30 agosto 2006

Justiça de Fafe... Verdade ou ficção?!


A famosa frase "Justiça de Fafe" certamente todos já a terão ouvido. Contudo, que verdade e qual a ficção que se encontra por trás desta lenda justiceira. A versão mais difundidada diz respeito a um episódio ocorrido no século XIX e protagonizado pelo Visconde Moreira de Rei, político fafense da altura e deputado às cortes.
Um tal "marquês", ao chamar-lhe "cão tinhoso" durante uma assembleia em Lisboa foi a causa de um duelo inevitável que se resolveria à lei da força. Na altura era usual recorrer a este tipo de atitudes.
Ao ofendido, competia escolher as armas. O nosso Visconde escolheu como "armas" dois paus. Este, perito na arte do "jogo do pau", deu tamanha carga de porrada ao Marquês que provocou a gargalhada entre os assistentes que fartaram-se de gritar... "Viva a Justiça de Fafe!!!".
Esta é a versão mais corrente.
Contudo, duas outras versões mais populares são referenciadas.
Uma delas, mais antiga e que refere o seguinte: Nos tempos do Conde D.Henrique, havia um cavaleiro de seu nome D.Fafes Talesluz, casado com uma bondosa mulher muito popular na altura e muito amiga dos pobres. Reza a lenda que a sua aia, apaixonando-se por D.Fafes Talesluz, envenenou a bondosa esposa do cavaleiro. O povo, sabendo da notícia, exigiu a presença da aia que cometeu tal assassino e, fizeram justiça pelas próprias mãos, matando-a à paulada.
Por último, uma última versão, mais semelhante à primeira, relata a ida de um Morgado de Fafe a Lisboa. Um alfacinha, a dada altura, tratou mal uma senhora. O Morgado não gostou e desafiou o lisboeta para um duelo. Os paus de marmeleiro voltaram à acção e o Morgado deu uma valente sova ao tal lisboeta, originando a expressão que hoje conhecemos.
Qual delas a verdadeira?! Verdade ou ficção?! Não existem factos conclusivos, apenas crenças populares.
O que é certo é que o pau de marmeleiro é figura assente em todas as histórias citadas e representa bem a valentia deste povo minhoto.

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