31 março 2014

25 março 2014

Centro Educativo Montelongo

http://e.montelongo.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=384&Itemid=204

Aqui surgiu a notícia da construção de um centro educativo. Os políticos gostam disto, como é óbvio, muito mais gostam de escavar, atividade em que se tornaram mestres. Também considero normal! O povo gosta destes momentos. O que não acho normal é que se aceitem passivamente ideias sem que haja a discussão obrigatória. Os centros educativos são muito questionáveis. O principal argumento apresentado sugere uma maior socialização e uma melhor qualidade de ensino. Sinceramente, não encontro qualquer relação entre os centros educativos e a melhoria da educação. Uma escola do primeiro ciclo com mais de 200 alunos não é uma boa escola. Raul Cunha afirmou o que todos os presidentes da Câmara afirmam, mas não sabem o que dizem. Tenho um filho numa escola que, na altura em que David Justino era ministro da educação, foi considerada escola piloto. Alberga cerca de 700 ou mais alunos. Posso considerar que o meu filho teve e tem um percurso escolar melhor por frequentar esta escola? Obviamente que não! a socialização foi mais efetiva? Se por socialização considerarmos confusão no recreio, então, sem dúvida adquiriu novos papéis sociais. Gosto que me falem verdade! se a escola for construída para diminuir os custos, em parte será compreensível. De resto, dizer que a educação melhorará - como reflete a afirmação de que a escola se tornará de melhor qualidade - é uma falácia politiqueira (desculpem a redundância)!

António Daniel

24 março 2014

Desafio Empreendedor

O Desafio Empreendedor do IN.AVE – rede de Empreendedorismo do Ave foi lançado e encontra-se aberto a recepção de inscrições até 30 de março.
Este desafio destina-se a apoiar pessoas que pretendem desenvolver e implementar ideias de negócio em qualquer dos municípios do Ave, podendo para o efeito contar com o apoio especializado que a Rede disponibiliza.
No âmbito deste desafio serão promovidos oficinas de geração de ideias em cada um dos municípios, bem como um programa de imersão empreendedora, facilitando aos participantes a concretização dos seus projectos empresariais.

Inscrições em www.inave.pt

21 março 2014

Conhece a História dos Troços de Fafe?



Faltam nove dias para a 3ª edição do WRC Fafe Rali Sprint, um evento que resultou da paixão grande ligação dos adeptos a Fafe, e às suas fabulosas estradas para fazer ralis. O que ali se viveu no passado deixou uma marca fortíssima e quando em 2001 se ficou a saber que a caravana do Mundial de Ralis deixaria de visitar tão emblemático espaço, ficou um vazio que há dois anos alguém, em boa hora, se lembrou de colmatar. À falta das especiais do Mundial de Ralis, o WRC Fafe Rali Sprint tem mostrado ao mundo a grande paixão dos adeptos nortenhos pelos ralis, ao ponto de Michéle Mouton, Manager do WRC, já ter dito que os adeptos lusos “têm pura paixão pelos ralis”.

Quem não se lembra das enormes moles humanas que sempre coloriram as encostas do Confurco ou o Cabeço da Pedra Sentada! Mas como em tudo na vida, esta brilhante história teve um começo e um dos seus grandes impulsionadores, quiçá o maior, é Parcídio Summavielle, ex-Presidente da Câmara de Fafe, o ano passado nomeado cidadão honorário da Cidade. Foi ele, que com o seu entusiasmo e abnegação desbravou muitos dos caminhos que agora são revisitados pela nata do WRC, e por isso aqui fica a história na primeira pessoa:

“Já era tradicional o Rali de Portugal passar por Fafe, com o troço de Lagoa e como eu sem fui adepto automobilismo em geral e ralis em particular, ficava impressionado com a mole humana que se deslocava aos troços. Quando fui para a Câmara, pensei logo na possibilidade de aumentar o número de troços que havia, para o rali. A oportunidade surge pelo facto de nessa altura muitas das aldeias de Fafe não terem acessos, pois nem o médico conseguia ir de carro a muitos povoados, que só tinham caminhos de pé posto. Portanto uma das minhas primeiras tarefas foi abrir estradas para todos os povoados serranos, especialmente os que tinham mais dificuldades de acesso” começou por nos contar Parcídio Summavielle, que explicou como tudo nasceu:

“Em determinada altura, pude contar com umas máquinas potentes do Ministério da Agricultura, fruto das nacionalizações do 25 de abril de 1974. Por sorte, um engenheiro, o José Oliveira, era casado com uma prima minha, então propus-lhe pagar a um operador de máquinas, o gasóleo e peças e ele emprestava-mas. E foi assim que tudo começou. Recordo-me que o operador era alentejano, e apesar de estar habituado a desbravar tudo a direito no Alentejo, pois só havia sobreiros, aqui em Fafe, o terreno era irregular, muros, regos. Mas com ele ia tudo à frente. Foi assim que fomos começando a abrir caminhos pelas serras, que anos mais tarde, alguns, dariam origem aos conhecidos troços de Fafe, dos quais sinto grande orgulho. Aquelas imagens do salto marcaram uma época dos ralis. E foi assim, singelamente que se construiu uma Catedral.”, contou Parcídio Summavielle, que acrescentou também alguns detalhes deliciosos:

“Mais tarde cheguei à fala com César Torres e propus-lhe construir troços bons e motivadores, e em contrapartida ele comprometia-se a fazer crescer o rali em Fafe. Tínhamos mais argumentos, para além das boas estradas, pois para lá da rádio do ACP e da GNR, se a cobertura falhasse, nos tínhamos ainda um grande número de colaboradores que espalhávamos à volta dos troços, que tinham sempre visionamento uns para os outros, e isso também foi preponderante pois as questões segurança eram vitais. Logicamente, as populações queriam cada vez mais asfalto, e por isso houve que reinventar. Curiosamente, enquanto o terreno era desbravado já a pensar em troços para ralis, pensava-se sempre na criação duma boa classificativa, pois havia zonas onde podíamos fazer uma reta e ao invés disso, desenhávamos curvas. Há mais exemplos, como o troço de Luilhas, que nasce da necessidade de desbravar caminhos para fazer face aos fogos florestais e nesse caso, para além das eólicas, essa estrada só serve para ralis, porque foi desenhada mesmo pelo cimo do monte. Muitas delas ainda hoje se mantêm essencialmente para combate aos incêndios.”, disse Parcídio Summavielle, um dos principais obreiros dos fantásticos troços de Fafe.

“Fuja meu Senhor, que isto é coisa doutro mundo”

No seu trabalho a desbravar caminhos nas Serras de Fafe, que servissem os povoados, Parcídio Summavielle viveu um dia uma situação que ainda hoje recorda com satisfação, e que prova a validade do trabalho que encetou a abrir caminhos para servir as povoações: “Um dia estávamos a abrir um caminho para Santa Cruz, perto de Queimadela, numa zona em que os caixões se traziam às costas. Eram locais difíceis, caminhos de pé posto, muito recônditos, mas a máquina do alentejano levava tudo à frente. Nesse dia chovia, e a máquina trabalhava sob as ordens de um engenheiro com uma grande capacidade de visionar boas estradas. Não havia projectos, era a olho nú, ia-se por onde se achava melhor e a estrada nascia. Chovia, e já perto duma pequena povoação , abriguei-me junto a um celeiro, debaixo dumas telhas, onde estava uma Srª, muito velhota, de lenço negro na cabeça. O chão começou a tremer com o avanço da máquina, e diz-me ela assim assustada: Fuja meu Senhor, que isto é coisa doutro mundo. Nunca mais me esqueci…”, referiu Parcídio Summavielle.

Ler mais: http://autosport.pt/conhece-a-historia-dos-trocos-de-fafe=f119572#ixzz2wcxXaFwO

19 março 2014

Pai Minhoto

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http://bloguedominho.blogs.sapo.pt/587165.html

Os pais nunca são iguais. Os pais do Minho, muito menos. O pai minhoto é um pai mimoso, mas também espinhoso. O pai minhoto é um pai alheio, mas também um pai que espreita. O pai minhoto não sabe ser pai, mas é melhor do que os pais de outras paragens. É certo, já não existem pais minhotos, muito menos de Fafe. Ser pai, hoje, não tem enquadramento geográfico, mas já teve.
Figura patriarcal, gostava desse modo de ser, refugiado do que aos assuntos maternais dizia respeito, alheava-se na rigidez da figura, cultivava os exemplos. Dizia muito pouco, mas comunicava muito. A honradez ocupava lugar de destaque assim como as públicas virtudes porque defeitos privados eram isso mesmo, privados. Também não são para aqui chamados.
Virtuoso, mas curvado, emotivo, mas pensador, o pai minhoto em geral e o pai de Fafe em particular, tinha um poder simbólico, mais do que efectivo. Ou melhor, todo ele é simbólico. A cabeceira da mesa de jantar fora por ele ocupada para marcar o busto assim como o lugar da presença que tudo abraçava até ao dia que começava a ser memória. Aí, sentimos a sua grandiosa e insuportável ausência.

António Daniel

18 março 2014

5ª Jornadas Literárias de Fafe


Este ano, as Jornadas Literárias decorrem essencialmente em ambiente literário, tendo decidido a organização realizar em separado, por opção política, o habitual evento “Fafe dos Brasileiros”, em moldes e data a anunciar brevemente. A iniciativa vai ser desenvolvida, vai crescer, porque tem potencialidades para isso, segundo revelou o Presidente da Câmara na conferência de imprensa
O ponto alto das Jornadas é a presença dos escritores Júlio Magalhães, Rita Ferro e Nuno Camarneiro que, pela primeira vez, se deslocam a Fafe.
Raul Cunha deixou claro que “nunca foi nossa intenção deixar cair as Jornadas Literárias. Vamos realizar as quintas, as sextas, as sétimas e aí por diante!...”.
Louvou o envolvimento das escolas e da comunidade e considerou tratar-se de um momento de descentralização da cultura literária, num ambiente de multidisciplinaridade. “É um momento interessante de colaboração à volta da literatura, por parte da autarquia e das escolas, sendo esse factor, essa ligação á comunidade, o que torna diferentes as Jornadas” – referiu ainda o Presidente da Câmara, que se encontrava acompanhado pelo vereador da Cultura, Pompeu Martins, que apresentou as linhas gerais do programa do “novo modelo das Jornadas, mais voltadas para o plano literário”, bem como por representantes dos agrupamentos e escolas que fazem parte da estrutura organizativa.
No espaço de uma semana, estão previstas cerca de 80 actividades culturais promovidas, quer pelo município, quer pelos vários agrupamentos e escolas aderentes. Concretamente, meia centena de eventos, na área da literatura, incluindo a apresentação da colectânea poética “Cintilações da Sombra 2” (dia 17), e das obras literárias “A Viagem”, de José Maria Ramada (dia 18) e “As roupas também falam – na viagem do tempo”, de Benedita Stingl (dia 19), bem como leituras orientadas, encontro com escritores para o público escolar (Rosa Duarte, André Neves, Rui Sousa Bastos e Júlio Borges), concursos de escrita criativa, realização dos Encontros Literários de Fafe (Escola Secundária), conversa com os escritores fafenses, dramatização de obras literárias, maratona da leitura, homenagem à obra de Mia Couto e diversas acções no âmbito do Dia Mundial da Poesia.
As Jornadas integram ainda perto de uma dezena de acções na área do teatro e do cinema para o público escolar (“O Auto da Barca do Inferno”, pela Filandorra e “Macbeth”, pelo Avalon Theatre), bem como exposições sobre temáticas literárias e dezena e meia de actividades diversas, que culminam com um espectáculo a levar a efeito na noite de 21 de Março, no Teatro-Cinema de Fafe, evocando o Dia Mundial da Poesia.
Durante a semana de realização das Jornadas, estará disponível na Biblioteca Municipal uma feira do livro em saldo.
É objectivo desta festa da cultura e da literatura incentivar o gosto pela leitura entre a população em geral, mas sobretudo junto dos mais jovens, que igualmente vão participar em diversas iniciativas ao longo da semana.

Fonte: www.cm-fafe.pt

16 março 2014

O Estado das Finanças do Nosso Município

Um dado que me tinha sido trazido recentemente ao conhecimento, motivou a seguinte questão colocada, ao Sr. Presidente da Câmara, na última Assembleia Municipal:
“Gostaria que Vª Exª me esclarecesse qual a real situação financeira do Município, atendendo a que este já não consegue pagar contas de pouco mais de €10.000,00. Como pode um Município que tanta publicidade fez da sua saúde financeira no final do último mandato, 5 meses após a sua entrada em funções, já não ter liquidez para assegurar compromissos tão pouco significativos?
Refiro-me, como imagina, à falta de disponibilidade de verba, argumento apresentado pelo Sr. Vereador Dr. Pompeu, como justificação para não efectuar o pagamento da 1ª tranche do protocolo firmado com a banda de Revelhe.
Não tendo sido dada outra justificação, e considerando que foi Vª Exª que referiu, na última assembleia municipal e quando o instei a tal, que o pagamento das verbas a ambas as bandas do concelho se ficava a dever ao facto de ser uma espécie de contrato de prestação de serviços, pelo que a situação de convulsão interna em ambas as colectividades não poderia ser arguida para impedir os pagamentos, julgo que não pode haver outro entendimento que não seja o da autarquia estar, de facto, em dificuldades financeiras.
Aproveito esta situação para manifestar o meu desagrado sobre a total ausência de intervenção do Sr. Vereador Dr. Pompeu neste assunto, remetendo-se a um silêncio ensurdecedor, quando estamos a falar de duas das mais relevantes colectividades deste concelho.
Como pode o Município assobiar para o lado ao tomar conhecimento da situação da banda de Revelhe, onde são convocadas eleições à revelia do Presidente da Assembleia-Geral, e a Assembleia-Geral eleitoral decorre com a presença de forças de segurança privada e da GNR? Que futuro imagina Vª Exª que esta colectividade terá?
E como pode Vª Exª ficar em silêncio quando a Banda de Golães faz aprovar novos estatutos que prevêem a penalização retroactiva de associados? E quando a direcção se nega a prestar os mais básicos esclarecimentos aos seus associados, impedindo o seu acesso às contas? Não foi para isso que se fez o 25 de Abril? Para acabar com estes abusos?
Tenho a certeza que Vª Exª não desconhece que estas colectividades têm prejuízo em cada uma das suas actuações. O que necessitam para pagar a logística e aos músicos não é coberto pelos honorários recebidos nas actuações.
Assim, caro Dr. Pompeu, se Vª Exª não sair da sua zona de conforto, com a sua omissão apenas contribuirá para o desaparecimento destas associações, cuja importância cultural é incontornável e que ajudam a manter a identidade da nossa terra.
Ponha mãos ao trabalho, reúna com as direcções das bandas, chame os contestatários, contribua para um entendimento e relance estas nobres associações.
Não é a entregar edifícios para sede das colectividades que resolve a situação, até porque não têm dinheiro para as obras de adaptação.
Não creio que sejam necessários mais dois edifícios preparados para ensaios musicais. Façam-se as obras necessárias num dos dois edifícios, por exemplo na Escola do Conde de Ferreira, e coloquem-se ambas as bandas a utilizar o mesmo espaço. O dinheiro gasto na compra da cave na Avª 5 de Outubro seria suficiente para custear uma parte significativa das obras.
Coloque-se a Academia José Atalaya, grandemente financiada pelo Município, também ao serviço destas colectividades, fornecendo a mão-de-obra necessária à composição das bandas, o que permitiria diminuir os custos, aproximando-as da sustentabilidade.
O município não pode subsidiar e não se preocupar com o que se passa nas colectividades. É o nosso dinheiro que está a ser utilizado e temos a obrigação de zelar para que seja convenientemente gasto.
Sugiro-lhe a leitura do Decreto Legislativo Regional nº 3/2014/A, no qual os seus correligionários dos Açores procuram encontrar uma solução para este tema.”
Não obtive resposta!

Miguel Summavielle

12 março 2014

COMO A VERDADE É CRUCIFICADA…

Caro Eng.º Miguel :

Prometo-lhe que não darei mais para este folhetim que V. Exª pretende alimentar, imbuído de um espírito marcadamente frustrado e atormentado, usando a mentira para se dirigir aos Fafenses desatentos.
O Engº Miguel Summaville teima em ocultar e distorcer intencional e maldosamente a verdade, cuja reposição se impõe.
É verdade que o PSD apresentou as propostas a que alude e cuja cópia exibe.
Também é verdade que é apanágio do PSD defender, intransigentemente, os nossos comerciantes e empresários e de um modo geral todos aqueles que contribuem para a criação de riqueza e postos de trabalho, contribuindo, deste modo, para um futuro melhor para todos os cidadãos.
Para cumprimento deste desiderato o PSD nunca deixará de estar ao lado daqueles a quem se deve o progresso e o bem estar da população, fazendo-o com coerência e sem demagogia.
O Engº Miguel Summavielle, estou certo, sabe que nem todas as matérias constantes do programa eleitoral passam pelo orçamento, sendo certo que muitas delas têm a ver com a operacionalidade dos serviços e o modo da sua implementação e execução.
De qualquer modo, a titulo de exemplo, duas, de entre muitas, matérias do programa do PSD, eram a criação da Zona Industrial de Regadas e a criação de um gabinete de apoio aos empresários.
Ora, ambas as matérias, como poderá constatar, estão contempladas e fazem parte integrante do orçamento, sendo portanto, uma verdade insofismável.
Quanto à mudança de sentido de voto na proposta pelo regozijo do chumbo do Tribunal Constitucional ao corte das pensões, tenho a dizer ao Senhor Engº Miguel que não manifestei, quer de forma expressa quer tácita, o meu regozijo por uma proposta descabida e reveladora do mais profundo desrespeito por um verdadeiro estado de direito.
Por isso, Senhor Engº Miguel, já o disse, mas volto a reiterar o que disse, o Senhor Engº MENTIU, porque eu não votei favoravelmente a proposta a que faz referência, porque preservo e respeito as decisões dos nossos Tribunais, independentemente delas discordar ou concordar, porque são as regras democráticas que devem prevalecer. O Senhor Engº sabe o que é isto ? Talvez não!
O Senhor Engº Miguel pode trazer a este fórum o que entender, sejam atas ou factos, mas uma coisa lhe garanto, eu não votei favoravelmente a proposta “mirabolante” dos Independentes.
Não altero a minha afirmação ao dizer que eu não votei, quer tenha havido ou não som.
Estou em crer que a generalidade dos membros da Assembleia Municipal são pessoas dignas, sérias e honestas, incapazes de cometer o crime de falso testemunho ao corroborar a mentira do Senhor Engº Miguel Summavielle.
Senhor Engº Miguel, não devemos ofuscar a verdade, mesmo que ela seja desagradável e incómoda.
Não posso finalizar sem manifestar a minha mágoa, pelo facto do Engº Miguel ter mentido e continuar a mentir, o que naturalmente me entristece, face à enorme consideração que tenho por V. Exª e que não quero ver postergada.
Senhor Engº Miguel, a mentira é má conselheira, tem “perna curta”, aniquila a verdade, desacredita e tem um efeito nefasto para os cidadãos.
Pela verdade, até sempre.

José Augusto Sousa

10 março 2014

Erasmus em Fafe


A Câmara Municipal decidiu lançar um programa para melhor receber os alunos estrangeiros que estudam em Fafe. Desse programa constam visitas turísticas ao concelho e seus principais pontos turísticos, um "Kit Erasmus" com livros, bilhetes de cinema e espectáculos, provas de doces, etc.
Esta ideia de "receber bem" parece-me interessante mas as actividades e ideias que podem ser desenvolvidas não se esgota na actividade autárquica. O que Fafe, no seu todo, pode fazer para cativar cada vez mais alunos Erasmus? Era interessante debater este assunto no blog. Há muitos estudantes fafenses que já fizeram Erasmus, que viajaram por essa Europa fora, que têm conhecimento de causa. Partilhem experiências e dêem sugestões.
Vamos alargar este debate, falar do que realmente interessa a Fafe, ou seja, potencializar o que temos de bom, em vez de andarmos com disputas políticas no blog que, ao que me parece, pouco interessam ao cidadão comum.
Seria interessante ouvir a opinião da associação de estudantes do IESF, de alguns alunos e dos próprios fafenses. Um debate que urge fazer. Vamos a isso?

Pedro Fernandes

07 março 2014

Resposta ao Texto do Dr. José Augusto



Caro Dr. José Augusto,

Começo por dizer que este tom, bem mais comedido e cordato, lhe fica, na minha opinião, muito melhor.
Quanto à mossa que os votos criam ou criaram, o Sr. Dr. José Augusto escolhe o caminho que mais lhe convém. Gostaria de o ver indicar quais os compromissos programáticos que o PSD impôs ao PS. Que compromissos eleitorais do PSD foram incluídos no orçamento de 2014?
Quanto à proposta de redução do IRS e da derrama, reproduzo os documentos que Vª Exª apresentou em 2013 sem qualquer outro comentário!
Quanto à mudança de sentido de voto na proposta em que era manifestado o regozijo pelo chumbo do tribunal constitucional ao corte das pensões, por muito que Vª Exª queira, não conseguirá alterar os factos. Trarei, com muito gosto, a este fórum, a cópia da acta da reunião da Assembleia Municipal em que tal ocorreu, logo que esta seja aprovada. De nada lhe servirá alegar que não havia som e que não ouviu, porque 4 filas atrás de Vª Exª ouviram, votaram e não pediram para alterar o que quer que seja. Tenho, como testemunhas, todos os que participaram nessa Assembleia.
Quanto à tentativa rebuscada de desenterrar a questão da minha afirmação em Várzea Cova, creio que não restaram dúvidas após os esclarecimentos que tive oportunidade de trocar, neste mesmo blogue, com o seu correligionário Carlos Frazão. De qualquer maneira, se não tiver qualquer outro argumento, podemos voltar ao tema…

Miguel Summavielle

05 março 2014

MIGUEL SUMMAVIELLE (IPF) vs JOSÉ AUGUSTO (PSD)


Em regra, e não é de agora, venho agregando e agrupando nos favoritos do browser da Internet, mais recentemente também denominados marcadores, todos os links que me levam até onde o assunto é Fafe, o seu viver e as suas gentes.
Entre Blogs de Fafenses mais ou menos conhecidos e páginas de entidades públicas ou privadas, e pelo meio uma espreitadela aqui e ali ao Facebook, vou validando tudo que diz respeito à minha terra e às suas gentes.
Neste particular da Internet queria fazer um pequeno/grande reparo à página da nossa Câmara Municipal, que é muito pobre de informação no que respeita à sua organização, administração e gestão. A presente nota serve principalmente para a página da antiga plataforma, a actual página do Facebook também não trouxe nada de novo nesse particular.
Segundo o ITM (Índice de Transparência Municipal), estudo promovido pela Associação TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica
, onde o aspecto mais relevante é a informação prestada nas páginas oficiais dos Municípios, relativamente a organização, administração e gestão, Fafe ocupa um 115º lugar nada honroso. Fica só como informação e também em jeito de apelo a visitar a respectiva página, que o 1º lugar do ranking é ocupado pela Câmara da Figueira da Foz, que inclusivamente transmite as reuniões do executivo camarário na sua página.
Depois de assimilar muitos e variados textos e comentários postados no ciberespaço, e também tecer alguns comentários em matérias que me captaram a atenção, onde acresce a falta de disponibilidade para gerir o meu próprio Blog, decidi aceitar o repto do Blog Montelongo e tentar com a regularidade possível trazer aqui informação e opiniões sobre assuntos que julgue oportunos e relevantes, onde sempre terá prioridade o pulsar do nosso concelho.
Também quero deixar claro que não é minha intenção deitar areia para dentro dos sapatos de ninguém, o meu objectivo é lançar à discussão assunto e informação.
                Assim sendo…
Li no Blog do fafense Pedro Miguel Sousa um texto com o título “A política fafense e os desencontros amorosos”, e fiquei também eu tentado a tecer um comentário sobre o objecto do texto e ainda acrescentar algo. Conhecendo o Engº. Miguel Summavielle e o Dr. José Augusto pessoalmente, reconheço que ambos têm considerável importância quer dentro do espaço político onde militam como na actividade política do concelho. Não vou aqui comentar os textos que assinam, onde trocam acusações e apresentam factos mais ou menos verdadeiros segundo os próprios. Cada um deles saberá assumir a exclusividade da sua responsabilidade. Vou tentar, isso sim, enquadrar a actualidade sem deixar de ter uma opinião crítica.
 Face aos factos que conheço e dados de que disponho, sou levado a constatar que neste momento a postura política do Engº. Miguel e consequentemente dos IPFs tem norte, é mais autêntica e naturalmente mais compreensível. Por sua vez, o Dr. José Augusto e os seus pares do PSD, em minha opinião, têm-se concentrado em demasia num azedume exacerbado em relação aos IPFs. Nestes meses após as Eleições Autárquicas, tem-se intensificado, quer na imprensa local como nas Assembleias Municipais, às quais tenho assistido, o enjoo que o PSD demonstra em relação ao movimento IPF. Ao que parece, para o bem ou para o mal, a ordem dentro do PSD é atirar a tudo que mexe nos IPFs.
Ainda não consigo digerir que a causa deste assédio exterminador do PSD seja apenas o orgulho ferido por ver antigos militantes integrarem as fileiras dos IPF. É um facto, que também em Fafe se fez notar a “natural repugnância” das direcções partidárias dos grandes partidos nacionais em relação aos movimentos de cidadãos independentes, face não só à dissidência de militantes que incorporaram ou manifestaram apoio público a esses movimentos, mas principalmente pela perda de espaço no tabuleiro do poder autárquico, consequência do êxito eleitoral desses grupos de cidadãos.
O PSD Fafe após acordar com o PS Fafe uma equipa executiva maioritária, garantindo ao PS uma governabilidade mais tranquila, foi forçado a alterar apressadamente e até inconscientemente a estratégia política que vinha mantendo nos últimos mandatos de liderança maioritária PS. Tratou de redireccionar as baterias que usualmente estavam apontadas ao PS para os IPF e aí gastar todas as munições.
Apressadamente e inconscientemente, Sim! Se não vejamos.
É legítimo que o PSD local queira crescer e conquistar eleitorado no domínio dos IPF, o que, salvo se ocorrer um terramoto político, e até pelas suas opções que ditam a actual conjuntura política concelhia, coadjuvada com a nacional, a curto prazo, julgo tarefa quase impossível, até porque o resultado do PSD Fafe não foi assim tão decepcionante.
Pelo que sei os IPF estão mais organizados que nunca e prometem dificultar a tarefa do PSD e tentar a todo custo conquistar a franja de eleitorado necessária para garantir uma vitória no próximo acto eleitoral autárquico.
Mas afinal nesta ambição do PSD Fafe em conquistar eleitorado onde pára o PS?
Será que o PSD Fafe está tão deslumbrado com os a duas vereações que lhe foram atribuídas no presente executivo camarário que se esquece que o PS é o partido com maior representatividade no concelho? Que nas últimas Legislativas de 2011 em conjuntura política favorável, a qual veio a ditar uma vitória nacional do PSD, a nível concelhio foi o PS o partido mais votado com 40,09% contra 37.04% do PSD?
Lanço daqui um alerta que julgo justificável ao PSD Fafe, a investida em relação aos IPF deveria ser q.b.. Recordo-vos, que dentro do movimento que hoje localmente tanto atacam, certamente existem votantes que poderão ainda fazer parte do eleitorado fiel ao PSD nacional, capitalizando importância para um resultado menos negativo em eleições nacionais. Como diz o ditado “não é com vinagre que se apanham moscas”.
Desculpem-me os militantes e fieis simpatizantes do PSD, mas a mais que comum alternância cíclica de poder da história política contemporânea do nosso país deve verificar-se já nos próximos actos eleitorais. Não consigo imaginar outro cenário, quer para as Europeias deste ano, como para as Legislativas de 2015, que não seja um resultado menos positivo para o Partido Social Democrata, e todos sabem o porquê.
O PSD local deve libertar-se dos fantasmas da traição e fazer uma oposição construtiva e diferenciadora quanto possível ao executivo camarário de maioria relativa PS. É imprescindível para o PSD Fafe que através de uma oposição inteligente se demarque o quanto possível do PS e tente manter o seu espaço no eleitorado local, não se deixando assim dissolver em parte num PS que continua a ser a força mais representativa no concelho em eleições nacionais e que se prepara para reforçar essa posição.


Alberto Baptista