17 junho 2008

Fafe mais solidário



Perante os maus exemplos que vimos diariamente reflectidos na nossa sociedade, achamos por bem, neste post dar ênfase a duas notícias que são, sem dúvida, dois bons exemplos para a construção de uma sociedade que se quer mais justa e solidária com os mais desfavorecidos.

Assim, no âmbito do Projecto Territórios IN, foi realizada no passado dia 7 de Junho uma actividade na empresa de Desporto aventura – DiverLanhoso. No âmbito desta actividade estiveram envolvidas crianças e jovens em acompanhamento na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Fafe.
No corpo técnico, estiveram presentes dois técnicos do projecto e os responsáveis pela CPCJ, Sílvia Soares (Presidente da CPCJ de Fafe) e Dalila Oliveira, coordenadora local do projecto.
Esta actividade foi planeada no início do ano, e é a primeira de um conjunto que se pretende levar adiante. Tal acção teve como objectivo primordial e no caso concreto, combater o abandono e o absentismo escolar.
No local foram desenvolvidas algumas actividades, tais como, “quebra-gelo” o “passa a bola” e o “caça ao tesouro”.
Nesta acção conjunta, o Município assegurou transporte, a CPCJ o almoço e a Padaria e Pastelaria “Doce Retiro” ofereceu o pequeno-almoço e o lanche.
Aos jovens foi dada a oportunidade de opinarem sobre futuras actividades a levar a cabo pelo projecto. Os jovens gostaram do encontro e estão bastantes motivados a participar futuramente.
In http://www.cm-fafe.pt/, 13/06/2008


Do mesmo modo, onze crianças do IPO do Porto tiveram a oportunidade de usufruir do bem-estar proporcionado pela Barragem de Queimadela em Fafe. Uma actividade sem paralelo porque os apoios a estas crianças vão rareando.
Maria Eugénia, "avó Gena" para as crianças do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO), não tirava os olhos do espelho de água e deixava reflectir no rosto uma enorme alegria por ver os seus "netinhos" a divertirem-se neste dia tão especial. Doze crianças e jovens do IPO, com idades compreendidas entre os 9 e os 20 anos, tiveram ontem a oportunidade de viver um dia diferente longe do ambiente hospitalar, deixando para trás a doença e preocupando-se apenas em viver da forma mais intensa possível a jornada na Barragem de Queimadela, entre gaivotas, canoas e caiaques. Voluntária há 25 anos na pediatria do IPO, Maria Eugénia considera este tipo de actividades um lenitivo para o sofrimento das crianças e lamenta apenas que não haja exemplos como o de Fafe um pouco por todo o país. "Sentimos ainda uma grande falta de apoio das entidades públicas e privadas. Este apoio que sentimos em Fafe é um exemplo que devia ser seguido noutras paragens". O espírito do voluntariado no IPO não se coaduna com o "mendigar" apoio mas esta responsável ainda esbarra em muitas portas fechadas e aponta a falta de atenção da sociedade civil para o trabalho que é desenvolvido na instituição. "A vida tem futuro e estas crianças quando chegarem a adultas podem dizer que fizeram tudo o que uma criança saudável faz. Um dia como este é um estímulo muito grande", frisou. Dias saudáveis em contacto com a natureza fazem com que as crianças, que se deparam todos os dias com o sofrimento, tenham uma esperança renovada e que olhem o futuro com um sorriso. "Já passaram muitas crianças por mim que hoje estão casadas e têm filhos. Tenho duas adolescentes que estão a fazer quimioterapia e que são verdadeiros exemplos de vida. Estão a viver fases bárbaras da vida e gostam de ir à rua, vestem-se com muito aprumo e andam sempre divertidas", enalteceu a "avó Gena". O evento contou com o apoio do Clube Náutico de Fafe e das entidades públicas locais.
In JN, 15/06/2008, Carlos Rui Abreu

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