Há uns meses atrás, numa
entrevista ao Povo de Fafe, que me deu um orgulho imenso, disse que a política
era um tabuleiro de afetos.
De fato, qualquer ator público no
modos vivendi da sociedade atual, por mais que os nobres valores da cidadania e
da convivência social altruísta e galvanizadora infelizmente, se vão esbatendo,
deve primar por quadros base que não pode nem deve substituir. É necessário e
preponderante uma cooperação quanto mais próxima melhor, entre os decisores e
os restantes cidadãos. Um cidadão esclarecido, empenhado, ativo e cooperante
será o maior alicerce de uma governação justa, correta, imparcial e
estruturada. A cidadania participativa, em que cada um representa sempre mais
do que a soma das partes, é crucial.
Deve pois o Homem político (que
são todos os Homens e Mulheres, dada a vivência em sociedade), pautar pelo
exemplo e pela retidão de comportamentos. Na ajuda ao próximo, na feitura e
preparação de projetos sustentados de realização e atividade a curto, médio e
longo prazo. A potencialização de obras comunitárias através de um
engrandecimento da carga identitária, que passem por uma abrangência sempre
pautada pelo incremento da qualidade de vida e pelo índice de satisfação per
capita são também apoios base no processo de uma sociedade pautada pela
excelência.
A consciência social e ética e o
empenhamento de um número crescente de pessoas devem levar a uma progressiva consciencialização
e a múltiplas reflexões e debates, muita investigação e trabalho de equipas
pluridisciplinares e multiculturais, muita imaginação e realismo para ir
descobrindo e implantando novas formas organizativas, novos modelos económicos,
sociais e culturais que permitam ir alcançando resultado satisfatórios para
todos, e principalmente para os excluídos da sociedade.
Daí a política de afetos em que o
garante da educação, da tolerância, do civismo, da afetividade baseada no
respeito e cooperação estão sempre em presença. É imprescindível que todos tomemos
consciência das realidades e assumamos a nossa participação no desenho e
construção do futuro da nossa casa, da nossa comunidade, da nossa terra!
João Castro
5 comentários:
os ideais têm de ser sempre aquilo que nos guia! rumo ao futuro
A participação do cidadão comum deveria ser incentivada através do Orçamento Participativo.
"...resultado satisfatórios para todos..."
Na tua leitura a realidade, é para aí que estamos a caminhar?
Ou caminhamos para resultados satisfatórios para uma pequena percentagem da população à custa dos restantes?
Só para eu perceber melhor a tua realidade.
Senhor Nabais sou completamente a favor do mesmo. Tem toda a razão!A meu ver, todas as autarquias do nosso país, obrigatoriamente deveriam ter o orçamento participativo como parte do plano anual.
Alex, quando quero dizer resultados satisfatórios, quero mostrar que face às circunstâncias de dada altura, seja possível obter a maior percentagem de qualidade de vida, de forma justa e igualitária, à maior parte da população. A meu ver e não sei, aquilo que pensas, infelizmente, no Mundo actual, as desigualdades estão em crescendo e não é possível vivermos num país onde um operário fabril ganha 485euros e um gestor de um Banco, ganha 200 ou 300 vezes mais. Assim não!
um forte abraço para vocês
João Castro
"não é possível vivermos num país onde um operário fabril ganha 485euros e um gestor de um Banco, ganha 200 ou 300 vezes mais"
Mas é a realidade que vivemos. E só é possível alguém ganhar assim tanto se outros ganharem assim tão pouco.
Concordo contigo, que ainda por cima as desigualdades estão têm vindo a aumentar.
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