17 abril 2007

Gastronomia Fafense


Nas freguesias fafenses de S. Romão de Arões e Fornelos reivindica-se a confecção do mais saboroso pão-de-ló, doces e biscoitos regionais, cuja fama se estende pelo país mas é a vitela assada que projectou a gastronomia fafense um pouco por todo o lado. No último quartel do século XIX, escrevia José Augusto Vieira que "é afamada a vitela de Fafe" sendo a matança de vitelas grande no nosso concelho e que "torna Fafe uma celebridade entre os amadores de carne tenra". Para além disso o autor de O Minho Pitoresco refere ainda que "até se exportam, pela fama que tem, por outras localidades".
Afamados eram muitos restaurantes aqui em Fafe lá fora, caso do Zé da Menina, por exemplo, que na altura do comboio em Fafe, era polo de confluência de muitos turistas oriundos sobretudo do norte do país que visitavam Fafe pela sua afamada Vitela. É este o prato típico das feiras francas de 16 e 17 de Maio.
A vitela assada à moda de Fafe pode-se encontrar, ainda hoje, em qualquer restaurante do concelho, tal como o bom vinho verde típico da região.
Mas também o anho assado é especialidade gastronómica, sobretudo nas festas do concelho. Menos usual hoje em dia é o "bacalhau à músico" e que tem por homenagem a ligação íntima do concelho à musica filarmónica mas ainda se pode encontrar em alguns cardápios locais.
A gastronomia fafense é sempre um bom motivo para visitar o nosso concelho!

05 abril 2007

Aurélio Márcio, jornalista de elite!


Aurélio Márcio, nascido na rua do Retiro na nossa cidade em 1919 e, actualmente, a residir em Lisboa, é uma das personagens jornalísticas mais importantes do nosso país. Fundador de «A Bola» e do «Diário Popular», detém o recorde de ser o jornalista mais antigo no Mundo, cobrindo todos os Mundiais de futebol, desde 1966, em Inglaterra, de acordo com um «site» de Imprensa Desportiva em Havana.
Aurélio Márcio, colecciona medalhas. Foi condecorado em Fafe com a Medalha de Prata de Mérito Concelhio da Câmara Municipal, para além da Medalha de Bons Serviços - Desporto do Ministério da Educação Nacional (atribuída pelo dr. Roberto Carneiro), da Medalha de 25 anos do CNID e da Comenda da Ordem de Mérito, agraciado pela Presidência da República Dr. Mário Soares. Escreveu, ainda, um único livro sobre o fenómeno desportivo da RDA («Um Repórter na RDA»), edição Cultura e Desporto.
No «Diário Popular», foi distinguido com prémios no sector desportivo, colaborou no jornal "O século", "Record", "Gazeta dos desportos", "Emissora nacional" e "rádio renascença".
Viajou pelos cinco continentes, tendo cobrido as mais importantes competições desportivas mundiais, entre os quais, 8 campeonatos da europa e 10 campeonatos do mundo, Aurélio Márcio é um mito vivo, um pai terno, um marido cheio de jornais e um especialista em futebol internacional, tendo constituído a galeria de monstros sagrados de «A Bola» - quando era considerada «A Bíblia» - com Vítor Santos, Carlos Pinhão, Alfredo Farinha e Silva Resende.
Aurélio Márcio é o grande crítico de futebol em Portugal e, como ele diz, «eu sei mais a dormir do que os outros todos acordados...que só sabem que a bola é redonda!...».
Admirador do estilo crítico de Santos Neves, Aurélio Márcio cultivou um Estilo forjado em Cândido de Oliveira, Ribeiro dos Reis e Ricardo Ornelas, grande amigo de Artur Agostinho e de Alves dos Santos, numa geração indelével e impoluta.
Recusou-se sempre a partilhar em livro a riquíssima experiência humana, social, desportiva que acumulou, apesar de instado pelo filho e pela neta Bárbara. A editora Âncora endereçou-lhe um convite que ele adiou com deferência: «Eu sou um jornalista, não um escritor!...»
Em suma, uma luminosa carreira jornalística desde 1943 e que vemos na foto a ser eleito internacionalmente como personalidade jornalística mundial, eleito pelo jurí do "Champions promenade golden-foot".