01 julho 2013

"Garotos"


"Neste momento não há rali de Portugal a Norte", garante Carlos Barbosa, irritado com polémicas eleitorais para a Câmara do Porto

Está em risco a realização do Rali de Portugal de 2014 no Norte e Centro do País, como era intenção da Federação Internacional do Automóvel (FIA) e do Automóvel Clube de Portugal (ACP).
Presente no Circuito da Boavista, o presidente do ACP, Carlos Barbosa, teceu duras críticas a alguns dos candidatos à presidência da Câmara Municipal do Porto, designando-os mesmo como "um bando de garotos".
"Eu acho que nem os candidatos nem o atual presidente da Câmara do Porto querem o rali no norte. O Manuel Pizarro [PS] disse que sim senhora, que enviava uma carta ao Rui Rio mas não o fez. O Rui Moreira [independente] anda a fazer comunicados e a brincar como os garotos. Eles que tenham as campanhas políticas que quiserem, mas eu não aceito ser o bobo da festa", disse Carlos Barbosa em declarações ao Porto Canal, ressalvando, no entanto, a posição do candidato do PSD Luís Filipe Menezes, o único que garantiu a realização do rali: "Menezes escreveu e disse que garantiria o rali se fosse presidente. Os outros amuaram porque ele escreveu. Irritaram-se. É um bando de garotos."
Após várias edições no Sul do País, a FIA e o ACP, organizadores desta etapa do Mundial de Ralis, entenderam como vantajoso o regresso da prova às regiões Norte e Centro, onde estão a grande maioria dos fãs da modalidade. A realização de especiais em Arganil e Fafe e o estabelecimento do Porto como base logística da prova ficam assim em risco, conforme ameaça Carlos Barbosa: "Neste momento, se me perguntar, digo que não vai haver Rali no Norte."

In www.dn.pt

6 comentários:

Miguel Summavielle disse...

Será que alguém, no seu perfeito juízo, acha que o Rallye abandonará o Algarve, onde é muito mais barato, tem muito menos riscos, muito maior oferta hoteleira, maiores interesses instalados e mais perto de Lisboa?
O Sr. Carlos Barbosa, PSD militante, que não use desculpas esfarrapadas e atire areia para os olhos das pessoas, produzindo afirmações com potencial aproveitamento político num momento eleitoral.
Por muito que nos custe, infelizmente, a possibilidade do rallye regressar ao Norte não passa de uma miragem, que o Sr. Carlos Barbosa vai permitindo que se "aviste" em determinados momentos para incentivar as autarquias do Norte a concorrer pela organização do Rallye Sprint, pagando à organização as avultadas somas que cobram.
O Sr. Jean Todt bem pode demonstrar interesse, mas o dinheirinho falará sempre mais alto!!!

Unknown disse...

È uma vergonha que este evento desportivo de enorme importância para o pais e sobretudo para a Zona Norte e Centro (também pelo retorno financeiro que o evento acarreta!) se torne "inviável por Politiquices" ... Há que lembrar também ao Sr. Carlos Barbosa (ACP) que o Norte não é só o porto e que Matosinhos (EXPONOR) é o ideal e necessário para estabelecer a base logística da prova .... E nesse especto aqui "pelo Norte" temos muitas cidades com dimensão suficiente para criar essas condições dignas para realizar a Prova .... Exemplos: Paços Ferreira (centro de exposições); Braga (Centro de Exposições ou Estádio Municipal "novo"); Guimarães (MULTIUSOS) e há mais ... Mandem "lixar" os Políticos que concorrem á C.M.Porto e comessem a trabalhar com os outros como de Fafe; Arganil; Amarante; Felgueiras; Ponte de Lima; Viana do castelo; Guimarães; etc ... que vão ter bons aliados!

Anónimo disse...

O Rali de Portugal de 2014 vai continuar a realizar-se no sul do país, informou hoje o Automóvel Clube de Portugal (ACP), atribuindo a decisão ao «comportamento da Câmara do Porto e dos seus candidatos» às eleições autárquicas.

«O Automóvel Club de Portugal informa que a edição de 2014 do Rali de Portugal vai ter lugar no sul do País», indica o comunicado do ACP, assinalando que o organismo «tudo fez, faz e continuará a fazer para manter o Rali de Portugal no Campeonato do Mundo, independentemente do local onde se vier a realizar».

O ACP observou que estuda há cerca de dois anos um percurso para o regresso do Rali de Portugal ao norte, «em conformidade com a vontade da FIA e das populações locais», mas a ausência de um compromisso por parte da Câmara Municipal do Porto (CMP) inviabilizou essa pretensão.

Anónimo disse...

Há cerca de dois anos que o Automóvel Club de Portugal estuda um percurso para o regresso do Rali de Portugal ao norte do País, em conformidade com a vontade da FIA e das populações locais.

Assim, em julho de 2012, o Automóvel Club de Portugal enviou uma carta às Câmaras Municipais de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Paredes de Coura, Vieira do Minho, Montalegre, Fafe, Lousada, Porto, Arganil, Góis e Oliveira do Hospital na qual eram elencadas as condições para a realização do Vodafone Rali de Portugal naquelas zonas do País.

Todas as autarquias responderam positivamente e comprometeram-se formalmente com a realização da prova durante 3 anos, que teria como centro nevrálgico a cidade do Porto.

Estranha e incompreensivelmente, apenas a Câmara do Porto não respondeu à missiva do ACP. O que tratando-se do maior evento desportivo nacional realizado na atualidade adensa a perplexidade perante tal silêncio.

Há cerca de uma semana, o presidente da autarquia portuense afirmou, no decorrer do Circuito da Boavista, que não queria condicionar o seu sucessor com um compromisso para 3 anos, mesmo que se trate de um evento que custará no máximo 300 mil euros/ano à edilidade e traga um retorno direto em hotelaria e restauração na ordem dos 50 milhões de euros…

Perante a falta de resposta, o vice-presidente da mesma câmara, Dr. Vladimiro Feliz, assegurou pessoalmente ao presidente do ACP que todos os candidatos autárquicos com hipóteses de vitória estavam de acordo e que enviariam à autarquia as respetivas cartas de compromisso para a realização do rali.

Os episódios posteriores são conhecidos da opinião pública, através de uma série de declarações à imprensa por parte da Câmara do Porto e dos seus candidatos a presidente. Refira-se que, dos 3 candidatos com hipóteses de vitória, apenas o Dr. Luis Filipe Menezes acatou todas as condições e formalizou por escrito a vontade de honrar o compromisso de ter o rali no norte.

O Rali de Portugal, como o nome indica, é do País e não do Porto ou de Lisboa como o Dr. Rui Moreira e o Dr. Manuel Pizarro sugeriram. A adesão imediata e entusiasta das restantes câmaras a norte e o retorno que a realização do WRC Fafe Rally Sprint dá desde há dois anos ao concelho de Fafe vão muito além do Porto.

A organização de uma prova desta envergadura e dos compromissos internacionais inerentes à mesma exigem responsabilidade, seriedade e vontade.

Nenhum destes requisitos corresponde ao comportamento da Câmara do Porto e dos seus candidatos.

O Automóvel Club de Portugal tudo fez, faz e continuará a fazer para manter o Rali de Portugal no Campeonato do Mundo, independentemente do local onde se vier a realizar.

Assim, o Automóvel Club de Portugal informa que a edição de 2014 do Vodafone Rali de Portugal vai ter lugar no sul do País.

Lisboa, 2 de julho de 2013

A Direção do ACP

Anónimo disse...

Miguel summavielle, eu acreditava, como muita gente, que Fafe ia ter o rallye e tudo foi feito nesse sentido. Não temos culpa que a camara do Porto não tenha assumido um compromisso para 3 anos.

Miguel Summavielle disse...

O ACP geriu este processo, como habitualmente, com muita esperteza.
Não podendo aferir se a informação postada neste blogue provém, efectivamente, da direcção, deixarei, apenas uns comentários para reflexão de todos os interessados:
Não poderia a sede da prova ser em Matosinhos (ou até na Maia, capital do Desporto 2014), utilizando as instalações da Exponor?
Colocando a responsabilidade pela não realização da prova sobre o ainda autarca do Porto, Rui Rio, o ACP encontra o motivo perfeito, arranjando a desculpa ideal para os adeptos do Norte e as diversas autarquias entretanto envolvidas, matando o assunto pela raíz.
Fazendo este “número” para trazer o Rallye para o Norte, o ACP deve ter negociado melhores condições económicas com o Turismo do Algarve. Quem terá saído beneficiado?
Esta é a minha opinião. Não é muito informada ou avalizada, mas é, seguramente, isenta!