Em regra, e não é de agora, venho agregando e agrupando nos favoritos do browser da Internet, mais recentemente também denominados marcadores, todos os links que me levam até onde o assunto é Fafe, o seu viver e as suas gentes.
Entre Blogs de
Fafenses mais ou menos conhecidos e páginas de entidades públicas ou privadas, e
pelo meio uma espreitadela aqui e ali ao Facebook, vou validando tudo que diz
respeito à minha terra e às suas gentes.
Neste particular da Internet queria fazer um pequeno/grande reparo à página
da nossa Câmara Municipal, que é muito pobre de informação no que respeita à
sua organização, administração e gestão. A presente nota serve principalmente para
a página da antiga plataforma, a actual página do Facebook também não trouxe
nada de novo nesse particular.
Segundo o ITM (Índice de Transparência Municipal), estudo promovido pela Associação TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica, onde o aspecto mais relevante é a informação prestada nas páginas oficiais dos Municípios, relativamente a organização, administração e gestão, Fafe ocupa um 115º lugar nada honroso. Fica só como informação e também em jeito de apelo a visitar a respectiva página, que o 1º lugar do ranking é ocupado pela Câmara da Figueira da Foz, que inclusivamente transmite as reuniões do executivo camarário na sua página.
Segundo o ITM (Índice de Transparência Municipal), estudo promovido pela Associação TIAC - Transparência e Integridade, Associação Cívica, onde o aspecto mais relevante é a informação prestada nas páginas oficiais dos Municípios, relativamente a organização, administração e gestão, Fafe ocupa um 115º lugar nada honroso. Fica só como informação e também em jeito de apelo a visitar a respectiva página, que o 1º lugar do ranking é ocupado pela Câmara da Figueira da Foz, que inclusivamente transmite as reuniões do executivo camarário na sua página.
Depois
de assimilar muitos e variados textos e comentários postados no ciberespaço, e
também tecer alguns comentários em matérias que me captaram a atenção, onde
acresce a falta de disponibilidade para gerir o meu próprio Blog, decidi
aceitar o repto do Blog Montelongo e tentar com a regularidade possível trazer
aqui informação e opiniões sobre assuntos que julgue oportunos e relevantes,
onde sempre terá prioridade o pulsar do nosso concelho.
Também
quero deixar claro que não é minha intenção deitar areia para dentro dos
sapatos de ninguém, o meu objectivo é lançar à discussão assunto e informação.
Assim
sendo…
Li
no Blog do fafense Pedro Miguel Sousa um texto com o título “A política
fafense e os desencontros amorosos”, e fiquei também eu tentado
a tecer um comentário sobre o objecto do texto e ainda acrescentar algo. Conhecendo o
Engº. Miguel Summavielle e o Dr. José Augusto pessoalmente, reconheço que ambos
têm considerável importância quer dentro do espaço político onde militam como na
actividade política do concelho. Não vou aqui
comentar os textos que assinam, onde trocam acusações e apresentam factos mais
ou menos verdadeiros segundo os próprios. Cada um deles saberá assumir a
exclusividade da sua responsabilidade. Vou tentar, isso sim, enquadrar a
actualidade sem deixar de ter uma opinião crítica.
Face aos factos que conheço e dados de que
disponho, sou levado a constatar que neste momento a postura política do Engº.
Miguel e consequentemente dos IPFs tem norte, é mais autêntica e naturalmente mais
compreensível. Por sua vez, o
Dr. José Augusto e os seus pares do PSD, em minha opinião, têm-se concentrado em
demasia num azedume exacerbado em relação aos IPFs. Nestes meses após as Eleições
Autárquicas, tem-se intensificado, quer na imprensa local como nas Assembleias
Municipais, às quais tenho assistido, o enjoo que o PSD demonstra em relação ao
movimento IPF. Ao que parece, para o bem ou para o mal, a ordem dentro do PSD é
atirar a tudo que mexe nos IPFs.
Ainda não
consigo digerir que a causa deste assédio exterminador do PSD seja apenas o
orgulho ferido por ver antigos militantes integrarem as fileiras dos IPF. É um
facto, que também em Fafe se fez notar a “natural repugnância” das direcções partidárias
dos grandes partidos nacionais em relação aos movimentos de cidadãos
independentes, face não só à dissidência de militantes que incorporaram ou
manifestaram apoio público a esses movimentos, mas principalmente pela perda de
espaço no tabuleiro do poder autárquico, consequência do êxito eleitoral desses
grupos de cidadãos.
O PSD Fafe
após acordar com o PS Fafe uma equipa executiva maioritária, garantindo ao PS
uma governabilidade mais tranquila, foi forçado a alterar apressadamente e até inconscientemente
a estratégia política que vinha mantendo nos últimos mandatos de liderança maioritária
PS. Tratou de redireccionar as baterias que usualmente estavam apontadas ao PS
para os IPF e aí gastar todas as munições.
Apressadamente
e inconscientemente, Sim! Se não vejamos.
É legítimo que
o PSD local queira crescer e conquistar eleitorado no domínio dos IPF, o que, salvo
se ocorrer um terramoto político, e até pelas suas opções que ditam a actual conjuntura
política concelhia, coadjuvada com a nacional, a curto prazo, julgo tarefa quase
impossível, até porque o resultado do PSD Fafe não foi assim tão decepcionante.
Pelo que sei
os IPF estão mais organizados que nunca e prometem dificultar a tarefa do PSD e
tentar a todo custo conquistar a franja de eleitorado necessária para garantir
uma vitória no próximo acto eleitoral autárquico.
Mas afinal
nesta ambição do PSD Fafe em conquistar eleitorado onde pára o PS?
Será que o PSD
Fafe está tão deslumbrado com os a duas vereações que lhe foram atribuídas no
presente executivo camarário que se esquece que o PS é o partido com maior
representatividade no concelho? Que nas últimas Legislativas de 2011 em
conjuntura política favorável, a qual veio a ditar uma vitória nacional do PSD,
a nível concelhio foi o PS o partido mais votado com 40,09% contra 37.04% do
PSD?
Lanço daqui um
alerta que julgo justificável ao PSD Fafe, a investida em relação aos IPF deveria
ser q.b.. Recordo-vos, que dentro do movimento que hoje localmente tanto
atacam, certamente existem votantes que poderão ainda fazer parte do eleitorado
fiel ao PSD nacional, capitalizando importância para um resultado menos
negativo em eleições nacionais. Como diz o ditado “não é com vinagre que se
apanham moscas”.
Desculpem-me os
militantes e fieis simpatizantes do PSD, mas a mais que comum alternância
cíclica de poder da história política contemporânea do nosso país deve
verificar-se já nos próximos actos eleitorais. Não consigo imaginar outro cenário,
quer para as Europeias deste ano, como para as Legislativas de 2015, que não
seja um resultado menos positivo para o Partido Social Democrata, e todos sabem
o porquê.
O
PSD local deve libertar-se dos fantasmas da traição e fazer uma oposição
construtiva e diferenciadora quanto possível ao executivo camarário de maioria
relativa PS. É imprescindível para o PSD Fafe que através de uma oposição
inteligente se demarque o quanto possível do PS e tente manter o seu espaço no
eleitorado local, não se deixando assim dissolver em parte num PS que continua
a ser a força mais representativa no concelho em eleições nacionais e que se
prepara para reforçar essa posição.
Alberto Baptista
17 comentários:
Viva a blogoesfera!
Saúdo a ousadia que é coisa sadia, mas creio que será preciso mais de que este acossar para mudar de rumo a linha da concelhia do PSD.
Certo que não quero gerar confusões, mas parece-me pretensioso demais reorientar baterias para um parceiro de executivo, neste caso do PS, sendo certo que este novo território abre uma infindável planície de terra para ser desbravada, politicamente intricada…. mas desafiante.
Apesar de pouco (nada) divulgadas, as reuniões camarárias têm tido uma adesão que levaria a pensar no alargamento das instalações para a presença do público. Sim, apesar de não aparecerem divulgação de convocatórias, via site da câmara, nem por isso o público deixa de marcar presença e com isto se vai marcando a cidadania em Fafe fora do espaço virtual.
Pequeno apontamento registado em conversa no fim da ultima assembleia: “olha para eles… chamam-se isto e aquilo, mas depois são só sorrisos e abraços… enfim se não fosse isto a política também não tinha graça!” fim de citação.
Saudações digitais e que as teclas nunca saltem.
Luís Carvalho
Caro Amigo
O Dr. José Augusto é um tipo que não precisa da politica para sobreviver. Será que o Engº Miguel Summavielle não precisa ? Isto pode significar muito. O Dr. José Augusto não nasceu no berço de oiro que nasceu o Engº Miguel Summaville. Acho que a liderança do PSD está bem entregue e tem feito doer a cabaça a muito gente. É esta gente que faz a diferença !
Caro Luís Carvalho,possivelmente porque estamos afeitos, e serve para a maioria das legislaturas do pós 25 de Abril, a oposições parlamentares apelidadas na gíria política de “bota a baixo”, onde impera a opção errática de sobrepor interesses partidários aos interesses do País, que levam muitos a pensar que oposição deve ser sempre e ainda sempre sinónimo de hostilidade. A minha ideia de oposição, não sei se algo romântica para muitos políticos da nossa praça, é a diferenciadora pela positiva, pela tentativa de apresentar e acrescentar mais e melhores soluções políticas. Claro que não imagino, neste momento em que os noivos gozam a sua lua de mel, o PSD a atacar o parceiro de coligação no executivo. No entanto, o PSD pode marcar pontos em sede de Assembleia Municipal, onde pelo que me é dado observar não se reflete a sintonia existente no executivo. Aí o grupo do PSD deve eleger como prioridade a oposição positiva e desenvolver um trabalho que lhe permita ser melhor que o PS na turma do parlamento concelhio, e até porque não, tentar surpreender o próprio executivo com propostas exemplares para melhorar a vida dos que fazem deste concelho a sua terra. É deste tipo de demarcação que eu falo.
Quanto ao amigo anónimo das 10:23,não devo estar enganado se achar que conhece melhor o Dr. José Augusto que o Engº. Miguel Summavielle face às afirmações que profere. Como disse, conheço os dois pessoalmente e penso que nenhum deles vê na política uma actividade de onde possam retirar rentabilidade pecuniária, antes pelo contrário. Ficaria surpreendido se a sua presença na política não se deve-se ao facto de serem homens de convicções, retirando daí a satisfação de lutarem por princípios e ideais em que acreditam.
Em relação ao Dr. José Augusto ele não se importará se declarar aqui admiração pelo seu percurso de vida esforçado e de conquista que bem conheço, arrisco-me a afirmar melhor que o amigo anónimo.
Quanto ao Engº. Miguel Summavielle, caro amigo não podemos escolher os nossos pais, portanto, como e em que família nascemos, mas podemos ser dignos do carácter e vida que temos, penso que quem conhece o Engº Miguel lhe reconhece essa virtude.
Um abraço aos dois!
Caro Alberto Baptista,
Saúdo e aplaudo a sua intervenção neste blog que é um bocadinho de todos nós.
Gostei da sua análise e há muito me interrogo como será possível a coerência das posições do PSD de hoje com aquelas que teve no passado.
Sim, porque até aqui esse partido tomava a posição do contra independentemente da matéria que estivesse em votação. Tal como o Alberto eu também acredito na oposição construtiva.
Como observador atento tenho admirado a (pelo menos aparente) harmonia dentro do executivo a, a bem de Fafe, espero que assim continue.
Só temo que a posição do IPF venha a tornar-se a do "bota abaixo" até aqui representada pelo PSD. Espero que, com o tempo, esta revolta desapareça e regresse o bom senso.
A actual "guerra" entre PSD e IPF deixa o PS na confortável posição de espectador!!!!
Caro anónimo das 10:23,
A política nunca me deu mais do que prazer. Prazer em tomar posição na definição do futuro da minha terra, motivado pela convicção que a minha opinião pode ser, de alguma maneira, útil.
Quanto à insinuação que faz, e desculpar-me-á a sinceridade, nem merece resposta.
Caro Ricardo Gonçalves,
Se a imprensa reproduzisse o que se passa nas reuniões de Câmara e da Assembleia Municipal, terias a certeza que os IPF continuam a fazer a mesma oposição construtiva de sempre.
Continuamos atentos, criticos e vigilantes, como o nosso mandato nos obriga, mas sempre apresentando alternativas sustentadas em propostas concretas.
Caro Alberto Baptista,
Grande texto, meu caro amigo.
Agradeço e registo as tuas palavras simpáticas. De qualquer maneira, quando aceitei dar a cara, sabia o que aconteceria.
Não percas a tua autenticidade. É dela que resulta a força das nossas opiniões e eu sei bem que és um homem de convicções.
Grande abraço!
Isto é mesmo politica... toda a gente fala e ninguém diz nada. No final o que se progrediu !? o que ganhou o concelho ?! Quem resolveu alguma coisa no mundo real que está lá fora ?! OH POVO DE FAFE QUE CONTINUAS A DORMIR !!!
Engº Miguel Sumnmavielle esta de que a politica lhe dá prazer, só pode ser para rir.
Amigo Alberto
Tem toda a razão ao dizer que o PSD vai passar maus bocados ao ter-se coligado com o PS.
Os Independentes não têm mostrado ser portadores de um projeto alternativo para Fafe. Hà quem diga que o Dr. José Augusto foi o único que foi, com lucidez, contra a coligação com o PS. O tempo talvez lhe venha a dar razão.
Se Fafe fosse uma terra de mentes brilhantes e pessoas dinâmicas como o são a fazer opiniões, esta terrinha não seria uma das mais atrasadas do pais. Deixem-se disso o façam algo de útil. E já agora Ricardo Gonçalves, ainda tenho bem presente de ver na televisão um dos "fundadores"do PSD de Fafe a gritar PS,PS, PS,.....caso para dizer novamente, façam algo de útil pela vossa terra e deixem de opinar sobre tudo e sobre todos.
Anónimo das 10.41,
Por acaso refere-se a mim? É que não sou militante (muito menos fundador) do PSD nem em Fafe nem em qualquer outro lugar.
Também não me deve ter visto a gritar seja porque partido for (nem em público nem sequer em privado).
Quanto ao resto que fala, posso não fazer muito pela minha terra mas esforço-me todos os dias para o fazer.
Já agora, desculpe lá ter opinião porque quase aposto que gostaria de gente amorfa, seguidista e cinzenta. Lamento mas não sou assim. Eu e muitos mais que aqui vêm acrescentar qualquer coisa e dão a cara.
Fica muita gente incomodada quando quando se fala em certas pessoas, o anónimo das 10:41 a dizer que Fafe é das terrinhas mais atrasadas do País, para ele a Portela já é estrangeiro. Tenha juízo!
Anônimo das 10:09 da tarde.
Para si apenas o aconselho a ir a este link e depois diga o que quiser.
http://www.cm-viladerei.pt/upload/files/noticias/2013/Qualidade%20de%20Vida/Os%20Munic%C3%ADpios%20e%20a%20Qualidade%20de%20Vida2012.pdf
Em 308 municípios estamos num honroso 277.
Mas cada um é livre de opinar.
Quanto a si Ricardo Gonçalves, sabe perfeitamente que não me refiro à sua pessoa.
Qt ao ter opinião acho muito bem que tenha e, confesso, até aprecio algumas das coisas que escreve quando se trata de assuntos generalistas e de pensamento. Qt a outras, acho que nem a sua, nem a minha, nem outras que por aqui proliferam interessem a alguém, a não ser a nós mesmos.
O anónimo (diversas horas) apresenta um ranking que não conhecia e merece uma leitura mais atenta. Agradeço-lhe por trazer este documento.
Quanto à minha responsabilidade no que diz respeito a acções dos outros, estamos conversados e encerro aqui a conversa.
O resto do post que me dirige, confesso que muitas das coisas que aqui se comentam, eu incluído, naturalmente, não fazem andar o concelho para a frente. É, de certa forma, um exercício de narcisismo. Mais importante será, de facto, aquilo que fazemos e gostava de conhecer a obra de quem critica tanto. Para isso, pouco mais seria preciso do que assinar os seus comentários. Claro que tem o direito de não o fazer mas para alguém que tanto tem a dizer....
Miguel Summavielle,
Aceito a tua observação mas chamo a atenção das forças políticas (sem excepção) para o facto de ser sua obrigação prestar contas ao eleitorado daquilo que é a sua acção nos diversos órgãos (Câmara, Assembleia Municipal e Assembleias de freguesia).
Sei que os orçamentos não dão para assessores de comunicação mas, com boa vontade, penso que seria possível manter os fafenses mais informados. Até porque isso poderia render "juros" eleitorais.
Podes acreditar que eu tento manter-me informado mas também não tenho muita disponibilidade para assistir a sessões da câmara ou das Assembleias (municipal e da minha junta, Arões - Santa Cristina). Mesmo quando lá são discutidos assuntos em que tenho interesse directo.
É um desafio que deixo a todas as forças políticas.
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