19 dezembro 2012

Dar o braço a torcer

Pela notícia vinda a público que dá conta da possibilidade de toda a escolaridade até ao 12º ano ficar sob a alçada camarária, pela simples razão de ser professor e, por esse motivo, estar desde há bastante tempo completamente desenraizado dos espectros do poder que tudo erradia e pelo facto de ter dois filhos que exigem de mim total disponibilidade e garantia de futuro, facilmente constatei que devo mudar o rumo das minhas crónicas aqui no blogue, ou mesmo cessá-las, caso não consiga ludibriar o meu ímpeto verborreico. Contudo, antes que tal aconteça, vejo-me perante o imperativo ético de pedir desculpas a todas as pessoas que ocuparam ou poderão vir a ocupar lugares públicos em Fafe.
Assim, Doutor (em extenso como surge nos comentários do Facebook fica melhor) Eugénio Marinho, considero-o o melhor candidato do PSD, único capaz de derrotar o candidato do PS. O seu caminho político assemelha-se a Lula da Silva que, após sucessivas derrotas, lá conseguiu chegar  ao Palácio do Planalto.
Drº (não uso o extenso porque não sei se é definitivo) Raúl Cunha, o que escrevi anteriormente não é para levar a sério. Considero-o o candidato natural do PS. Mais do que ninguém será capaz de curar as enfermidades que todos nós padecemos.
Parcídio (não uso DR nem Doutor, pois somos quase, quase da mesma idade), cá para nós que ninguém nos lê, aquilo que eu disse anteriormente pouco vale. Estamos ansiosamente à espera. Sabes que votarei em ti (desta vez estou a ser sincero).
Doutor (também em extenso para dar mais impacto) Antero Barbosa, como não sei qual será o seu destino, devo dizer-lhe que me arrependo de tudo o que disse sobre a sua pessoa política, nomeadamente se alguma vez o menorizei face aos seus concorrentes.
Doutor Pompeu Miguel Martins, sei que um dia lá chegará. Num congresso do PSD, para escolha do sucedâneo ao cargo de presidente do PSD e a propósito do então candidato Durão Barroso, Cavaco disse que Barroso ainda era novo. A resposta deste foi: «Sei que irei para o poder, não sei é quando ...»  
Ainda me irei arrepender de ter escrito isto... Apesar de tudo, com o uso mais banalizado do Dr, certamente que um lugar no Povo de Fafe estará reservado, pese embora eu ser um ilustre desconhecido.
Mais uma vez, peço desculpa.
António Daniel

4 comentários:

Alex disse...

Delicioso texto dó-tôr. É isso mesmo. Vão ser os vizinhos com tacho a escolher o quem vai jantar. Vá dando graxa. Que isto não anda com "graxa" nenhuma.

Anónimo disse...

A brincar também se dizem coisas muito sérias, Dr. Desconhecido.

Anónimo disse...

Já estavamos com saudades

Ricardo Gonçalves disse...

Muito bem, Daniel.
Humor fino, como é teu timbre.
Vê lá que não te esqueças de nenhum Doutor, Dr, ou afins.
Um grande abraço