13 outubro 2010

Fecho de Escolas


A propósito desta notícia seria bom esclarecer alguns pontos de vista. Ao contrário do que defendem os serviços centralizados do ME, a criação de mega-agrupamentos não determina a melhoria do ensino nem a tão socialista igualdade de oportunidades (utilizando o argumento da internet, há estudos interessantes como este). Pelo contrário, a concentração de crianças pode gerar fenómenos de Bulling ou outros que anteriormente estariam controlados. Creio que as crianças em idades precoces necessitam de enquandramento. Não falo de protecção, mas de acompanhamento. Por estes motivos, concordo em absoluto com a posição do Presidente da Junta e discordo da posição da Câmara. Se as coisas correrem mal, então quem criou estas políticas deve ser responsabilizado; caso corra bem, devemos conotar com uma mera sorte. Porquê? Porque o fecho das escolas não é suportado por estudos objectivos quanto à sua utilidade, as decisões são tomadas de acordo com agendas eleitorais e as pessoas não são consultadas. Não se pode fazer uma manif pequenina…? Claro que não! Já agora, o que pensa a oposição camarária?

António Daniel

4 comentários:

Alex disse...

Segundo a tal notícia, "A Carta Educativa do concelho de Fafe foi alterada" e "O presidente da Junta de Freguesia de Fafe votou contra esta alteração, na Assembleia Municipal". Será difícil saber quem votou contra e quem votou a favor? Assim já não será necessário perguntar o que pensa a oposição camarária...

(se as actas estivessem aqui publicadas toda a gente poderia saber o que se passou na Assembleia)

Pedro Fernandes disse...

A criação de mega agrupamentos ou a fusão de escolas é mais uma medida economicista do actual governo.
Redução de custos com pessoal, com a manutenção, com equipamentos, com auxiliares, etc.
Não importa saber se é ou não a melhor solução para os alunos e famílias ou as consequências que a mesma terá no futuro da educação. O que importa é reduzir custos. No caso de Fafe, o investimento na educação nos últimos anos foi grande e foi significativo. Umas escolas foram construídas de raiz, outras aumentadas e renovadas. Neste momento, algumas dessas que tiveram intervenção nem sequer já são escolas. No entanto, a nível de infraestruturas escolares estamos a caminhar para um parque escolar bom em Fafe.
Mas isso será suficiente para a melhoria dos resultados escolares e do aumento da literacia dos fafenses? Isso é o que realmente importa e isso é pouco discutido!
Com o actual modelo, existem muitas dúvidas. Está-se a mudar e ninguém sabe se será para melhor!
Se for para pior, como diz o António Daniel, quem assume as responsabilidades?...

António Daniel disse...

Sabem, falo por experiência própria. Os meus filhos estão numa escola do 1º ciclo com outras 700 crianças. Quais as vantagens? Nenhumas. Relativamente à escola da Matriz, quais as razões? O que me irrita é o discurso falacioso dos políticos que, convenhamos, enquadram os argumentos em certas circunstâncias. Parece-me óbvio que, no caso de Fafe,vai valer a construção de uma nova escola para posterior inauguração com pompa e circunstância.

Alex disse...

A ideia é reduzir ao mínimo as responsabilidades do Estado e as suas funções sociais.

É para aí que vamos. Imagino que alguns achem boa ideia e até agradeçam.