17 setembro 2012

Religião ou Máfia?!



A religião católica tem cada artista nos seus cargos que até dá gozo perceber as manobras de diversão a que se submetem para conseguir levar a melhor. Há situações que não é mais do que tentar ser o preferido para fazer os trabalhos nas eucaristias, isto dá-se de barato, mas outras são mesmo vergonhosas como aqueles que nunca aparecem às cerimónias mas oferecem-se para fazer as festas em honra de algum santo lá da terra só para se aproximar mais do pároco e conseguir ganhar umas obritas que, sabem por intermediários, irão estar a concurso. Há também quem se ofereça para as festas porque assim conseguem aproximar-se das pessoas e mostram que até são boa gente, depois de alguma borrada ou em período eleitoral.
Tanto cinismo em volta da igreja… onde estão os responsáveis que permitem isto?
Outro aspeto prende-se com a insistência em políticas, agora relativas à própria gestão da casa de Deus, nada beneficiadoras do bem comum. Não é só nos países liderados por religiões que se faz muita asneira em nome de Deus, há nos tempos de hoje muita trapalhada feita em nome desse mesmo Deus para beneficiar o grupo que anda protegido pela sotaina do abade.
Há comissões fabriqueiras que não passam de um bando de mafiosos com o pároco a presidir. São os mesmos elementos durante anos, alguns, provavelmente, adquirem o direito vitalício ou só o largam se conseguirem deixar um herdeiro direto em seu lugar. Em muitos casos, as suas profissões permitem prestar serviços para a igreja: construção, carpintaria, vendedores de materiais… mas, no caso de não possuírem qualificações para determinados trabalhos, nada que não se resolva com a indicação de um ou outro amigo ou com as fraudes para que estes ganhem os concursos das obras, engendrados de modo a que ganhe quem muito bem entenderam.
Isto é religião? Isto são os princípios de boa-fé?
A religião católica precisa de gente capaz. É certo que cada vez há menos padres e muitas vezes qualquer um serve para ocupar esse lugar de responsabilidade. Contudo, hoje as pessoas estão mais informadas e até formadas, por isso, ou a Igreja opta por enviar padres para as paróquias com sentido de responsabilidade ou as Igrejas (físicas) ficarão sem gente.
Nas direções das Comissões da Fábrica da Igreja e, quando existem, nos Centros Sociais e Paroquiais são os Padres que têm a função de presidir. Seria importante que o dinheiro pedido aos paroquianos ou mesmo o dinheiro obtido através de apoios estatais não fossem mais para alimentar os amigos dos amigos, mas os que se encontram em melhores condições para executar tarefas a concurso. Os párocos ou assumem a responsabilidade ou não passam de fantoches nas mãos de dois ou três.
Felizmente, isto não é em todo o lado, ainda há padres com carácter e com enorme conhecimento teológico, que dá vontade de regressar para ouvir uma interpretação de muita qualidade científica às sagradas escrituras.

Pedro Sousa
(Católico praticante mas farto de fantochadas em nome de Deus)

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