Quando li o artigo de opinião do
Dr. José Augusto Sousa, líder da concelhia do PSD de Fafe, no Notícias de Fafe
do passado dia 14 de Fevereiro, nem queria acreditar.
Utilizando uma linguagem “mal
disposta” e agressiva, acusa os Independentes por Fafe de maledicentes e
palhaços, afirmando que a nossa prestação na Assembleia Municipal é
miserabilista e politicamente infantil.
Tudo porque votámos contra o
orçamento municipal de 2014. Quem diria!!!
Terá o Sr. Dr. José Augusto
esquecido que foi esse o sentido de voto do PSD para os orçamentos de 2011,
2012 e 2013, para mencionar apenas o último mandato.
Terá o Dr. José Augusto esquecido
que o PSD votou favoravelmente o orçamento de 2010.
Terá o Dr. José Augusto esquecido
que os Independentes por Fafe apenas votaram favoravelmente os orçamentos
porque o Dr. José Ribeiro, honra lhe seja feita, procurou consensos, mesmo sem
os precisar, já que tinha maioria, aceitando incluir nos diversos orçamentos
mais de 20 medidas que constavam do nosso programa eleitoral.
Terá o Dr. José Augusto esquecido
que o voto favorável do PSD, em 2010, e os favoráveis dos Independentes,
durante todo o anterior mandato, em nada alteravam o resultado final da
votação, já que o PS tinha maioria. Já os dois votos favoráveis do PSD, neste
mandato, permitiram ao PS aprovar o SEU orçamento. Digo o SEU orçamento porque
não tivemos, até ao momento, qualquer indicação que o PSD tenha contribuído, de
alguma forma, para o orçamento aprovado. Nem durante a discussão do orçamento
foi referido qual o contributo do PSD para a sua elaboração. Nem foi dada uma
explicação cabal para o voto favorável. Refira-se, aliás, que as observações
específicas, feitas pelos membros do PSD durante a discussão na Assembleia Municipal,
foram de tom crítico, apontando os aspectos com os quais não concordavam,
fazendo supor que iriam votar contra. Desta forma, posso concluir que se trata
do orçamento do PS, aprovado pelo PSD!
Terá o Dr. José Augusto esquecido
que o PS não quis qualquer contributo dos Independentes por Fafe na elaboração
do orçamento, mesmo depois do líder do movimento ter dito que manteria a sua
postura cooperante. Como poderíamos aprovar o orçamento?
O Dr. José Augusto não esqueceu
nada disso, mas, infelizmente, essa é a sua forma de fazer política, mascarando
a realidade conforme a sua conveniência e criando um ambiente circense em sua
volta.
Mas vou mais longe.
É pena que o Dr. José Augusto não
explique porque votou contra a proposta apresentada pelos Independentes,
propondo uma redução da Derrama e a participação do Município no IRS no
orçamento de 2014, quando, para 2013, o PSD tinha apresentado proposta
exactamente igual. Esclareço, desde já, que os Independentes votaram
favoravelmente essa proposta do PSD.
É pena que o Dr. José Augusto não
veja o seu próprio miserabilismo, quando, por distracção, votou favoravelmente
uma proposta, apresentada pelos Independentes, manifestando regozijo pelo
chumbo do tribunal constitucional ao corte das pensões, indo, depois, pedir ao
Sr. Presidente da Assembleia Municipal para alterar o voto.
Se o Dr. José Augusto me permite,
aconselho-o a ir pensando na forma como vai desmanchar esta coligação com o PS,
sob pena de, nas próximas eleições autárquicas, não conseguir explicar aos eleitores
porque devem votar no PSD e não no PS.
Quanto aos vira-casacas, porque
não olha para o Dr. Durão Barroso ou para a Dra. Zita Seabra. Ou será que,
quando vota, deixa uma nota a exclui-los das suas opções?
Miguel Summavielle
8 comentários:
Quem assim fala não é gago!
Sr. Engenheiro, o Dr. José Augusto não se evidencia nem nunca se evidenciará pelas sua astúcia política. Mas comparado com os IPF, a verdade é que do vosso discurso já se sente o bafio. Tiveram uma excelente votação, é verdade, fruto da não candidatura do Dr. Antero, mas façam um favor a Fafe, deixem-se de tentativas vãs de vinganças políticas e pensem na vossa terra. Os IPF,em bom rigor, não passam de "ressabiados" de todas as forças políticas que proliferam em Fafe e acho que isso não deixa duvidas a ninguém. O PSD não ficou bem na fotografia, isso é uma facto inquestionável, mas, pelo menos, fez algo que a maioria das pessoas não se consegue habituar. Não pensou para dentro mas sim para o interesse dos Fafenses. Era bem mais fácil fazer oposição como sempre fez nos últimos 30 e tal anos com os resultados que se reconhecem....ou seja, ZERO. E quando quiserem saber algo mais de concreto sobre o PSD acho que deveriam perguntar ao Dr. Vitor Silva...essa grande aquisição que, pelo que se ouve aqui e ali, ia ás reuniões do PSD e ás vossas. Enfim....essas e outras do gênero são as pessoas que compõem a vossa equipa. Acho que está tudo claro.
Miguel:
Este teu post levou-me a reler a coluna de opinião a que aludes.
Francamente, à primeira leitura (pouco atenta porque não sou particular fã da escrita inflamada do autor), não me tinha apercebido da virulência das suas palavras.
Além do ajuste de contas que ele tem vindo a empreender desde a sua "vitória de Pirro" das últimas autárquicas.
Não lhe fica bem mas essa é apenas a minha opinião. Eu, pelo menos, não seguiria a linha que ele está a seguir.
Ao movimento IPF assiste-lhe todo o direito de votar a favor ou contra aquilo que entenderem sendo, daqui a 4 anos, julgados pela sua actuação. Para isso servem as eleições.
A "caça às bruxas" dizem que era no tempo da "outra senhora".
Caro anónimo das 2:19 da manhã,
Felizmente, mais de 11.000 Fafenses não sentiu esse dito "bafio".
Aliás, os Fafenses que se sentem representados pelos Independentes têm vindo a aumentar. Isso deve querer dizer que nem tudo estará mal…
Será que o Dr. Manuel Alegre também é um ressabiado?
É preciso perceber, de uma vez por todas, que a actividade política não se resume aos partidos. Os movimentos independentes, libertos de compromissos partidários, são, naturalmente, mais abrangentes e têm a capacidade de reunir pessoas de diferentes quadrantes políticos mas que, num determinado conjunto de matérias, pensa de igual modo. As eleições autárquicas são um bom exemplo deste facto e isso ajuda a explicar o crescente número de candidaturas.
A disciplina partidária, cega pelos interesses da ocasião, causa, muitas vezes, incómodos que nem todos têm o estomago para aguentar. A militância não deve significar subjugação e acefalia. Veja o que aconteceu com a Dra. Ana Drago, do Bloco de Esquerda, na escolha da estratégia para as europeias, ou com os deputados do PSD, no que diz respeito ao referendo sob a coadoção.
Quais independentes sr Miguel? Quem? Voce? O seu irmão? A D Rosa? O Vitor? O Leonel?
É que assim de repente, nao vejo ninguém...
Os independentes em Fafe resumem-se ao parcidio summavielle. sem ele, o movimento acaba.
E se nas proximas eleições, obtiverem outra derrota, então podem desistir de vez.
Para já PS e PSD não vos tem dado argumentos para grandes criticas.
Sr. Ricardo Gonçalves, não se pronuncie tão levianamente, porque assim não colherá frutos.
Seja mais contido naquilo que diz.
Ao anónimo das 3.52 tenho a dizer que não percebi o que queria dizer.
Quer explicar melhor que frutos refere?
Também não sei onde extravasei qualquer limite da boa educação ou do civismo para ser "admoestado" (muito menos por alguém que não assina o que escreve).
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