o final do campeonato ou a partir do momento em que o seu clube garantisse a subida de divisão;
6- No entanto, após ter garantido a subida de divisão, o Sr. Albino Salgado fez uma contra-proposta ao protocolo elaborado, que esvaziava todo o sentido do acordo de patrocínio já aceite;
7- Com esse comportamento, o Sr. Albino Salgado demonstrou não estar à altura de celebrar um acordo que exige como princípios básicos a boa fé, a responsabilidade pela palavra dada e a confiança entre todos os envolvidos;
8- Face ao comportamento adoptado pelo Sr. Albino Salgado, o Vitória Sport Clube decidiu não celebrar qualquer tipo de acordo com a Associação Desportiva de Fafe, devido à falta de confiança na postura e na palavra do seu principal dirigente.
in http://www.vitoriasc.pt/, 31/05/2010

COM FAFE, NINGUÉM FANFE
O presidente da Associação Desportiva de Fafe rejeitou à última da hora ser “barriga de aluguer” do Vitória de Guimarães. Apesar da ira perfeitamente compreensível do presidente Emílio Macedo da Silva — porque o acordo beneficiava, pela tabela grande, os interesses do Vitória — Albino Salgado ainda foi a tempo de evitar males maiores... para o Fafe, que está de regresso à II Divisão Nacional e a olhar ambicioso para o futuro.
Em duas pinceladas, o Fafe iria perder toda a sua identidade, histórica, numa simples assinatura. Caso o acordo fosse avante, estaria não só a desvalorizar os seus activos, vender a alma, como a ‘assassinar’ o seu próprio projec to de Formação, já que a equipa passaria a ser dominada por jogadores dos quadros do Vitória, e chefiada pelos treinadores escolhidos pelo Vitória.
Por outro lado, segundo os estatutos da FPF, o ‘patrocinador’, entre outras, tem também a vantagem da possibilidade dos jogadores utilizados no clube satélite poderem, em qualquer altura, ser chamados para jogar na equipa principal do ‘clube mãe’. Onde estavam aqui defendidos os interesses do Fafe? E a famosa mística fafense, onde é que encaixava neste acordo?
Doa a quem doer, o Fafe não quis ser clube satélite do Vitória.
Afinal, a tradição em Fafe ainda é o que era! Com Fafe ninguém “fanfa”.
in http://www.correiodominho.com 02/06/2010 por Miguel Machado