11 abril 2010

A Cultura em Fafe é Virtual...


Os locais da Cultura são quase todos virtuais, por muito que se queira fazer ver, com actividades de Museus, sem museu, quase só se consegue acompanhar nos jornais, porque o resto nem vê-lo.
Compreenderei se me disserem que há poucas verbas para a cultura e que os seus agentes estão limitados, é o que se passa em todo o lado, mas também compreenderão que não tenho que dizer que se faz muito só porque não disponibilizam verbas… essa parte não me compete. Afinal, eles não são todos da mesma ‘companhia’?
Não poderemos dizer que tudo é negativo. É louvável que se iniciem vários projectos como ‘Jornadas Literárias’, mas e os locais de imponência? Os Museus? A Biblioteca? O Multiusos? O Teatro-Cinema parece ganhar alguma dimensão, mas os outros? Por que não uma aposta concreta? Por que não trazem gente a visitar ou envolvem até as escolas do concelho com actividades educativas?
O tempo em que um museu era um edifício de ‘antiguidades’ já lá vai, agora a política exigida aos Museus é mais auspiciosa, precisa-se de dinamizadores desses espaços com formação capaz para criar projectos de visita constante e, claro está, dinamismo para a cidade.
Enquanto isso, a cultura em Fafe é de duas ou três pessoas… logo, cultura pobre!

Pedro Sousa

06 abril 2010

Sala de Visitas do Minho

Agrada-me o novo logotipo de Fafe. Depois do "Fafe, um amor de cidade" que nunca consegui compreender muito bem, para além de não concordar com essa imagem de marketing, a nossa autarquia resolveu dar novo fôlego à célebre frase "Fafe, Sala de Visitas do Minho". Uma imagem mais contemporânea, mais de acordo com a nossa história e tradição "brasileira" até porque as clarabóias são uma imagem de marca da nossa cidade.

03 abril 2010

Concertação Estratégica


As Câmaras Municipais de Braga, Guimarães, Barcelos e Famalicão uniram-se e integram um projecto denominado "Quadrilátero Urbano do Baixo Minho para a Competividade, a Inovação e a Internacionalização", secundado também pela Universidade do Minho, pelo Citeve e pelo estado português.
Como resposta aos desafios económicos e tecnológicos do presente e do futuro, este projecto visa, essencialmente, a programação estratégica de investimentos, tanto públicos como privados, em diferentes áreas, desde a cultura, à inovação, ao desenvolvimento urbano, entre outros.
No fundo, a competição desenfreada entre municípios vizinhos tem vindo a ser substituída por uma concertação estratégica que permita aumentar a competitividade regional.
Não sei se o município de Fafe esteve interessado na adesão a este projecto. Provavelmente sim. No entanto, temos que reconhecer que existe uma certa discrepância entre o concelho de Fafe e estes, a diversos níveis. Fafe é um concelho eminentemente rural com uma malha urbana ainda pouco desenvolvida assente num tecido empresarial fortemente tradicional. Os índices de desenvolvimento económico, social e educacional assemelham-nos mais a núcleos populacionais rurais do que a urbanos.
No entanto, estas características económicas, socias e geográficas têm potencialidades. A Indústria Têxtil, a Agricultura e a Escola Superior que temos são potencialidades que temos que apostar. Mas apostar, seguindo os exemplos dos nossos vizinhos. Unindo-nos a concelhos com as nossas características, casos de Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto, Póvoa de Lanhoso, por exemplo, e criar um núcleo rural minhoto que possa competir, da mesma forma, por investimentos e oportunidades. Temos uma Associação Empresarial activa, uma Escola Superior em claro desenvolvimento e dinâmicas por explorar, nomeadamente a nível cultural e turístico. Só a articulação entre instituições e municípios no presente servirá para fomentar oportunidades futuras. É isso o que pretende o "Quadrilátero Urbano do Baixo Minho" e é esse exemplo que devemos seguir.
Simultaneamente, apostar nos nossos espaços públicos e estimular a criatividade no núcleo urbano concelhio. É necessário chamar as pessoas à rua e envolvê-las em causas. Porque Fafe tem potencialidades.
Pedro Fernandes

31 março 2010

Cine Teatro ABRIL

EM DESTAQUE: Jacinta, nome incontornável do Jazz e Swing nacional.
Consulta toda a programação no blog do Cine Teatro em http://teatrocinefafe.blogspot.com/

28 março 2010

Mundial de Andebol Escolar Fafe 2010

Fafe recebeu, com brilhantismo, o Mundial Escolar de Andebol 2010. Depois de termos presenciado a bonita cerimónia de abertura no Pavilhão Multiusos, a semana que se seguiu de jogos envolveu de forma muito entusiasmada as gentes de Fafe, especialmente os mais jovens, que colaboraram em acções de voluntariado em diferentes áreas como a tradução, jornalismo, fotografia, comunicação, dança, desporto, música, entre outros. A Escola Secundária de Fafe e os Agrupamentos Escolares concelhios, assim como a Escola Profissional de Fafe e o AC Fafe foram determinantes para que o campeonato decorresse com enorme sucesso. As comitivas dos diferentes países felicitaram a forma como o torneio se viveu na nossa cidade. Os jovens envolveram-se, mobilizaram-se, a organização esteve de parabéns e Fafe saiu deste torneio com uma imagem muito positiva. Toda a gente merece os parabéns pela iniciativa, especialmente as entidades públicas nacionais e locais. Pairou um sentimento de vaidade por Fafe receber este evento mas, mais que isso, os nossos jovens mostraram que, quando são envolvidos em actividades que vão ao encontro dos seus interesses, mostram o que de melhor a juventude fafense tem para dar. À atenção da autarquia...

24 março 2010

As "gaffes" de Laurentino Dias


Apanhado de surpresa pelos jornalistas, que pretendiam recolher uma pequena antevisão da final da Taça da Liga, a resposta do Secretário de Estado da Juventude e Desporto foi curiosa: "Quem joga?".
Laurentino Dias desconhecia quais os dois finalistas da Taça da Liga, marcada para domingo passado, no Estádio Algarve, entre Benfica e Porto.
"Quem joga? Porto-Benfica? Um grande jogo, espero eu. E animado, porque o Estádio do Algarve bem precisa", afirmou Laurentino Dias à saída de uma reunião com o Conselho Nacional do Desporto (CND).
Ainda este ano, e abordado pelos jornalistas perante as críticas do Ministro do Desporto de Espanha Jaime Lissavetzky, a propósito da falta de empenho dos políticos portugueses na candidatura conjunta ao Mundial de Futebol entre os dois países, Laurentino Dias respondeu que “Não estamos preparados para fazer qualquer novo investimento”. Pois, mas se assim é, mais valia não sermos candidatos do que sermos candidatos sem "entusiasmo".
Mas, afinal, que Secretário de Estado é este, que recentemente, através de um mecanismo legal, retirou o estatuto de utilidade pública à Federação Portuguesa de Futebol por esta não ter adequado os seus estatutos ao novo regime jurídico das Federações Desportivas mas que, na prática, a FPF não sofre qualquer consequência desta ilegalidade cometida?! É como se, de repente, o Secretário de Estado declarasse que um atleta sofreria uma suspensão por se ter dopado, mas que continuaria a jogar enquanto durasse a suspensão.
Talvez seja mesmo um Secretário de Estado comandado por aqueles que deveria comandar...

22 março 2010

Projecto "Limpar Portugal" em Fafe

















Fotos enviadas por Manuel Pereira

19 março 2010

Como poderá ser uma Cidade do Futuro?


Não sei! Como certamente pouca gente sabe. O Pedro Sousa, a propósito de um comentário a um post deste blogue, disse há tempos, num misto de humor e de seriedade, que poderíamos «vender» uma ideia de cultura para Fafe. A sua afirmação representou para mim uma constatação: apesar de haver uma quantidade de programações culturais na nossa cidade sem paralelo, as pessoas começam a ter consciência que importante seria pensar estrategicamente a cultura. Ora, sempre concebi uma reflexão pressupondo três aspectos. a matéria prima existente, os recursos disponíveis e, acima de tudo, a necessidade de cuidar do futuro.
O futuro é o tempo verbal que mais sentido faz actualmente, apesar de vivermos num permanente presente que já foi. Esta actual vivência tira-nos a lucidez e a clarividência, aliás bem visível quando se pretende encher sacos de areia sem pensar para o que poderão servir.
O Pedro Fernandes num post muito pertinente já havia esmiuçado algumas ideias que, embora arriscadas, poderiam significar uma mudança. E nós sabemos como em Fafe é sempre arriscado… Uma coisa se pode ter a certeza, as cidades, mais do que os países, tornaram-se o ponto de referência da vida. Na Europa, principalmente quando se fala de cultura, não se nomeiam os países mas Paris, Barcelona, Roma, Milão. Salvo as devidas distâncias, Fafe também poderia contribuir para que, internamente, se pudesse evidenciar. Como? Suscitando a diferença. Esta diferença passa, necessariamente, por retirar as pessoas de casa, fomentando espaços criativos, abrindo museus e bibliotecas à noite, reservar a Casa da Cultura para actividades de complemento educativo, promover encontros literários na praça pública, incentivar, quando o tempo o permitisse, exposições colectivas ao ar livre, dinamizar o espaço público com pequenas actuações musicais, sem colidir com a necessidade de descanso das pessoas. Evidentemente que seria interessante redesenhar partes da nossa cidade: a casa do Grémio merecia ter destaque citadino, envolvendo-a com zonas pedonais; a zona em redor da sempre esquecida Igreja Matriz deveria ser seriamente reconvertida: criação de um largo em frente à Igreja e limitar a estrada a uma zona pedonal. Aí seria possível produzir uma nova centralidade. Assim se responderia àquilo que Pedro Fernandes chama de «falta de auto-estima».
Obviamente que não sei como será a cidade do futuro, contudo é importante criarmos possibilidades para que algo aconteça.

António Daniel

15 março 2010

Primeiras Jornadas Literárias de Fafe


A Câmara Municipal de Fafe e a Escola Secundária de Fafe promovem as 1ªs Jornadas Literárias de Fafe, sob o lema “A Força Viva das Palavras…”, tendo como co-organizadores o Núcleo de Artes e Letras de Fafe, a editora Labirinto e o Cineclube de Fafe.
Colaboram ainda na iniciativa a Academia de Música José Atalaya e o município do Mogadouro.
As Jornadas vão desenrolar-se entre os dias 15 e 19 de Março, em espaços como a Escola Secundária, a Biblioteca Municipal, a Casa Municipal de Cultura e o Teatro-Cinema de Fafe.
Ao longo da semana, são diversas as iniciativas voltadas para o público escolar mas também para a população em geral, destacando-se a presença do escritor Mário Cláudio, a professora Isabel Pires de Lima e outros docentes universitários que vão falar de autores portugueses que fazem parte dos curricula escolares (Eça, Pessoa, Camões, Saramago, Régio), o lançamento de uma obra literária, espectáculos de teatro, projecção de filmes e outras actividades.
O programa arranca na segunda-feira, dia 15, pelas 10h00, no Teatro-Cinema de Fafe, com a apresentação da peça de teatro "A Midsummer Night`s Dream", de William Shakespeare, pela Avalon Theatre Company, para os alunos de inglês.
A abertura solene das Jornadas está prevista para as 15h00, na Biblioteca Municipal, seguindo-se meia hora depois, na Casa Municipal de Cultura, a abertura de Exposição Biobibliográfica de Trindade Coelho "Estas Infinitas Saudades...", cedida pelo Município do Mogadouro.
Pelas 16h30, no Bloco A da Escola Secundária, tem lugar a abertura da exposição “De Fafe, com Amor” (homenagem aos escritores de Fafe). Meia hora depois, na Biblioteca da Escola Secundária, realiza-se uma tertúlia de escritores locais.
À noite, na Biblioteca Municipal, tem lugar o lançamento da obra Nos braços de um anjo e outros contos, do jovem Tiago Magalhães, aluno da Escola Secundária.
Na ocasião, regista-se a abertura de uma feira do livro no mesmo local.
No dia seguinte, de manhã, o docente universitário José Cândido Martins (Universidade Católica) fala da obra “Memorial do Convento”, de José Saramago, enquanto de tarde na Escola Secundária, alguns escritores locais vão às salas de aula dialogar com alunos.
Às 21h30, na Biblioteca Municipal, o conhecido escritor Mário Cláudio dialoga com os leitores a propósito da sua obra, em poesia e em prosa.
Na quarta-feira, 17 de Março, o docente universitário João Amadeu Carvalho (Universidade Católica) fala da relação entre a “Mensagem” (Pessoa) e “Os Lusíadas” (Camões). À tarde, na Sala Manoel de Oliveira, regista-se a exibição do filme “Um Amor de Perdição”, de Mário Barroso, para o público escolar, a qual será repetida à noite para o público em geral.
Na quinta-feira de manhã, a docente Isabel Pinto Bastos fala da obra de teatro de José Régio e à tarde Isabel Pires de Lima fala da obra “Os Maias”, de Eça de Queirós para o público escolar.
Pelas 21h30, na Biblioteca Municipal, a docente universitária que foi ministra da cultura do anterior governo aborda o tema “Eça de Queirós: um escritor actual?”, seguido de debate.
Finalmente, na sexta-feira, último dia das Jornadas, haverá, ao longo do dia, leitura de poemas em serviços e instituições, numa acção designada “a poesia em viagem”, antecipando a evocação do Dia Mundial da Poesia.
Entretanto, às 10h15, 14h30 e 16h30, na Sala Manoel de Oliveira, é exibido o filme “Uma Aventura na Casa Assombrada”, de Carlos Coelho da Silva, para o público escolar.
As 21h30, no Teatro-Cinema, encerra o evento, com um espectáculo de variedades “De Fafe, com Amor…, que terá a colaboração da Academia de Música José Atalaya.

11 março 2010

Orgulho e Auto-Estima


Tenho lido no Blog algumas considerações sobre a falta de auto estima dos fafenses. A relutância em assumir as coisas boas que existem no nosso concelho e as lamentações e queixumes que denotamos parecem confirmar esta “tese”. Existe, talvez, um sentimento demasiadamente negativista na nossa identidade. As razões não são assim tão objectivas mas podemos ir buscar algumas respostas ao nosso passado recente. Poderemos falar do fim do comboio, do fecho prolongado do cine teatro, da crise do têxtil, da perda do rallye de Portugal, entre outras, que afectaram o nosso orgulho.
Ao longo dos anos, certamente, sofremos mutações na sociedade que influenciaram decisivamente a nossa estima mas nunca conseguimos substituir a perda da maior manifestação colectiva que alguma vez tivemos. Falo do rallye de Portugal que granjeava a simpatia e a adoração de todos. Talvez, a “romaria” mais grandiosa e unificadora da estima e do orgulho de sermos fafenses. O epíteto da “terra do rallye” enchia-nos de um orgulho que não era superado pela “terra da justiça”.
O rallye atraía gente de todo o Portugal e milhares de espanhóis. Fafe ganhou a fama de “catedral dos rallyes” e o concelho tornou-se referência neste tipo de provas ao mesmo tempo que fazíamos uma promoção turística do concelho inigualável.
Não me lembro de outro acontecimento mobilizar e entusiasmar tanto as gentes de Fafe. Relembro, com saudade, dos dias sem aulas, das noites a acampar nas Serras frias de Fafe, do convívio, das longas caminhadas a pé para o “Confurco” ou para o “Salto da Lameirinha”, das boleias inesperadas e dos farnéis…
Os fafenses sentiam orgulho em dizer que eram de Fafe, em dizer que eram da “terra do rallye”.
Actualmente, continuamos a ter importantes manifestações colectivas mas nenhuma tão marcante na nossa identidade como o rallye de Portugal. As festividades da Sra de Antime, as Feiras Francas são importantes para o concelho, tal como a Volta a Portugal, mas esta não substituiu a “fama” do rallye, nem sequer as outras elevam assim tanto o nosso ego.
E, as manifestações colectivas, quando congregam todos, são determinantes para mobilizar as forças vivas concelhias, a auto-estima individual dos fafenses e a captação de novos públicos. E, isso tem faltado… claramente!

Pedro Fernandes

07 março 2010

Câmara compra Espólio do Foto Victor


"A Câmara Municipal de Fafe aprovou, por unanimidade, a compra do espólio da casa “Foto Victor”, um fotógrafo de Fafe, com mais de 50 anos de serviço.
A autarquia considera valioso o espólio, que para além de todo o material (máquinas fotográficas, revelação, secagem, etc.) fotográfico adquirido, tem igualmente um enorme lote de “negativos” que ao longo dos anos foi adquirindo e que mostram todo o evoluir da Cidade de Fafe, não só no seu território, mas humano (moda).
O espólio vai ser adquirido por 6.000 euros. "
in www.cm-fafe.pt

A compra deste espólio merece todo o nosso apoio mas deveríamos ter acesso à informação do que pretende fazer a autarquia com o mesmo.

03 março 2010

A Nossa Identidade


É de longa data a minha obsessão pelos destinos de Fafe. Sobre as razões, não as sei apresentar, a não ser a presença constante do cordão umbilical que demora a ser cortado, se é que alguma vez o será. Por esta ligação ser tão carnal, liberto-me de pudores e de possíveis recalcamentos, pelo menos num ponto de vista freudiano, já que utilizo a racionalização como forma de expurgar os fantasmas e procurar saídas.
Mais do que saber como estão as coisas interessa-me saber a razão pela qual as coisas são como são. Isto é, a realidade, como é cruel, tende sempre, ou a maioria das vezes, a ser alienada por fenómenos que transitam de uma constatação para uma cosmética. Por estar farto de cosméticas, a racionalidade dá-me meios para encarar de frente a crueza da realidade.
Os fafenses vivem sempre em representação (característica extensiva ao destino psicanalítico português, como bem afirma Lourenço), reveladora de uma consciência da sua fragilidade existencial que, como mecanismo de negação, torna o exercício da cidadania o desejo de agradar aos «outros». Por esse motivo, os fafenses espiam-se, controlam-se, apontam, criando uma teia emaranhada de relações que ofuscam, aprisionam e definham, tornando-nos ternuramente provincianos. E como gostamos de ternura! A consequência mais grave de tudo isto está na ausência de aprendizagem, na ausência de mútuo dinamismo do saber, na negação do diálogo que, tal como o conceito revela, exige uma síntese de vontades. Estão assim descobertas as razões da falta de rasgos por parte da sociedade civil e do poder político. Estaremos a tempo de mudar? Se não o houver, torna-se imperioso criá-lo. O tempo somos nós que o criamos, somos nós, individualmente considerados, que o balizamos. Agora, não me perguntem o que o tempo é. Como dizia S. Agostinho, se não me perguntassem o que é o tempo eu saberia responder.

António Daniel

27 fevereiro 2010

Programação Teatro Cinema MARÇO


Dia 6, Sábado, Dança, 21:30h, 3Eur
Fugas e o Corvo
Espectáculo pela Buzz - Companhia de Dança de Fafe e 04 Mix Ensemble

Dias 10/11, Quarta e Quinta, Teatro, 10:00h/14:30h
Maldita Matemática, por Dois Pontos Associação Cultural
Espectáculo para as Escolas do Concelho

Dia 12, Sexta, Teatro, 10:15h
Falar a Verdade a Mentir, pela Filandorra, Teatro do Nordeste
Espectáculo para as Escolas do Concelho

Dia 12, Sexta, Música, 21:30h, 2Eur
Recital pelo pianista Giusué de Vincenti
Ciclos Recitais de Piano

Dia 13, Sábado, Comédia, 21:30h, 5Eur
Sarilhos, Comédia Musical por Fama Produções

Dia 19, Sexta, Espectáculo, 21:30h, Gratuito
De Fafe, com Amor - Música, Poesia, Teatro

Dia 20, Sábado, Música, 21:30h, 3Eur
Tuna de Medicina do Porto

Dias 26, 27 e 28, Sexta, Sábado e Domingo, Música, 21:30h, 2Eur
Academia de Música José Atalaya

Dia 31, Quarta, Música, 21:30h, 3Eur
Orfeão Universitário do Porto

25 fevereiro 2010

Ninho de Empresas


Foi com surpresa que recebi o convite do “BlogMontelongo” para participar neste espaço de discussão e debate. Rapidamente decidi aceitar, contribuindo, dentro da minha reduzida disponibilidade, para ajudar a debater temas relacionados com o Concelho. Essa foi a única condição que me foi imposta e aceito-a de bom grado.
Estarei, assim, nos próximos tempos, por aqui, escrevendo sobre os temas que julgo serem relevantes ou justificarem um olhar mais atento.
Este é um espaço de livre acesso, onde a simples participação é sinónimo manifesto de interesse, devendo, por isso, valorizar-se todos os contributos, independentemente da sua pertinácia. Os comentários são a prova da existência de uma sociedade civil viva e atenta em Fafe.
Mas este é também um espaço onde as opiniões são expressas sem reservas, muitas vezes a coberto do anonimato ou de “alcunhas”, aproveitando-se a oportunidade para dar a “estalada” escondendo a mão. Mesmo tendo consciência desse facto, decidi participar, expondo-me. Vale a pena quando acreditamos no que fazemos. Serão, certamente, tiques do passado !!!…
Feito o “enquadramento”, vamos ao que interessa. Decidi, hoje, chamar a atenção para um tema levantado na passada Assembleia Municipal (de 19 de Fevereiro) pela deputada Vanessa Barata (PSD) – a criação de Centro de Incubação de Empresas em Fafe.
Tendo enquadrado a proposta com um conjunto de pressupostos gerais, nos quais referia a difícil situação económica do país e seus reflexos no nosso Concelho, apontando para fenómenos como o crescimento do desemprego, as falências sucessivas, a descapitalização das empresas e o seu perigoso endividamento como consequências inevitáveis da crise que atravessamos, propunha, a Sra. Deputada, a criação de um Centro de Incubação de Empresas como forma de contrariar esta situação.
Parece-me uma óptima ideia.
Como muito bem argumentava, as Micro e as PME geram 75% do emprego e realizam perto de 60% do volume de negócios. Parece-me evidente que é aqui que devem ser centradas as atenções e para aqui que devem ser canalizadas todas as ajudas.
O Município deveria servir como catalisador, apoiando e incentivando aqueles que acreditam que vale a pena lutar pelo seu “lugar ao sol”. Construir um edifício que forneça instalações, equipamentos e serviços a preços comportáveis para quem está a dar os primeiros passos é uma forma de ajudar sem “subsidiar”, ou seja, contribuir decisivamente sem criar subsídio-dependentes.
Permito-me sugerir (como já o fazíamos no Programa Eleitoral dos Independentes por Fafe) que esta acção deveria sem complementada com a criação de um gabinete de estratégia empresarial (utilizando os recursos existentes no quadro de pessoal do município e nas organizações concelhias, não aumentando os encargos) que vise:
a). estabelecer ligações entre os pólos universitários nacionais e as nossas empresas, promovendo a investigação e desenvolvimento de produtos inovadores, potenciadores de mais valias industriais significativas;
b). apoiar as empresas na elaboração de candidaturas a fundos nacionais e comunitários;
c). criar uma bolsa de qualificação de emprego, trabalhando em parceria com as instituições concelhias existentes na definição de acções de formação direccionadas para as necessidades reais das empresas;
d). apoiar as empresas na internacionalização;
e). promover e apoiar iniciativas que almejem a divulgação das empresas locais (feiras, colóquios e marketing).
Julgo que estas seriam medidas que pouco poderiam agravar o orçamento camarário e que poderiam funcionar como estímulo para o tecido empresarial Fafense, servindo, quem sabe, como factor diferenciador do Concelho relativamente aos seus vizinhos.

Miguel Summavielle

21 fevereiro 2010

Campeonato do Mundo de Enduro em Fafe



Vídeo promocional do Campeonato do Mundo de Enduro - Fafe, a realizar nos dias 16, 17 e 18 de Abril.

Luís Peixoto

17 fevereiro 2010

Notas sobre o monumento à "Justiça de Fafe"


A verdade ou o mito da Justiça de Fafe continua a ser uma das marcas que nos caracteriza. É costume ouvirmos falar que se deveria fazer "Justiça à moda de Fafe" ou o tradicional "Com Fafe ninguém fanfe".
No outro dia, por mera curiosidade, passei perto dessa estátua tão simbólica. Reparei que, além da data de inauguração (23 de Agosto de 1981) e do seu autor (Eduardo Tavares), o monumento não tem uma descrição elucidativa sobre as diferentes versões desta história que tão bem está documentada em livros de história local. Refere apenas que "o monumento tem em vista homenagear o mais conhecido e glosado "ex libris" do município, a "Justiça de Fafe", dando sentido à sentença: "Com Fafe ninguém fanfe".
Por vezes, também surge na praça pública a discussão se a estátua deveria, ou não, mudar de sítio, ou se aquele lugar não deveria ser alvo de alguma remodelação de modo a dar maior visibilidade à referida estátua. Deixamos essas considerações aos leitores e, já agora, podem consultar um "post" neste Blog de Novembro de 2006 que explica bem a história da "Justiça de Fafe" e que, em nossa opinião, algo semelhante deveria constar junto à mesma para que quem nos visita possa saber exactamente o porquê destas expressões e para que muitos de nós, fafenses, fiquem melhor informados acerca deste tema.

12 fevereiro 2010

O que se passa com o Cinema em Fafe?

Em Maio do ano passado, a autarquia fafense inaugurou a "Sala Manoel de Oliveira" no Cine Teatro. Uma iniciativa louvável que na devida altura destacamos neste Blog num "post" datado de 20 de Maio de 2009. Pensavamos nós que esta abertura, para além do simbolismo do nome da maior figura do cinema português, seria o início da recuperação de uma tradição cultural que outrora fora pioneira na nossa cidade. Mas, passado mais de meio ano, importa perguntar "O que se passa com o Cinema em Fafe?". Porque, neste momento, Fafe não tem cinema, apesar de ter uma sala para esse efeito...

09 fevereiro 2010

Blogues, Política e Liberdade


Aquando das autárquicas inscrevi-me em alguns blogues que representavam diferentes forças políticas concorrentes à autarquia. Fi-lo como cidadão e, concomitantemente, com o sentido do dever. Uma das características da liberdade é possuirmos margem de manobra suficiente para tentarmos imprimir nas nossas decisões e análises bom senso. Vem isto a propósito de uma mensagem via Facebook que recebi da JSD. Por diversas razões, que para aqui não são pertinentes, nunca tive qualquer ligação com os partidos políticos. Por este motivo, recebi com satisfação a mensagem, pois considero que esta proximidade suscitada pelas novas tecnologias deve ser levada a sério. Pergunto-me a mim próprio se tal seria possível caso os elementos da JSD me conhecessem, com todos os meus defeitos e virtudes. Por este motivo considero que o universo dos blogues pode trazer algo de novo. Não se vêm rostos, simplesmente palavras que não diferenciam e que, por isso, não causam qualquer tipo de obstaculização à livre opinião. Não há fronteiras entre as pessoas, não se promove a diferenciação «dinástica» e é livre de preconceitos. Certamente que, caso os elementos da JSD me conhecessem diriam «não vale a pena». Ainda bem que não me conhecem.
A mensagem tinha como conteúdo a preocupação da JSD perante os números do desemprego e o anúncio de um conjunto de medidas que oportunamente serão apresentadas aos órgãos camarários. Por este motivo, como aliás já lhes transmiti, estou ansioso por conhecer essas medidas e, ainda mais curioso, por conhecer as reacções do poder que sobre isto pouco dizem, a não ser repetir muitas vezes que o Concelho é pobre. Será que os leitores não terão opinião?

António Daniel

06 fevereiro 2010

Recebe em tua casa a Programação do Cine Teatro!!

O Município de Fafe quer fazer chegar a informação sobre a programação do Teatro Cinema cada vez mais longe. Se ainda não recebe a Agenda Mensal dos Espectáculos, ou se tem amigos que a não recebem, por favor contacte a Casa Municipal de Cultura (Rua Major Miguel Ferreira - 4820-276 Fafe), para o Telefone 253 490 900 ou para o Correio Electrónico decd@cm-fafe.pt.
A agenda pode ser enviada por correio ou por via electrónica.

01 fevereiro 2010

O Centro Urbano


Li recentemente um artigo num jornal nacional que tinha como tema a importância da economia de vida fora de horas. Reportava-se à economia da noite e da importância social e turística que isso tem para a dinâmica de um determinado local. Achei o assunto demasiado interessante e verifiquei que em Fafe não me recordo de tal assunto ser discutido com o rigor e a seriedade que o tema merece.
Vem isto a propósito porque acho que a revitalização do nosso centro urbano passa muito pela dinâmica que espaços como bares, restaurantes, entre outros, podem acrescentar. Os exemplos podemos ir buscá-los a muitos locais, onde a concentração do comércio da "noite" nas zonas mais bonitas da cidade são um bom chamariz para o turismo e para a revitalização de áreas mais deprimidas.
A revitalização económica da nossa cidade, mais concretamente do nosso centro urbano, não passará pela deslocalização e abertura dos bares e cafés em sítios tão afastados uns dos outros. Passa por localizar estes espaços de animação. Claro que isto é uma questão demasiadamente complexa mas tenho pena que Fafe com um centro tão bonito seja um espaço demasiadamente vazio e sem animação durante a noite.
Este assunto devia ser objecto de uma análise profunda por parte dos membros da Assembleia Municipal, da Câmara Municipal e da Associação Comercial. Ou melhor, agora que está oficializada a constituição do Conselho Municipal da Juventude, este deve ter uma palavra a dizer.

Pedro Fernandes