07 novembro 2009

O Futuro


Saneamento, Educação, Habitação Social e Habitação Jovem são as prioridades do executivo no próximo mandato. Na tomada de posse, José Ribeiro disse que estas são as áreas prioritárias para a autarquia fafense. Relembrou os contratos já celebrados com o Governo, nomeadamente o Nó de Arões, o Novo Hospital, o Destacamento da GNR e a Nova Secundária e afirmou que neste mandato será desmantelado o bairro da Cumieira.
Em entrevista recente ao Jornal "Povo de Fafe", José Ribeiro considerou que as parcerias publico-privadas irão permitir ao município fazer já obras importantes para o concelho como a Requalificação da feira e do Mercado Municipal, a piscina, as áreas desportivas e os lagos do Parque da Cidade, assim como o Parque de Desportos situado na zona do Fornelo.
Depois da centralização de espaços culturais no centro da cidade como a Biblioteca Municipal, a requalificação do cine-teatro e a instalação da escola de música, prometeu que este investimento cultural irá completar-se com os Museus e com a instalação do Arquivo Municipal no palacete do ex-grémio.
Na educação, depois de concluída a nova escola secundária, requalificar-se-á a escola Carlos Teixeira para o 1º ciclo.
No Turismo destacou que irá ter apoios comunitários para realizar algumas infraestruturas na zona envolvente à barragem.

3 comentários:

António Daniel disse...

Desculpem a falta de modéstia, mas como eu dizia, a próxima legislatura vai ser marcada por grandes obras que, boas ou más, julgo que boas, permitirão mais quatro anos de PS. Só lamento que se perspective obras e não se pense em soluções para os problemas sociais de Fafe, que são muitos. A educação, por exemplo, merecia maior atenção. Há graves lacunas na educação em Fafe, como bem revela o post sobre os ranking das escolas, e nada é pensado. Obviamente que a autarquia não se deve imiscuir em questões que dizem respeito aos profissionais da educação, mas podia ajudar. Como? poderia promover explicações para alunos com dificuldades e/ou carenciados; desenvolver iniciativas que permitissem sensibilizar as famílias para a importância da competência escolar; realizar actividades de aperfeiçamento na área da pintura, escultura em zonas problemáticas do Concelho; abrir a Casa da Cultura e a casa «do grémio» para este tipo de actividades. Muitas coisas se podem fazer. É por esse motivo que considero que o pelouro da Educação e da Cultura deviam estar no domínio de uma só pessoa. Não se justifica a ciência estar com Pompeu e a Educação estar em Antero. Mas compreende-se por que a educação é vista como uma área de obras, quando a imaginação também poderia funcionar.

Anónimo disse...

Já todos percebemos que o que interessa em Fafe não é a aposta na humanização, antes no betão ou alcatrão. Isso é que é visível. Continuamos com o problema de uma coisa que tem no nome 'básico' (saneamento básico), como é que poderão apostar na parte formativa e humana?
Se não aparecer uma aposta estruturada e urgente nos campos culturais e educacionais, Fafe corre o risco de deixar passar mais oportunidades de se destacar no panorama nacional, mas eles é que mandam...
As aldeias estão esquecidas... não há aproveitamento dos recursos naturais devidamente... e, pelos vistos, o teatro-cinema continua sem apostar num grupo de teatro residente. Os cargos deviam ser melhor pensados... não seria uma bela aposta convidar alguém que perceba de encenação e formar um grupo de teatro? Até com formação de actores...

Pedro Sousa

Pedro disse...

Não podemos estar a dissociar Fafe de uma coisa essencial. Fafe está situado numa das regiões mais deprimidas portugueses. O dinamismo de Fafe (mas não só) esgotou-se após a grande crise do textil que assolou a década de 80/90 e agora, com a grave crise mundial. A região do ave toda ela sofre com isso. Fafe, mesmo assim, resiste devido aos nossos empresários.
por outro lado,è muito dificil competir com outras cidades, sobretudo do litoral e da região do grande porto e lisboa porque Portugal esqueceu-se que existe o interior.
Obviamente que a camara é responsavel por muita coisa. Mas e a associação empresarial? e a escola superior? e os sindicatos? ja alguém ouviu os sindicatos defenderem o direito à formação para os trabalhadores?
Estas obras são essenciais. Muitas delas já deveriam ter sido feitas à muito mas as responsabilidades não são só da camara. O associativismo e a sociedade civil em Fafe tem um dinamismo fraco, bacoco e sem grande visão do futuro. Como disse aqui o António Daniel numa das suas mensagens, Fafe é conservador no pensamento, muito resistente à mudança e quando assim é, torna-se dificil fazer mais por esta terra.