06 junho 2013

Royal Center.




Nas redes sociais, os responsáveis pela candidatura do PSD à Câmara Municipal têm vindo a defender uma solução para este edifício que é um autêntico exemplo de fealdade urbanística. A solução passa por uma unidade hoteleira. Diz José Baptista que a hotelaria «é uma área claramente deficiente em Fafe». Como disse?
Há uma certeza e muitas dúvidas: Em primeiro lugar, que base objectiva leva José Baptista a afirmar que existe défice hoteleiro em Fafe? Em segundo lugar, quem irá investir? Em terceiro lugar, haverá investimento camarário? A certeza é: para o PSD o edifício já faz indelevelmente parte dos destinos fafenses.

António Daniel

9 comentários:

Anónimo disse...

O José Batista é um industrial hoteleiro ? Quer investir em Fafe ?

Luís Carvalho disse...

Saudações e felicitações por este blogue,

Relativamente ao défice hoteleiro em Fafe: este foi recentemente assumido pelo atual executivo camarário no Seminário sobre “Turismo de Natureza”, organizado pela Licenciatura em Turismo da ESTF, com o apoio do Turismo Porto e Norte e da Naturfafe, onde foi taxativamente afirmado que face a este mesmo défice tem a câmara “contratado” dezenas de quartos em Guimarães para alojar staff, atletas e demais pessoas ligadas aos maiores eventos que temos ultimamente acolhido no concelho, nomeadamente Rally, final da Taça de Basquete, entre outros.

pedromiguelsousa disse...

Desde quando é preciso ser pedreiro para viver numa casa? Não me parece descabida a ideia de transformar esse espaço num hotel, parece-me mais inútil manter o espaço puramente abandonado... mesmo no centro da cidade! Seja como hotel ou outra coisa qualquer, o espaço precisa de intervenção urgente, não é de agora. Quanto ao que Fafe precisa... na minha opinião, muito sinceramente, precisa de gente com uma coisa que parece simples, mas pelos visto não é: "pensar"!
Fafe precisa que os humanistas, os conhecedores de Sócrates, Platão, Aristóteles... avancem com planos e propostas, porque o que se tem visto é que ideias de intervenção não abundam pelos atuais governantes. É verdade que devem continuar a fazer o que está bem, mas ano após ano, repetem-se apenas as mesmas coisas e não há lugar para a inovação, a criatividade.

Anónimo disse...

O Royal Center pode servir para muitas coisas, mas para hotel é que não serve !
Aqueles que afirmam que podia ser para um hotel não sabem daquilo que falam e quando não se sabe do que se fala o melhor é remeterem-se ao silencio, não acham ?

albano disse...

em ves de se gastar milhoes a reconstruir um edificio devoluto para servir de arquivo municipal bem que podiam ter utilizado este edificio para esse fim....ou entao poderiam ter feito a nova biblioteca no royal...mas como os politicos pensam pouco e a ajudar esta nao terem de gerir bem o dinheiro de todos entao nao se faz nada e quando se pensa em algo sai ideias descabidas como esta!!!

António Daniel disse...

Albano, a recuperação do edifício devoluto de que fala era uma exigência. A ideia de deixá-lo ao abandono é arrepiante. Relativamente à biblioteca, já seria interessante. Para hotel, hummm!!!

António Daniel disse...

Luís Carvalho, em nome dos principais responsáveis pelo blog, agradeço o elogia. Também o parabenizo pelo seu. A blogosfera é um mecanismo essencial da disputa democrática. Quanto ao seu comentário, o que devo acrescentar é que afinal nem seria uma ideia original. Mas, o problema não passa por aí. O problema está na rentabillidade do espaço e na apresentação de financiamentos. Poderia ser rentável considerando o número de camas que Fafe possui. Não vale mandar para o ar a possibilidade de alguma coisa. É necessário apresentar bons motivos e, acima de tudo, clarificar o modo como se há de manter...

Miguel Summavielle disse...

Defendi, quando ainda era possível, que o Município adquirisse o imóvel, efectuasse obras profundas de remodelação, centralizando todos os serviços municipais, já que este edifício confronta com a Câmara Municipal.
Sendo um edifício de péssima qualidade arquitectónica, qualquer intervenção futura deverá obrigatoriamente comtemplar um remodelação das fachadas.
A possibilidade de lá colocar um Hotel é interessante e deve ser aprofundada.
Uma coisa é certa, sem empenho político, nada será possível!

Ricardo Gonçalves disse...

Mais do que se debater o futuro do Royal Center (parece-me unânime que a actual situação nos envergonha a todos)deveria debater-se o clima de quase perseguição ao investimento.
Há deficit de camas em Fafe? É muito discutível.Quem disse isso não conhece as taxas de ocupação das camas existentes. O que há é uma deficiente coordenação da programação que será muito mais fácil de resolver pondo as instituições a comunicar entre si.
Considero uma oportunidade perdida não se ter aproveitado para concentrar alguns serviços públicos, substituindo a obra de ampliação dos paços do concelho. Mas isso é passado. Não esqueçamos, ainda, que o edifício tem um proprietário e este terá sempre de ser ouvido.