20 junho 2013

Os Partidos São Para as Ocasiões


Como bom apreciador de política à moda de Fafe que sou, tenho passado os últimos tempos a degustar os aromas e sabores cozinhados pelas máquinas partidárias no concelho. Uma nota prévia, apesar de ser “bom prato”, não deixo de ter os meus pratos indefectíveis, aos quais não me dissocio.
Fazendo uma resenha da ementa dos candidatos conhecidos à data de hoje, verificamos que há três que são velhos conhecidos destas andanças (já foram candidatos á Câmara municipal) e outro candidato que concorre pela primeira vez ao cargo.
 Nos aperitivos da refeição servida lá para finais de Setembro, verificamos que “choveram” críticas relativas ao facto de o candidato do partido socialista ser natural de Guimarães. Apesar de perfeitamente legitimas, considero que o elogio da competência deve prevalecer sobre a naturalidade. Aliás, por esse país fora podem-se encontrar várias candidaturas de pessoas não naturais das autarquias a que se candidatam, como por exemplo o “magrebino” Carlos Abreu Amorim ou o “insaciável” Luís Filipe Menezes. Mais a mais, foi surpreendente ouvir o respeitável Dr. Luís Marques Mendes, mandatário da candidatura do psd, falar sobre o assunto onde referia que só faltava agora Fafe ter um presidente da câmara natural de Guimarães. É dissonante ouvir tal coisa visto que, o próprio já exerceu cargos na autarquia fafense e é natural de Azurém, Guimarães. Será que isso interferiu na sua acção política? Não deveremos olhar à competência em detrimento da naturalidade?
Além desse aperitivo dissonante, há outro que não me sai da retina e me faz pensar que os partidos são para as ocasiões. Achei estranho (ou talvez não), não vislumbrar nos outdoors da candidatura do ilustre Eugénio Marinho, uma referência ao partido que suporta a sua candidatura. Cenário idêntico ao verificado no seu “site” de candidatura. Cheguei a pensar que fosse um hábito do psd local mas, nas últimas eleições autárquicas em 2009, surgia o símbolo do partido. Puxando a cassete atrás, recorde-se que se estava no início da crise e, proliferavam no país medidas de austeridade implementadas pelo governo socialista de Sócrates. Esta situação faz-me pensar que está desvendado o mistério acerca da influência das politicas do actual (des)governo (maioritariamente social democrata) nas eleições autárquicas. Em poucas palavras, até pode nem ter interferência nenhuma mas, que há um medo latente nas hostes do psd que isso aconteça, lá isso há!
Fico, entretidamente, à espera que sejam servidos os próximos aperitivos visto que, os já ingeridos não me saciaram e, até á refeição, ainda falta bastante tempo.

João Marques

2 comentários:

IVO BORGES disse...

Nunca se chega a bom chefe michelin sem se usar todos os ingredientes.

Pedro Oliveira disse...

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=648459501831055&set=a.144701492206861.28178.100000010343026&type=1&theater

E assim cai a teoria da conspiração por terra...