22 setembro 2012

A Pedra da Escola



Corre pelas redes sociais duas fotos. Uma reporta-se à demolição da Escola da Feira Velha, a outra sugere a utilização da pedra da escola para a construção de uma capela privada. Não possuo elementos nem conhecimentos suficientes para avaliar a legalidade da situação, mas posso, como cidadão, dar o meu parecer ético. Em primeiro lugar, uma demolição de uma escola pressupõe, sempre, um grande conteúdo simbólico: transporta consigo gerações de alunos, professores e auxiliares com todas as consequências afectivas. Em segundo lugar, o pressuposto histórico não é desprezível, já que o edifício assenta numa determinada conjuntura que não deve ser esquecida, caso contrário, salvo as devidas proporções, também seria exequível demolir o edifício do tribunal ou até parte da Universidade de Coimbra. Finalmente, last but not least, o desprezo a que os cidadãos de Fafe foram votados. Desde o início do processo que os fafenses não foram respeitados, culminando num maior desrespeito pela mais elementar regra da democracia: a falta de transparência pelo destino dado às coisas da coisa pública. Exige-se uma explicação do executivo camarário.

António Daniel

3 comentários:

Anónimo disse...

lyPictÉ caso para dizer, onde foram parar as pedras?
Será que os responsáveis pelas mesmas nos podem informar?
Este caso é lamentavel!
Maria

Alex disse...

Mas vejam bem o que se ganhou com a destruição da escola... uma dúzia de lugares de estacionamento... E uma capela...

Anónimo disse...

pois é alex, esse é que é o verdadeiro problema.