A religião católica tem cada artista nos
seus cargos que até dá gozo perceber as manobras de diversão a que se submetem
para conseguir levar a melhor. Há situações que não é mais do que tentar ser o
preferido para fazer os trabalhos nas eucaristias, isto dá-se de barato, mas
outras são mesmo vergonhosas como aqueles que nunca aparecem às cerimónias mas
oferecem-se para fazer as festas em honra de algum santo lá da terra só para se
aproximar mais do pároco e conseguir ganhar umas obritas que, sabem por
intermediários, irão estar a concurso. Há também quem se ofereça para as festas
porque assim conseguem aproximar-se das pessoas e mostram que até são boa
gente, depois de alguma borrada ou em período eleitoral.
Tanto
cinismo em volta da igreja… onde estão os responsáveis que permitem isto?
Outro
aspeto prende-se com a insistência em políticas, agora relativas à própria
gestão da casa de Deus, nada beneficiadoras do bem comum. Não é só nos países
liderados por religiões que se faz muita asneira em nome de Deus, há nos tempos
de hoje muita trapalhada feita em nome desse mesmo Deus para beneficiar o grupo
que anda protegido pela sotaina do abade.
Há
comissões fabriqueiras que não passam de um bando de mafiosos com o pároco a
presidir. São os mesmos elementos durante anos, alguns, provavelmente, adquirem
o direito vitalício ou só o largam se conseguirem deixar um herdeiro direto em
seu lugar. Em muitos casos, as suas profissões permitem prestar serviços para a
igreja: construção, carpintaria, vendedores de materiais… mas, no caso de não
possuírem qualificações para determinados trabalhos, nada que não se resolva
com a indicação de um ou outro amigo ou com as fraudes para que estes ganhem os
concursos das obras, engendrados de modo a que ganhe quem muito bem entenderam.
Isto
é religião? Isto são os princípios de boa-fé?
A
religião católica precisa de gente capaz. É certo que cada vez há menos padres
e muitas vezes qualquer um serve para ocupar esse lugar de responsabilidade.
Contudo, hoje as pessoas estão mais informadas e até formadas, por isso, ou a
Igreja opta por enviar padres para as paróquias com sentido de responsabilidade
ou as Igrejas (físicas) ficarão sem gente.
Nas
direções das Comissões da Fábrica da Igreja e, quando existem, nos Centros
Sociais e Paroquiais são os Padres que têm a função de presidir. Seria
importante que o dinheiro pedido aos paroquianos ou mesmo o dinheiro obtido
através de apoios estatais não fossem mais para alimentar os amigos dos amigos,
mas os que se encontram em melhores condições para executar tarefas a concurso.
Os párocos ou assumem a responsabilidade ou não passam de fantoches nas mãos de
dois ou três.
Felizmente,
isto não é em todo o lado, ainda há padres com carácter e com enorme
conhecimento teológico, que dá vontade de regressar para ouvir uma
interpretação de muita qualidade científica às sagradas escrituras.
Pedro Sousa
(Católico praticante mas farto de fantochadas em nome de Deus)
Sem comentários:
Enviar um comentário