18 outubro 2011

Discrepância

Relativamente ao ano lectivo transacto, a Escola Secundária de Fafe subiu apenas um lugar no ranking da média dos Exames do Ensino Secundário. Passou do 444º lugar para o 443º. Atrás de Fafe só estão 34 escolas de todo o Portugal. Embora sabendo a subjectividade deste ranking, o actual panorama educativo no nosso concelho não é coisa que nos possa orgulhar. Por detrás deste resultado muito fraco, está, concerteza, uma realidade social preocupante. Hoje em dia, a pobreza e as demais disfuncionalidades familiares e muitas outras razões de índole cultural, económica e social explicam, em parte, este resultado. Um resultado que só não foi pior porque entre a média das notas internas dadas pelos professores da Secundária (13,7) e a média dos exames nacionais (8,91) esteve uma grande diferença... Na televisão, ouvi um Director de uma escola pública afirmar que mais de três pontos de diferença entre a média das notas internas dadas pelos professores e a média dos Exames Nacionais era motivo para preocupação e “investigação”. Será o caso de Fafe? Como se explica este fosso de quase 5 valores?

Pedro Fernandes

8 comentários:

fred disse...

reparo:
5 pontos percentuais?
não seria 5 pontos «pervintuais»???

Anónimo disse...

Chama-se a isto inflação das notas. Fazer dos alunos melhores do que aquilo que eles são. As primeiras paginas dos alunos que entraram em medicina da secundária devem ter destaque na imprensa fafense mas este resultado "excelente" também...
Em Fafe ainda existe muito a diferença dos meninos da cidade (e paizinhos conhecidos...) dos meninos da aldeia, infelizmente...
e isso ve-se nas notas...

Anónimo disse...

Para quê os betinhos de Fafe irem para o privado para terem boas notas quando os seus professores da secundária tratam de as inflacionar...?!

Anónimo disse...

Está visto que a nova visão da actual direcção em vez de melhorar resultados, piora!
A terra deles, Cabeceiras, está à nossa frente. Que eu saiba é uma zona mais pobre que a nossa.Quanto aos alunos que entraram em Medicina, perguntem aos pais o dinheiro que gastaram por mês para pagaram o apoio às 3 disciplinas específicas. Menos teatro dentro da escola e mais trabalho, é o que se pretende, a bem da qualidade de ensino, em Fafe. As entidades competentes que se pronunciem porque isto é vergonhoso e preocupante.

Anónimo disse...

Os professores da secundária que tiveram e vão ter excelente na sua avaliação, que apresentem propostas de melhoria de ensino.

Anónimo disse...

Não concordo mesmo nada com a diferença acima referida pelo anónimo entre "os meninos da cidade e os meninos da aldeia". Andei na secundária de Fafe e não senti de todo essa diferença e sou da aldeia. Quem quer consegue destacar-se pelo mérito e não é o facto de serem da aldeia que o(s) vai impedir de serem tão bons quanto "os meninos da cidade". Acho sim por experiência própria que na secundária se reúnem extremos - os professores excelentes e aqueles muito fracos. Daí a necessidade de uma avaliação rigorosa.

Anónimo disse...

Falar do que não se conhece bem... Se não tiveram as notas que queriam ter tido, estudassem mais! Nada substitui o trabalho individual. Assim a um "coitadinho" deu-se 10 para poder ir a exame; no exame tirou 1 valor - discrepância 9 valores. A outro "priveligiado" deu-se 20; no exame tirou 17 valores - discrepância 3 valores... Quem contribuiu mais para a discrepância? Se os vossos filhos não têm a nota que desejam, não os desculpem com a escola, os professores, a internet e o que mais vos passe pela imaginação. Sejam pais, cumpram a vossa obrigação, cuidem do vosso interesse e ponham os vossos filhos a estudar!

Anónimo disse...

E também para haver uma discrepância só de 3 valores, colocá-los a aprender em explicações. Mas quem são os pais com dinheiro para isso? A minoria privilegiada está a ser usada para esconder a situação dramática da maioria, que já precisa de mais de 2 anos para acabar o 12º ano.
Ninguém culpa a escola, bem pelo contrário, ela até recebeu louvor camarário por ter tanto sucesso!!!!
Os professores agradecem. Na verdade, há-os lá muito bons.
Então numa escola tão boa o que está a correr tão mal?