06 setembro 2006

Fafe, na rota do património industrial do Ave


A constituição de uma rota do Património Industrial do Vale do Ave, levada a cabo pela ADRAVE, assentou no objectivo principal de criar um percurso que permitisse compreender melhor a importância dos rios, em especial do rio ave, como polo aglutinador da indústria da região. Para isso, em cada concelho do Vale do Ave (Fafe, Guimarães, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Vizela, Famalicão, Santo Tirso e Trofa), procurou-se, por um lado, mostrar a diversidade e a qualidade das principais estruturas arquitectónicas industriais existentes, reconhecer a sua importância histórica e cultural e, por outro lado, ajudar a preservar este património industrial, inserindo-o na rota dos Itinerários Culturais do Conselho da Europa.
Fafe tem integrado neste percurso 3 importantes edifícios que procuramos conhecer melhor, ou seja, a Companhia de Fiação e Tecidos do Ferro ("Fábrica do Ferro"), a Central Hidroeléctrica de Santa Rita e o Moinho de Casca de Gontim.
Vejamos a importância da escolha de cada um deles:
CENTRAL HIDROELÉCTRICA DE STA RITA
Foi inugurada em 1914 e aproveitava as águas do Rio Vizela para, assim, produzir energia para a iluminação pública. Foi das primeiras centrais da região e está implementada na freguesia de Fornelos. Neste momento, a central está a ser alvo de obras de remodelação, fruto de um acordo entre a C.M. Fafe e a empresa Gamesa, tendo em vista, a sua abertura ao público.
"FÁBRICA DO FERRO"
Fundada em 1887, situa-se junto ao rio que lhe dá o nome. Foi das maiores e mais antigas têxteis do concelho e da região, chegando a empregar 2000 operários nos anos 50/60. Hoje em dia ainda se encontra em laboração. A visita a este polo industrial deverá ser acompanhada de uma visita ao bairro operário envolvente e a toda uma série de equipamentos lá implementados.
MOINHO DE CASCA DE GONTIM
Não há registo da data da sua construção, mas sabe-se que está desactivado à cerca de 50 anos. O moinho insere-se numa propriedade agrícola perto da nascente do Rio Vizela e a sua função era transformar a casca de carvalho alvarinho numa substância com propriedades químicas muito úteis para a indústria dos curtumes. Encontra-se encerrado ao público.

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