Escrevo este artigo na mesma altura em que Jesus Martinho chama mais uma vez a atenção para o abandono a que este povoado está votado. Sinto-me, pois, na obrigação de me solidarizar com as angústias mais que justificadas de Martinho. A cultura em Fafe, tal como já argumentei inúmeras vezes, tem tido um rumo sério. Com a revitalização de certos espaços, tem-se conseguido promover um calendário com realizações felizes. Aliás, sempre que nas redes sociais os promotores da cultura em Fafe apresentam as suas realizações, transmitem uma ideia de sucesso e de grande felicidade, conjugada com os respectivos «gosto» dos seus seguidores (eu próprio vou «clicando» no «gosto»).
Será assim? Não, não é. Evidentemente que enquanto o património estiver no estado em que está, a felicidade cultural não existe. Numa época de grandes magrezas, é necessário dinamizar vontades, criar novas ideias e incrementar a imaginação. É necessário salvaguardar o espaço e construir um núcleo temático do Castro. As escolas teriam aí um papel relevante. Mas também teria um papel relevante o Pompeu Miguel Martins de Galochas a tirar o mato, o Daniel, vindo de Paris, a reconstruir o muro e todos os técnicos superiores da autarquia, que os deve haver em número suficiente, a ajudar na tarefa.
Parabéns, Jesus Martinho, e muito obrigado pela salvaguarda no nosso património.
António Daniel
1 comentário:
Existe 350 mil euros para a relva sintética do campo numero dois do Fafe mas para o povoado castejo nem ve-lo...
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