09 julho 2012

Giga Agrupamentos


 O governo central (ou a “troika”) encarregou-se de proceder a alterações nos agrupamentos de escolas de todo o país e, também, no nosso concelho. Aparentemente, foi uma decisão pacífica… Em Fafe não me lembro que este tema tenha sido assim tão debatido. Li algumas opiniões de cronistas concelhios e pouco mais. Assim, os 6 agrupamentos de escolas existentes (Arões, Secundária, Montelongo, Padre Flores, Silvares e Carlos Teixeira) vão passar a 3, agregando, cada um deles, cerca de 2400 alunos. Aproximam-se eleições autárquicas e muitas politiquices vão-se jogar nos próximos tempos na escolha das novas direções escolares. O silêncio em redor deste assunto inquieta-me. Está em causa a educação. E na educação mexeu-se demasiado nos últimos tempos e, quase sempre, mal e com critérios meramente economicistas. Este giga agrupamentos, como já lhes ouvi chamar, é mais um erro. Um erro com consequências graves e que quase ninguém levantou voz em Fafe. 

Rui Silva

6 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma giga asneira...

Alex disse...

Não só só critérios de "poupança". São também critérios ideológicos (ver, por exemplo, o novo Estatuto do Aluno). O que se vai conseguir não são só escolas "mais baratas". São também piores escolas, menos democráticas, que aumentarão as assimetrias sociais, criando mão-de-obra em vez de cidadãos.

Albano disse...

oh alex achas que as escolas de hoje criam cidadaos??!! o trabalho de criar pessoas civilizadas esta reservada aos pais\familia e nao a escolas o trabalho das escolas e criar mao de obra especializada e pessoas com sentido critico

Anónimo disse...

Os novos 150 mega-agrupamentos vão contribuir para reduzir 25 mil horários e consequentemente enviar para o desemprego entre 12 mil a 20 mil docentes. Acresce o facto de poder haver um aumento da indisciplina, perda de qualidade e rendimento dos alunos, que irão resultar na baixa de resultados escolares.

António Daniel disse...

O Rui tem toda a razão. A população merecia que tudo fosse discutido. O problema é que, possivelmente, não convém. Por um lado, o governo fomenta este tipo de situações num sentido único, as autarquias são coniventes porque lhes convém em virtude de outros projectos, os directores das escolas dependem do bom salário que auferem e de outras possíveis promoções e os professores sentem a sua situação fragilizada em todo este processo. Conclusão: criou-se um sistema de interdependência e de conivências. O resto, que se lixe. Contuso, a questão que se coloca é: valeria a pena discutir este assunto?

Anónimo disse...

É a paz podre do sistema!!!